quinta-feira, 30 de março de 2006

Arnaldo Otegi está preso

Ao contrário do publicado no último post, Arnaldo Otegi não foi libertado sob caução. O juiz espanhol Grande-Marlaska ordenou a sua prisão até que se paguem os 200 000 euros de caução. A decisão foi conhecida às 23.00 e Otegi encontra-se neste momento na prisão de Soto del Real.

quarta-feira, 29 de março de 2006

Otegi sai em liberdade sob caução


Otegi ergue o punho fechado


Otegi responde a fascistas espanhóis


A linguagem do fascismo: o insulto

O porta-voz do Batasuna Arnaldo Otegi entrou na Audiência Nacional espanhola às 17.15. Apesar de se ter recusado a prestar quaisquer declarações ao tribunal, declarou que "temos uma oportunidade real para solucionar os problemas", asseguram fontes judiciais. Quando tudo apontava para a prisão de Otegi, o dirigente do Batasuna saiu sob caução. O sistema judicial do Estado espanhol compreendeu as graves consequências que teria a prisão de Otegi.

- Meia centenas de pessoas acompanharam a saída de Arnaldo Otegi da sua localidade rumo a Madrid.

- À chegada, vários companheiros acusados pelo Processo 18/98 mostraram o seu apoio e uma concentração de fascistas espanhóis protestava e exigia a prisão do dirigente basco


- Quando Otegi subiu a escadaria de acesso à entrada voltou-se e sorriu-lhes erguendo o punho fechado, de súbito os fascistas arremessaram vários objectos. Agrediram também vários jornalistas.

sexta-feira, 24 de março de 2006

Comunicado da Mesa Nacional do Batasuna

Numa declaração dirigida ao País Basco, aprovada em reunião extraordinária pela Mesa Nacional do Batasuna e lida hoje em Iruñea em euskara, francês e castelhano, apoia a "aposta valente e decidida" da ETA ao anunciar o cessar-fogo, que na sua opinião "demonstra e sustenta a absoluta vontade" da organização armada "na sua aposta por procurar a paz e a democracia para todo o povo basco".


A Mesa Nacional entende que a decisão da ETA "se regista no contexto político marcado pela crise evidente da actual situação política que divide o nosso povo", pelo que insta à "superação de esquemas políticos do passado" para abordar "a oportunidade que se nos apresenta".

Assinala como construtores desta oportunidade os "cidadãos e cidadãs bascas e muito especialmente os militantes da esquerda independentista" pelo seu trabalho "nas instituições, na rua, nas prisões ou no exilio", e pede aos Estados espanhol e francês que "assumam agora as suas próprias responsabilidades" e "respondam de maneira imediata e de forma construtiva e positiva a esta conjuntura histórica".

A Mesa Nacional fez também um apelo "ao conjunto de forças políticas, sociais e sindicais do País Basco" por entender que "a bola está em poder de todos e em jogo, não há lugar para a desculpa ou para o interesse partidário", e fixou como "tarefa imediata a marcar" a de "acordar as bases, principios e compromissos para se pôr em marcha a Mesa de Solução".

"Sem pressas mas sem paragens, construir essa Mesa de Solução é um objectivo que deve construir-se sem a exclusão política ou territorial e com o respeito pelos direitos políticos e civis de todas as partes", assinala a declaração.

Conflito europeu

Por outro lado, o Batasuna entende que "o conflito político basco é um conflito europeu", pelo que apela à comunidade internacional "para que com a sua presença e ajuda garanta a irreversibilidade e o êxito do processo democrático", ao mesmo tempo que insta a sociedade basca "para que se mantenha activa neste processo".

O texto assegura também que "o Batasuna vê o futuro com confiança e seneridade. Ninguém nos vai oferecer nem solucionar nada. Corresponde ao povo basco continuar lutando e trabalhando para que o processo de soluções que temos de construir seja capaz de ir à raiz do conflito e dote de uma solução global, justa, compartilhada e duradoura o conjunto do País Basco".

