quarta-feira, 30 de junho de 2010

Solidariedade da CGTP-IN com Greve Geral no País Basco


Em dos nome dos Sindicatos e trabalhadores seus filiados, a Comissão Executiva da CGTP-IN transmite à ELA-STV, à LAB e outras centrais bascas a sua solidariedade à Greve Geral de 29 de Junho de 2010, em protesto contra as mais recentes medidas governamentais, que, no País Basco e Navarra, afectarão, de forma muito particular, os trabalhadores e as camadas sociais mais desfavorecidas, em resultado da reforma do mercado de trabalho e de redução de salários, cortes nas prestações sociais, congelamento de pensões e deterioração dos serviços públicos.

Solidariedade com Greve Geral no País Basco
- 29 de Junho de 2010 -

A CGTP-IN enviou às centrais sindicais bascas uma mensagem de solidariedade, que se transcreve:

"Em dos nome dos Sindicatos e trabalhadores seus filiados, a Comissão Executiva da CGTP-IN transmite à ELA-STV, à LAB e outras centrais bascas a sua solidariedade à Greve Geral de 29 de Junho de 2010, em protesto contra as mais recentes medidas governamentais, que, no País Basco e Navarra, afectarão, de forma muito particular, os trabalhadores e as camadas sociais mais desfavorecidas, em resultado da reforma do mercado de trabalho e de redução de salários, cortes nas prestações sociais, congelamento de pensões e deterioração dos serviços públicos.

Desejamos o maior êxito à vossa Greve Geral e à vossa exigência de um novo rumo e novas políticas económicas e sociais no Estado Espanhol e no País Basco e Navarra.

Graciete Cruz
Secretária de Relações Internacionais
Comissão Executiva da CGTP-IN"

Para mais informação, consultar cgtp.pt

Greve Geral: a resposta foi amplamente maioritária, de acordo com as centrais convocantes

A greve foi total em zonas industriais como a de Labegaraieta, em Bergara, na imagem. (Andoni Canellada / Argazki Press)

ELA, LAB, ESK, STEE-EILAS, EHNE e Hiru afirmaram que a resposta à greve geral convocada em Hego Euskal Herria foi amplamente maioritária nos diferentes sectores e empresas. Mostraram-se «muito satisfeitos» com o decorrer da jornada de luta e consideraram «absolutamente ridícula a pretensão de esconder uma realidade que se pôde ver nas ruas». 65 000 pessoas manifestaram-se ao meio-dia nas quatro capitais do Sul.

Greve total no Norte de Nafarroa e seguimento «bastante significativo» em Iruñerria

Milhares de trabalhadores mobilizaram-se de manhã e ao meio-dia

Notícia completa: Gara

Argazkiak/Fotos

Bideoak/Vídeos: Mobilizações em defesa da Greve Geral nas ruas de Donostia

Jornada de greve contra a reforma laboral

O fascismo está aqui: meios de comunicação do capital insultam e criminalizam todos os trabalhadores em greve, enquanto outros os espancaram, em kaosenlared.net

Ekainak 29 Greba Orokorra - acompanhamento da jornada de luta na Sare Antifaxista

Eguiguren à navarra


As palavras do presidente do PSE estão a gerar não poucas reacções no circo político-mediático. Eguiguren, longe de se encolher face à beligerância discursiva dos estratos oficiais, Governo espanhol inclusive, mantém as suas teses.

Seria coisa de tolos pensar em supostas desavenças políticas nas fileiras do PSOE em torno da política contra Euskal Herria e a esquerda abertzale. É seguramente mais sensato entender certos desencontros públicos dentro de uma estratégia ampla desenhada para não ficar fora de jogo sejam quais forem as circunstâncias futuras.

Que Rubalcaba diga A e Eguiguren diga B não significa que as duas teses não se possam sobrepor. Ou seja, que o Estado queira A e se esteja a preparar para o estádio C passa seguramente por começar a assumir posições relativamente a B.

Em Nafarroa, contudo, este tipo de estratégias nas fileiras do PSN brilha pela sua ausência. Nem o defunto Chivite, quando teve oportunidade, nem Jiménez primaram por ser grandes estrategas políticos. A sujeição aos interesses da direita, a ligação aos grandes poderes de facto e a sua própria trajectória política impedem que se libertem do colete de anos e anos de estratégia espanholizante. Basta recordar a sua atitude no anterior processo de negociação, manifestação pró-Espanha inclusive.

Jiménez faria melhor em recordar as palavras que há não muito tempo, e sendo vereador, dirigiu a um outro da esquerda abertzale na Câmara Municipal de Iruñea: «a ver se damos um pontapé no cu a estes tipos da UPN».

Fonte: nafargune.info

O mandado europeu contra Ion Telleria foi aprovado


O mandado europeu de detenção emitido pela Audiência Nacional contra Ion Telleria foi aceite pelo Tribunal de Pau, segundo informou a Kazeta.info.
O advogado do jovem idiazabaldarra já fez saber que vai recorrer da decisão.
Telleria foi detido no dia 9 de Junho em Lapurdi, tendo saído em liberdade no dia seguinte, mas sujeito a restrições.
Por outro lado, a jovem independentista Olatz Izagirre, detida em Ziburu no dia 6 de Maio, foi extraditada na segunda-feira, na sequência de um mandado emitido contra ela. Ontem de manhã foi conduzida a tribunal.
Fonte: Gara e kazeta.info
-
Na foto: solidariedade da www.zirikairratia.tk

Arquivam o processo contra as «peñas» por «apologia do terrorismo» nas vésperas dos Sanfermines

O arquivamento ocorreu horas depois de Barcina ter proferido umas declarações infelizes, segundo as quais as peñas já tinham sido condenadas e em que lamentava que as faixas deste ano fossem negras

Na segunda-feira, ao princípio da tarde, ficou-se a saber que o processo contra as peñas Armonía e San Fermín tinha sido arquivado. Como estarão recordados, depois da última edição dos Sanfermines, a Polícia Municipal, com o apoio da equipa governativa da CM de Iruñea, interpôs uma queixa por causa das faixas que ambas as peñas apresentaram no ano passado. Após vários meses durante os quais os presidentes das duas agremiações, bem como os autores das faixas, tiveram de depor como arguidos, o juiz acabou por decidir arquivar o processo. Confrontados com estes factos, as peñas San Fermín e Armonía Txantreana agradeceram todo o apoio que receberam e quiseram manifestar publicamente a sua «alegria» por verem terminada «esta difícil etapa».

