sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

2007



O simples desejo de que 2007 seja o ano da vitória da liberdade sobre a opressão não se concretiza só por si. No entanto, ao longo de décadas, assistimos ao trabalho abnegado de todos aqueles que não se submetem aos ditames do sistema capitalista. É através da acção transformadora dos oprimidos que se constrói a vitória.

No País Basco, assistimos ao desânimo de um povo que já se habituou a nada esperar dos Estados opressores mas que nunca se habituou à resignação. A todos esses enviamos uma saudação especial. Aos que na clandestinidade, na ilegalidade ou na legalidade lutam por um País Basco livre e socialista. Aos presos políticos que não se rendem. E não deixamos de recordar os que "vão ao nosso lado", os que tombaram na luta.

Um abraço também a todos os que nos lêem.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

O boato e a construção da mentira

A página online do jornal espanhol El Mundo alberga um conjunto de blogues que discorrem, cada um à sua maneira, sobre o que se vai passando no mundo. O blogue El Catalejo aborda a velocidade com que os boatos circulam através da internet. Um dos últimos posts dá um exemplo. Tem circulado pelo Brasil um e-mail anunciando que a mãe de Ronaldinho, jogador do Barcelona, foi raptada pela ETA. Tal boato é, naturalmente, falso.

Acontece que os boatos não são apenas lançados por anónimos. O jornal El Mundo é um bom exemplo de construtor de todo o tipo de mentiras acerca da luta do povo basco. Ao longo dos anos tem-se aperfeiçoado na arte de maquilhar o Estado espanhol e de confeccionar o "inimigo" basco. A verdade destes senhores é a mesma que usaram no dia 11 de Março de 2003 para acusar a ETA de ter morto centenas de pessoas nos atentados de Madrid.

terça-feira, 26 de dezembro de 2006

Solidariedade desde a Irlanda

Comité Irlandês de Solidariedade com o País Basco manifesta-se nas ruas de Belfast em protesto pelas condições em que estão os presos políticos bascos.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Protestos apesar de proibição

As manifestações estavam proibidas. O Estado espanhol não quer que o povo basco denuncie nas ruas o que anda a fazer. Na verdade, quase um ano depois da ETA ter declarado uma trégua indefinida, nada fez. Mas ontem, em dezenas e dezenas de localidades bascas, milhares de pessoas protestaram não só pelos presos políticos bascos mas também pela resolução do conflito. Em algumas localidades, os cidadãos tiveram de enfrentar a brutalidade policial, o que já é, infelizmente, normal.

Também ontem, saíram noticias de que representantes do Governo espanhol se tinham reunido com representantes da ETA. O Governo espanhol anunciou que há avanços e que o processo não está bloqueado. Hoje, o Batasuna acusou-o de mentir. Não há quaisquer avanços no processo. O Governo espanhol fala muito mas pouco faz.



Há poucas horas, um grupo de encapuzados lançou cocktails molotov contra a Direcção da Marina de Donostia depois de terem incendiado uma Caixa Automática. Minutos antes, cerca de 30 pessoas incendiaram um autocarro.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Jon Garmendia "Txuria" entrou em greve de fome indefinida

O preso político basco Jon Garmendia “Txuria” encontra-se em greve de fome indefinida, desde ontem para denunciar a falta de assistência médica que padece e para reclamar a sua repatriação para que possa receber tratamento adequado às suas necessidades.

Donostia

Jon Garmendia “Txuria” sofreu um grave acidente em 2001 que lhe deixou sequelas na pele e tornozelo direito, pelo que foi alvo de intervenções cirúrgicas diversas vezes.

O preso sofre de várias doenças ósseas e necessita de um tratamento adequado. Solicitou a transferência para Euskal Herria e foi-lhe negada. Actualmente preso em Navalcarnero.

Com o objectivo de denunciar a sua situação e reclamar repatriação para que possa receber assistência médica adequada, Jon Garmendia iniciou greve de fome indefinida, segundo informou Askatasuna.

O organismo anti-repressivo de anunciou que ao prisioneiro basco se negou o seu direito de saúde e que a sua situação piora de dia para dia.

Fiscalia solicita proibição de mobilização em Iruñea

A Fiscalia da Audiência Nacional espanhola pediu ao Juiz Baltasar Garzón que proíba a mobilização prevista para amanhã em Iruñea, em defesa do direito livre de autodeterminação.

Madrid

As agências noticiosas informaram que a petição afectava todas as mobilizações, ao parecer, o escrito da Fiscalia refere-se à convocatória da Capital Navarra.

A Fiscalia assegura que existem “indícios” que esta mobilização tenha sido convocada pela Askatasuna.

Segundo fontes jurídicas, o fiscal Carlos Bautista elevou esta solicitação à raiz de uma denúncia apresentada, na passada quinta-feira, pela Associação Dignidade e Justiça contra a convocatória de mobilizações a favor da autodeterminação.

O escrito da Fiscalia foi remetido no início da tarde ao Julgado Central de Instrução número 5, cujo titular, Baltazar Garzon, deverá decidir nas próximas horas, se proíbe ou não os actos. A resolução do magistrado pode atrasar-se até amanhã de manhã, segundo fontes jurídicas.

A Jornada de mobilizações convocada pelo movimento pró-amnistia tem como objectivo exigir umas bases sólidas para o processo democrático que garanta a solução do conflito, sob o lema "Autodeterminazioaren alde, baldintza demokratikoak".

em Gara.net

Em luta contra o TGV


18.11.2006

"Mais de 10 mil pessoas manifestam-se contra o TGV (comboio de alta velocidade). Um projecto monstruoso que provocará danos ecológicos e sociais irreversiveis.

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Juristas apoiam causa dos presos

150 JURISTAS EXIGEM REVOGAÇÃO DA LEI DOS PARTIDOS E REPATRIAR OS PRESOS

150 juristas subscreveram um manifesto onde exigem a revogação da legislação excepcional como a Lei dos Partidos e a repatriação dos presos políticos bascos.

O ex-fiscal anti-corrupção Carlos Jimenez Villarejo apostou pela “recuperação da legislação ordinária penal e administrativa” já que “não se pode aplicar a Lei dos Partidos num contexto radicalmente distinto de 2002”.

O ex-fiscal explicou que o texto pede a todos os juízes que “se demarquem da jurisprudência consolidada e no sentido comum e não constituam interpretações dirigidas a criar obstáculos ao processo de paz em geral e a reinserção em particular”.

Segundo Villarejo, existem incoerências e acções partidaristas na jurisprudência, como por exemplo a aplicação da liquidação patrimonial das Herriko Tabernas.

Neste sentido, Villarejo perguntou “como é que, há mais de três anos sem nenhum assassinato por parte da ETA, se houve um gesto fo Governo para aproximar os presos ao País Basco”. O ex-fiscal sublinhou que “esta medida não se trata de uma conseção, mas de uma aplicação da legalidade”.

No seu parecer, “o processo atravessa um momento delicado e pouco se tem avançado, se não se retrocedeu nas negociações”. Assim, fez referência ao “ressurgimento da luta de rua – Kale borroka, o roubo de armas em França atribuído à ETA ou à falata de acções por parte do Governo para favorecer o diálogo”.

A catedrática de Direito Penal da Universidade Autónoma de Barcelona (UAB) Merche Garcia explicou que “é o momento do direito penal voltar a ser normal” já que am alguns julgamentos como no de Iñaki De Juana Chãos, “catiga-se pelo que se é e não pelo que se faz”.

O Presidente de Res Pública (agrupamento basco de juristas), Patxuko Abrisketa, apelou ao PP a afastar o “cinismo, o cretinismo e a desqualificação” da sua atitude em relação ao processo e instou aos juízes a “não quererem ser protagonistas e a no intrometerem-se num âmbito que lhes compete”.

Este manifesto conta já com o apoio de cinco entidades e 150 pessoas de âmbito jurídico como magistrados, advogados, catedráticos e professores de direito.

em Gara.net

Presos políticos bascos

141 juristas e profissionais do direito pediram ao Tribunal Supremo Espanhol que resolva com urgência o recurso contra a sentença que condenou a 12,5 anos de prisão a Iñaki De Juana por escrever artigos de opinião.

Donostia – 141 juristas e profissionais do Direito subscreveram um manifesto em que destacam a legitimidade do protesto “de qualquer preso, mesmo quando em ocasiões em que seu exercício possa pôr em causa a sua integridade física”.

Segundo os subscritores, as pessoas privadas de liberdade “não se lhes podem limitar em nenhum caso esse direito, bem como o exercício da liberdade de expressão”.

Estes direitos e liberdades nunca se podem ver limitados por uma condenação e muito menos pela personalidade daquele que os exerce, porque se tratam de Direitos Universais”, assinalam.

Os subscritores consideram que a condenação imposta a Iñaki De Juana é estranha ao nosso sistema de direito penal, por aplicar o chamado ‘direito penal de autor’, que não castiga actos mas pessoas e constitui, assim, uma prática imprópria de regimes democráticos”.

Recordam que os actos pelos quais se dita a sentença condenatória, dois artigos de opinião publicados no Gara, “estão ao abrigo da liberdade de expressão” e ressaltam que os actos provados da sentença “reconhecem que não há no dito texto nenhuma expressão de ameaça, porque efectivamente não existe”.

Destacam ainda que “nenhuma das pessoas mencionadas nos textos interpuseram denúncia ou pedido de protecção de honra pelos interessados.

