segunda-feira, 31 de maio de 2010

Algo que uma menina dificilmente entenderia


A pose de oposição dura e coerente que o PNV pretende transmitir em relação ao PSOE pode voltar a quebrar-se hoje se, tal como apontam as declarações feitas pelos dirigentes de ambos os partidos, os jelkides chegarem a um acordo sobre o denominado «Plan de Convivencia Democrática y Deslegitimación de la Violencia» que o Governo de Patxi López quer impor de maneira obrigatória aos alunos, aos docentes e aos pais e mães dos centros escolares de Araba, Bizkaia e Gipuzkoa. Face aos analistas que dizem que, depois de ter negociado algumas modificações, apoiar este plano é uma vitória de Joseba Egibar, o certo é que Iñigo Urkullu reivindica para si este «logro». Numa entrevista concedida ao Grupo Vocento, ontem Urkullu dizia à comunidade educativa basca que pode estar «relativamente tranquila» e que «o PNV fez um esforço». Uma parte vital dessa comunidade juntou-se ontem na Ibilaldia, e é difícil encontrar motivos para estar tranquila, para além do tremendo apoio popular que tem.

Tal como referiu este fim-de-semana o porta-voz do PSE, José Antonio Pastor, o mencionado Plano tem três princípios fundamentais: «A deslegitimação ética, social e política do terrorismo e da violência como ponto de partida de uma verdadeira educação em valores democráticos», «a defesa do estado de direito, da legalidade e das instituições democráticas» e «a centralidade das vítimas do terrorismo como agentes fundamentais de uma verdadeira cultura da paz, democracia e direitos humanos entre os alunos». E, insistiu Pastor, estes princípios são inamovíveis para o Governo de Patxi López, entre outras coisas porque são parte central do acordo que têm com o PP.

Estes princípios são os mesmos que o bloco unionista utilizou para ilegalizar e segregar os independentistas bascos. A Lei de Partidos está para o Direito como este Plano para a Educação. Também são os princípios nos quais baseiam a sua negação da nação basca, do conflito político, do direito a decidir... Visto isto, a pergunta de uma aluna da primária de qualquer ikastola poderia ser: «Orduan, zergatik babestuko dute?». [Então, por que é que o vão apoiar?]
Fonte: Gara

Dezenas de milhares de pessoas juntam-se em Bermeo numa Ibilaldia que homenageou o mar


Dezenas de milhares de pessoas participaram ontem em Bermeo na XXXII edição da Festa das Ikastolas da Bizkaia, Ibilaldia, numa jornada caracterizada pela chuva miudinha e na qual, como não podia deixar de ser, se pôde saborear peixe em vários pontos do percurso de sete quilómetros, que seguia junto à linha da costa.

A 32.ª da Ibilaldia começou pouco depois das dez da manhã na ikastola Elizalde, onde três gerações ligadas a este centro educativo cortaram a fita. Nesta inauguração, tomou a palavra a conselheira da Educação, Isabel Celaá, que referiu que os centros de ensino em euskara «fazem parte do nervo que percorre o sistema educativo», enquanto o deputado-geral da Bizkaia, José Luis Bilbao, destacava a importância desta língua no território e o trabalho das ikastolas.

A organização da Ibilaldia, com a ajuda de 2000 voluntários, preparou dois trajectos, um mais curto e outro mais longo, pela zona costeira, pela zona urbana e pelos montes mais próximos do município, com o lema «Marigoran kikunbera» (Com a maré alta, atira-te de cabeça).

A festa das ikastolas biscainhas contou também com as actuações musicais de grupos como os Gatibu, Esne Beltza, Sei Urte, The Uski's, Betagarri e Anje Duhalde, entre outros. De igual forma, a organização instalou 17 txosnas em cinco zonas ou gunes onde se concentraram as actividades.

Ao todo, houve mais de meia centena de actuações musicais, espectáculos de magia, bertsolaris, bailes, herri kirolak [desportos tradicionais] ou espaços infantis, dentro de um programa previsto para durar até às 18h30.

Por seu lado, os departamentos da Cultura e do Turismo do Governo de Lakua, tendo em vista a comemoração do ano Xacobeo 2010, divulgaram o Caminho do Norte para Santiago entre os participantes na Ibilaldia, com uma encenação em jeito de teatro de rua por Bermeo, município jacobeu.

Além da conselheira Celaá, também estiveram presentes na Ibilaldia o presidente do BBB do PNV, Andoni Ortuzar, uma delegação do PSE-EE, liderada pelo responsável de Educação da Executiva, Vicente Reyes, o coordenador geral da Ezker Batua-Berdeak, Mikel Arana, o secretário territorial do EA na Bizkaia, Joseba Gezuraga, ou o parlamentar do Aralar Dani Maeztu, juntamente com outros responsáveis de diversos partidos e do mundo cultural e social.
Fonte: Gara

Um jovem de Aulesti afirma ter sido sequestrado duas vezes pela Guarda Civil


O jovem de Aulesti Mikeldi Zenigaonaindia denunciou ontem publicamente que, num espaço de cinco meses, foi sequestrado em duas ocasiões por agentes da Guarda Civil, que ameaçaram matá-lo como Txiki e Otaegi. Hoje, irá apresentar queixa.

Mikel Zenigaonaindia, que surgiu acompanhado pelo autarca da localidade biscainha, Jon Bollar, bem como por familiares e amigos, foi detido há cinco anos pela Guarda Civil durante uma operação efectuada na comarca de Lea-Artibai, e posto em liberdade um ano mais tarde. Desde então, segundo denunciou, foi alvo de uma perseguição implacável, o que o levou a denunciar os factos de forma pública e nos tribunais.

De acordo com o seu relato, nos últimos cinco meses foi sequestrado duas vezes, e em ambas foi seriamente ameaçado de morte. O primeiro episódio deu-se quando seguia na sua viatura para Aulesti, tendo sido abordado por oito homens que se identificaram como polícias e que o obrigaram a fazer um desvio por uma estrada rural. Durante meia hora, avisaram-no que tinham em seu poder provas que o ligavam a acções de kale borroka e exigiram-lhe que colaborasse com eles - «se não queria passar o resto da minha vida na prisão».

«Disseram-me que, se não me conseguissem apanhar assim, me davam um tiro e que havia de aparecer numa valeta», afirmou.

Na segunda vez, foi retido durante duas horas num bosque, onde, em jeito de ameaça, lhe perguntaram se não sabia o que tinha acontecido a Jon Anza, enquanto lhe voltavam a exigir que colaborasse com eles porque, se assim não fosse, «veria o caso mal parado».

Neste segundo episódio, Mikeldi afirma que o obrigaram a pôr-se de joelhos e a erguer o punho esquerdo, e que gritasse «'Gora Euskal Herria Askatuta', porque ia a morrer como Txiki e Otaegi».

A Câmara de Aulesti aprovou uma moção de apoio a Zenigaonaindia na qual se exige o esclarecimento destes factos e se pede ao Ararteko [Defensor do Povo] e ao Departamento do Interior que tomem todas as medidas para que não se voltem a dar.

O caso de Mikeldi Zenigaonaindia vem juntar-se a episódios similares ocorridos em tempos recentes e nos quais foram afectados cidadãos como Juan Mari Mujika, Lander Fernández ou Saioa Agirre, entre outros.
Fonte: Gara

Várias pessoas retidas por reivindicarem que Euskal Herria é uma nação perante Felipe de Bourbon

O fascismo de ontem e de hoje com El Correo e o kapital.

Incidentes: As FSE da CAB retiveram diversas pessoas que afixavam cartazes com o lema «Nazio bat gara» em frente ao Guggenheim.

Barakaldo eta Bilbo * E.H.
As retenções deram-se ao meio-dia na Avenida das Universidades, em frente ao Museu Guggenheim, onde Felipe de Bourbon, acompanhado por cortesãos, lacaios e afins, participou num almoço para comemorar o centenário de El correo español.
Na parte da manhã esteve com o patronato no BEC, em Barakaldo, para presidir à inauguração da Bienal de la Máquina-Herramienta.
Fonte: SareAntifaxista

Nota: viva a liberdade de expressão, a pluralidade informativa, de fontes e de linhas editoriais, viva; mas não a «desmemória». Para se ter uma noção do que foi (e é) El Correo, há extensa bibliografia, por exemplo, em SareAntifaxista, kaosenlared.net, boltxe.info, lahaine.org, inSurGente.org.