Assim, afirma que o Batasuna assume o "compromisso de continuar a trabalhar com honestidade e discrição, mas sem secretismos" por uma solução que possibilite "a construção de um cenário democrático onde seja única e exclusivamente a vontade popular quem demonstre o nosso futuro como povo", e para a qual é consciente de que "falta um longo caminho".

Gara.net

quarta-feira, 22 de março de 2006

ETA ANUNCIA CESSAR-FOGO PERMANENTE



< Comunicado em mp3 >
< Comunicado em video >

Euskadi Ta Askatasuna [ETA] decidiu anunciar o cessar-fogo permanente a partir do dia 24 de Março de 2006.

O objectivo desta decisão é impulsionar um processo democrático no País Basco para construir um novo marco no qual sejam reconhecidos os direitos que como Povo nos correspondem e assegurando olhando o futuro a possibilidade de desenvolvimento de todas as opções políticas.

No final desse processo os cidadãos bascos devem ter a palavra e a decisão sobre o seu futuro.

Os Estados espanhol e francês devem reconhecer os resultados de dito processo democrático, sem nenhum tipo de limitações. A decisão que nós, cidadãos bascos, adoptemos sobre o nosso futuro deverá ser respeitada.

Fazemos um apelo a todos os agentes para que actuem com responsabilidade e sejam consequentes perante este passo dado pela ETA.

A ETA faz um apelo às autoridades de Espanha e França para que respondam de maneira positiva a esta nova situação, deixando de lado a repressão.

Finalmente, fazemos um apelo a todos os cidadãos e cidadãs bascas para que se envolvam neste processo e lutem pelos direitos que como Povo nos correspondem.

A ETA mostra o seu desejo e vontade de que o processo aberto chegue até ao final, e assim conseguir uma verdadeira situação democrática no País Basco, superando o conflito de longos anos e construindo uma paz baseada na justiça.

Nós reafirmamos o compromisso de continuar a dar passos no futuro de acordo com essa vontade.

A superação do conflito, aqui e agora, é possivel. Esse é o desejo e a vontade da ETA.


País Basco, Março de 2006

Euskadi Ta Askatasuna

E.T.A.

sexta-feira, 17 de março de 2006

Preso dirigente do Batasuna


Petrikorena

Depois da prisão de Juan Mari Olano, ontem foi a vez de Juan Joxe Petrikorena receber a ordem de prisão por parte do juiz Fernando Grande-Marlaska. O responsável pela comunicação do Batasuna junta-se assim ao dirigente do movimento pro-amnistia e aos 700 presos políticos bascos encarcerados pelos Estados espanhol e francês.


Otegi

Arnaldo Otegi, porta-voz do Batasuna, continua com uma bronquite e permanece em casa, sob vigilância policial e acompanhamento de um médico enviado pelo juiz Marlaska. O juiz ordenou hoje análises ao sangue e à urina de Otegi e marcou uma audiência para sexta, 24 de Março.


Joseba Alvarez, que fez com Arnaldo Otegi e outros companheiros parte da delegação que contactou com diversas organizações e personalidades portuguesas, está também citado pelos mesmos motivos.

quinta-feira, 16 de março de 2006

Depois da jornada grevista, a repressão

Depois da Greve Geral, a Audiência Nacional espanhola decidiu chamar vários dirigentes independentistas. O Estado espanhol acusa-os de "terrorismo" e de estarem relacionados com os confrontos e acções armadas que se sucederam nesse dia.

Arnaldo Otegi, cuja prisão se pede, tinha audiência marcada para segunda mas devido a problemas de saúde pediu adiamento. O juiz mandou a polícia para a porta de sua casa e um médico para o analisar de 12 em 12 horas até estar em condições para a sessão.