Na sua opinião, as alternativas que se vislumbram diante da decisão de Iñaki De Juana em retomar a greve de fome, “de não resolver-se com urgência o recurso ou pôr em liberdade o preso, são todas indesejáveis”.

Uma das possibilidades que apontam é a de respeitar a vontade do prisioneiro donostiarra “com a consequência de que perda a vida ou a sua saúde seja gravemente afectada”, assim como a de submeter-se a alimentação forçada, que “está considerada universalmente uma prática de tortura”.

Com o objectivo de evitar que quando o Tribunal Supremo revogue a sentença “se tenha prejudicado a saúde do condenado de forma grave ou o tenham submetido a alimentação forçada”, os subscritores exigem que se resolva “com carácter de urgência” o recurso “porque pode depender uma vida humana”.

em Gara.net

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Viagem a Euskal Herria

R. esteve no País Basco. De lá, trouxe impressões visíveis do que sente o povo:

As paredes também gritam por liberdade.

Um grito que ressoa em aldeias e cidades bascas.

Não são terroristas. São heróis.

Alimentação forçada para Iñaki

Depois do alerta de perigo de vida, Iñaki de Juana Chaos foi submetido a alimentação forçada. O advogado do preso político basco informa que lhe foi imposta uma sonda gástrica. Amarrado e sujeito a várias sondas, o seu estado é "lamentável".

Recorde-se que Iñaki está há 37 dias em greve de fome. Esta segunda greve foi iniciada um mês depois de uma outra que durou mais de 60 dias. O preso político basco encontra-se em protesto contra a condenação a mais uma década de prisão por ter redigido dois artigos de opinião num jornal basco. Mais dez anos a acumular aos vinte anos, tempo que passou até agora nas prisões espanholas.

Processo de paz em perigo

"As luzes vermelhas estão acesas". É desta forma que o movimento pró-amnistia classifica o actual estado do processo de busca de uma solução pacífica para o conflito. Perante a gravidade do momento, o movimento convocou uma jornada de mobilização nacional para a próxima quarta-feira. A autodeterminação e a democracia são as exigências para a construção de bases sólidas que impulsionem o processo democrático que se está a afundar.

O dirigente do movimento pró-amnistia, Olano, constata que se mantém uma repressão incompatível com a abertura do processo de paz e acusou o Governo de Zapatero de ter destruído as bases necessárias para se avançar rumo a uma resolução. O Governo Autonómico Basco, dirigido pelo Partido Nacionalista Basco, sustem que a situação não pode continuar como está. Os sindicatos mais importantes do panorama laboral, LAB e ELA, apostam por um trabalho sério.

Na verdade, 9 meses depois do anúncio do cessar-fogo da ETA, não se vêem passos por parte do Estado espanhol. A esperança dos cidadãos bascos vai-se perdendo. Uma sondagem feita pela Universidade do País Basco reflecte isso mesmo. Ainda assim, apesar da queda de mais de 10% da confiança dos bascos numa resolução pacifica do conflito, mais de 80% querem a autodeterminação.

Fonte: Gara

domingo, 10 de dezembro de 2006

Direitos Humanos, espécie em extinção

Hoje é o Dia Internacional dos Direitos Humanos. Nas prisões espanholas e francesas continuam centenas de presos políticos bascos. A sombra da tortura continua a pender sobre os cidadãos bascos. A participação política é uma actividade de risco em Euskal Herria. Para quem defende a liberdade do povo, claro. Não há lugar para a cegueira de organizações internacionais em relação a este drama. É hora de se respeitarem os Direitos Humanos.

Iñaki de Juana Chaos tem a vida em risco

Os médicos advertem do perigo a curto-prazo para a vida de Iñaki de Juana Chaos. O preso político basco perdeu mais 12 kg depois de 33 dias sem ingerir alimentos. Recorde-se que esta é a segunda greve de fome no espaço de poucos meses. Os médicos dizem que corre o risco de sofrer sequelas irreversíveis e, inclusive, morte súbita.


em Gara.net

domingo, 3 de dezembro de 2006

Estado espanhol não quer a paz


Salsamendi e Bilbao


Zigor Garro, Marina Bernardó, Ekain Mendizábal

O processo de paz vive momentos dramáticos. A detenção, nos últimos dias, de seis presumíveis militantes da organização independentista ETA provocou a revolta no País Basco.

Dia após dias, os governos espanhol e francês abrem caminho à ruptura da construção da paz. Mas, verdade seja dita, eles nunca a quiseram. A todo o momento desferem golpes, enquanto acusam a esquerda independentista de sabotar o processo. Nada de mais falso, nada de mais hipócrita. A ETA suspendeu todas as ofensivas armadas e há mais de três anos que as suas acções não provocam vitimas mortais. Os Estados espanhol e francês mantêm nas suas prisões centenas de presos políticos bascos. O Batasuna, a Segi, os jornais Egin e Egunkaria, o movimento pró-amnistia, todos vitimas da ilegalização. As detenções indiscriminadas continuam.

Há poucos dias, o PSOE mostrava, num vídeo, o seu orgulho em ter feito menos pela paz que o PP. Quem boicota então a paz? Devem os cidadãos bascos submeter-se a uma pax espanhola? Uma paz que pouco difere da paz franquista?

A detenção dos presumíveis militantes independentistas Eneko Bilbao, Borja Gutiérrez, Zorion Salsamendi, Quezac Zigor Garro, Marina Bernadó e Ekain Mendizabal é mais uma machadada no processo. Nós, Associação de Solidariedade com Euskal Herria, condenamos estas detenções. A solução não é a repressão mas sim a negociação de um processo que conduza os bascos à sua autodeterminação.

Na resposta, o povo basco mostrou a sua indignação. Pneus queimados a cortar vias; manifestações; a sabotagem de uma sede do PNV; incêndio de caixas multibanco e a destruição de montras de lojas de grandes empresas. E ninguém pode condenar um povo que se defende quando é, ele mesmo, vitima das maiores violências.

Viva o País Basco livre e socialista!
Amnistia para os presos políticos bascos!
Fim do fascismo espanhol em Euskal Herria!

sábado, 11 de novembro de 2006

Protesto massivo pela autodeterminação

Um vento de luta percorre as ruas bascas. Os sucessivos ataques ao processo de paz levam os cidadãos bascos a exigir a implicação séria do governo espanhol. Não basta dizer-se pela paz. O governo de Madrid não pode continuar a agitar a bandeira da paz enquanto mantém centenas de bascos nas prisões espanholas, enquanto prolonga penas de prisão, enquanto mantém organizações independentistas ilegais, enquanto não cede um milimetro. A ETA cumpriu com a sua parte. Há mais de três anos que não há um atentado mortal, há mais de meio ano que não há operações militares da organização independentista basca.

Hoje milhares de manifestantes exigiram a autodeterminação em Bilbau. Ontem centenas de jovens secundaram a convocatória da SEGI. A acção de protesto foi reprimida pela polícia. Um jovem foi detido.

As noites são agitadas pela revolta de cidadãos que prosseguem a Kale Borroka [guerrilha urbana de baixa intensidade]. Não há lugar para a paz imposta. E isso demonstrou-o Arnaldo Otegi, dirigente do Batasuna, dizendo que se o governo espanhol cessar a repressão irá de localidade em localidade pedir o fim da Kale Borroka.

Afinal quem são os terroristas?

terça-feira, 7 de novembro de 2006

Iñaki de Juana Chaos de novo em greve de fome

Mais uma notícia triste. A Audiência Nacional espanhola comunicará amanhã a Iñaki de Juana Chaos que será condenado a mais 12 anos de prisão. O preso político basco, há mais de 20 anos nos cárceres espanhóis, recomeçou a greve de fome. Depois de 63 dias sem comer, contra a perpetuação da sua pena, a luta continua pelos mesmos motivos. Com ataques destes, não há processos de paz que resistam.

Desde Portugal, estamos com o companheiro Iñaki e condenamos a decisão da Audiência Nacional espanhola de o manter por mais 12 anos na prisão. A produção de artigos de opinião para jornais não é crime senão para quem vê no fascismo uma ideologia fundamental para criminalizar quem luta pela liberdade do seu povo.

Viva Iñaki de Juana Chaos!
Não ao fascismo espanhol!
Liberdade para o povo basco!

Processo de paz em perigo


"Se o Governo espanhol não cumpre os seus compromissos e se não há passos visiveis, o processo romper-se-á".

No último número da revista 'Zutabe', correspondente ao mês de Outubro, Euskadi Ta Askatasuna [ETA] anunciou "um novo esforço de negociação com o Governo de Espanha" com a vontade de "reconduzir" um processo que, segundo constata, se encontra "bloqueado". Responsabiliza os Estados espanhol e francês, assim como alguns partidos, especialmente o PSOE e o PNV, porque deixaram passar "um tempo precioso" durante os últimos meses, período no qual "não se deu nem um só passo visivel no processo democrático" e "não cessaram as agressões contra as agressões contra Euskal Herria". Para avançar, reclama ao Governo espanhol que se comprometa claramente em respeitar o resultado do processo em Euskal Herria e às organizações bascas para que dêem "passos visiveis" durante este Outono.

em Gara.net

quinta-feira, 2 de novembro de 2006

Ainda a discussão no parlamento europeu

PE aprova resolução sobre processo Basco

Posição ambígua

O Parlamento Europeu adoptou uma resolução que manifesta apoio «à iniciativa de paz no País Basco empreendida pelas instituições democráticas espanholas».