«Não contemplo outro cenário que não seja avançar no processo»


Ainhoa ETXAIDE, secretária-geral do LAB, entrevistada por Iñaki IRIONDO

Ainhoa Etxaide (Hondarribia, 1972) aborda nesta entrevista uma visão política da crise económica e das circunstâncias em que trabalhadores e trabalhadoras a devem enfrentar em Euskal Herria, quando todas as decisões estruturais sobre o seu futuro são tomadas em Madrid. Por isso, defende que também no sindicalismo se comecem a dar passos para entrar já no debate sobre o quadro que se quer para o país. O LAB aposta, sem margem para dúvidas, na criação de um Estado basco.

VER: Gara

Bideoa / Vídeo (referente a entrevista realizada em 26/02/2010): http://www.gara.net/gaiak/

«Umore beltza»: Basagoiti ameaça o EA, insulta Currin e anuncia uma «trégua farsa» da ETA


Basagoiti desafiou no sábado o Governo espanhol a intensificar a repressão no caso de a ETA decretar uma «trégua farsa». O líder do PP na CAB também ameaçou o EA e insultou o mediador sul-africano Brian Currin. Rubalcaba respondeu-lhe de Itália que não sabe de nada.

O presidente do PP na CAB, Antonio Basagoiti, anunciou no sábado que a ETA poderia declarar uma trégua «nas próximas semanas», tendo avançado como data o mês de Julho. Na entrevista concedida à agência Europa Press, Basagoiti insistiu especialmente nas eleições de Maio do ano que vem e afirmou que o PP está a fazer «tudo o que pode» para impedir que a esquerda abertzale possa participar.

Segundo afirmou, a ETA pretenderia anunciar uma «trégua farsa, que estará preparada para se colar às eleições e para sair da debilidade dos comandos e da debilidade política, para voltar a ganhar alento».

Basagoiti desafiou o Governo espanhol a intensificar a repressão. O Estado de Direito não pode dar tréguas, que fiquem a saber que não vão poder apresentar-se às eleições e que não vão mexer num ponto ou numa vírgula da Constituição e do Estatuto».

Neste sentido, não teve pejo em ameaçar o Eusko Alkartasuna. «Pode meter-se em trabalhos com a Justiça. O PP está a fazer tudo o que pode para que a Lei de Partidos não apresente nenhum vazio ou resquício capaz de deixar passar um membro da ETA, por mais que faça cara de bonzinho e por mais amigos que leve nessas listas», afirmou.

Basagoiti insistiu que «vamos dar tudo por tudo. Eu não sou contra o EA, porque é um partido democrático, mas sim contra a ideia de que a ETA chegue a qualquer instituição, e não por obsessão, mas porque, se conseguirmos que não concorra às eleições, a crise será tal que poderemos estar perante o fim da ETA».

Para além disso, em alusão à declaração de Bruxelas subscrita por importantes mediadores internacionais que participaram em resoluções de conflitos, o líder do PP referiu-se expressamente ao advogado sul-africano Brian Currin, acusando-os de ser «uns desavergonhados. Isso nunca foi dito, mas é gente que está a juntar umas boas massas defendendo um grupo terrorista e o seu braço político». «Tipos como Currin deviam baixar a bola, deixar de fanar o dinheiro da dor causada pela ETA e perceberem aquilo que pretende, que é Espanha e Euskadi».

Irrelevante para as eleições
O ministro do Interior español, Alfredo Pérez Rubalcaba, não demorou a responder a Basagoiti. No final da reunião dos responsáveis do Interior do G6 europeu, que se realizou na localidade italiana de Varese, assegurou não ter «qualquer informação, nem que vai haver nem que vai deixar de haver». Sobre as eleiçõs, afirmou que, com trégua ou sem ela, é «irrelevante». «Às eleições aprsenta-se quem cumpre as regras e isso não tem nada a ver com o facto de haver trégua ou não. Portanto, nem possuo informações nem tem nada a ver», acrescentou.
Fonte: Gara

Marcha a Puerto: apelo à solidariedade com os presos de Puerto de Santa María

A Etxerat afirma que a defesa dos direitos dos presos é alheia a conjunturas políticas, mas agora «que se estão a abrir novos horizontes na política basca, uma gigantesca onda de solidariedade com o Colectivo tem de inundar as ruas de Euskal Herria»


A Etxerat encorajou os cidadãos navarros a participar na marcha que irá decorrer entre os dias 11, 12 e 13 de Junho e cujo objectivo será «transmitir a solidariedade às presas e aos presos políticos bascos».
Depois de lembrarem que os presos se encontram em luta desde 4 de Janeiro, denunciaram o grande número de pessoas encarceradas e as situações extremas que vivem, incidindo especialmente nas longas condenações e nas pessoas que se encontram doentes. Também criticaram as situações de isolamento e os entraves e obstáculos colocados aos familiares para realizar as visitas.
Símbolo da política penitenciária
No entender da Etxerat, as prisões de Puerto «são um verdadeiro ícone da política penitenciária» espanhola. «As suas condições de vida, a situação de isolamento a que se vêem submetidos os presos que ali estão encarcerados e os mil e um entraves que são colocados aos familiares que, depois de percorrerem mais de mil km, acorrem às visitas levou-nos a escolhê-la como destino desta marcha», explicaram. Fazendo referência ao momento político, apesar de afirmarem que a defesa dos direitos dos presos e das presas políticas «é alheia a conjunturas políticas, neste momento em que se estão a abrir novos horizontes na política basca, uma gigantesca onda de solidariedade com o Colectivo tem de inundar as ruas de Euskal Herria. E, neste caso, tem de chegar até os pies dos muros das prisões mais distantes, para levar todo o nosso calor e carinho a estas pessoas.»
Fonte: apurtu.org
O Gara informa também que os habitantes das comarcas de Hernanialdea e Oarso-Bidasoa organizaram uma outra marcha, neste caso à prisão de Herrera, para dia 5 de Junho, de forma a fazer chegar o seu apoio aos prisioneiros originários dessas zonas.

A CM de Elgoibar aprova uma moção pela liberdade de Otegi
O pleno da Câmara Municipal de Elgoibar (Gipuzkoa) aprovou na quinta-feira uma moção em que se pede a libertação de Arnaldo Otegi, que se encontra na prisão devido à sua actividade política. A moção foi apresentada pelo PNV na sequência de uma iniciativa da plataforma «Amigos de Arnaldo Otegi», que tinha solicitado a liberdade do natural de Elgoibar, depois de denunciar a situação que tanto ele como a sua família vivem.
Depois de um prolongado debate, a moção foi apoiada pelo EA e Aralar, enquanto PSE e PP votaram contra. O porta-voz municipal do PP, Francisco J. Núñez, manifestou o seu repúdio pela aprovação desta moção porque nela «nem sequer se avança a exigência de que a ETA deixe de assassinar, desapareça e assim permita a metade da sociedade basca poder viver em liberdade».
Solidariedade em Getxo
Por outro lado, a esquerda abertzale de Getxo apresentou no pleno municipal de sexta-feira várias propostas para expressar o apoio a solidariedade a onze jovens desta localidade e de Uribe Kosta que «vivem hoje sob a ameaça de ser detidos e torturados», após a operação massiva contra jovens independentistas realizada em Novembro.
Também pediram, no turno de perguntas, que o Município pedisse a desactivação das leis que possibilitam as ilegalizações de organizações sociais e políticas, mas a proposta nem sequer foi votada.
Fonte: Gara

Pelos presos e refugiados em Hendaia e Abadiño
No sábado, jogou-se a sétima edição do campeonato de Futebol 7 em Hendaia (Lapurdi). Como acontece todos os anos, esta iniciativa a favor dos presos e dos refugiados bascos juntou centenas de pessoas no estádio Ondarraitz, em Hendaia. As 42 equipas participantes vieram de toda Euskal Herria e, no total, cerca de 600 pessoas associaram-se ao evento, entre jogadores e espectadores. A equipa vencedora foi, mais uma vez, a Ondarroako Berritxu, tendo a equipa local Ez Gaude Denok ficado no segundo posto. Em terceiro, ficou a equipa de Etxarri Aranatz.
Ao meio-dia, prestaram uma homenagem comovente aos presos, com a ajuda de txalapartaris e dantzaris. Da parte da organização, agradeceram a presença de todos os que participaram no campeonato, salientando a importância deste tipo de iniciativas a favor dos presos. À noite, a festa prosseguiu no bar Kattu.
Askatu Rock em Abadiño
Em Abadiño (Bizkaia), no sábado também houve uma iniciativa bastante concorrida. A jornada solidária organizada pelo Movimento pró-Amnistia de Durangaldea teve um programa repleto de actividades.
Por outro lado, nas festas do bairro de Altamira, em Bilbo, a Ertzaintza começou a retirar cartazes afixados nos locais festivos logo de manhã. Dedicaram-se especialmente às fotos da presa do bairro Maite Juarros.
Em Iurreta (Bizkaia), 33 pessoas juntaram-se numa mobilização a favor dos presos.
Fonte: Gara

Buenos Aires: acto em solidariedade com o povo basco


Acto em solidariedade com o povo basco e apresentação pública de Amigas y Amigos del Pueblo Vasco

- em defesa de uma via política que ponha fim ao conflito político e armado e abra as portas à autodeterminação;
- para que cesse a repressão policial sobre os/as lutadores/as bascos;
- por uma ampla amnistia para os mais de 750 presos/as bascos/as.