Barcina já as tinha condenado
Precisamente na segunda-feira, Yolanda Barcina, autarca de Iruñea, referiu-se às faixas negras das peñas, afirmando sentir «muita pena» pelo facto de as peñas de San Fermín terem decidido levar faixas negras como forma de «protesto» contra os «entraves» da Câmara Municipal, isto por «duas peñas o ano passado terem sido condenadas por fazer apologia do terrorismo».
Da parte das Peñas Armonía e San Fermin exigiram uma «rectificação pública», por entenderem que «foi gravemente prejudicado o nome» das agremiações. «Apelamos ao povo de Iruñea para que desfrute dos Sanfermines de 2010 e que apoie mais que nunca todas as iniciativas populares que organizarmos, bem como os diversos colectivos da cidade», acrescentaram.
Fonte: apurtu.org

segunda-feira, 28 de junho de 2010

GREBAn!


Acompanhamento: 29 de Junho, Greba Orokorra / Greve Geral convocada pela maioria sindical basca. «¡Esta Huelga la vamos a ganar!», em kaosenlared.net

José Luis, livre


Assisti como espectador adolescente, lá pela Primavera de 1978, à apresentação em Bergara da primeira Junta de Apoio do Herri Batasuna. Abria-se um novo tempo na política basca e ali, sobre o estrado do velho salão do Seminário, apresentavam-se, entre outros, os três personagens da vida política que mais admirei: Telesforo Monzón, Jon Idigoras e José Luis Elkoro.

Hoje, trinta e dois anos depois, sentimos falta dos três no dia-a-dia. De Telesforo e de Jon porque a morte os transformou em estrelas brilhantes do firmamento sobre terra basca e de José Luis porque indivíduos desprovidos de humanidade o mantêm preso em Espanha.

Telesforo, Jon e José Luis. Tão unidos e tão diferentes.

Telesforo foi um aristocrata da política. Todo elegância, fina ironia, majestosidade no discurso e contundência no fundo.

Jon, um líder. Bem-humorado, convencido e convincente, energia e paixão. Um operário na política. Uma humanidade que transbordava para quem se lhe apresentasse também como adversário.

E José Luis, a rectidão em pessoa. A entrega pessoal à tarefa colectiva em prol da emancipação do povo basco saiu-lhe cara, mas ninguém poderá dizer que fraquejou. Sofreu a marginalização, o acosso, detenções e a prisão. Tentaram matá-lo juntamente com Jon e outros companheiros no hotel Alcalá, ali onde os mercenários ao serviço de quem todos sabemos nos levaram o Josu. Também sentimos falta do Josu nestes dias em que germina uma mudança que poderá ser radical no devir histórico do nosso povo.

Não temos Telesforo nem Jon. Tão-pouco Josu, Santi, José Migel e tantos outros que ficaram pelo caminho, na terra que tanto amaram e pela qual tudo deram. Mas temos José Luis. Personagens que não têm dimensão para lhe polir os seus sapatos mantêm-no refém juntamente com mais de setecentos compatriotas. Em condições de manifesta desumanidade que todos deveríamos denunciar perante quem quer que estejamos.

Vêm novos tempos e nós, independentistas, temos uma tarefa ingente que, para além do mais, não será fácil. Mas o futuro é apenas de quem estiver disposto a trabalhar com denodo e convicção na justeza dos objectivos.

Vamos precisar de muitos braços para que o sonho de Telesforo e de Jon, uma pátria livre feita por homens e mulheres livres, seja uma realidade mais cedo que tarde. Vamos precisar, entre outros, de José Luis. E ele merece-o.

Martin GARITANO
jornalista
Fonte: Gara

A solidariedade com a Udalbiltza irá percorrer as ruas de Bilbau no dia 17 de Julho


No próximo dia 17 de Julho as ruas de Bilbo serão o palco e o testemunho de uma constatação: uma ampla maioria social em Euskal Herria opõe-se frontalmente à realização do julgamento da Udalbiltza, em que a Audiência Nacional espanhola fará sentar no banco dos réus 24 eleitos abertzales pelo simples facto de fazerem política. E de fazerem política de forma pública, transparente, institucional e, sobretudo, democrática. Algo que, pelo menos na teoria política, está na própria base de qualquer estado de direito.

A criminalização da Udalbiltza por parte do Estado espanhol põe em destaque o pleno acerto da sua gestão, da sua capacidade para, com base na legitimação que lhe foi outorgada pelo apoio popular, levar por diante numerosos projectos ligados à construção nacional de Euskal Herria e à consolidação da sua identidade. E foi precisamente essa capacidade que provocou a violenta reacção dos poderes do Estado, empenhados em arrasar qualquer manifestação do desejo do povo basco em constituir-se como nação independente. No próximo 17 de Julho essa estratégia encontrará a sua medida na solidariedade que irá percorrer a capital biscainha.
Fonte: Gara

Irunberri: homenagem e exigência de verdade no 20.º aniversário dos acontecimentos da foz

O Movimento pró-Amnistia exige que seja conhecida a verdade sobre o que se passou em na Foz de Lumbier em 1990
Passaram já 20 anos desde os acontecimentos da foz de Irunberri, nos quais perderam a vida Susana Arregi, Jon Lizarralde e um guarda civil, tendo German Rubenach, preso político de Errotxapea (Iruñea), ficado gravemente ferido. Na homenagem que o Movimento pró-Amnistia preparou para ontem, ressaltou-se o facto de «não restarem dúvidas» de que Arregi e Lizarralde foram assassinados. «Sabemos que as versões oficiais são sempre escritas de acordo com critérios políticos e com base em interesses inconfessáveis, e por isso, sempre, ao longo de toda a sua história, este povo desconfiou delas. Desde a que nos dizia que, em 1522, o marechal Pedro de Navarra se tinha suicidado na prisão de Simancas até à que nos tentaram vender agora no caso de Jon Anza, passando pelo bombardeamento de Gernika, a morte de Mikel Zabalza sob tortura, os crimes de Pasaia, o caso de Basajaun, Montejurra, os Sanfermines de 78 e tantas outras», denunciaram.
Do Estado, a única coisa que há a esperar são «mentiras, tergiversação e manipulação, e dor, muita dor e sofrimento», salientaram, «já que não são capazes de oferecer a este povo um futuro democrático e em paz, assente na justiça.»