A proposta de resolução, apresentada pelo grupo do Partido Socialista Europeu (PSE), foi aprovada na quarta-feira, 25, com 321 votos a favor, 311 contra e 24 abstenções. Numa formulação ambígua, o texto «apoia a luta contra o terrorismo e o processo de paz no País Basco», ao mesmo tempo que «condena a violência», considerando-a «moralmente inaceitável e completamente incompatível com a democracia». A resolução exprime ainda a «solidariedade para com as vítimas do terrorismo.
Antes deste votação, o plenário tinha recusado uma proposta de resolução subscrita pelo grupo do Partido Popular Europeu (PPE), na qual se afirmava que «não foram efectuadas as mutações necessárias na organização terrorista ETA (...) que justifiquem uma alteração na política antiterrorista». Esta proposta foi rejeitada com 322 votos contra, 302 a favor e 31 abstenções.

PCP apoia processo de paz

Apesar de terem votado contra o projecto de resolução avançado pela direita, os deputados do PCP decidiram abster-se na votação da proposta do grupo socialista por considerarem o seu conteúdo muito recuado e ambíguo: «Gostaríamos que o texto tivesse ido mais longe», declarou à imprensa a eurodeputada Ilda Figueiredo.
«Apoiamos o processo de paz e estamos contra a proposta do PPE. Fazemos votos para que tudo se desenvolva da melhor forma», acrescentou a deputada comunista que criticou as «ambiguidades» do documento aprovado.
O carácter «insuficiente» da posição do Parlamento Europeu foi igualmente assinalado pelo porta-voz do partido independentista Batasuna, Joseba Alvarez, que integrou um grupo de 450 activistas bascos que se manifestaram, no dia da votação, frente às instalações do Parlamento Europeu em Estrasburgo, na França.
Embora se tenha congratulado com o facto de a questão basca ter sido discutida em instância europeias, Alvarez lamentou que a resolução aprovada tenha «um conteúdo insuficiente».
Por iniciativa dos socialistas espanhóis, esta foi a primeira vez que o hemiciclo europeu se pronunciou sobre o conflito entre independentistas bascos e o governo de Madrid. Recorde-se no entanto que, em 1994, os eurodeputados expressaram de forma inequívoca o seu apoio ao processo de paz desencadeado na Irlanda do Norte.

em Avante!




Soziedad Alkoholika na mira do fascismo espanhol


O juiz pede ano e meio de prisão para os membros do grupo musical 'Soziedad Alkoholika' [que já actuou várias vezes em Portugal]. A Audiência Nacional começará o julgamento aos seis integrantes do grupo basco, aos que acusa de delito de enaltecimento terrorista, pelo que pede ano e meio de prisão e que não exerçam a profissão de músicos durante o mesmo período.

Esta é a democracia espanhola. Este é o esforço que o Estado espanhol faz pela paz.

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

Parlamento Europeu apoia processo de paz

O Parlamento Europeu manifestou, ontem em Estrasburgo, um forte apoio ao processo de paz no País Basco, apesar de reservas do Partido Popular Europeu (PPE).

Este apoio, aos esforços de paz do Governo espanhol, baseou-se numa proposta de resolução do grupo socialista europeu, cujo dirigente, Martin Schulz, considerou que "o caminho do diálogo é a única maneira de pôr termo à espiral de violência". A resolução teve o 321 votos a favor, 311 contra e 24 abstenções.

Em contraste, o PPE considera que a ETA não renunciou definitivamente à violência e que quaisquer conversações apenas lhe dão visibilidade. O dirigente desta bancada, Hans-Gert Poettering, lançou um apelo à organização separatista para que "mostre algum remorso".

O PPE apresentou uma contra- -proposta de resolução, que foi derrotada por 322 contra 302 e 31 abstenções, a advertir que o processo de paz pode pôr em causa os princípios democráticos da União Europeia.

Entre os eurodeputados portugueses, Assunção Esteves (PPE) decidiu não votar por considerar que a proposta socialista era "sensata", embora também quisesse manter a lealdade ao seu grupo político. Sérgio Marques(PPE) também não votou mas foi indicado que apoia a proposta do seu partido e que chegou atrasado ao hemiciclo.

Os eurodeputados comunistas Ilda Figueiredo e Pedro Guerreiro não depuseram o voto em relação à proposta socialista, embora tenham votado contra a do PPE. Mais tarde, Ilda Figueiredo sublinhou o apoio ao processo de paz mas, no que se prende com a resolução, acrescentou que gostaria "que fosse mais além".

em DN

sábado, 14 de outubro de 2006

Jo Ta Ke!



* Iñaki de Juana Chaos deu por finalizada a sua greve de fome mas continua debilitado
* A kale borroka prossegue no País Basco
* A ONU considera que o Estado espanhol continua a não seguir as suas recomendações para pôr fim à tortura e à dispersão dos presos políticos
* O Estado espanhol prendeu dois jovens, que diz estarem ligados à kale borroka
* Na Alemanha e em França houve concentrações de solidariedade com os presos políticos bascos
* O processo de diálogo não avançou um milimetro

No fundo, nada mudou. O Estado espanhol continua a exercer a sua política repressiva sobre o povo basco. E, como diz a mítica banda basca Su Ta Gar, Jo Ta Ke Irabazi arte!

domingo, 8 de outubro de 2006

Catalunha 2, País Basco 2



Mais de 56 mil espectadores assistiram hoje a uma tarde mágica de futebol. No estádio do FC Barcelona, Camp Nou, as selecções da Catalunha e do País Basco empataram a duas bolas. Em campo, as duas formações exigiram o reconhecimento oficial e a participação em torneios internacionais.



As bancadas do Camp Nou vestiram-se a rigor para uma partida que representou muito mais que um simples jogo de futebol. Faixas reclamando a independência da Catalunha e do País Basco, milhares de bandeiras dos respectivos países e mensagens de apoio aos presos políticos catalães e bascos. Mais que a disputa, o jogo valeu pela fraternidade demonstrada entre os adeptos das duas selecções. Palavras para quê?



Dois povos, uma luta.

Kale Borroka continua

Esta noite vários desconhecidos lançaram cocktails molotov contra tribunais da localidade de Tudela. Na manhã de ontem, numa localidade de Gipuzkoa, vários desconhecidos entraram na Câmara Municipal e fizeram pichagens nas paredes contra o PSOE e em solidariedade com Iñaki de Juana Chaos.

A kale borroka tem-se intensificado nos últimos dias por todo o território do País Basco. A população, certamente descontente com o avanço nulo do processo de diálogo e com o tratamento dado aos presos políticos bascos, tem demonstrado que a paz que desejam não é com amarras mas com a liberdade.

Milhares de pessoas exigem respeito aos direitos dos presos



Mais de 15 mil pessoas responderam ao apelo do Foro Ibaeta e manifestaram-se nas ruas de Donostia pelos direitos dos presos políticos bascos. As fotografias de todos aqueles que deixam uma parte das suas vidas na prisão pela liberdade de Euskal Herria encabeçavam a marcha de protesto.



O Foro Ibaeta apela a que se leve a luta "aos bairros, povoações, centros de ensino, empresas" para se acabar com "a vingança e a chantagem" que as instituições espanholas usam contra os presos bascos. "Não há outro caminho que o compromisso diário".

"Que agrupem imediatamente os presos políticos bascos em Euskal Herria; que ponham imediatamente em liberdade, e sem condições, aos 160 presos e presas sequestradas que já cumpriram as penas que lhes impuseram; que libertem imediatamente os 6 presos doentes, e doentes pela injustiça crónica das políticas penitenciarias".

Enviaram um "abraço caloroso" aos homens e mulheres que formam o EPPK [Colectivo de Presos Políticos Bascos] e a quem lhe é próximo "nestes momentos tão dificies e crueis". E nomearam, desse colectivo: Iñaki de Juana, "sequestrado pelo Governo espanhol e alimentado com uma sonda contra a sua vontade"; José Mari Sagardui, Gatza, que está há 26 anos preso, longe e isolado; Jon Agirre, preso que sofre de doenças graves e ao qual negaram sistematicamente a aplicação do artigo 92 e prolongaram a pena até 2011 quando devia ficar em liberdade já neste mês; e Filipe Bidart, a quem negam a liberdade condicional apesar de cumprir os requisitos estabelecidos pelas autoridades francesas.

Em referência aos mais de 600 presos dispersos " nos 80 Guantanamos de França e de Espanha", o texto do Foro Ibaeta destaca que os querem "vivos, donos dos seus direitos, em casa. E conseguiremos. Não porque os governos se convertirão, da noite para o dia, aos principios democráticos; conseguiremos porque cada vez mais gente está comprometida em dar uma resposta social proporcional a esses ataques brutais".

Fonte: Gara.net

terça-feira, 3 de outubro de 2006

Delegação visita Iñaki de Juana Chaos

Uma delegação do Foro de Ibaeta visitou o preso político basco Iñaki de Juana Chaos, há 58 dias em greve de fome. Segundo Juan Mari Olano, representante do movimento pro-amnistia, Iñaki perdeu mais de 24 quilos desde que iniciou a greve e, apesar da deterioração do seu estado físico, encontra-se "psicologicamente muito forte".

Iñaki reafirmou a sua intenção de prosseguir a greve de fome que mantem há quase dois meses. Não está disposto a permanecer "nem mais um segundo" na prisão, segundo Olano.