Terça-feira, 8 de Junho, 19 horas no Anfiteatro da ATE, Av. Belgrano, 2527,
Ciudad Autónoma de Buenos Aires.

Intervenientes:
- ATILIO BORÓN, sociólogo, professor universitário, escritor
- CARINA MALOBERTI, secretária nacional de organização da Asociación Trabajadores del Estado (ATE)
- NORMAN BRISKI, actor
- VICENTE ZITO LEMA, poeta, jornalista, escritor
- GUILLERMO PANIAGUA, militante da organização basca de solidariedade internacionalista Askapena

Moderador: CARLOS AZNÁREZ, jornalista

Convidam: Amigas y Amigos del Pueblo Vasco, Argentina (Euskal Herriaren Lagunak-EHL Argentina)

Aderem: Organizaciones Libres del Pueblo, Convocatoria por la Liberación Nacional y Social, Movimiento Asambleas del Pueblo, Asamblea de San Telmo, Periódico Resumen Latinoamericano, Agrupación Envar El Kadri, Organización Nacional Social y Política Comedor Los Pibes, Coordinadora Vasco Argentina de Solidaridad con Euskal Herria, Partido Comunista, Movimiento Peronista Revolucionario, JP Descamisados, Coordinación Latinoamericana de Movimientos Territoriales Urbanos, Coordinadora de Trabajadores Desocupados Aníbal Verón, Movimiento Patriótico Revolucionario Quebracho

Adesões em: ehlargentina@gmail.com

Fonte: kaosenlared.net

Leituras

«Lenin en Euskal Herria», de Iñaki Gil de SAN VICENTE
"J. Salem, em Lenin y la revolución, diz que Lénine envergonha os marxistas conversos porque a sua práxis desmascara a essência do capitalismo... exploração, ditadura burguesa e falsa democracia".

«El otro bicentenario, el de los pueblos», Askapena
"Ontem passaram 200 anos sobre a suposta independência da República da Argentina. Da parte de sectores populares, de bairro e dos povos originários fez-se uma leitura deste aniversário muito diferente da oficial, uma vez que estes sectores ainda não viram cumpridas dezenas de exigências e necessidades. O tema do bicentenário foi abordado numa entrevista que o programa internacionalista adesalambrar, da emissora basca hala bedi, fez a Gabriela Grezores, professora de História na Universidad Nacional de Salta y Buenos Aires. Assumindo uma perspectiva crítica, afirmou que não se trata de 200 anos de independência e que nem sequer se pode colocar a questão nesses termos, uma vez que passaram já cinco séculos de resistência sem se conseguir alcançar a verdadeira independência [...]. Ouvir a entrevista AQUI.

«El Rey Arturo, desnudo», de Floren AOIZ

sábado, 29 de maio de 2010

Em Bruxelas, ouviu-se bem alto o clamor a favor da independência e dos direitos da juventude

Com o lema «Freedom for the Basque Country. Civil and political rights for the basque youth», a manifestação a favor dos direitos da juventude basca e da independência de Euskal Herria, em Bruxelas, começou depois das 15h30. Atrás da faixa principal seguia uma outra em que se lia «Independentzia».

Quando os doze autocarros que partiram de Euskal Herria com destino a Bruxelas ali chegaram, foram recebidos por diversos cidadãos bascos que ali vivem e por vários promotores internacionais, que os aplaudiram.

Durante a impressionante manifestação, a maior do parte dos jovens exibia T-shirts vermelhas com a inscrição «independentzia». Os manifestantes levavam ikurriñas, bandeirolas a favor dos presos, bandeiras de Nafarroa e bandeirolas da GaztEHerria, despertando grande curiosidade entre os locais e os turistas.

«Euskal gazteria aurrera» [a juventude basca em frente], «independentzia» [independência], «utzi bakean euskal gazteria» [deixem a juventude basca em paz], «gazteak gara, ez terroristak» [somos jovens, não terroristas] foram algumas das palavras de ordem que fizeram ouvir.

A manifestação terminou por volta das 17h45 na Praça Albertinaplein, onde decorreu um acto. Aqui, um membro do Ogra Shinn Féin e dois representantes da GaztEHerria tomaram a palavra, tendo feito um apelo à continuidade do trabalho em prol da independência.

Ontem, grandes entraves
A manifestação era para ter início às 12h, mas os autocarros chegaram à capital administrativa da Europa com três horas e meia de atraso.
Os autocarros que partiram ontem ao final da tarde das quatro capitais de Hego Euskal Herria depararam com diversos obstáculos: primeiro, na portagem de Irun e depois na fronteira entre Gipuzkoa e Lapurdi. Tanto a Guarda Civil como a Polícia espanhola montaram controlos rigorosos, impedindo a passagem dos autocarros. Nalguns casos, mantiveram-nos retidos durante uma hora e meia. A Polícia fez descer dos autocarros todos os jovens e obrigou-os a dizer o nome e o apelido, um a um, enquanto eram videogravados.
Em consequência dos controlos, a viagem atrasou-se bastante, mas a voz dos jovens não foi silenciada.
Fonte: Gara
Nota: a tradução é da nossa autoria e responsabilidade, assim como será qualquer erro que nela ocorra; e bem que gostaríamos que parte do conteúdo desta notícia fosse um enorme equívoco, um erro de tradução.
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Ver também: «A juventude basca consegue chegar e faz-se ouvir no coração da Europa», de Oihana LLORENTE

Exigem medidas a Lakua e Iruñea para que os presos estudem em universidades bascas


Representantes de sindicatos e organismos da UPV, UPNA, Universidad de Deusto, Universidad de Navarra e Mondragon Unibertsitatea denunciaram em frente à delegação do Governo de Lakua a violação do direito das presas e presos políticos bascos a estudar em Hego Euskal Herria [País Basco Sul] e solicitaram uma reunião à conselheira Isabel Celaá.

Representantes do ELA, LAB, STEE-EILAS, SalHaketa, Etxerat, mais estudantes, professores e trabalhadores e diversos colectivos da UPV, UPNA, Universidad de Deusto, Universidad de Navarra e Mondragon Unibertsitatea entregaram hoje na delegação do Departamento de Educação do Governo de Lakua em Bilbo uma carta dirigida à conselheira Isabel Celaá, na qual lhe solicitam uma reunião.

Afirmaram que às presas e aos presos bascos que se encontram em prisões espanholas lhes é proibido estudar na UPV/EHU, na UPNA/NUP, na Universidad de Deusto, na Universidad de Navarra e na Mondragon Unibertsitatea, e só podem efectuar os seus estudos através da UNED e em castelhano. «Além de se estar a violar o direito à educação, não se respeita o direito a estudar na própria língua», denunciaram.

No caso dos prisioneiros bascos encarcerados no Estado francês, a situação é «muito semelhante». Até agora tinham a possibilidade de estudar na UPV/EHU, mas neste ano lectivo não puderam continuar os seus estudos, na sequência da anulação, por parte dos tribunais espanhóis, do protocolo que regulava os estudos das pessoas presas. Tal como alertaram, isto coloca em perigo o reconhecimento dos estudos já concluídos ou a possibilidade de os presos ou presas que os tinham iniciado os terminarem.

Estes agentes universitários consideram que, face a «esta violação de direitos», os governos de Lakua e Iruñea «não podem olhar para o lado», mas, «bem pelo contrário, enquanto responsáveis educativos, cabe-lhes dar passos que garantam o direito a estudar em euskara e na universidade que entendam a pessoas presas que são cidadãos dos seus respectivos âmbitos administrativos».