Reclamam verdade, reparação e justiça
A exigência de verdade sobre o sucedido continua vigente 20 anos depois. «Nós sabemos que não se tratou de um suicídio colectivo, mas só a Guarda Civil sabe em primeira mão o que aqui aconteceu. Temos a certeza de que foram assassinatos de Estado», asseveraram, para em seguida afirmarem que «Euskal Herria e as gerações vindouras merecem saber a verdade, para que aqueles que estudarem a história deste povo dentro de 100 ou 200 anos não tenham de deparar com falsas versões, como a que nos contam, quase 500 anos depois, sobre a integração voluntária de Navarra na empresa de Espanha.» Neste sentido, salientaram que qualquer povo «deve conhecer a sua história para interpretar o presente e olhar o futuro», mais ainda em Euskal Herria, «um país oprimido onde a crónica é escrita pelos opressores». Depois de fazerem referência à investigação impulsionada pelo Governo inglês sobre os acontecimentos do Bloody Sunday irlandês, manifestaram a esperança de que no caso da foz de Lumbier não seja preciso esperar tanto tempo, mas assegurando que, «por mais anos que passem sobre aqueles assassinatos, Euskal Herria não deixará de exigir verdade, reparação e justiça».
Fonte: apurtu.org

Em Noain, lembram aqueles que lutaram pela independência de Nafarroa


Uma marcha entre Getze e Iruñea voltou a lembrar os navarros que em 1521 lutaram pela defesa da independência do reino de Nafarroa face à invasão castelhana.

Os eventos que tinham vindo a ser realizados nas últimas semanas em lembrança da batalha de Noain culminaram ontem na habitual marcha pelos lugares onde a refrega se deu. Este ano a marcha fez-se em sentido inverso, de forma que partiu de Getze - onde está situado o monumento aos falecidos em 1521, levantado por Joxe Ulibarrena - para chegar a Iruñea, onde se procedeu à leitura do manifesto final, às 13h00.

Durante o trajecto, um testemunho (makila) foi passando de mão em mão, para que os participantes contribuíssem com uma quantia simbólica pela parte do percurso que faziam, uma forma de sufragar entre todos as despesas da organização. Estes percursos foram reservados a particulares, grupos locais, sociedades culturais, peñas, municípios…

O evento de ontem evocou os acontecimentos históricos de Junho de 1521, quando dois exércitos se enfrentaram em Noain: o dos navarros sublevados contra a ocupação estrangeira; e o castelhano, decidido a acabar com a rebelião e a independência de Nafarroa.

Por isso, os organizadores do acto sublinharam que «Noain é uma oportunidade para recordar o esforço e o valor de quem lutou, e morreu, pela defesa de Nafarroa. A imagem daquela luta diz-nos quem somos, quem fomos, e indica-nos um rumo para o amanhã».
Fonte: Gara

domingo, 27 de junho de 2010

A esquerda soberanista basca apela à greve numa conferência de imprensa unitária


Para EA, Aralar, Alternatiba e esquerda abertzale, a greve convocada pela maioria sindical está «plenamente justificada», em protesto contra um conjunto de medidas que «visam aproveitar mais uma vez uma situação de crise de um modelo de desenvolvimento económico esgotado» e que implicam uma maior facilidade de despedimento, e «um claro retrocesso nos direitos sociais e laborais dos trabalhadores e das trabalhadoras».

Crêem ainda que os cortes decididos fazem recair as consequências da crise «sobre os sectores menos responsáveis e por ela mais afectados, especialmente a juventude, as pessoas imigrantes e as mulheres».

Na conferência que deram em Donostia, Eva Aranguren e Santi Merino (EA), Niko Moreno e Miren Legorburu (esquerda abertzale), Ainhoa Beola e Oxel Erostarbe (Aralar) e Ander Rodríguez e Enrique Martínez (Alternatiba) criticaram o facto de o Governo espanhol e outros executivos europeus «estarem a ceder de forma vergonhosa às pressões dos mercados financeiros e grandes interesses empresariais que originaram esta crise», que, «longe de assumir os seus custos e a sua responsabilidade, aproveitam a conjuntura para impor medidas de cortes sociais e laborais».

Assim, consideram que nos últimos meses se deu «um retrocesso sem precedentes nos pilares básicos do estado do bem-estar como são a saúde e a educação públicas e a própria negociação colectiva», e uma «delapidação de conquistas que são consequência de uma longa luta histórica a favor dos direitos sociais, laborais e democráticos da cidadania».

Para além disso, crêem que a reforma laboral submete o mercado laboral «unicamente às necessidades dos grandes interesses empresariais, que irão dispor, a partir de agora, do despedimento livre e subsidiado», e afirmam que, «em vez de se criar emprego e reduzir a precariedade laboral, a posição dos trabalhadores e das trabalhadoras foi fortemente debilitada, face aos grandes interesses económicos, que a partir de agora gozarão de plena liberdade de acção e decisão» em matéria laboral.

«Agressão frontal à nossa soberania»
EA, Aralar, Alternatiba e esquerda abertzale insistiram na ideia de que, no caso de Euskal Herria, a reforma e os cortes adoptados representam ainda «uma agressão frontal à nossa soberania» e «a negação de facto» de um quadro próprio de relações laborais que têm vindo a reclamar.

«Os cidadãos bascos sofrem a imposição de um quadro estatal de decisão e diálogo social cujo modelo é mimeticamente transportado para a CAB e Nafarroa, não respeitando a realidade social, política, económica e sindical do conjunto de Euskal Herria nem a capacidade de autogovernação das nossas instituições», afirmaram.

Por isso, exigiram a abertura de «um novo modelo de diálogo» em Euskal Herria que permita abordar entre todas as forças políticas e sindicais «as medidas mais efectivas para dar resposta à crise, com base no respeito pelo âmbito basco de relações laborais e de protecção social», e instaram as instituições a «respeitarem a representatividade da maioria sindical basca».

EA, Aralar, Alternatiba e esquerda abertzale julgam ser necessária «uma grande resposta por parte dos cidadãos à convocatória de greve» e defenderam ainda que se entre numa fase de «mobilização contínua, não só vindo para as ruas, mas também fazendo um trabalho pedagógico necessário, disputando a hegemonia aos valores dominantes, mudando o discurso único e globalizador, apostando na necessidade de uma alternativa a este modelo económico e social depredador, e apostando num outro que tenha como centro o desenvolvimento integral do ser humano».