Fonte: Gara

Solidariza-te com Iñaki de Juana Chaos em http://www.petitiononline.com/eh1959/petition.html

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

SEGI, a organização juvenil independentista



No Gara saiu também uma pequena entrevista com Mattin Elortza, membro da SEGI.

domingo, 1 de outubro de 2006

Documentário

Autodeterminação é a palavra-de-ordem!



Sob o lema da autodeterminação, mais de 16 mil pessoas encheram as ruas das cinco capitais bascas neste sábado. A esquerda independentista pretendeu, através das manifestações, marchar contra o bloqueio do processo de paz e pela solução real do conflito, como noticia o diário basco Gara.

Durante as acções de protesto ouviram-se muitas palavras-de-ordem solidárias com Iñaki de Juana Chaos, o preso político basco há 56 dias em greve de fome.

Antes das mobilizações populares, Joseba Permach, dirigente do Batasuna, afirmava que as próximas semanas iriam ser decisivas para saber se entre todos seriam "capazes de encontrar as bases mínimas para iniciar o diálogo político".

A kale borroka [luta urbana] também se tem intensificado. O governo espanhol, depois de agitar a legalização do Batasuna como desculpa para fazer encalhar o processo, avança agora com a kale borroka como nova desculpa. A verdade é que antes de ter estalado a kale borroka o processo já estava paralizado.

As ruas bascas vivem o protesto diário de independentistas comprometidos com a luta pela liberdade do seu povo. Segundo o Gara, na madrugada de ontem, um grupo de jovens atacou em Ondarroa duas sucursais do BBVA [Banco Bilbao y Viscaya] e um tribunal com cocktails molotov, para além de incendiar uma barricada de pneus.

Enquanto isto, passearam-se, durante a semana, militares espanhóis. Marcharam atravessando aldeias bascas, fazendo paraquedismo nas praias bascas, querendo mostrar quem ocupa o território da parte sul de Euskal Herria. Vários cidadãos bascos mostraram o seu repúdio manifestando-se contra a sua presença.

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Vento de liberdade



Há 31 anos, o fascismo espanhol assassinou 2 militantes da ETA e 3 militantes da FRAP. O povo basco nunca os esquecerá. Nós também não.

Amanhã quando morrer não me chorem.
Nunca estarei debaixo da terra
Sou vento de liberdade.

Txiki

Um ano na internet

Há um ano, cientes da necessidade de um meio que denunciasse o que se passa no País Basco, que informasse sobre as acções e posições da Associação de Solidariedade com Euskal Herria (ASEH), decidiu-se criar o http://paisbasco.blogspot.com. Plenamente conscientes das insuficiências e dos defeitos de um site/blogue que ainda não corresponde à totalidade dos nossos objectivos, temos desenvolvido um trabalho no sentido de o manter actualizado. Em nenhum outro meio português podemos ler tanta e tão actualizada informação sobre o que se passa no País Basco. Infelizmente, a luta que se trava em Euskal Herria continua a não ter, como sempre afirmámos, eco nos meios de comunicação dos opressores.

O balanço de um ano não deixa de ser positivo. 3799 visitas e 6939 visualizações é o resultado. 6939 vezes em que o povo basco não foi esquecido, em que a sua luta não foi ignorada, em que as suas reivindicações foram conhecidas.

Agradecemos a participação de todos. Principalmente a divulgação do site e da luta travada pelo povo basco.

Cabe a todos nós denunciar a verdade, cabe a todos nós encetar a luta solidária e internacionalista. Viva Euskal Herria independente e socialista!

Gudari Eguna

Hoje é o Gudari Eguna, o dia do combatente basco. Em cada região, em cada localidade do País Basco, comemora-se um dos dias mais importantes do calendário do movimento independentista basco. É hora de homenagear todos aqueles que lutaram contra o franquismo. É hora de homenagear todos aqueles que tombaram na luta pela independência e pelo socialismo. É hora de homenagear todos aqueles que desafiam os Estados espanhol e francês lutando contra a opressão.


O cemitério de Zarautz recebeu, logo pela manhã, a justa homenagem dos familiares, amigos e camaradas. Ali está a tumba de Jon Paredes "Txiki", jovem militante da ETA fuzilado em 1975 junto a Otaegi e a mais três militantes da FRAP.


Mãe de "Txiki" durante a homenagem em Zarautz

Que vivam os combatentes bascos!
Viva o País Basco independente e socialista!

terça-feira, 26 de setembro de 2006

Iñaki de Juana Chaos há 51 dias em Greve de Fome

O preso político Iñaki de Juana prossegue em greve de fome no hospital de Algeciras. Ontem cumpriu 50 dias sem comer. Segundo dados difundidos ontem pela Etxerat, na quarta da semana passada, agentes policiais ataram-lhe os braços e as pernas perante a sua negativa a que os médicos lhe administrassem potássio através do soro intravenoso. De Juana apresentava um baixo nível desta substância e corria risco de sofrer um enfarto. Mantiveram-no atado 24 horas até que o próprio pediu para que o desatassem. Etxerat denunciou "esta crueldade" cometida contra o preso e o resto do Colectivo.

in Gara.net

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

Kepa Junkera


A cultura basca. Um dos eixos da luta pela identidade de um povo que não se rende.

domingo, 24 de setembro de 2006

Comunicado da ETA

1500 pessoas homenageiam combatentes bascos
O comunicado foi lido por três militantes da ETA no Gudari Eguna [Dia do Combatente basco], no bosque de Aritxulegi, em Oiartzun, para onde mais de 1500 pessoas se deslocaram em homenagem aos 218 combatentes que deram a vida pelo País Basco. Num momento determinado, três pessoas, encapuzadas e armadas, subiram ao palco e leram o comunicado. No final, gritando "Gora Eusko Gudariak", dispararam 7 tiros e desapareceram.
Comunicado:
Euskadi Ta Askatasuna [ETA] quer fazer chegar uma forte saudação a todos os lutadores que se reuniram neste acto. O Gudari Eguna [Dia do Combatente] não é para nós uma data a olhar para trás. Pelo contrário, com o exemplo dos companheiros de luta na memória e aprendendo sobre o caminho percorrido, deste dia tem de servir para garantir a luta de hoje e de amanhã, tem de servir para fortalecer o compromisso pessoal pela liberdade do País Basco. A luta não é o passado, sim o presente e o futuro.


Continuar, sem desistir, na luta pelo caminho exemplar dos gudaris [combatentes], levar-nos-á a ser um Povo livre. Fazer frente, firmemente, à opressão que vive o País Basco é um trabalho imprescindível para garantir a sobrevivência do nosso povo.

Neste caminho abrupto ninguém nos vai oferecer nada, a oportunidade de conseguir a liberdade do País Basco está no coração e nas mãos de cada um. Construiremos a independência do País Basco com a nossa acção diária. Essa é precisamente a mensagem que a ETA quer fazer chegar hoje: Confirmamos o compromisso de continuar lutando firmemente, com as armas na mão, até conseguirmos a independência e o socialismo no País Basco. Temos o sangue preparado para dar por ele. Vamos consegui-lo!

Vivam os combatentes bascos! Viva o País Basco livre! Viva o País Basco socialista! Sem descanso até conseguirmos a independência e o socialismo!

Fonte: eitb

sábado, 23 de setembro de 2006

Sabotagem contra a repressão


Tribunal em Biscaia

Ao longo desta semana foram realizadas várias acções de sabotagem em protesto contra a situação em que vivem os presos políticos bascos. A sede da Onda Cero de Iruñea e um tribunal em Biscaia foram alvo de acções. Anteriormente, um autocarro e uma estação de caminhos-de-ferro tinham sido já incendiados. Um telefonema anónimo reivindicara esse ataque como resposta à situação de Iñaki de Juana Chaos. Também esta noite, vários contentores do lixo foram atravessados na estrada e incendiados.

Iñaki de Juana Chaos entrevistado

Entrevista com Iñaki de Juana Chaos publicada no Gara.

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

Entrevista a Mitxel Sarasketa

Entrevista a Mitxel Sarasketa que vale a pena ver.

Vídeo

Comunicado da ASEH

Comunicado

A Associação de Solidariedade com Euskal Herria condena a postura de imobilismo do Estado espanhol em relação à trégua anunciada pela organização armada ETA. O actual impasse verificado prejudica gravemente o desenvolvimento de um processo de paz que conduza ao fim do conflito e à convivência fraterna entre os povos. Não se pode querer a paz adiando e levantando entraves para a criação de uma mesa de negociações. Não se pode querer a paz anunciando que não se vai dar ao povo o direito legítimo, consagrado pela Organização das Nações Unidas, à autodeterminação. Por fim, não se pode querer a paz continuando a guerra. Lançando a prisão e a tortura sobre os cidadãos bascos, proibindo e reprimindo manifestações, mantendo rádios, jornais, organizações juvenis, associações humanitárias e anti-repressivas e partidos políticos sob a sombra da ilegalização. O Estado espanhol até agora tem demonstrado querer uma ‘Pax Romana’, uma paz baseada na imposição.