Em concreto, exigem-lhes que tomem as providências necessárias junto das Instituciones Penitenciarias para que se possam assinar, «no prazo mais breve possível», os acordos com as distintas universidades de Hego Euskal Herria, «em especial com as públicas», de forma a permitir o acesso das pessoas presas a esses centros universitários.
Fonte: Gara

Concentração a favor da Udalbiltza em Donostia

A primeira concentração de protesto contra o julgamento da Udalbiltza teve lugar em Donostia. A segunda será na sexta-feira que vem em Bilbo - Plaza Biribila, ao meio-dia. (Gara)

Um livro e um documentário explicam o que aconteceu em Deierri após o levantamento fascista


Um grupo de habitantes de Deierri (Nafarroa) sentiu a necessidade «de abordar o levantamento com serenidade e rigor». Efectuaram uma trabalho de documentação importante, recuperando dados sobre o que representou a repressão fascista a partir de 1936. Deste trabalho surgiu a obra Deierri 1936 e um documentário que pode ser adquirido gratuitamente com a aquisição do livro, por 10 €.
No sábado, dia 29 de Maio, vão realizar em Ibiriku uma jornada-homenagem às «vítimas da repressão franquista».


Lançaram mãos à obra para compilar dados sobre o que se passou há 70 anos na vossa zona. O que é que descubriram? O que sucedeu realmente em torno dos acontecimentos de 1936 na vossa zona?
No vale de Deierri o carlismo estava tão arraigado que não havia espaço para outras expressões políticas. Nestas circunstâncias, o clero organizou a sublevação com facilidade. E depois, os habitantes do vale lançaram-se numa nova Carlistada em defesa da religião e do sistema foral. Muito para seu pesar, ajudaram a entronizar Franco.
Sem prejuízo do que se disse anteriormente, alguns moradores do vale foram alvo da repressão dos golpistas. Seis habitantes do vale foram fuzilados por desertar na frente, ainda que apareçam no monumento dos caídos de Iruñea como caídos por Deus e por Espanha. Outros quatro habitantes caíram às mãos dos sublevados. Quatro moradores de Allotz, afins à República, foram detidos, levados para a prisão de Zirauki e estiveram à beira de ser fuzilados. Alguns habitantes de Abartzuza estiveram quase a ser fuzilados em virtude das suas afinidades nacionalistas bascas…
Paralelamente, no vale de Deierri assassinaram mais de 70 militantes de Esquerda de municípios mais ou menos próximos a Deierri: Larraga, Lodosa, San Adíán, Dicastillo, Sesma, Lerín, entre outros.

Como foi trabalhado o tema da recuperação da memória histórica durante estes anos?
Depois de muitos anos de silêncio, fomos muitos, em Deierri, a sentir a necessidade de abordar a questão do levantamento com serenidade e rigor. Assim, surgiu uma iniciativa que se encarregou do trabalho de documentação, complementando-o com os testemunhos dos habitantes de Deierri que viveram aquela realidade, sistematizando essa informação e levando a cabo um trabalho: a obra Deierri 1936.
Paralelamente, apresentámos na Câmara Municipal uma moção cujo objectivo é elaborar um mapa de valas, a exumação de cadáveres, a identificação e a trasladação para as terras de origem. Esta moção foi rejeitada pelos representantes da UPN e do PSOE no Município do vale.

O que é que os levou a organizar este evento?
Com o levantamento de 36, o terror apoderou-se do vale. Ao terror seguiu-se o silêncio e durante anos este tema só foi abordado em âmbitos privados. Por fim, embora tenham passado mais de sete décadas, chegou a hora de ler en alto este capítulo da repressão em Deierri.

Vocês realizaram um documentário. Falem-nos um pouco dele.
Esse documentário recolhe, de forma resumida, os acontecimentos mais relevantes que determinaram o levantamento em Deierri, as suas consequências e a perspectiva desta iniciativa, mais de sete décadas volvidas sobre o levantamento.

Onde pode ser adquirido?
O livro estará à venda no dia 29 de Abril em Ibiriku por 10 euros. Quem quiser pode levar o documentário gratuitamente.

Fonte: nafarroan.com

Os bascos presos em Jaén abandonam a greve de fome ao cabo de 18 dias


Os presos políticos bascos encarcerados na prisão de Jaén terminaram na quinta-feira a greve de fome iniciada no dia 9 de Maio para exigir condições de vida dignas e que o direito às comunicações seja respeitado. O Movimento pró-Amnistia indicou que vão realizar uma reflexão para tratar de resolver o conflito com a direcção do centro penitenciário. Tal como recordaram, os presos já estão há sete meses sem encontros em virtude das inspecções «humilhantes».
Em concreto, exigiam que todos os presos bascos fossem colocados numa mesma secção, que tenham as visitas à mesma hora e que os encontros sejam aos fins-de-semana e que os familiares não sejam inspeccionados fisicamente para entrar. Também pediam que nenhum preso seja isolado, que possam realizar actividades e ter uma lámpara na cela.
Familiares de Josu Ziganda e Joseba Lerín afirmaram ao Gara que ambos tinham perdido cerca de nove quilos durante o período de jejum. No caso de Lerín, disseram que na segunda-feira foi conduzido ao hospital, já que apresentava pulsação fraca e lhe foram detectadas anomalias numa análise ao sangue. No entanto, referiram que o mandaram de volta para a prisão depois de verem que não se tratava de nada de grave. Na segunda-feira, habitantes de Orereta (Gipuzkoa) realizaram uma concentração em solidariedade com os bascos presos em Jaén.
Mobilizações
Por outro lado, na quinta-feira, em defesa dos direitos dos presos políticos bascos, 60 pessoas concentraram-se em Eibar e 50 em Burlata. Para além disso, nos bairros iruindarras de Arrosadia, Donibane e Txantrea mobilizaram-se 30, 55 e 65 pessoas, respectivamente.
Fonte: Gara

Bustinduy e outro jovem bilbaíno, em liberdade condicional
Alexander Bustinduy, detido no dia 28 de Abril em Bakio (Bizkaia) por alegada ligação a actos de kale borroka, e em relação com a detenção de Alberto Marín, saiu em liberdade depois de pagar uma fiança de 3000 euros. Outro jovem bilbaíno, cujo nome se viu associado a estas duas detenções, também saiu em liberdade condicional, depois de ter comparecido na Audiência Nacional espanhola.
Por outro lado, o Movimento pró-Amnistia de Gasteiz apelou à participação numa marcha à prisão de Valhadolide neste sábado, para assim manifestar solidariedade a Gotzone López de Luzuriaga e Julen Fernández e, ao mesmo tempo, denunciar a aplicação da pena perpétua aos presos bascos e a situação daqueles que, padecendo doenças graves, são mantidos nas prisões. Esta iniciativa, que foi apresentada em Gasteiz na quinta-feira passada, conta com o apoio de múltiplos organismos: LAB / Esk / Stee-eilas / Gasteizko gaztetxea / Errotako gazte asanblada / Txagorritxuko gazte asanblada / Socorro rojo internacional / Gazte independentistak / Autodefentsa / Ehe / Asamblea de torturados y torturadas de gasteiz / Comision anti sida / Ehgam gasteiz / Gasteizko bilgune feminista / Salhaketa / Ezker abertzalea / Comunidades cristianas de base / Herria 2000 eliza / Zazpigarren alaba / Olarizu auzo elkartea / Salburua bizirik / Gasteiz txiki auzo elkartea / Bizigarri / Errota zaharra auzo elkartea / Judimendiko auzo elkartea.
Fonte: Gara e askatu.org

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Garantia de liberdade


Tic-tac. Tic-tac. O tempo corre contra ti e não há nada que o possa impedir. Os minutos, as horas e os dias passam sem marcha atrás.

Nesta encruzilhada encontram-se 18 donostiarras. Não é pela sua idade, só têm entre 20 e 28 anos. Também não sofrem de nenhuma doença que ponha em risco a sua vida, mas andam há meses a tentar aproveitar ao máximo cada momento. Desfrutam de cada passeio pelo monte ou pela praia como se fosse o último, os seus abraços e saudações são cada vez mais efusivos, pois são testemunhas da forma como o calendário corre contra eles. No final do mês que vem irão sentar-se no banco dos réus da Audiência Nacional e sobre todos eles paira um pedido de oito anos de prisão.