Fonte: Gara via kaosenlared.net

Leituras


«Huelga general contra la agenda neoliberal», de Floren AOIZ, historiador

«29 de junio, un día para que los tiempos cambien», de Amparo LASHERAS, jornalista

«Tú no hagas huelga», de Nekane JURADO, economista e membro da HERRIAabian!

A evocação de Mikel Zalakain marca as mobilizações em defesa dos presos bascos


O falecimento do exilado político Mikel Zalakain marcou as concentrações em defesa dos direitos dos presos políticos bascos na última sexta-feira de Junho. Para além disso, a Etxerat lembrou ainda a repressão que os jovens independentistas estão a sofrer e denunciou a «chantagem» que representa a política penitenciária.

Na concentração de Zumaia participaram 40 pessoas, 22 em Getaria, 29 em Iurreta, 117 em Lekeitio, 20 em Igorre, 182 em Elorrio, 21 em Mundaka, 68 em Lazkao, 208 em Ondarroa, 15 em Elgeta, 42 em Ugao, 80 em Zaldibia, 35 em Munitibar, 100 em Zornotza, 22 em Trapagaran, 88 em Aulesti, 195 em Orereta, 32 em Arrigorriaga, 20 em Agoitz, 24 em Urnieta, 60 em Basauri, 39 em Orduña, 30 em Amurrio, 20 em Amezketa, 120 em Durango, 7 em Sondika, 30 em Arizkun, 90 em Algorta, 107 em Laudio, 280 em Iruñea, 115 em Bakio, 20 em Legorreta, 50 em Irunberri, 120 em Segura e 220 em Donostia.

35 pessoas mobilizaram-se em Larrabetzu, 20 em Orbaitzeta, 22 em Anoeta, 60 em Barakaldo, 42 em Lesaka, 510 em Gasteiz, 25 em Zuia, 11 em Plentzia, 40 em Bermeo, 20 em Bera, 45 em Urretxu-Zumarraga, 86 em Azokitia, 68 em Gernika, 135 em Oiartzun, 60 em Bergara, 20 em Zalla, 63 em Etxarri-Aranatz, 11 em Lemoiz, 40 em Deba, 15 em Alegia, 56 em Berriz, 35 em Antzuola, 11 em Muskiz, 90 em Galdakao, 35 em Lizarra, 60 em Santurtzi, 36 em Etxebarria, 29 em Zaldibar, 37 em Lezo, 85 em Tolosa e 13 em Lekunberri, onde a Guarda Civil gravou a concentração.

Na concentração de Donibane-Lohitzune denunciaram também o que se passou com Jon Anza perante a ministra da Defesa francesa, Michele Alliot-Marie, que se encontrava na localidade por causa das festas.

Em Irun, houve uma manifestação em que participaram 110 pessoas para denunciar a detenção de Fermín Vila Mitxelena, na quinta-feira à noite, em Belfast. Vila Mitxelena, que é acusado pelas autoridades espanholas de ser um militante activo da ETA, foi detido quando saía do trabalho, um centro hoteleiro da capital do Norte da Irlanda.
Em Portugalete mobilizaram-se 90 pessoas e em Bilbau 125 pessoas concentraram-se em frente à Sabin Etxea e 200 em frente ao Teatro Arriaga. Em Arrasate, 300 habitantes participaram na concentração convocada pela Câmara Municipal com o apoio da esquerda abertzale, do Aralar, da Alternatiba, do Zutik e do EA. Mais tarde, 500 pessoas juntaram-se nas txosnas na homenagem aos familiares. Em Barañain, 207 pessoas participaram num acto pelos presos realizado nas festas.

Em greve de fome
O Movimento pró-Amnistia lembrou na sexta-feira que os presos bascos Arkaitz Agirregabiria e Asier Aranguren continuam em greve de fome. O primeiro começou o protesto no dia 8 de Junho contra o isolamento a que é submetido na prisão francesa de Borg de Bresse. Aranguren, por seu lado, iniciou a greve de fome no dia 15 de Junho para denunciar o perigo que corre de ser torturado no caso de ser entregue às autoridades espanholas quando cumprir a pena.
Já José Luis Campo abandonou a greve de fome, uma vez que se vislumbra uma saída para as suas reivindicações. De acordo com informações chegadas ao Gara, na prisão de Puerto III estava prevista uma greve às comunicações para este fim-de-semana, a que se seguirá uma greve de fome na segunda, na terça e na quarta-feira.
Em Elorrio, deram uma conferência de imprensa para denunciar a pena perpétua aplicada a dois dos presos da localidade: Félix Zabarte, que no 2 de Julho cumpre 25 anos de prisão, e José Antonio López Ruiz, Kubati.
Fonte: Gara e Gara
O advogado de Jose Mari Sagardui «Gatza», os seus familiares e o Movimento pró-Amnistia deram uma conferência de imprensa no sábado, em Bilbo, para denunciar o tratamento «cruel, desumano e degradante» que padece o preso de Zornotza, há quase 30 anos na prisão - é no dia 30 de Junho que atinge as três décadas. Fizeram saber que vão solicitar a sua libertação no tribunal de Granada e anunciaram as mobilizações previstas. (Gara / Marisol Ramírez / Argazki Press)

Ver também: «Jose Mari Sagardui atinge os 30 anos de prisão entre pedidos de liberdade»

Homenagem à Ikurriña em Deustu


A bandeira nacional de Euskal Herria foi homenageada, tendo sido reivindicada a independência

Perto de 100 pessoas participaram na homenagem à ikurriña que decorreu no bairro bilbotarra de Deustu-Ibarra, para, dessa forma, reivindicarem a independência da nação basca.
O costume de homenagear a bandeira nacional é bastante comum nas terras bascas, um acto com o qual os cidadãos pretendem mostrar que não são espanhóis ou franceses, mas cidadãos bascos que aspiram à autodeterminação que os conduza à independência.

A nota desagradável e de mau gosto foi novamente protagonizada pela Polícia autónoma espanhola ou Ertzaintza, que se fez notar no local, mas sem conseguir estragar o evento. Parece que este corpo policial espanhol não fica muito entusiasmado com a ikurriña.
Fonte: boltxe.info via lahaine.org

Fotos: kaleko begiak

Documentário «Deierri 1936», disponível na Internet

Este trabalho pretende lançar luz sobre o que aconteceu neste vale navarro, denunciar o modelo de impunidade espanhol e contribuir para socializar a denúncia política do franquismo e as suas consequências.