A Associação de Solidariedade com Euskal Herria denuncia a situação em que vivem os quase 700 presos políticos bascos e, particularmente, o caso de Iñaki de Juana Chaos, há 45 dias em greve de fome indefinida. Deslocados, a centenas de quilómetros da sua terra, sofrem e vêem os seus familiares e amigos sofrerem com a distância. Muitos, com doenças crónicas, são mantidos encarcerados décadas a fio, enquanto que ex-generais e ex-ministros envolvidos em escândalos de corrupção e de terrorismo estatal cumprem apenas uma pequena parte da pena. Iñaki de Juana Chaos cometeu o ‘crime’ de escrever dois artigos para um jornal, nos quais apoia o Movimento de Libertação Nacional Basco. Foi a razão que encontraram para satisfazer o ódio lançado pelos meios de comunicação social espanhóis, e apoiados pelo governo, contra a decisão de não se criminalizar Iñaki. Por ter escrito pela liberdade do seu povo poderá passar mais 30 anos na prisão. Com 50 anos de idade, Iñaki, que já passou 20 enjaulado, sairá em liberdade com 80 anos. A greve de fome foi a única forma de luta encontrada para fazer face a todos estes atropelos legais e políticos. Há 45 dias em greve, foi anteontem hospitalizado com menos 18 quilos e com todo o peso da persistência da sua luta. A resposta do Estado espanhol não foi a reposição da justiça mas a ordem de o alimentar à força.

A Associação de Solidariedade com Euskal Herria está solidária com os presos políticos bascos e com todos os que no País Basco lutam pela liberdade do seu povo. Como noutros momentos da história, quem luta contra a opressão é considerado terrorista. Os exemplos de presos políticos como Bobby Sands, Nélson Mandela e António Dias Lourenço demonstram que nada poderão contra a fome de liberdade do povo basco.

Liberdade para Iñaki de Juana Chaos!

Liberdade para os presos políticos bascos!

Viva o País Basco independente e socialista!

20 de Setembro de 2006

Associação de Solidariedade com Euskal Herria

terça-feira, 19 de setembro de 2006

44º dia em Greve de Fome: Solidariza-te com Iñaki!

As mobilizações de solidariedade com Iñaki de Juana Chaos continuam. Amanhã, em Lisboa, teremos a oportunidade de o fazer. Infelizmente, até agora, a comunicação social tem optado pelo silêncio. Noutras alturas não se coíbiram de noticiar as convocatórias de acções de protesto a realizar em Madrid contra os independentistas bascos. Por isso, é ainda mais importante a participação de todos para denunciar a situação vivida por Iñaki.

Amanhã, Quarta-Feira, às 18h. Na embaixada do Estado espanhol, na Av. da Liberdade (junto ao Parque Mayer), vamos protestar contra a política penitenciária do governo espanhol. Quem, em tempo de trégua, continua a fazer a guerra não pode querer a paz.

Liberdade para Iñaki de Juana Chaos!
Liberdade para os presos políticos bascos!

sexta-feira, 15 de setembro de 2006

Juiz pede alimentação forçada de Iñaki

Na última hora vieram a público notícias que davam conta de ordens dos juizes no sentido de se obrigar, nos próximos dias, Iñaki de Juana Chaos a alimentar-se. A acontecer será demonstrado, uma vez mais, a utilização fascista de meios na tentativa de vergar os presos políticos à vontade dos torcionários espanhóis.

Há 2 anos precisamente, o Governo espanhol libertava o ex-general Galindo, envolvido nas GAL, organização criada pelo Estado espanhol para assassinar independentistas bascos. Galindo, acusado de acções terroristas, foi condenado a 75 anos de prisão mas não passou mais de 8 anos na prisão. Iñaki de Juana Chaos cumpriu integralmente a sua pena, estando há 20 anos na prisão. Já deveria estar em liberdade na sua terra mas os juizes decidiram aplicar-lhe a prisão preventiva por ter redigido 2 artigos para um jornal. Pedem 94 anos de prisão pelo grave crime de escrever a favor da liberdade do seu povo.

http://www.petitiononline.com/eh1959/petition.html [assina em solidariedade]

40º dia: Liberdade para Iñaki de Juana Chaos!

http://www.petitiononline.com/eh1959/petition.html [assina em solidariedade]



Baltzar Garzón, juiz da Audiência Nacional, proibiu as marchas marcadas para Donostia, Vitoria-Gasteiz, Bilbau e Iruñea. Os actos de protesto em apoio a Iñaki de Juana Chaos foram convocados para sábado. Garzón considera que corresponde a uma convocatória da organização anti-repressiva Askatasuna, ilegalizada pelo Estado espanhol, e, segundo o mesmo, segue orientações "terroristas".

A Associação de Solidariedade com Euskal Herria (ASEH) condena aquilo que consideramos ser mais uma grave violação dos direitos do povo basco, o direito à manifestação. Ao longo das últimas décadas fomos habituados a assistir aos atropelos a que o Estado espanhol submete o povo basco. Longe de configurar uma transição para a democracia, o fim do franquismo não trouxe o fim do estado de excepção no País Basco. Ninguém pode querer a paz continuando a guerra. À trégua da organização armada ETA, o Estado espanhol responde com prisões, tortura, a manutenção da ilegalização de organizações independentistas e a manutenção da violação dos mais elementares direitos civicos.

O sistema judicial espanhol, ferramenta de repressão do Estado, tenta prolongar o sofrimento dos presos políticos bascos através de penas arrancadas a ferros. Para Iñaki de Juana Chaos, há já 20 anos nos cárceres, pedem-se 96 anos de prisão. Uma pena perpétua encapotada para quem não fez mais que escrever dois artigos para um jornal.

Iñaki encetou uma luta contra a injustiça de que é alvo. Há 40 dias em greve de fome demonstra ao mundo que não há nada a temer quando se trata da luta por um dos mais preciosos valores da humanidade: a liberdade. Nós, Associação de Solidariedade com Euskal Herria, estamos solidários com Iñaki de Juana Chaos e exigimos a sua imediata libertação.

Liberdade para Iñaki de Juana Chaos!
Liberdade para os presos políticos bascos!
Liberdade para o País Basco!

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

38º dia: Marcha de apoio a Iñaki no sábado

Uma marcha de apoio a Iñaki de Juana partirá no sábado rumo a Algeciras


Cidadãos bascos mobilizam-se em apoio a Iñaki

http://www.petitiononline.com/eh1959/petition.html [assina em solidariedade]

A marcha partirá uma vez que acabe a manifestação que terá lugar pela tarde (18.00), convocada pela Askatasuna. A saída será no Boulevard e as camionetas serão gratuítas.

Uma vez na prisão de Algeciras têm a intenção de entregar uma carta ao director da prisão.

Numa sessão de esclarecimento em que participaram hoje a Askatasuna de Donostia e um grupo de cidadãos para dar conta da marcha, denunciaram a atitude que tem mantido a Ertzaintza durante as numerosas iniciativas pacificas que se têm desenvolvido nas últimas semanas em apoio a Iñaki de Juana e assinalaram que nesta mesma semana identificaram seis pessoas por participarem em acções informativas na Parte Velha.

Também censuraram a atitude das autoridades da Câmara Municipal donostiarra que não se pronunciou ainda sobre De Juana nem sobre outros presos da localidade em situação semelhante.

Informou-se também que já são mais de 2000 assinaturas de gente a culpar-se pelo crime de Iñaki de Juana.

O preso basco, que cumpre hoje 38 dias em greve de fome, já perdeu 16 quilos e mostrou a sua determinação em prosseguir o protesto. Na sexta cumprirá 40 dias de greve de fome e a partir de então será submetido a análises médicas a cada três dias.

em Gara.net

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

37º dia: solidariedade com Iñaki espalha-se

A solidariedade com Iñaki de Juana Chaos espalha-se

http://www.petitiononline.com/eh1959/petition.html [assina em solidariedade]

Os concertos de Silvio Rodriguez e de Benito Lertxundi em Donostia e o dos «bertso saioak» da semana passada na Parte Velha acolheram demonstrações de solidariedade para com o preso Iñaki de Juana, em greve de fome indefinida desde 7 de Agosto. Tais expressões de apoio, que não foram noticiadas pela maioria dos meios de comunicação, têm-se repetido ao longo deste mês. Manifestações, recolha de assinaturas, em que as pessoas se assumem como culpadas do "crime" do preso político basco, afixação de cartazes informativos...foram algumas das acções realizadas, algumas abortadas pela Ertzaintza [polícia autonómica basca].

Os protestos de apoio ao preso político basco Iñaki de Juana continuam sem parar e espalham-se a actos cada vez mais diversos. De Juana, que cumpre hoje 37 dias de greve de fome contra a nova doutrina destinada a impor a prisão perpétua, continua com a determinação firme de manter o protesto, segundo constataram amigos que foram no sábado à prisão em Algeciras, ainda que tenha perdido 16 quilos.


Desde 7 de Agosto, iniciara uma greve de fome indefinida para denunciar a retenção de presos bascos a cumprir de forma íntegra as penas impostas entre os quais está o próprio De Juana. Os donostiarras não deixam de sair à rua. Painéis informativos, pancartas, buzinões nas casas da Parte Velha, concentrações, caravanas automóveis, distribuição de panfletos...foram as iniciativas a partir do primeiro dia de greve. Mas tem sido nestas últimas semanas, a partir dos 20 dias de greve, a acentuação do apoio ao preso basco.

No sábado, 26 de Agosto, quando o preso donostiarra cumpria 21 dias de greve, mais de 2000 pessoas percorreram as ruas de Donostia respondendo à convocatória dos habitantes da Parte Velha. Já pela noite, pelas 23.00, a Ertzaintza actuou com os bastões extensiveis contra um grupo de jovens que informava sobre a situação de De Juana. As cargas policiais da Polícia autonómica também aumentaram em proporção, conforme os protestos de apoio ao preso.

«Estão a bater em idosos de 60 anos!»