Infelizmente, não são só estes donostiarras que vislumbram a prisão. Logo chegará a vez dos de Oarsoaldea, Iruñerria... Um balanço dado a conhecer recentemente indicava que desde 19 de Janeiro de 2006, data em que o Supremo Tribunal criminalizou a Jarrai-Haika-Segi, praticamente todas as semanas um jovem independentista basco foi detido pelo seu trabalho político e social; a cada duas semanas, um deles denunciou ter sofrido torturas, e a cada semana e meia um foi encarcerado pela dita actividade.

A violação de direitos civis e políticos que a juventude basca padece não pode ser um problema que diga respeito apenas aos que a sofrem. A juventude é a coisa mais valiosa que qualquer povo tem, e mais ainda, se é que isso é possível, para aqueles que queiram ser donos do seu futuro. São muitas as pessoas que como Joxepa Arregi nos abandonam sem ver os seus sonhos cumpridos, mas fazem-no com a esperança posta nas gerações vindouras, as que hão-de continuar a traçar o caminho que os separa da liberdade.

Um caminho duro e custoso, mas que, com o aval e o apoio de todos os cidadãos, se tornará mais simples. No domingo um frontão repleto acarinhou os 18 donostiarras e no sábado o coração da Europa será testemunha de que no seu seio existe um povo que anseia pela liberdade.

Oihana LLORENTE
jornalista
Fonte: Gara

Comentários políticos na Infozazpi Irratia


Floren Aoiz
http://www.info7.com/2010/05/26/comentario-politico-floren-aoiz-17/

Entre outros temas (como a atitude do PNV em relação à Lei de Partidos ou o diálogo entre forças abertzales), o comentarista político analisa o resultado da greve convocada pela maioria sindical basca.

Iñaki Soto
http://www.info7.com/2010/05/27/comentario-politico-inaki-soto-21/

O jornalista do Gara analisa diversos temas da actualidade política (como os últimos posicionamentos políticos do PNV face ao PSOE e à esquerda abertzale, ou a união de forças independentistas em EH).

Ondarroa, outra terra governada contra a maioria dos habitantes


Passam hoje [ontem, dia 27] três anos desde que a EAE-ANV obteve a maioria absoluta nas eleições municipais de Ondarroa (Bizkaia). No entanto, a vontade popular não foi respeitada nem pelos tribunais espanhóis nem pelo PNV, que formou uma Gestora Municipal de que excluiu a esquerda abertzale, governando de costas voltadas para os habitantes.

A vontade expressa nas urnas pelos habitantes de Ondarroa nas eleições municipais de 2007 continua a não ser respeitada, tal como em tantos outros municípios bascos. A EAE-ANV alcançou a maioria absoluta, mas logo haveriam de chegar o veto dos tribunais espanhóis, primeiro, e do PNV, depois. A formação jeltzale optou por formar uma Gestora Municipal com membros do seu partido e do PP, excluindo a esquerda abertzale. Os mais prejudicados com esta situação são os habitantes. O cabeça-de-lista da EAE-ANV nas últimas eleições, Unai Urruzuno, assegura que a Gestora presidida pelo jeltzale Félix Aranbarri está «muito longe» dos cidadãos. «Chegaram de costas voltadas para as pessoas e assim governaram. Como o PNV diz de Patxi López, a principal característica da Gestora é a fraude, já que a minoria se impõe à maioria», critica.

Urruzuno salienta que, por detrás da decisão de excluir a esquerda abertzale, o partido jeltzale «escondia» um modelo de fazer as coisas que «atira para o lixo» as 2600 alegações apresentadas contra o plano de reabilitação da Zona Antiga ou as 1200 assinaturas de moradores que exigiam um Centro de Dia. Afirma que são muitos os exemplos e que, face a isso, tiveram de se organizar através de um «Herritarron Udala» [Município dos Cidadãos]. Uma iniciativa que procura informar sobre os planos urbanísticos, propor alternativas e aproximar-se dos habitantes. Para além disso, mantêm relações fluidas com os grupos culturais e desportivos da localidade costeira e organizam diversos eventos, como as festas de Andra Mari.

A situação é idêntica em Mendexa, localidade biscainha na qual o PNV também impôs uma Gestora, apesar de a esquerda abertzale ter obtido o apoio maioritário nas urnas. Aitor Idoiagabeitia, que ocupava o primeiro posto da lista proscrita, sublinha que a localidade é governada de forma «autoritária» e através da «desinformação». Neste sentido, explica que, a cada dois ou três meses, realizam assembleias abertas para informar os habitantes e que publicam uma revista com o mesmo propósito. Idoiagabeitia refere ainda que apresentaram uma queixa nos tribunais contra a Gestora por incumprimento da legislação, ao realizar os plenários longe da terra e à porta fechada. Tal como os da Gestora de Ondarroa, os plenários de ambos municípios têm lugar na sede das Juntas Gerais da Bizkaia, em Bilbo.

Zaldibia, um exemplo a seguir
A esquerda abertzale sempre reivindicou a ideia de que, com vontade política, se pode superar a Lei espanhola de Partidos. O que se passou em Zaldibia durante a presente legislatura assim o demonstra. Nas eleições de 2007, as candidaturas do Aralar e da EAE-ANV empataram ao obterem cada qual 435 votos. Apesar da ilegalização da formação ekintzale, os dois partidos assinaram um pacto para governar a localidade com base em acordos. O Aralar ocupou a autarquia e quatro lugares da vereação, sendo os outros quatro vereadores da EAE-ANV. Todavia, o pacto rompeu-se após alguns meses e há um ano os edis do Aralar anunciaram que abandonavam os seus cargos por terem ficado sozinhos. A constituição da nova vereação municipal recaiu na Deputação de Gipuzkoa, que deu um prazo de vinte dias para que todos os interessados, que estivessem recenseados na localidade, entre outras condições, se inscrevessem.

Para Urruzuno, esta situação confirma que a própria legislação viabiliza a formação de uma Câmara que espelhe os resultados das eleições. Contudo, afirma que o PNV foi o único obstáculo à concretização disso, excluindo desde o início a esquerda abertzale. «Quem levou até ao extremo a Lei de Partidos em Ondarroa foi o PNV, não a Audiência Nacional ou Garzón. Até aplicaram a Lei de Partidos entre os membros do seu partido que não a acataram, expulsando-os e ocupando depois a Câmara com forasteiros», critica. As tentativas de formalizar as relações com o PNV também foram infrutíferas em Mendexa, onde a junta local jeltzale nem sequer se quer reunir com a esquerda abertzale, alegando que tem ordens do EBB e do BBB para não o fazer.

Manex ALTUNA

Prossegue a campanha de desobediência fiscal apesar da intromissão das Finanças
Mais de 200 famílias de Ondarroa prosseguem com a campanha de desobediência fiscal iniciada na legislatura anterior em protesto contra a falta de respeito pela vontade popular. Com o lema «Eskubiderik ez betebeharrik ez» [sem direitos não há obrigações], passaram já seis anos desde que deixaram de pagar as taxas municipais, o imposto municipal de circulação dos veículos, as licenças por obras ou a entrada para o Polidesportivo.
O ano passado a Gestora Municipal recorreu à máquina coerciva das Finanças forais da Bizkaia, e, embora se tenham feito algumas cobranças, a campanha de desobediência segue em frente. Segundo lembraram, a esquerda abertzale desafiou o PNV a compor um Município democrático em Ondarroa como ocorreu em Zaldibia, referindo que, no caso de não obterem resposta, continuariam sem pagar as taxas municipais. M. A.
Fonte: Gara
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Leitura relacionada: «27 de Mayo: aniversario del apartheid», Ezker Abertzalea

Pelo euskara: jornada festiva em Amurrio e Ibilaldia 2010 em Bermeo

Euskaraz bai Eguna, Maiatzak 29, Amurrion

Neste sábado (dia 29) vai haver uma jornada a favor do euskara em Amurrio (Araba), organizada por diversas associações em colaboração com a Câmara Municipal e sobre a qual o portal de Internet da Comarca - aiaraldea.com - realizou este vídeo. Aquilo que pretendem é fomentar a utilização do euskara.

A Ibilaldia 2010, grande festa biscainha do euskara, é já no domingo

Marigoran Kikunbera Ibilaldia Bermeo 2010 from ja2 on Vimeo.

Neste domingo (dia 30) realiza-se em Bermeo a Ibilaldia, a festa em prol do euskara e das ikastolas da Bizkaia. Este é o vídeo que prepararam, dirigido por Jabi Elortegi.

Ver letra completa aqui.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Na morte de Joxepa Arregi: A dignidade das mães de Euskal Herria


Na segunda-feira, dia 24 de Maio, ao fim da tarde Joxepa Arregi deixou-nos.