Urtea / Ano: 2010
Iraupena / Duração: 22 min
Hizkuntza / Língua: euskara e castelhano

Laburpena / Sinopse:

Após o golpe de Estado fascista contra a II República, o terror anda à solta em Navarra, onde 1% da população é assassinada. Esquadrões da morte compostos por guardas civis, falangistas e requetés levam a cabo um verdadeiro genocídio, eliminando mais de 3400 militantes de esquerda, republicanos, libertários e abertzales.

A iniciativa popular local «Deierri 1936», com a colaboração da associação Ahaztuak 1936-1977, resgatou do esquecimento a sangrenta história deste vale navarro da comarca de Lizarraldea / Tierra Estella. Trata-se de um documentário que pretende lançar luz sobre o que aconteceu neste vale navarro, denunciar o modelo de impunidade espanhol e contribuir para socializar a denúncia política do franquismo e as suas consequências.


Fonte: SareAntifaxista

sábado, 26 de junho de 2010

Greve geral de 29 de Junho: a esquerda «abertzale» também adere


«A esquerda abertzale adere à greve e reclama soberania económica», de Amaia ZURUTUZA

As medidas que o Governo espanhol pretende aplicar aos trabalhadores e pensionistas bascos evidenciam, para a esquerda abertzale, a necessidade de Euskal Herria recuperar a soberania. Apela à mobilização no dia 29 de Junho.

Assim, a esquerda abertzale manifestou o seu apoio à greve geral convocada para a próxima terça-feira pela maioria sindical basca e salientou que, «face às graves medidas que se pretende aplicar aos trabalhadores e pensionistas», a exigência de soberania política e económica para Euskal Herria «é uma necessidade urgente».
Acompanhado de vários eleitos independentistas, o representante da esquerda abertzale nas Juntas de Araba, Aitor Bezares, referiu que a greve do próximo dia 29, bem como a que teve lugar na quinta-feira em Ipar Euskal Herria, são respostas às políticas económicas e sociais que os governos de Nicolas Sarkozy e de José Luis Rodríguez Zapatero adoptaram para abordar a actual crise económica, cuja responsabilidade, sublinhou, «é fruto, única e exclusivamente», do modelo neoliberal.
Notícia completa: Gara



Fonte: ezkerabertzalea.info

Convocada manifestação nacional contra o julgamento da Udalbiltza

Diversos bertsolaris e escritores, ontem, em Donostia, numa concentração em defesa dos processados e contra o julgamento da Udalbiltza.

Também ontem, numa conferência de imprensa que decorreu num hotel de Donostia, imputados no caso Udalbiltza anunciaram uma manifestação nacional contra o julgamento para o dia 17 de Julho (sábado). Irá decorrer em Bilbau, e terá início às 17h30.
Notícia completa: Berria

Mikel Zalakain morreu na Córsega, onde se refugiou da repressão


Mikel Zalakain, exilado político natural de Villabona (Gipuzkoa), faleceu na quinta-feira, na sequência de uma doença grave. Morreu na Córsega, a centenas de quilómetros da sua terra, ao cabo de 49 anos marcados pelas diversas vertentes repressivas que convivem em Euskal Herria, como a prisão, o confinamento e o exílio.

A notícia da sua morte foi divulgada pelo Movimento pró-Amnistia, que indicou que foi um cancro, diagnosticado há apenas um mês, que acabou com a sua vida. Informava ainda que o corpo de Zalakain descansava num tanatório onde será incinerado hoje. Espera-se que as suas cinzas cheguem a Euskal Herria na próxima semana.
Zalakain pereceu às seis da manhã de quinta-feira na ilha mediterrânica, onde residia com a sua companheira, Mila Otegi, e o filho de ambos. Escolheu a Córsega como destino há dez anos atrás de forma a escapar à repressão que o acossava desde os 25 anos.

Em 1986, teve de abandonar Villabona, onde tinha nascido e crescido e a que nunca mais pôde regressar em vida.
Poucos dias depois de partir, a Polícia entrou na sua casa e levou todos os seus familiares presos: a mãe, Pili Esain; o pai, também Mikel Zalakain, e os dois irmãos, Juan Antonio e Iñaki.
Dois anos depois foi ele mesmo a ser detido e a conhecer a prisão, juntamente com a sua companheira. Foram ambos presos pela Polícia francesa em Ipar Euskal Herria; Otegi saiu em liberdade nove meses depois.
Zalakain deixou a prisão francesa para trás em 1992, mas o Governo francês obrigou-o a permanecer em Paris.
Oito anos depois, em 2000, Zalakain decidiu romper o confinamento a que estava sujeito e fugiu, tendo falecido na Córsega.

Na nota emitida pelo Movimento anti-repressivo chama-se ainda a atenção para as longas greves de fome que este villabonarra empreendeu na prisão, que lhe provocaram uma úlcera crónica.
Zalakain conheceu bem de perto as dureza das condições de vida na prisão e as suas sequelas, sendo que o seu pai, também preso político, viria a falecer em consequência das mesmas na prisão de Martutene. Foi a 30 de Novembro de 1990, a poucos meses de acabar de cumprir a pena, quando um enfarte pôs fim à sua vida. O médico responsável pela sua situação chegou a sentar-se no banco dos réus, na sequência das queixas apresentadas, mas o assunto ficou por ali.
«Captura internacionalizada»
Tanto o Movimento pró-Amnistia como a Etxerat mostraram o seu pesar pela morte de Zalakain, que consideram «uma figura que encarna a dimensão da repressão que Euskal Herria sofre» e manifestaram a sua solidariedade aos seus familiares e amigos. Denunciaram ainda o facto de a «captura» de exilados bascos ter sido «internacionalizada» pelo Estado espanhol, o que «endureceu» a vida das centenas de cidadãos bascos que compõem o Colectivo de Exilados Políticos Bascos (EIPK). Exigiram, assim, que se respeite o direito dessas pessoas a viver livremente no seu país, Euskal Herria.
Estes cidadãos bascos são, aos olhos do Movimento pró-Amnistia, o reflexo da situação que este país vive; «um reflexo que se deixa ver por todo o mundo», afirmaram, ao mesmo tempo que mandaram uma mensagem de agradecimento a todas as pessoas e agentes que os ajudam por esse mundo fora.
Fonte: Gara