Ontem pela manhã foi operado no Hospital de Donostia por rotura óssea um dos hospitalizados no sábado devido à actuação da Ertzaintza, que dissolveu à bastonada uma paralisação de uma das principais avenidas da cidade, o Boulevard, para denunciar a situação de Iñaki de Juana. Entre as 12.40 e as 13.00 permaneceram atados na via até que uma dezena de ertzainas obrigou-os a levantarem-se pela força ainda que estivessem amarrados. Viveram-se momentos de grande tensão quando começaram a arrastar pelo solo e a empurrar os que protestavam.


No entanto, a pessoa operada ontem nem sequer estava no protesto. Ao passar por ali e ver a carga policial, disse aos ertzainas que «estavam a bater em idosos de 60 anos».

Tal denúncia valeu-lhe uma bastonada que lhe partiu o cúbito ao proteger a cabeça com os braços. Segundo relataram testemunhas presenciais, um ertzaina chamou «filho da puta» a um dos participantes do protesto que lhe respondeu «tira o capuz e identifica-te». Quando o manifestante se movia, ainda atado, o agente deu-lhe uma bastonada que lhe abriu o lábio superior, partiu os dentes e o aparelho dentário. Segundo informaram o Gara, o golpe esmagou o aparelho contra as gengivas, danificando um nervo.

em Gara.net

domingo, 10 de setembro de 2006

Assina em solidariedade com Iñaki de Juana Chaos

http://www.petitiononline.com/eh1959/petition.html



Lê, assina e divulga!

Iñaki de Juana Chaos, preso político basco, cumpriu a sua pena de 18 anos de prisão. Devia estar em liberdade há quase dois anos. No entanto, os tribunais espanhóis em conjunto com o governo prepararam-lhe uma armadilha. Dois artigos de opinião publicados no jornal basco "Gara" serviram de desculpa para o manter na prisão, desta vez em prisão preventiva à espera de novo julgamento e de nova sentença. Agora acusa-se-lhe de apologia do terrorismo nos dois textos que enviou da prisão para o jornal. Iñaki pode ficar na prisão quase toda a vida por ter redigido dois artigos.

Sem qualquer outra forma de defesa, Iñaki lançou-se numa greve de fome que já dura há 34 dias. Nesse espaço de tempo já perdeu 15 quilos. É a luta pela liberdade!

http://www.petitiononline.com/eh1959/petition.html

Este é o endereço no qual podes deixar a tua assinatura/protesto a enviar ao Governo do Estado espanhol. Todas e quaisquer acções que se possam realizar para denunciar a situação de Iñaki de Juana Chaos são importantes. O lançamento deste abaixo-assinado configura uma forma de protesto contra a trama judicial instigada pelo governo espanhol que se está a impor ao preso político basco.

Liberdade para Iñaki de Juana Chaos!

sábado, 9 de setembro de 2006

Mensagens de protesto solidárias com Iñaki

Faz-se um apelo a todas as organizações e pessoas solidárias para que façam chegar mensagens de protesto aos corpos consulares e embaixadas espanholas, assim como o envio massivo de mensagens para os seguintes endereços dos responsáveis directos da situação de Iñaki de Juana Chaos:

Estado espanhol:

José Luís Rodríguez Zapatero
Presidente del Gobierno Español
Palacio de la Moncloa,
Avda. Puerta de Hierro, s/n.
28071 Madrid
España
jlrzapatero@presidencia.gob.es
Fax: 0034 913900217

Carlos Divar Blanco
Presidente Audiencia Nacional
C/ García Gutiérrez, 1
28004 Madrid
España
Fax: 0034 913973381

Mercedes Gallizo Llamas
Directora General de Instituciones Penitenciarias
C/ Alcalá, 38-40
28014. Madrid
España
Fax: 91 335 40 52

Portugal:

EMBAIXADA EM LISBOA

Direcção:Rua do Salitre, 1.-1269-052 Lisboa.
Telefone:21 347 23 81/82/83 e 21 347 86 21/22.
Fax:21 347 23 84 e 21 342 53 76.
Email:embesppt@correo.mae.es

CONSULADO NO PORTO

Direcção:Rua D. João IV, 341.-4000 Porto.
Telefone:22 536 39 15, 22 536 39 40 e 22 510 16 85.
Fax:22 510 19 14.
Email:cgespporto@correo.mae.es

sexta-feira, 8 de setembro de 2006

33 dias de Greve de Fome: Salvemos a vida de Iñaki de Juana Chaos

O preso basco Iñaki de Juana Chaos iniciou, no passado dia 7 de Agosto, uma greve de fome ilimitada para exigir o respeito pelo seu direito à liberdade.

Iñaki de Juana devia ter tido acesso à liberdade no dia 25 de Outubro de 2004, após de ter completado a sua pena de 18 anos na prisão. No entanto, o magistrado da Primeira Sala Penal da Audiência Nacional, Gómez Bermúdez, emitia um auto no dia 22 de Outubro no qual se pretendia impugnar os beneficios que tinha Iñaki [e que lhe davam direito a sair da prisão] para evitar a sua libertação. Perante a impossibilidade de manter essa justificação, o juiz ditou a prisão preventiva contra o preso basco por presumivel delito de pertença a organização armada e de ameaças terroristas. Os factos pelos quais se fez semelhante petição baseavam-se em dois artigos de opinião que o preso basco enviou ao jornal Gara. Seria impossivel encontrar nos ditos artigos base racional suficiente para sustentar semelhantes acusações.

Precisamente, no dia 14 de Junho de 2006, fez-se pública a sentença pela qual o juiz da Audiência Nacional espanhola Santiago Pedraz não dava razão à acusação. Considerava que nos artigos o preso mostrava o seu apoio ao Movimento de Libertação Nacional Basco - MLNB - o qual "não é equiparável à ETA". Acrescentava que "tal movimento não está qualificado como organização terrorista" pelo que considerava não provada a existência de um delito de ameaças.

Nesse momento, desencadeia-se uma campanha mediática contra a decisão do juiz. O titular do Ministério da Justiça, Juan Fernando López Aguilar, declarou: "construiremos novas imputações para evitar que sejam libertados!". O fiscal geral do Estado, Cándido Conde-Pumpido, assegurou que "continuariam a opor-se à sua libertação na medida do que seja legalmente possivel" e assim recorreram da decisão. Esta atmosfera impulsiona a Terceira Secção da Sala Penal da Audiência Nacional a rectificar a decisão do juiz Pedraz considerando que Iñaki de Juana fez "alarde e exaltação" da sua pertença à ETA nos artigos publicados, cujo conteúdo, segundo diz o auto, "revela claramente uma possivel ameaça terrorista" pelo que se faz uma nova petição de 96 anos de prisão.

Nos últimos tempos assistimos a uma iniciativa brutal amparada pelo governo espanhol e pelo tribunal excepcional anti-terrorista Audiência Nacional para, saltando todos os principios básicos da legalidade, evitar o acesso à liberdade de presos políticos que deveriam ter acesso a ela de forma imediata. O Estado espanhol considera, por razões de vingança política, que Iñaki, assim como outros presos políticos em situação semelhante, não cumpriu a sua pena. Assim o executivo de Zapatero pretende impulsionar esta situação de "prisão perpétua" contra o colectivo de presos e presas políticas bascas vulnerando o direito universal à liberdade de quem cumpriu integralmente as suas penas. Ainda para mais neste momento político delicado em que se abrem possibilidade para uma solução do conflito em que durante anos participaram o povo basco e o Estado espanhol. O executivo espanhol instrumentaliza os presos e presas dificultando uma solução democrática do conflito político.

Nestas circunstâncias, Iñaki entende que não tem outra saída senão a de empreender uma greve de fome ilimitada, ainda que possa perder a vida. Por isso, pedimos a solidariedade activa com Iñaki e fazemos um apelo à opinião pública internacional para denunciar a inconsistência dos factos de que se lhe acusa de ter cometido e reclamar o seu direito à liberdade.

Salvemos a vida de Iñaki!!!

Askatasuna - organização basca anti-repressiva

quarta-feira, 6 de setembro de 2006

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

Urgente: Iñaki de Juana Chaos há 29 dias em greve de fome



Iñaki de Juana Chaos cumpriu a sua quarta semana em greve de fome indefinida. Está há 29 dias em greve de fome. O preso independentista basco já perdeu mais de quinze quilos de peso. No entanto, encontra-se "muito forte e convencido a prosseguir em frente", segundo amigos. Esta semana não foi levado a um centro hospitalar para ser submetido a diferentes provas médicas, algo que fizeram nas semanas anteriores contra a sua vontade.

Fonte: Gara.net

quinta-feira, 24 de agosto de 2006

Juana Chaos há 18 dias em greve de fome

Iñaki de Juana Chaos está há 18 dias sem comer, em greve de fome. Por lutar pela liberdade do seu povo está há 20 anos preso pelo Estado espanhol. Cumprida a pena, o Estado criminoso mantem-no agora em prisão preventiva por ter escrito dois artigos de opinião no diário basco Gara. Quer-lhe impôr uma nova pena, desta vez de 96 anos de prisão. No dia 7 de Agosto iniciou uma greve de fome indefinida "porque não lhe resta outro caminho para defender o seu direito à liberdade". Mas não está sozinho. Nós estamos com ele.