Arrasatearra e mãe do preso político, actualmente encarcerado em Huelva, Jesús Mari Zabarte. Arregi era a presidente da Etxerat e representava na perfeição a dignidade que as mães deste povo exibiram durante décadas.

Milhares de mulheres que com a sua coragem e força, para além de uma convicção moral, política e amor repartido em partes iguais, defenderam os direitos dos seus filhos e filhas. Em qualquer circunstância e até ao limite das forças. Depois de se tornarem até novas e prematuras estrelas que hão-de iluminar para sempre o caminho de Euskal Herria, tal como o demonstra a entrevista que o Gara recentemente publicou com Blanca Antepara (2010-5-16). Os exemplos são aos milhares e não convém esquecê-los. É que várias gerações de bascos e bascas cresceram através do seu compromisso vital, trabalho desinteressado e pundonor.

Há pouco mais de um ano, por ocasião do vigésimo aniversário da aplicação massiva da dispersão, a Etxerat recolheu o testemunho comovedor de Joxepa Arregi e María Murgoitio. As enormes potencialidades da Internet possibilitaram a difusão a nível mundial de ambos os testemunhos. Um documento para a história. Um testemunho cru que evidencia a repressão vivida em Euskal Herria durante as últimas décadas e o sofrimento a que se viu exposto um sector importantíssimo e dinâmico da sociedade basca. Uma tragédia íntima em muitos casos. Uma dor condenada ao esquecimento por aqueles que quiseram eliminar qualquer raiz política do conflito. Uma raiva contida ante a injustiça e a permanente violação de direitos.

Afrontas que se transformaram em dignidade constante. Essas mães que em 1980 foram detidas em Madrid por protestar contra a situação que então padeciam os presos políticos bascos, mães que hoje em dia levantam o telefone para perguntar o que é feito da sua filha, quando se encontra detida e sendo seguramente torturada, para não encontrarem resposta durante o período de incomunicação, essas mães que desconhecem qual a situação do seu filho perseguido ou essas mães que fazem milhares de quilómetros sem saber se vão poder ver os seus filhos porque as querem inspeccionar fisicamente. Em suma, mães quem não se assustam nem com as curvas, nem com as grandes bocarras, nem com a miserável actuação de determinadas formações políticas.

São e serão as mães de Euskal Herria. As mães de um povo educado na dignidade, no compromisso, no respeito pelos outros, na luta que diz respeito a cada qual e na humildade. Os valores deste povo, os valores dessas mães. Mães de várias gerações. Mães que conheceram a guerra, a senha de racionamento ou o franquismo. Mães que viveram na sua adolescência a luz da nova primavera de luta que despertou em Euskal Herria em meados do século passado e que conheceram toda a explosão política, social, cultural do princípio dos anos 80 na primeira pessoa, mães que foram apanhadas pela reconversão industrial que abriu caminho ao som do RRV [Rock Radikal Vasco] e mães que hoje em dia educam os seus rebentos depois de terem conhecido as novas vertentes do estado de excepção ou as ilegalizações. E, claro, essas mães que hoje em dia continuam a dar à luz meninos e meninas na prisão. Afastadas pela dispersão e com os seus direitos violados, mas com o seu amor intacto.

Por elas. Por todas elas e por tantas outras pessoas, este povo merece um futuro melhor. Um futuro livre. Um futuro em que não haja mães que tenham de visitar o seu filho ou filha numa prisão a milhares de quilómetros das suas casas, nem mães nem ninguém que arrisque a vida nessa roleta russa que é a dispersão. Um futuro onde as mães não tenham de viver a angústia que representa o regime de incomunicação e o horror de ver um filho ou filha depois de ser torturado. Um futuro onde as mães não tenham de chorar por um filho ou filha que acabou por dar tudo e cuja recordação as acompanhará para o resto das suas vidas. Esse futuro melhor há-de chegar, mas unicamente tomando como referência o caminho feito por milhares de homens e mulheres como Joxepa em Euskal Herria durante todos estes anos.

Um caminho feito na dignidade, constância e exigência permanente de respeito pelos direitos dos perseguidos políticos e de Euskal Herria em geral. Elas são as mães de Euskal Herria e elas representam o cordão umbilical que fará esse caminho que vai da dignidade à liberdade.

Beñat ZARRABEITIA
jornalista e membro da Etxerat
Fonte: Gara

Ontem houve greve no sector público em Hego Euskal Herria / País Basco Sul


Ver: «Êxito da greve geral convocada pela maioria sindical basca contra os cortes de Zapatero e dos seus empregados espanholistas em Hego EH», em kaosenlared.net
"Os sindicatos dizem que o espanholista Patxi López faz o que Zapatero e os seus chefes espanhóis mandam em Madrid"

«A maioria sindical faz um balanço muito positivo da greve», em Gara
"A maioria sindical basca considera 'muito positiva' a resposta do sector público à greve contra os cortes sociais. 'Teve uma incidência importante na CAB e um resultado significativo em Nafarroa', afirmaram ELA, LAB, STEE-EILAS e ESK. Mais de 17 000 pessoas manifestaram-se nas quatro capitais com o slogan 'Sektore publikoa borrokan. Enplegu eta zerbitzu publikoen alde. No a los recortes' [O sector público em luta. Pelo emprego e os serviços públicos. Não aos cortes]."

A Independentistak pede às pessoas que se desloquem a Bruxelas com a GaztEHerria

A rede Independentistak incitou os cidadãos a participarem na manifestação que este sábado reclamará o respeito pelos direitos civis e políticos da juventude basca em Bruxelas e que mostrará que há «um povo que quer ser livre e independente». Para além disso, após a reunião mantida com a GaztEHerria, os representantes de ambas as dinâmicas comprometeram-se a colaborar entre si e a realizar um trabalho em comum a favor da independência
Ver: Gara

Já hoje, em Iruñea, representantes da esquerda abertzale deram uma conferência de imprensa em que também manifestaram o seu apoio à marcha de Bruxelas do próximo sábado. Na imagem, da esquerda para a direita, Niko Moreno, Santi Kiroga e Mariné Pueyo. (Gara / Jagoba Manterola/Argazki Press)

Hodei Ijurko: absolvido na questão da recusa das amostras de ADN


Um tribunal navarro absolveu o preso político basco Hodei Ijurko na questão da recusa das amostras de ADN, que se negou a dar à Polícia depois de ter sido detido em Iruñea durante uma greve geral.
De acordo com a sentença, a recusa em fornecer amostras de ADN, bem como em fazer provas caligráficas, está assegurada pelo artigo 24.2 da Constituição espanhola, que refere o direito de todo o arguido a não se dar como culpado e a não fornecer provas que o incriminem.
Esta sentença contradiz o critério de um outro tribunal de Iruñea que recentemente condenou dois jovens de Lizarra (Nafarroa) a seis meses de prisão por se terem recusado a fazer testes de ADN. Vão recorrer da sentença.
Absolvido por um delito de dano
Por outro lado, Hodei Ijurko foi absolvido de um delito de dano, de que era acusado por agentes da Polícia Municipal; na versão destes, Hodei teria causado diversos estragos durante uma jornada de greve e que a acusação enquadrava na categoria de delito. O tribunal não o entendeu dessa forma, pelo que Hodei não verá a sua pena aumentada. Terá, no entanto, de pagar uma multa de 400 euros por ter causado estragos em duas cabines telefónicas e, ainda, uma indemnização à Telefónica no valor de 251,06 €.
Fonte: apurtu.org

Baztan: denunciam presença policial asfixiante
O Movimento pró-Amnistia afirmou que, nas últimas semanas, a presença da Guarda Civil em terras de Baztan (Norte de Nafarroa) tem sido frequente e abundante. «Há inúmeros pontos de controlo, onde as pessoas são retidas, identificadas e interrogadas. Nos montes circundantes também instalam pontos de controlo. Têm andado especialmente em Erratzu e Auza», afirmou o Movimento pró-Amnistia.
Controlos rigorosos em Altsasu no sábado passado
No sábado passado, realizou-se em Altsasu o Gaztetxe Eguna, e a Guarda Civil efectuou controlos em todas as entradas da localidade, identificando toda a gente que se dirigia para a festa a favor do movimento okupa.
Fonte: apurtu.org