Laudio recorda Pili Arzuaga e Fontso Isasi, vítimas da dispersão
Laudio irá evocar Pili Arzuaga e Fontso Isasi, mãe e amigo da então presa basca Maribi Ramila, que faleceram no dia 1 de Julho de 1990 quando se encaminhavam para a visita, na prisão de Ourense. Além de manter viva a sua memória, familiares e amigos organizaram diversos actos.
No pórtico da igreja de Laudio (Araba), serão expostos trabalhos de cerâmica de Fontso Isasi. No sábado, depois da concentração do meio-dia, será projectado um vídeo sobre a dispersão; e, às 20h00, haverá em acto de evocação e homenagem na herriko plaza.
A Ertzaintza nas festas de Hernani e de San Inazio
Na quarta-feira à tarde, agentes da Ertzaintza entraram nos recintos das festas de Hernani e do bairro bilbaíno de San Inazio, tendo retirado desses locais diversas faixas e fotos de presos políticos e identificado várias pessoas. Não obstante, na quinta-feira centenas de pessoas participaram, em Hernani (Gipuzkoa), num acto político solidário com os presos políticos bascos (na foto). Em defesa dos seus direitos, na terça-feira 95 pessoas mobilizaram-se em Bilbo; na quarta, 60 em Gros; e na quinta, foram 50 em Burlata; 35 na Alde Zaharra de Iruñea; e 25 no bairro iruindarra de Arrosadia e 48 no da Txantrea.
Em Algorta, na madrugada de sexta-feira, juntaram-se cerca de 100 pessoas para receber o ex-preso Urko Izagirre, que saiu em liberdade da prisão de Soto del Real depois de ter pago uma fiança de 15 000 euros.
Fonte: Gara, askatu.org, askatu.org e etengabe

Leituras


«Diario de Noticias, Rumores e Intoxicaciones: el peligro de beber de la cloaca», nafarroan.com
"Ontem ao meio-dia aparecia a grande notícia: 'Anunciam em nome da ETA a colocação de quatro explosivos nos acessos à cidade de Valência'. O Diario de Noticias fez dela a notícia em destaque na sua edição digital, onde se chegava a afirmar que uma das bombas poderia já ter rebentado."

«Comunicação social e partidos espanholistas insistem em criminalizar a esquerda abertzale pelo que aconteceu em Agurain», kaosenlared.net
"Depois do ataque com seis cocktails molotovs e tinta a uma esquadra da Ertzaintza, os espanholistas e os meios de comunicação da extrema-direita tentam responsabilizar e criminalizar a esquerda abertzale por acções com as quais não tem nada a ver».

«Una huelga muy necesaria», de Jesus VALENCIA, educador social
"Este latrocínio, a que eufemisticamente chamamos crise, tem um ponto em comum com El retablo de Maese Pedro: dois enredos que nos permitem conhecer os personagens que por eles desfilam."

«Espacio y contenido», de Antonio ALVAREZ-SOLIS, jornalista

Vítimas do fascismo e do franquismo



«Lauaxeta», 73.º aniversário
Gasteiz * E.H.
O escritor Estepan Urkiaga Basaraz «Lauaxeta» foi assassinado no dia 25 de Junho de 1937 pelas balas fascistas no cemitério de Santa Isabel, em Gasteiz.
«Herri askatuen egun handia arte»

O município de Erandio exige o reconhecimento de Antón Fernández como vítima do franquismo
Antón Fernández foi assassinado em Erandio pelas balas da Polícia Armada franquista em 1969. Quarenta e um anos depois, continuamos à procura de verdade, justiça e reparação para ele e a sua família.
Ahaztuak 1936-1977, Erandio * E.H.
A Câmara Municipal de Erandio (Bizkaia) exigiu ontem por unanimidade o reconhecimento de Antón Fernández Elorriaga como vítima do regime franquista, tendo solicitado também que lhe sejam atribuídos os direitos que, como tal, lhe correspondem. Assim, e também por unanimidade, exigiu «a reconsideração do dictamen emitido pela Comissão de Avaliação dependente dos mecanismos de aplicação da Lei de Memória Histórica»....
http://ahaztuak1936-1977.blogspot.com/2010/06/el-ayuntamiento-de-erandio-exige-el.html

Fonte: SareAntifaxista e SareAntifaxista

«The mystery of the Basques»: Euskal Herria em 'The Guardian'


O site do periódico britânico realizou uma vídeo-reportagem, com a duração de 6 minutos, e lançou-a na sua sua página online. No vídeo, em que aparecem paisagens, bertsolaris, remadores, pilotaris, dantzaris, actividades marítimas de Euskal Herria, pode-se ouvir os bertsos de Jon Maia e também as explicações de Xavier Agote, presidente da associação marítima Albaola.

Na apresentação, diz-se:
«The ancient Basque culture has survived against the odds. We tour the region to see what's being done to preserve its unique identity.»
Ver AQUI.

Notícia completa: Berria
-
Emendámos: os 'remadores' (arraunlariak) estão agora devidamente onde antes estavam os 'pescadores' (que são arrantzaleak). Barkatu eragozpenak / Pedimos desculpa pelo incómodo.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Os promotores de «Zutik Euskal Herria» continuarão processados por «ser da ETA»


Os promotores do debate no seio da esquerda abertzale, que deu lugar a toda uma renovação da sua estratégia e à aposta nas mudanças dos meios e instrumentos de luta, continuarão processados por «pertença a organização terrorista», depois de a Audiência Nacional de Madrid ter indeferido os recursos interpostos pela defesa.

Arnaldo Otegi, Rafa Díez Usabiaga, Sonia Jacinto, Arkaitz Rodríguez, Miren Zabaleta, Amaia Esnal, Txelui Moreno e Mañel Serra foram detidos no dia 13 de Outubro. Os cinco primeiros acabaram encarcerados com acusações como as de «conseguir tréguas», enquanto os outros três saíram em liberdade provisória. Posteriormente, Rafa Díez Usabiaga também foi libertado, embora sujeito a numerosas restrições, entre as quais não poder realizar qualquer actividade política.

O processamento baseia-se em factos que não são evidenciados pela instrução realizada pelo juiz Baltasar Garzón e numa leitura enviesada e parcial de determinada documentação, que em grande parte viria a contradizer as acusações que pendem sobre os arguidos.