Joan Mari Olano, representante do Movimento Pro-Amnistia, que compareceu à audiência foi preso incondicionalmente. Encarcerado pelo Estado espanhol é acusado de "indutor" de "114 actos violentos" ocorridos durante a jornada grevista. Segundo o juiz, foram "exigidos pela frente militar da organização terrorista ETA". Neste momento estão já marcadas várias manifestações de solidariedade com Olano.

Rafa Díez, secretário-geral da LAB [sindicato independentista], Arantza Zulueta, Juan Joxe Petrikorena e Pernando Barrena serão hoje ouvidos pela Audiência Nacional. Acusa-se-lhes também de fomentar o "terrorismo".

A gravidade de todos estes acontecimentos agrava não só o conflito como demonstra a pouca vontade do Estado espanhol em trilhar o caminho da negociação e da paz que desejam os independentistas bascos.

segunda-feira, 13 de março de 2006

Três anos de ocupação, três anos de resistência



Completam-se a 20 de Março três anos sobre a invasão do Iraque. Completam-se também três anos de resistência do povo iraquiano à ocupação - um direito que a Carta das Nações Unidas e a Constituição Portuguesa consagram.
A onda de protesto que se levantou nas vésperas do ataque militar não foi suficiente para impedir a agressão, mas revelou o repúdio de milhões de pessoas de todo o mundo pela ilegalidade e pela barbárie que se adivinhava. Dezenas de milhares de portugueses opuseram-se também na mesma altura ao envolvimento de Portugal na agressão, rejeitando o alinhamento com os EUA.
O Iraque continua ocupado, persiste a destruição e o saque dos seus recursos, as violações cometidas pelos agressores seguem impunes, o direito internacional continua por aplicar. As eleições realizadas em clima de guerra e organizadas pelos ocupantes não passaram de uma fraude.
A política de guerra dos EUA prossegue. Depois da Palestina, do Afeganistão e do Iraque - o Líbano, a Síria e o Irão estão debaixo de mira. Em nome dos interesses imperialistas, as liberdades estão a ser amputadas mesmo nos países que se consideram baluartes da democracia e do direito.
Quem está contra a guerra não pode assistir inerte à continuação da ilegalidade e da barbárie. Há que reunir as forças que se juntaram para tentar impedir a invasão - agora com o conhecimento da dimensão das violências cometidas contra o povo iraquiano.

No próximo dia 18 de Março juntemos forças
  • para exigir a retirada de todos os ocupantes do Iraque, como primeiro passo para a normalização da vida do país
  • para reconhecer ao povo iraquiano o direito a resistir e a escolher livremente o seu futuro
  • para exprimir solidariedade com os povos do Médio Oriente, designadamente o palestiniano e iraquiano
  • para exigir do governo português que condene o militarismo, a guerra e a ocupação do Iraque
  • para exigir o fim de qualquer envolvimento directo ou indirecto de Portugal na ocupação e o fim da utilização da Base das Lajes pelos EUA
CONCENTRAÇÃO
LARGO CAMÕES, LISBOA
18 MARÇO 2006| 15 HORAS


Organizações promotoras:

Associação 25 de Abril * ASEH: Associação de Solidariedade com Euskal Herria * Bloco de Esquerda * CGTP-IN * Colectivo Solidariedade Mumia Abu Jamal * Com. Paz do Seixal * CPPC - Conselho Português para a Paz e a Cooperação * Feder. Nac. Sindicatos da Função Pública * FESAHT * ID - Intervenção Democrática * JCP - Juventude Comunista Portuguesa * JOC - Juventude Operária Católica * LOC - Liga Operária Católica * MURPI * PCP - Partido Comunista Português * PCTP/MRPP * Política Operária * \"Os Penicheiros\" * SAI - Solidariedade Anti-Imperialista * SPGL - Sind. Professores Grande Lisboa * STAL - Sind. Trabs. Administração Local * STML - Sind. Trabs. Município de Lisboa * Tribunal-Iraque * USL - União de Sindics. de Lisboa * Voz do Operário

sábado, 11 de março de 2006

Milhares pelo regresso de presos políticos



Milhares e milhares de pessoas percorreram ontem as ruas de Santurtzi e de Portugalete reclamando o regresso imediato dos presos políticos bascos à sua pátria. A manifestação era encabeçada pelas fotos dos companheiros Roberto Saiz e Igor Angulo, o corpo do desfile carregava as fotografias das centenas de militantes independentistas presos nos Estados espanhol e francês.