A Ertzaintza entrou na herriko taberna de Andoain para retirar fotos de presos bascos
Os agentes entraram hoje de manhã na herriko taberna Irunberri, em Andoain (Gipuzkoa), com o objectivo de retirar fotos de presos bascos. Entraram assim que o estabelecimento abriu, por volta das 11h. Também levaram a foto do antigo militante da ETA Jon Lizarralde Tripas - que foi morto há alguns anos.
Os Ertzainas identificaram ainda três pessoas: o empregado da Irunberri, uma pessoa que ali se encontrava e, no exterior, uma pessoa que estava a levar as fotos.
Fonte: Berria

A lesakarra Ainara Fresneda, em liberdade
A presa lesakarra Ainara Fresneda Etxeberria foi posta em liberdade no sábado passado, dia 22 de Maio, depois de ter cumprido cinco anos de prisão. Saiu de manhã da prisão de Dueñas (Palência) e ao meio-dia recebeu um ongietorri à porta da sua casa. Familiares e amigos não quiseram perder a oportunidade de lhe dar um abraço; também dançaram um aurresku em sua honra. Depois, ainda se juntaram à mesa para um pequeno repasto.
Fonte: askatu.org

Pelo euskara: apoio à Euskalerria Irratia e apresentação em Bilbau da Ibilaldia 2010

Acto realizado em Iruñea no Registo da Deputação por ocasião do 25.º aniversário da Euskalerria Irratia, em que 25 pessoas apresentaram um manifesto de apoio à emissora. (Gara / Iñigo Uriz/Argazki Press)

Foi apresentada em Bilbo a Ibilaldia 2010, a festa do euskara e das ikastolas da Bizkaia, que se realizará já este domingo em Bermeo, com o lema «Marigoran kikunbera», e que é organizada pela ikastola Eleizalde. Na imagem, da esquerda para a direita, Juan Carlos Gómez, presidente da Federación de Ikastolas de Bizkaia, Markel Goikoetxea, presidente da ikastola Eleizalde, e Eider Gotxi, coordenadora da Ibilaldia. (Gara / Marisol Ramirez/Argazki Press)

terça-feira, 25 de maio de 2010

'Joxepa Arregi hil da'. Morreu Joxepa Arregi / O candeeiro que ilumina o caminho dos familiares


Joxepa Arregi Egidazu, nascida em 1919 na quinta Garratz do bairro Musakola, em Arrasate, desde muito tenra idade teve de fazer frente a uma vida cheia de dissabores, como se o nome da quinta que a viu nascer lhe tivesse marcado o destino.

De uma família com onze irmãos, aos 14 anos abandonou a escola para ir servir, até que rebentou a guerra. Ao finalizar a contenda casou-se com Tomás Zabarte, e ficou viúva quando esperava o terceiro filho.

Mas a imagem que nos fica de Joxepa Arregi está unida a um candeeiro. Ao candeeiro que ilumina o caminho dos familiares dos presos políticos bascos. Joxepa, a mãe de Jesús Mari Zabarte, Garratz, a tia de Pakito Arriaran, a veterana entre as veteranas de um acompanhamento aos prisioneiros bascos que não derrotaram nem a dispersão que a levou até Salto del Negro, nas Canárias, durante anos, nem o acosso policial que começou num 1974 franquista em que os polícias que metralharam o seu filho o deram como morto.

Joxepa Arregi conheceu o regime penitenciário franquista. E o actual. Quem a ouviu não poderá dizer que o anterior fosse pior.

Percorreu mil e uma vezes a geografia peninsular para tornar realidade a máxima de que não houve nem haverá um só preso basco sem a assistência, sem o calor, sem a comunicação, com a sua gente.

Quem não conheceu Joxepa não pode vangloriar-se de conhecer a realidade basca.

O lenço branco ao pescoço, o candeeiro entre as mãos, seguro com a energia de mãe, de arrasatearra de cepa, Joxepa foi uma das imagens que todos os dias nos refrescaram a memória sobre uma realidade dramática, a de centenas de homens e mulheres presos em terra estranha.

Morreu Joxepa sem ver o seu filho e o seu povo livres. Mas os sonhos são propriedade de gente como ela, gente que não descansa. É assim que os sonhos se fazem realidade. Com gente como Joxepa.

Martín GARITANO
Fonte: Gara

Comentário político na Infozazpi Irratia


Iñaki Altuna
http://www.info7.com/2010/05/24/comentario-politico-inaki-altuna-12/

O jornalista do Gara analisa os últimos movimentos em torno da esquerda independentista.

Manifestação contra a tortura: mil manifestantes a ocupar toda a Avenida do Exército?

A manifestação contra as tortura e as ilegalizações gerou uma pequena guerra de números entre os organizadores e meios de comunicação e corpos policiais
«Milhares de pessonas», «várias centenas», «cerca de mil»... são as expressões habituais após uma manifestação. Conforme a fonte que fornece as cifras, assim a estimativa andará por cima ou por baixo. Mas às vezes estas estimativas não possuem qualquer base científica, e foi isso precisamente o que aconteceu com os cálculos da Polícia Municipal e de vários meios de comunicação que no sábado passado baixaram para várias centenas o número de participantes na manifestação contra a tortura, as ilegalizações e a favor do possível desenvolvimento de todos os projectos políticos. Por exemplo, a polícia local, dirigida por Simón Santamaría, disse que tinham participado na marcha entre 900 e 1000 pessoas. Na Euskadi Irratia disseram que tinham sido 800 as pessoas que se tinham manifestado, fazendo um cálculo ainda mais por baixo do que a Polícia Municipal. Não sabemos quem lhes deu essa informação ou se foi o jornalista que contou os participantes. Mas enganaram-se redondamente.
Entretanto, os organizadores apontavam para 7000 pessoas. Alguns pensarão que, se uns dizem 1000 e outros dizem 7000, então o número de manifestantes terá rondado os 3500. Um fifty fifty, vá. Mas isso é um exercício demasiado simples, sobretudo tendo em conta que existem fotos da marcha que evidenciam que os participantes ocuparam a Avenida do Exército quase na totalidade.

Esta Avenida pamplonesa tem um comprimento, desde os Txistus até aos semáforos de Antoniutti, de mais de 580 metros. Os manifestantes ocupavam os lancis da esquerda da estrada, o que representa 7,30 metros. No total, quase 6350 metros quadrados. Com estes dados em cima da mesa, a Polícia Municipal de Iruñea diz-nos que cada pessoa ocupava mais de 7 metros quadrados, e 8 no caso da EITB. Isso, como é lógico, é impossível à vista das fotos que a Ekinklik.org mostra. Noutras fotos, como as do Diario de Noticias, em plano curto, não é tão fácil discernir o comprimento da manifestação. É que este periódico, tendo a possibilidade de fotografar a marcha numa recta como a Avenida do Exército, preferiu tirar uma instantânea de uma curva na Avenida Baiona.
Assim, tendo em conta que em cada metro quadrado podem estar até quatro pessoas, se a densidade da manifestação for muito alta, e uma pessoa, se os manifestantes andarem mais afastados entre si, podemos dizer que, no mínimo, 6000 pessoas participaram na marcha. Nalguns pontos, os manifestantes andariam mais afastados entre si, mas noutros pode-se verificar que num metro quadrado havia pelo menos duas ou três pessoas. Portanto, sem risco de exagerar, podemos afirmar que entre 6000 e 6500 pessoas estiveram em Iruñea no sábado passado. Os organizadores tiveram bom olho.
Fonte: apurtu.org

Mandado de detenção europeu: apelo à mobilização


Após a notificação de um mandado de detenção europeu (MDE) contra zuberotarra Aurore Martin, partidos políticos e sindicatos deram uma conferência de imprensa no sábado passado para chamar a atenção para este caso.

Os partidos abertzales AB, EA e Batasuna, os sindicatos LAB e Sud, bem como o sindicato agrícola ELB, a secção do NPA de Angelu, o colectivo Autonomia Eraiki e as associações CDDHPB e Anai Artea fizeram um apelo à mobilização em frente ao Tribunal de Pau, hoje, às 10h, onde o MDE vai ser examinado.

Aurore Martin tinha sido abordada e colocada sob custódia das autoridades por causa de um antigo caso relacionado com a recusa em fazer testes de ADN durante uma outra detenção. Os gendarmes «aperceberam-se» então de que havia um mandado de detenção europeu contra a jovem, emitido pelo juiz espanhol Baltasar Garzón, em Julho de 2009.

Na sequência da detenção de um grande número de membros da esquerda abertzale que faziam parte da direcção do Batasuna (partido político ilegalizado no Estado espanhol), militantes deste partido no País Basco Norte, entre os quais A. Martin, tinham sido notificados para comparecer na Audiência Nacional de Madrid. Três deles recusaram-se a ir a Madrid e foi então, em Julho do ano passado, que o juiz Garzón emitiu o mandado.