A Secção Terceira da Audiência Nacional, presidida pelo magistrado Alfonso Guevara, optou todavia por dar continuidade ao trabalho iniciado por Baltasar Garzón. Refere que «en función del contenido del Auto de Procesamiento y de los voluminosos y prolijos particulares incorporados al presente Rollo, su examen y valoración por la Sala no pueden concluir sino que son palmarios los indicios consignados en dicho auto acerca de la naturaleza de 'Bateragune' como organización continuadora del desarrollo de actividades con complejo terrorista ETA, según directrices de la misma».

Se a tal Bateragune existisse e fosse o que a Audiência Nacional espanhola diz, as defesas mostraram que não havia qualquer prova que evidenciasse que os detidos pertenciam a essa «organização ou organismo». Contudo, a Secção Terceira garante que os autos de Garzón «razonan acabadamente la existencia cierta de los hechos y la significación indiciaria de los mismos, apuntando la participación de los recurrentes en las actividades objeto de autos».

Por tudo isto, tal como tinham solicitado a Procuradoria e a Asociación de Víctimas del Terrorismo Verde Esperanza, presidida por Francisco José Alcaraz, a Audiência Nacional espanhola confirmou o processamento dos imputados, que são acusados de um delito de «pertença a organização terrorista».

A detenção e o posterior encarceramento de Arnaldo Otegi, Rafa Díez Usabiaga, Miren Zabaleta, Arkaitz Rodríguez e Sonia Jacinto gerou uma enorme resposta política e social em Euskal Herria, dando lugar à maior manifestação realizada em Donostia nos últimos anos, na qual participaram representantes de todos os partidos, com excepção do PSOE e do PP, respondendo à convocatória da maioria sindical basca.
Fonte: Gara
-
-
À parte, ainda que o «aparte» seja bastante relativo, o paperezko lupa da Maite:

«Es la independencia, estúpidos», de Maite SOROA

Comentário político na Infozazpi Irratia




O jornalista do Gara analisa as relações do EA e da esquerda abertzale com o Aralar.

Mais de 800 comissões de trabalhadores de diversos sectores apoiam a greve geral

A greve geral convocada para a próxima terça-feira pela maioria sindical basca está receber o apoio e a adesão de numerosas comissões de trabalhadores e de juntas de pessoal de todos os âmbitos geográficos e sectoriais, segundo indicaram os convocantes.

Comissões de trabalhadores de empresas como Mercedes Benz, CAF, Arcelor, Guardian ou Papresa, de municípios como o de Bilbo, Donostia e Gasteiz, secções sindicais do Osakidetza, Osasunbidea e da Administração Geral e Núcleo, bem como da Justiça, manifestaram o seu apoio à greve geral convocada pela maioria sindical contra a reforma laboral, aprovada na terça-feira com a abstenção do PNV, da UPN, do PP e da CiU.

A maioria sindical cifra em 848 os comissões e juntas de pessoal que até ao dia 22 de Junho tornaram pública a sua adesão. Referiram que, nas assembleias realizadas até essa data, em Araba tinham sido 102 os comités a apoiar a convocatória, 317 em Gipuzkoa, 332 na Bizkaia e 97 em Nafarroa.

«A poucos dias da greve geral, são crescentes os apoios que a convocatória está a receber em todos os âmbitos geográficos e sectoriais», indica num comunicado em que se refere que «inúmeras pequenas e médias empresas, com a sua adesão, também estão a contribuir para o êxito da greve geral de 29 de Junho».

A maioria sindical afirma que reitera o seu compromisso de defesa dos direitos da classe trabalhadora basca e de rejeição das reformas e das imposições.
Fonte: Gara
-

Quatro detidos em Fevereiro reiteram a denúncia de tortura perante o juiz


O pesadelo que viveram nas mãos da Guarda Civil Ibai Beobide, Euri Albizu, Jon Rosales e Adur Aristegi - presos entre 13 e 17 de Fevereiro - começou logo na transferência para Madrid e prolongou-se durante os dias em que permaneceram incomunicáveis. Denunciaram ter sido torturados na presença do juiz da Audiência Nacional espanhola e este encaminhou a denúncia para o tribunal n.º 19 de Madrid.

Assim, no dia 15 de Março o juiz chamou, para prestar declarações, os médicos forenses que prestaram assistência aos detidos durante o período de incomunicação, depois de ter analisado os relatórios que eles mesmos realizaram. Na segunda-feira foi a vez dos quatro bascos, que corroboraram a denúncia de maus tratos.

De acordo com os testemunhos dos jovens, recolhidos e divulgados pelo Torturaren Aurkako Taldea, estes sofreram constantes pressões psicológicas e físicas, ameaças, agressões, a aplicação do «saco» ou ameaças e simulações de descargas eléctricas. No caso de Beobide, Rosales e Aristegi, os agentes simularam a violação com um pau de vassoura. Euri Albizu disse que a despiram e que foi apalpada tanto no carro como na esquadra, já em Madrid.

Entre os quatro detidos, os testemunhos são semelhantes. Além das agressões já referidas, Beobide, por exemplo, contou que o envolveram em espuma de borracha, que o maniataram à cadeira e lhe aplicaram o «saco». Também Rosales e Aristegi aludiram ao mesmo. Rosales contou que o agrediram durante a viagem, tal como Albizu. E esta referiu ainda que durante o trajecto lhe puseram uma pistola na mão e se riam, dizendo que «a arma já tem as tuas impressões».
Fonte: Gara

Múltiplas visitas perdidas no fim-de-semana passado - dias 18, 19 e 20
Os presos políticos bascos Mario Artola e Jokin Urain (em Dueñas), Joseba Etxezarreta e Fernan Elejalde (em Puerto I), Tomas Intxausti (em Córdova), Ana Lizarralde (em Jaén) e Zigor Blanco (em Curtis) perderam os encontros a que tinham direito em virtude das tentativas de inspecção humilhante com apalpamento a que tentaram submeter os seus familiares. No último caso, os presos e presas políticos bascos encarcerados na prisão galega levaram a cabo um fechamento, na segunda-feira passada, como forma de protesto.
Em Ocaña I, os familiares de Koldo Hermosa (mãe, irmã, cunhado e sobrinhos, de 12 e 10 anos) também perderam a visita pelo mesmo motivo, tendo apresentado queixa na prisão e no tribunal. Em Almeria também se perderam quatro visitas pela razão acima referida.
No caso de Miriam Campos, quando os seus familiares chegaram à prisão de Foncalent (Alacant), comunicaram-lhes que a presa política de Indautxu (Bilbo) não se encontrava naquele cárcere, o que levou os seus familiares a pensar que a tivessem transferido para Madrid em virtude da proximidade do início do julgamento da Udabiltza. No entanto, depois de uma chamada da própria Miriam, ficaram a saber que a tinham levado para Múrcia, depois de passar por Villena.
Na prisão de Múrcia encontra-se também Josu Amantes, que nos últimos 23 meses passou por quatro prisões, sendo que, nos últimos dez, passou por três prisões: Puerto I, Albocasser e Zuera.
Zunbeltz Bedialanueta, que se encontra na prisão de Navalcarnero, foi colocado em situação de isolamento na semana passada, depois de se ter recusado a partilhar uma cela com um preso comum.
Fonte: etxerat.info