Também ontem, como alertámos, o fiscal geral da Audiência Nacional espanhola, Cándido Conde-Pumpido, anunciou que pedirá a prisão incondicional do porta-voz do Batasuna, Arnaldo Otegi. A confirmar-se será um acontecimento de extrema gravidade uma vez que o Estado espanhol estaria mais uma vez a tentar boicotar o possivel processo de paz. Poderia ser mais um rastilho para os ânimos já revoltos de todo um povo que sofre e combate a ocupação fascista de dois Estados que não reconhecem o direito à autodeterminação dos povos.

quinta-feira, 9 de março de 2006

Dia Nacional de Luta



Mais uma jornada de luta. O povo basco demonstra que não deixa passar uma agressão sem resposta e levanta bem alto a bandeira dos companheiros mortos na semana passada. Em várias frentes e sob várias formas de luta, a esquerda independentista mostrou que não se rende. A luta prosseguirá até que a história seja dirigida pelo povo e não pelos Estados espanhol e francês. As mortes de Igor Angulo e de Roberto Saiz não serão esquecidas.



Pela madrugada dentro, centenas de independentistas deram inicio ao dia de mobilização nacional em protesto contra as mortes dos dois companheiros. Ruas, estradas e caminhos-de-ferro ficaram iluminados pelo fogo intenso de barricadas. Alguns foram detidos quando empreendiam actos de sabotagem.

O dia amanheceu com a explosão de duas bombas da ETA, uma na Cantábria e outra em Navarra. A essas horas já milhares de trabalhadores faziam greve, "ilegal" segundo os governos basco e espanhol. Centenas de piquetes faziam o controlo da acção de luta e mobilizavam para as várias manifestações que se realizaram ao longo do dia.



Ao final do dia, o juiz Marlaska anunciou a convocação de Arnaldo Otegi, Juan María Olano, Juan José Petrikorena e Pernando Barrena, dirigentes do Batasuna, de Arantza Zulueta, advogada, e de Rafael Diéz, secretário-geral do sindicato independentista LAB. O objectivo é declararem sobre os actos do dia de hoje. O juiz espanhol pretende acusa-los dos distúrbios e de todos os danos materiais. Importa destacar a possibilidade de alteração da situação de Arnaldo Otegi, solto sob fiança, que pode regressar à prisão.

Fotos:
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quarta-feira, 8 de março de 2006

Organizações fascistas e bancárias atacadas


Sede da organização fascista Falange Espanhola

A ETA fez explodir uma bomba na sede do partido fascista Falange Espanhola em Santoña, Cantábria. Às 8.00, depois de emitido um aviso e de se evacuar a zona, o explosivo provocou danos materiais assinaláveis.


Sucursal bancária do BBK

Nas últimas horas desconhecidos atacaram o 'batzoki' do PNV em Aretxabaleta e a sede da UGT em Eibar. Em Plentzia explodiram artefactos de fabricação caseira em duas sucursais bancárias do 'BBK' e da 'Caixa'.

terça-feira, 7 de março de 2006

Conferência com resistente iraquiano em Lisboa



A Associação de Solidariedade com Euskal Herria promove, a par com muitas outras organizações, uma conferência com Dr. Al Kubaishi, Presidente da Aliança Patriótica Iraquiana. A palestra será na Casa do Alentejo, na Rua das Portas de Santo Antão, no dia 11 de Março, às 18h30. O dirigente iraquiano esteve preso durante 15 meses pelas forças ocupantes norte-americanas e agora, finalmente livre do cárcere, trará a realidade do seu povo até nós. Importa que todos nós estejamos presentes e demonstremos a nossa solidariedade com o povo iraquiano.