Força, companheiro!

terça-feira, 18 de julho de 2006

Comités de Solidariedade alvos da 'justiça' espanhola

A edição de hoje do Gara noticía a tese de quem acusa o Batasuna de seguir a actividade internacional 'desenhada pela ETA'. Durante o julgamento, a acusação não só atacou todas as organizações e dirigentes independentistas, como chegou ao ponto de acusar os comités de solidariedade com o povo basco, organizados em vários pontos do mundo, como o nosso, em Portugal, de fazerem parte da estratégia da ETA para retirar legitimidade ao Estado espanhol. Joseba Alvarez fez questão de explicar que estes comités surgem por iniciativa dos cidadãos desses mesmos países «solidários com a causa basca». «Todos os povos em luta que há no mundo têm comités de solidariedade», disse.

Nós, Associação de Solidariedade com Euskal Herria (ASEH), não só não reconhecemos qualquer legitimidade à 'justiça' espanhola como continuaremos solidários com a justa luta do povo basco pela sua liberdade. As acusações que nos fazem são um reconhecimento do nosso trabalho e reforçam o prosseguimento da nossa luta.

Gora Euskal Herria askatuta!

segunda-feira, 17 de julho de 2006

Um povo em luta

www.aitzurfilmak.tk

quinta-feira, 13 de julho de 2006

«Sem diálogo não pode haver paz no País Basco»

Entrevista com Arnaldo Otegi, porta-voz do Batasuna

«O que dá coesão ao movimento independentista de esquerda não é a luta armada da ETA, mas antes um projecto nacional e progressista para o País Basco». As palavras são de Arnaldo Otegui, porta-voz do partido Batasuna, em entrevista concedida ao Avante! a 15 de Junho, em Donostia (San Sebastian, em castelhano), duas semanas antes do presidente do governo espanhol, Rodríguez Zapatero, ter feito saber que vai dialogar com a ETA.

(...)

Em Portugal, sempre que se fala de País Basco, a comunicação social dominante pretende incutir a ideia de que todo o independentista é um terrorista e pertence à ETA. Como vê e o que é, para o Batasuna, a ETA?

Antes de mais, deve-se ter em conta que a ETA é uma organização nascida no País Basco durante a época da ditadura franquista. Através da luta armada contra a ditadura, a ETA criou no nosso país um espaço sociológico e político, dotado com o projecto estratégico de criar um Estado basco, independente e socialista. Podemos, por isso, dizer que a data de nascimento do movimento independentista é a data de nascimento da ETA.
No entanto, embora assim seja, há algo que deve ser sublinhado com clareza: é que existe uma diferença fundamental entre a ETA, que pratica a luta armada, e nós, que, evidentemente não o fazemos.
Por outro lado, embora exista esta coincidência de objectivo, nós somos uma organização política que aglutina uma boa parte da população que pode ou não estar de acordo com a luta armada da ETA. O que dá coesão ao movimento independentista de esquerda deste país não é a luta armada da ETA, mas antes um projecto nacional e progressista para o País Basco.

(...)

Costuma ouvir-se, em Portugal, que o País Basco é espanhol porque apenas 15 por cento da população está com a esquerda independentista. O que pensa deste argumento?

É um argumento absolutamente falso. Podemos dizer que a maioria política, social, sindical e inclusivamente institucional do nosso país está a fazer uma aposta pelos direitos de autodeterminação e de soberania do nosso povo. Mas devemos ter em conta que são 15 por cento os que votam na esquerda independentista, nas condições actuais. Votam, inclusivamente, em situação de ilegalidade. Mas nunca foi feito um referendo sobre a autodeterminação neste país. Sabemos é que, hoje em dia, segundo as sondagens, há entre 30 e 45 por cento de cidadãos que se manifestam como independentistas. Portanto, o problema sobre se o País Basco é ou não Espanha, não depende da percentagem de votos da esquerda independentista. Para nós, é um problema de aritmética democrática. A pergunta que devolvemos é, se estão tão seguros de que nós, os bascos, nos sentimos tão plenamente espanhóis, que problema há em poder admitir um cenário democrático onde os bascos possam decidir se querem ser independentes ou não?

(...)

A ler no jornal «Avante!»

quarta-feira, 12 de julho de 2006

Democracia espanhola


terça-feira, 11 de julho de 2006

Mikel Urkia, 24 dias em greve de fome

Nas prisões do Estado espanhol tortura-se. Não há dúvidas. Quem o diz são diversos organismos ligados à ONU, à Amnistia Internacional e a organizações humanitárias bascas.

Não admira, portanto, que o risco de tortura seja elevado para os presos políticos bascos extraditados do Estado francês. Muitos foram os casos de cidadãos bascos que encontraram uma realidade bem diferente daquela que encontram nas prisões francesas [sem que isso signifique a justeza das prisões políticas].

Mikel Urkia, cidadão basco, cumpre hoje 24 dias de greve de fome em protesto contra a sua expulsão para o Estado espanhol. No dia 18 de Julho cumpre a condenação imposta pelo Estado francês e será expulso. As autoridades espanholas decerto que terão a 'delicadeza' de o receber à boa maneira fascista.

As mobilizações têm sido constantes. A solidariedade com Mikel Urkia é urgente e necessária.

domingo, 9 de julho de 2006

Komunistak

Está disponivel a versão electrónica do nº6 da revista KOMUNISTAK [COMUNISTAS], órgão de comunicação do Euskal Herriko Komunistak, da primavera de 2006, cuja versão em papel está na rua faz algum tempo.




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sábado, 8 de julho de 2006

Solidários com os presos políticos bascos!

Cumprem-se 26 anos desde que José Mari Sagardui «Gatza» foi preso. O militante independentista é o preso político basco há mais tempo nos calabouços do Estado espanhol. Kontxa Luna, sua companheira, declarou ao diário basco Gara que «o povo não se esquece de que continua preso e esse reconhecimento ajuda muito, está na mente de muitos [...] levamos anos e anos lutando pelos nossos companheiros, filhos e pais. Se chegámos até aqui, aguentaremos o que nos façam».

A Associação de Solidariedade com Euskal Herria (ASEH) está solidária com os presos políticos bascos. Não são presos de delito comum. São homens e mulheres que foram encarcerados por darem o melhor das suas vidas pela liberdade do povo basco. Um exemplo a seguir.

Batasuna não cede a chantagem

Na reunião com o Batasuna, o Partido Socialista de Euskadi exigiu que o partido da esquerda independentista se legalizasse antes de se iniciar uma mesa de diálogo entre partidos. Sabe-se que a concretização da legalização do Batasuna só é possivel, perante a lei de partidos actual, se renunciar e condenar a violência e a luta armada.

Hoje, em conferência de imprensa, Joseba Permach e Juan Joxe Petrikorena, dirigentes do Batasuna, foram claros. Para o "trânsito" da organização política rumo a uma situação legal, os governos espanhol e francês devem eliminar os mecanismos criados "para acabar com a esquerda independentista".

A esquerda independentista não modificará a sua situação para integrar um marco jurídico que não respeita os direitos do povo basco.

sexta-feira, 7 de julho de 2006

FARC-EP saúdam o diálogo



«Respeitando as realidades e os processos políticos de cada país», as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Exército do Povo (FARC-EP) saúdam a «corajosa decisão do Governo do Estado espanhol, encabeçado pelo presidente Rodríguez Zapatero, e da organização armada basca Euskadi Ta Askatasuna [ETA] de iniciar diálogos que conduzam a uma solução política e negociada do conflito».

A Comissão Internacional das FARC, num comunicado fechado no passado 29 de Junho, destaca que «a experiência ensina que a participação democrática e abrangente de todas as correntes políticas de uma nação é garantia de consenso e perdurabilidade dos acordos», e que «uma paz duradoura e justa só é possivel se se identificam e superam as causas e natureza dos confrontos».

«É a hora dos povos», afirmam as FARC, e defendem que são os povos os que «devem decidir o seu próprio destino e construir a sua própria sociedade». Consideram que «assim está a ocorrer no mundo» e que «assim o entendem as mentes dos povos e dirigentes».

«Nesta crucial e importante etapa que se inicia no País Basco, desejamos sorte e êxitos ao Governo do Estado espanhol e ao povo basco», conclui a nota.

em Gara.net

quinta-feira, 6 de julho de 2006

Gora San Fermin!


Milhares de pessoas dão ínicio à festa

Começaram as festas de San Fermin. Iruñea engalanou-se para receber as centenas de milhares de visitantes que acorreram à capital histórica do País Basco.

Antes da festa, mais de um milhar de manifestantes percorreram as ruas denunciando a «tortura» a que se submetem os 48 touros que, ano após ano, percorrendo as ruas iruindarras, perdem a vida de forma «cruel e sangrenta».

Ao meio-dia, rebentou o foguete que deu inicio às festas. O "Viva a festa de San Fermin!" foi o grito repetido pelos milhares que enchiam as ruas da Parte Velha. A luta pela independência, pelo socialismo e pela paz promete acompanhar a festa nos próximos dias.


Bandeiras do País Basco, de repatriamento dos presos políticos e da Segi, organização juvenil independentista

Reunião entre Batasuna e PSE



Arnaldo Otegi considera "histórica" e " de extrema importância" a reunião desta manhã com o Partido Socialista de Euskadi para abrir "um diálogo multilateral" que conduza à normalização política. Otegi defendeu a construção do país "entre todos".

em Gara.net

Depois da trégua declarada pela organização basca de libertação nacional, ETA, e da declaração do Primeiro-Ministro espanhol, Zapatero, de que ia iniciar negociações com a organização armada, o País Basco vive momentos de grande expectativa.

quarta-feira, 21 de junho de 2006

Em Euskal Herria nada de novo



Depois dos milhares que se manifestaram em Iruñea a favor da autodeterminação e da paz, as forças policiais dos Estados espanhol e francês realizaram uma grande ofensiva policial contra a ETA. Nesta acção detiveram 12 pessoas que, segundo afirmam, pertencem à frente económica da organização independentista. Alguns deles, militantes históricos da ETA como Julen Madariaga, um dos fundadores da organização. 9 dos detidos têm mais de 50 anos, 2 deles mais de 70. No fundo, a maior operação policial dos últimos anos.