«Crime político»
Para a Askatasuna, a aceitação do MDE contra A. Martin seria um primeiro passo com vista à «ilegalização de movimentos» no Estado francês. A Anai Artea afirmou: «Não podemos deixar andar, porque isso seria deixar a porta aberta às perseguições da Justiça espanhola contra militantes de Ipar Euskal Herria». Para X. Larralde, do Batasuna, o «crime» de que a acusam é «político», já que é responsabilizada por «reuniões, conferências de imprensa e a organização de manifestações.» Para o NPA, desde 2001 a União Europeia adoptou medidas antidemocráticas ao abrigo da luta antiterrorista e o partido exige «o restabelecimento das liberdades colectivas e individuais.»

Giuliano CAVATERRA
Fonte: le journal du Pays Basque-EHko Kazeta

Adenda: De acordo com a kazeta.info, a decisão sobre o mandado europeu emitido contra a membro do Batasuna Aurore Martin foi adiada para dia 1 de Junho.
Em relação aos jovens detidos em Lapurdi no dia 6 de Maio, o Tribunal de Pau aceitou o mandado emitido contra Gaizka Likona, Karlos Renedo e Asier Coloma. Olatz Izagirre só conhecerá a decisão no dia 8 de Junho, uma vez que o tribunal requereu mais informação. Trata-se de jovens que a Guarda Civil e a Polícia espanhola tentaram deter no âmbito da operação contra a juventude independentista basca levada a cabo em Novembro de 2009.

Três presos em greve de fome na prisão de Tarascon, e na de Jaén já vão em 16 dias


O preso político basco Jon González, natural de Santurtzi (Bizkaia), deu entrada nesta prisão francesa há cerca de um mês, altura em que solicitou à direcção que fosse colocado junto de outros dois presos bascos, Balbino Sáez e Asier Aranguren. O pedido foi indeferido, o que motivou protestos por parte dos bascos e castigos por parte da direcção.
Há uma semana atrás, González deu início a uma greve de fome, para acabar com a sua situação de isolamento. Ontem, os outros dois presos bascos juntaram-se ao protesto como forma de solidariedade.
Na nota emitida pelo Movimento pró-Amnistia, denuncia-se a atitude dos carcereiros para com González, que nem sequer lhe dão água, quando se encontra em greve de fome.
Por outro lado, na prisão de Jaén, as presas e os presos políticos já estão há 16 dias em greve de fome, fazendo frente às «inspecções humilhantes» a que continuam a tentar submeter os seus familiares antes de cada visita. Nos últimos dias fizeram um apelo à sociedade basca para que façam chegar à direcção da prisão andaluza cartas a solicitar o fim das inspecções corporais.
Neste contexto, 65 moradores concentraram-se pelos direitos dos presos em Ondarroa; 13 em Euba; 55 em Santurtzi; 45 em Iurreta; 26 em Ataun; 25 em Zaldibia, nos bairros bilbaínos de Zorrotza e Otxarkoaga e no donostiarra de Altza; 21 em Ordizia; 15 em Bermeo; 44 em Laudio; 47 em Oiartzun; 18 em Zaldibar, e 12 no bairro donostiarra de Añorga.
Fonte: Gara
Protesto em Lizarra para evitar que a AN julgue cinco jovens por uma kalejira
Familiares e amigos dos cinco jovens detidos após uma kalejira [cortejo] durante as festas do ano passado, em que a Guarda Civil carregou, tentaram entregar ontem 2850 assinaturas contra a pretensão da juíza do tribunal número 2 de Lizarra de se inibir do caso e de que os cinco sejam julgados na Audiência Nacional.
Ver: Gara
Consideram uma «farsa» o julgamento de cinco habitantes de Uribe Kosta
Cinco habitantes de Uribe Kosta (Bizkaia) começam hoje a ser julgados na Audiência Nacional acusados de «colaborar» com a ETA. O Movimento pró-Amnistia e o TAT afirmaram que o julgamento é uma «farsa» que se sustenta em depoimentos incriminatórios obtidos sob tortura, tendo por isso exigido que os depoimentos policiais não sejam reconhecidos como prova. (Na foto, conferência de imprensa em Getxo.)
Ver: Gara e etengabe

Desapareceu um monumento aos gudaris no monte Arno
Abantian, Movimento pró-Amnistia de Debaldea * E.H.
Um monumento em memória de Patxi Itziar, Iñaki Ormaetxea e Jokin Leunda, membros da ETA assassinados pela Guarda Civil em Morlans, desapareceu pela terceira vez do alto do monte Arno, juntamente com uma bandeirola a favor da repatriação dos presos políticos bascos. De acordo com o Movimento pró-Amnistia, a Ertzaintza é a responsável pelo desaparecimento, tendo apresentado a seguinte cronologia dos factos: no dia 14 de Maio, alguns ertzainas andaram a perguntar às pessoas pela localização do «monumento de Patxi»; nos dias 19 e 20, sobrevoaram de helicóptero, durante bastante tempo, o cimo do monte Arno; no dia 21, às 9h30 da manhã, o monólito tinha desaparecido. Para o MpA, «a mobilização de helicópteros da Ertzaintza para retirar um monumento do cimo de um monte mostra até onde vai a obsessão repressiva de Ares».
http://abantian.blogspot.com/2010/05/gudarien-omenezko-monolitoa.html

Fonte: SareAntifaxista

Nota: posteriormente, o Departamento do Interior confirmou esta acção à agência Europa Press, indicando que agiu «às ordens da Procuradoria da Audiência Nacional» espanhola.

Sugestão de leituras


«Torturas: el timo de las grabaciones», Xabier MAKAZAGA, membro do TAT - Torturaren Aurkako Taldea

«La progresía española, Weiler y Garzón», Jesus VALENCIA

«Barañain: 7 años superando el apartheid», Ezker Abertzalea
"No dia 25 de Maio passam sete anos desde que a estratégia fascista do Estado espanhol impediu, pela primeira vez, que a Esquerda Abertzale trabalhasse no Município de Barañain (Nafarroa)."

«Sobre mesas y manteles», Ezker Abertzalea

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Cerca de trinta agentes subscrevem o Manifesto de Igartza a favor da autodeterminação


Cerca de trinta goierritarras de diversas sensibilidades políticas protagonizaram no sábado em Beasain «uma foto histórica» a favor da autodeterminação. Agentes políticos, culturais, desportivos e sociais reuniram-se no palácio Igartza em resposta ao apelo feito pela iniciativa popular Nazioen Mundua Autodeterminazio Eskubidearen aldeko Goierriko Ekimena. [Mundo de Nações. Iniciativa do Goierri a favor do Direito à Autodeterminação]

Os pessoas que se reuniram em Igartza fizeram um apelo a todos os goierritarras [da região do Goierri, no Sudeste de Gipuzkoa] para que estejam presentes no acto, que prevêem concorrido, que terá lugar no próximo dia 5 de Junho em Larraitz.
Entre os agentes que se deslocaram ao palácio Igartza havia muitas caras conhecidas. Entre outros, participaram Markel Olano, Karmele Aierbe, Axier Sarriegi, Patxi Aierbe, Juan Inazio Galdos, Xabier Mendiguren, Xabier Barandiaran, Dionixio Amundarain, Joxe Miel Azurmendi, Josetxo Arrese, Juan Joxe Agirre, Jon Agirre, Aitor Sarriegi, Gurutze Irizar, Marije Intxausti, Iñaki Murua e Joanes Aierbe.

Dani Oiarbide, em nome da Nazioen Mundua, iniciou o acto dando a conhecer os pormenores da iniciativa. Em seguida, o escritor Xabier Mendiguren tomou a palavra e procedeu à leitura do manifesto pela autodeterminação acordado pelos ali presentes.
Para concluir o acto, os ali reunidos deixaram as suas assinaturas no que a partir de agora será conhecido como Manifesto de Igartza, apelando à participação no acto que se realizará dentro de duas semanas em Larraitz.
Fonte: Gara

Ezker Abertzalea: Para superar a crise / Por um novo modelo económico

«Para superar a crise: soberania!»
Proposta apresentada em Donostia na quinta-feira passada, dia 20 de Maio.

Ver: nafargune.info

Documento: «Por um outro modelo económico, a palavra e a decisão para Euskal Herria»


Documento em euskara e castelhano.
Fonte: nafargune.info