Organizações promotoras:

Associação 25 de Abril * ASEH: Associação de Solidariedade com Euskal Herria * Bloco de Esquerda * CGTP-IN * Colectivo Solidariedade Mumia Abu Jamal * Com. Paz do Seixal * CPPC - Conselho Português para a Paz e a Cooperação * Feder. Nac. Sindicatos da Função Pública * FESAHT * ID - Intervenção Democrática * JCP - Juventude Comunista Portuguesa * JOC - Juventude Operária Católica * LOC - Liga Operária Católica * MURPI * PCP - Partido Comunista Português * PCTP/MRPP * Política Operária * \"Os Penicheiros\" * SAI - Solidariedade Anti-Imperialista * SPGL - Sind. Professores Grande Lisboa * STAL - Sind. Trabs. Administração Local * STML - Sind. Trabs. Município de Lisboa * Tribunal-Iraque * USL - União de Sindics. de Lisboa * Voz do Operário

segunda-feira, 6 de março de 2006

Greve Geral contra a repressão policial

Perante a morte de dois militantes da ETA e a repressão policial que se abateu contra quem os homenageava, o Batasuna convocou uma Greve Geral e mobilizações para o dia 9 de Março.

Arnaldo Otegi, dirigente do Batasuna, acompanhado por membros do sindicato LAB, da organização anti-repressiva Askatasuna e por familiares dos dois independentistas mortos, anunciou que a esquerda independentista "responderá a todas as agressões".

domingo, 5 de março de 2006

A revolta alastra-se após a notícia da morte de dois presos políticos independentistas


"Porém, há aqueles que lutam toda a vida. Esses são os imprescindiveis." Bertolt Brecht

Vivem-se momentos dramáticos no País Basco. Dois presos políticos bascos tombaram nas prisões espanholas.

Quatro dias depois da morte de Igor Angulo, que apareceu morto na sua cela na prisão da Cuenca, o preso de Portugalete, Roberto Sáiz, faleceu de um infarte ontem em Aranjuez, semanas depois de ter alertado os médicos da dor que sentia no peito. Após a divulgação da notícia milhares e milhares de pessoas sairam às ruas no País Basco contra a política penitenciária do Estado espanhol. As manifestações proibidas pelo Governo espanhol resultaram em múltiplas cargas policiais. A Ertzaintza, para além do mais, arremeteu contra milhares de pessoas que homenageavam em Gasteiz os operários mortos no dia 3 de Março de 1976, detendo o porta-voz da associação e provocando vários feridos.

Desconhecidos atacaram duas caixas automáticas em Pamplona ao lançarem cocktails molotov. Na noite passada a escalada de luta nas ruas aumentou no País Basco. A polícia municipal de Bilbau foi atacada com cocktails assim como bancos em Ondarroa e em Gasteiz.

Em Gasteiz vários contentores incendiados barricavam as ruas enquanto as polícia era atacada. A polícia carregou violentamente sobre os manifestantes.

Em Portugalete, localidade donde era Sáiz, os agentes carregaram sobre uma manifestação em que participavam 1500 pessoas. A actuação policial originou confrontos na Zona Velha que posteriormente se extendeu ao centro da localidade.

Milhares de pessoas nas ruas entre cargas policiais
Comunicado da ETA
Polícia basca reprime actos a favor das vitimas da dispersão e do 3 de Março
Ministério do Interior proibe mobilizações e ordena cargas policiais
Sucedem-se as sabotagens e a luta nas ruas reforça-se
A polícia francesa prende Xabier Lareki