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Que implicações no processo de paz?

O Batasuna denunciou que é um ataque "nitido e frontal" a todas as esperanças de resolução do conflito. Por outro lado, aprofundou-se durante este mês a verborreia reaccionária da maioria dos meios de comunicação social do Estado espanhol e as acções da direita e extrema-direita espanhola. Existe uma estratégia clara de tentar destruir todas as possibilidades de negociação de paz.

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País Basco livre e socialista!

Depois de um mês ausente da rede, a ASEH regressa em força à internet.

sexta-feira, 19 de maio de 2006

Autoridades mexicanas ajoelham-se perante Estado espanhol: extradição de 6 cidadãos bascos



Depois de passarem quase três anos numa prisão mexicana, as autoridades do país azteca extraditaram ontem Jon Artola, Ernesto Alberdi, Axun Gorrotxategi, Asier Arronategi, Félix García e Joseba Urkijo. Os seis cidadãos bascos, que presumivelmente serão levados ainda hoje ao juiz da Audiência Nacional espanhola Fernando Grande-Marlaska, foram introduzidos num avião militar, um procedimento nada habitual e perante o qual o advogado de defesa se mostrou preocupado.

É mais uma cedência ao bom estilo do Presidente do México, Vicente Fox, um ex-dirigente da Coca-Cola e totalmente submisso aos interesses norte-americanos e espanhóis.

em Gara.net

terça-feira, 16 de maio de 2006

Julgamento de militantes independentistas bascos em París

José María Otegi Arrugaeta, militante independentista preso, leu em tribunal um comunicado em que apela às autoridades espanholas e francesas para que respondam de forma positiva à oportunidade histórica provocada pelo cessar-fogo permanente decretado pela ETA.

"Pedimos às autoridades que respondam de forma positiva a esta oportunidade histórica e que respeitem o resultado" da consulta ao povo basco. De imediato, levantaram-se dezenas de pessoas na assistência aplaudindo e gritando "Viva o País Basco livre" e "Viva a ETA militar".

Arrugaeta destacou o empenho que tem de ter o Estado francês e, por último, fez uma homenagem aos presos políticos bascos mortos nas prisões francesas ou na clandestinidade e definiu os seus companheiros como militantes independentistas bascos que optaram por lutar com todos os meios necessários pela liberdade do seu país.

O final desta mensagem concluiu com dezenas de pessoas cantando a favor da liberdade do povo basco e do repatriamento dos presos.

domingo, 14 de maio de 2006

quarta-feira, 3 de maio de 2006

Ecos das jornadas de solidariedade com o povo basco

em Gara.net:

As condições de vida dos presos chegam a Portugal

A Askapena e a ASEH, Comité de Solidariedade com Euskal Herria de Portugal finalizaram a ronda que durante uma semana fizeram por povoações e cidades de Portugal para expôr a situação dos presos políticos bascos. Nestas jornadas a exposição de obras realizadas pelo Colectivo de Presos Políticos Bascos foi uma das grandes protagonistas.

LISBOA

A situação dos presos políticos bascos e, em geral, o processo em Euskal Herria suscitaram um grande interesse em Portugal. Askapena e o Comité de Solidariedade com Euskal Herria deste país, ASEH, percorreram povoações e cidades para expôr a actual conjuntura e o dia-a-dia nas prisões espanholas e francesas. A exposição que reúne obras realizadas pelo Colectivo de Presos Políticos Bascos foi uma das grandes protagonistas desta ronda, na qual participaram também membros da Askatasuna, Etxerat e Batasuna.

A Askapena valorizou positivamente a viagem que finalizou ontem. «As pessoas interessam-se muito por tudo o que tenha a ver com Euskal Herria. Prova disso foi a boa aceitação que tiveram os nossos debates», sublinhou este colectivo.

As condições de vida dos presos, o mega-processo 18/98, o processo de resolução do conflito, a luta armada, a história de Euskal Herria, o nascimento do nacionalismo moderno ou a configuração do Estado espanhol foram algumas das questões que os participantes puseram sobre a mesa. Também recordaram Jokin Gorostidi e, sobretudo, o seu trabalho no âmbito internacional.

Para finalizar esta viagem, na segunda participaram na manifestação convocada pelo Dia do Trabalhador, na qual a ASEH levou uma faixa com o lema «País Basco, Independência & Socialismo».

Por outro lado, ontem concentraram-se pelos presos 103 pessoas diante do teatro Arriaga em Bilbau. Na segunda, em Bermeo, reuniram-se 20 pessoas.

sexta-feira, 28 de abril de 2006

15 meses de prisão para Otegi



A Audiência Nacional espanhola acaba de condenar Arnaldo Otegi, porta-voz do Batasuna, a 15 meses de prisão "por enaltecimento do terrorismo" e a mais 7 anos de inibição de se poder candidatar a cargos políticos. Esta sentença vem na sequência de uma homenagem ao histórico dirigente da ETA "Argala" no 25º aniversário da sua morte. A defesa de Otegi recorrerá agora para o Supremo Tribunal.

A concretizar-se a prisão do dirigente da esquerda independentista, abre-se um obstáculo muito forte ao aprofundamento do processo de paz. A ETA decretou um cessar-fogo permanente e representa, até este momento, a única organização no plano militar que deu passos em prol da paz. De resto, a repressão prossegue com toda a normalidade. As manifestações do Aberri Eguna [dia da pátria basca] convocadas pelo Batasuna foram proíbidas. Há poucas semanas um jovem foi preso e torturado. De seguida, uma outra jovem foi detida. Jokin Gorostidi faleceu no contexto do mega-processo 18/98. Agora pretende-se encarcerar Otegi.

Há que destacar a inocência de Otegi. A homenagem a "Argala" não era apenas justa, era um dever de todo o revolucionário. Este militante histórico participou na acção militar que eliminou o terrorista Almirante Carrero Blanco e que abalou as estruturas do franquismo. Participou na consolidação da organização armada ETA e no alargamento do Movimento de Libertação Nacional Basca.


Lê mais sobre a vida de Jose Miguel Beñaran Ordeñana "Argala"

quarta-feira, 26 de abril de 2006

ASEH comemora Abril e luta do povo basco




A participação de milhares e milhares de pessoas marcou o desfile comemorativo do 25 de Abril de 1974. Entre centenas de organizações, a ASEH percorreu a Avenida da Liberdade sob o aplauso dos assistentes que se acumulavam nas sombras dos passeios. Acompanhando-nos, os companheiros bascos do Batasuna, da Askapena, da Etxera e da Askatasuna homenagearam também a Revolução de Abril e a luta dos portugueses por uma sociedade mais justa.

De seguida, um jantar de solidariedade com a luta do povo basco reuniu cerca de 70 pessoas. As intervenções dos companheiros bascos foram acompanhadas com aplausos, demonstração de carinho para com todos os que lutam contra a opressão dos Estados espanhol e francês. Perante a notícia do falecimento de Jokin Gorostidi, todos se levantaram para o homenagear.

Nos próximos dias, como noticiado, estaremos em debates na Univ. de Évora; na FCSH - Universidade Nova de Lisboa; na Cooperativa Gesto, em Miragaia, no Porto; no Museu República e Resistência em Lisboa e estaremos no desfile do 1º de Maio em Lisboa convocado pela CGTP que partirá do Estádio 1º de Maio rumo à Cidade Universitária, onde teremos a nossa "herriko taska" com materiais, comida e bebida.

Falecimento de Jokin Gorostidi


Foi com tristeza que a ASEH recebeu a notícia do falecimento do histórico militante da esquerda independentista Jokin Gorostidi. Depois de um ataque cardíaco o companheiro basco não resistiu a 4 dias de coma. A Mesa Nacional do Batasuna afirmou que acabou assim "uma vida imersa na luta pela liberdade de Euskal Herria". Deixamos a nossa sentida homenagem a um homem que esteve em momentos fundamentais da luta do povo basco. Um daqueles a que Brecht chamava os "imprescindiveis".

«A figura política de Jokin Gorostidi vem reflectir efectivamente quatro décadas de esquerda independentista, dois terços largos de uma vida na qual esteve sempre "preparado para assumir o que tinha de assumir". Por exemplo, a dupla condenação à morte imposta no processo de Burgos e que recordava numa entrevista, faz alguns anos. Quando os advogados lhe comunicaram a sentença, Jokin recordava que respondeu: "Isto vai servir para mobilizar ainda mais o nosso povo. Não dissemos na rua que estavamos dispostos a dar a vida?".»

Lê o resto da notícia em Gara.net

sábado, 22 de abril de 2006

Jokin Gorostidi em estado grave



O militante histórico da esquerda independentista Jokin Gorostidi encontra-se em estado muito grave num hospital em Donostia. Gorostidi foi, nos anos 70, um dos arguidos do célebre Processo de Burgos, no qual se pretendia condenar à morte um conjunto de militantes da ETA. Amnistiado, participou na formação partidária HASI e integrou a mesa nacional do Herri Batasuna. Está actualmente no grupo de acusados do Processo 19/98.