«Bihotzetatik zintzilik»: canção a favor dos direitos dos presos políticos bascos


Letra: Beñat Zarrabeitia e o grupo Siroka

Colaboradores: Aritz Mendieta (Deabruak Teilatuetan) / Endika Abella (121 Krew) / Ines Osinaga (Gose) / Xabi Solano (Esne Beltza) / Gorka Chamorro (Zein da Zein?) / Alaia Martin (Bertsolaria)

Técnico: Martxel Arkarazo

Estúdio: Garate estudioa (Andoain)
Fonte: etengabe

EHZ Festibala


Euskal Herria Zuzenean Festibala
http://www.ehz-festibala.com/

Heletan, 2010/07/02-tik 2010/07/04-ra
Em Heleta, de 2 a 4 de Julho de 2010

Fonte: SareAntifaxista

Ver também: «Antes do Festival, Heleta cercada de voluntários» (fr)

quinta-feira, 24 de junho de 2010

A esquerda «abertzale» trabalha sempre por vias pacíficas, políticas e democráticas: Eguiguren (PSE) possui dados e todos os políticos o sabem


Correu em círculos políticos bascos que Eguiguren manteve contactos informativos com líderes independentistas e que sabe que a sua aposta é séria.

O presidente do PSE, Jesús Eguiguren, não improvisou o seu último documento - «Reflexiones y propuestas para un futuro de paz y convivencia» - nem trabalha com meras conjecturas, mas conta com informação fidedigna sobre a vontade definitiva da esquerda abertzale de trabalhar exclusivamente por vias pacíficas, políticas e democráticas.
Daí a sua proposta de que o Governo de Patxi López, «sem esquecer a preocupação da segurança», aposte «também numa política de construção da paz». A Executiva do PSE decidiu na sua reunião de segunda-feira adiar esse debate para outro momento.

[Na sequência:]
Rubalcaba pede aos «democratas» que não discutam
O ministro do Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba, afirmou na terça-feira que «a Lei Eleitoral vai ser melhorada» para impedir uma hipotética presença da esquerda abertzale nas eleições municipais de 2011 integrando os seus representantes nas listas do Eusko Alkartasuna. Nesse sentido, disse que «o Ministério e os juízes farão cumprir a Lei à letra».

Urkullu fala do acto como «teatro e encenação»
O presidente do EBB, Iñigo Urkullu, definiu o acto do Euskalduna como «um teatro, uma encenação», e perguntou «se não estamos a assistir ao fim» do projecto do EA para entrar «numa colaboração desenhada pela esquerda abertzale». Referiu que o «EA já tinha adoptado esta via, esta estratégia, em Agosto de 2008».

O EA não mudará a sua estratégia por causa das novas ameaças
O secretário-geral do EA, Pello Urizar, garantiu na terça-feira que a sua formação não irá mudar de estratégia em virtude «das ameaças» de ilegalização, que procuram «criar medo». Numa entrevista na Infozazpi Irratia, Urizar afirmou que «as ameaças» de ilegalização ocorreram «antes do que esperavam», mas que «também não é surpreendente».

Notícia completa: Gara via kaosenlared.net

A esquerda abertzale e o EA desafiam o Aralar a iniciar conversações
A esquerda abertzale e o EA transmitiram ontem ao Aralar a sua disposição para iniciar conversações oficiais com vista a abordar o acordo estratégico subscrito no domingo para trabalhar pela construção de um Estado basco.

Pastor afirma que a reflexão de Eguiguren «não responde ao momento político» mas espera que «acerte»

Editorial do Gara: «É questão de vontade, não de informação»

Uma delegação composta por representantes do EA e da esquerda abertzale entregou ontem de manhã uma carta na sede do Aralar em Iruñea, com «os pilares básicos» do acordo estratégico subscrito no domingo no Palácio Euskalduna.
Segundo informaram numa nota, na missiva transmitem ao Aralar a sua «total disposição para desenvolver conversações oficiais para abordar o acordo estratégico cujo objectivo é a constituição de um Estado basco e o trabalho em comum entre forças independentistas que a actual fase política requer».
Na carta explicam que o EA e a esquerda abertzale interpretam o acordo «de uma forma aberta» e dão prioridade «ao trabalho em comum a desenvolver com outras forças independentistas».
Fonte: Gara

«Carta ao Aralar», em ezkerabertzalea.info

O repúdio pela «pena perpétua» aviva-se perante os 30 anos de «Gatza»


A dinâmica de luta empreendida pelo Colectivo de Presos Políticos Bascos prossegue entre fechamentos, jejuns e greves às comunicações em mais de vinte prisões espanholas e francesas. O seu objectivo é denunciar as situações mais graves, como a dos presos que cumpriram a pena ou a dos doentes, e mais ainda quando se avizinham os trinta anos de cativeiro do preso há mais na tempo encarcerado em toda a Europa: José Mari Sagardui, «Gatza».

Face à dimensão das agressões e violações que os prisioneiros e os seus familiares têm vindo a sofrer, o Colectivo de Presos Políticos Bascos iniciou em Janeiro uma dinâmica de luta «para fazer frente a esta cruenta política prisional». Após as lutas conjuntas de Janeiro e Fevereiro, a dinâmica de luta começou a ser rotativa em Março e, desde então, tem mudado de local todos os meses.

O testemunho da luta passa este mês pelos cidadãos e pelas cidadãs bascos encarcerados nas prisões de Puerto I, Puerto II, Puerto III, Ocaña I, Ocaña II, Sevilha, Segóvia, Castelló-Albocasser, Zuera, Herrera, Foncalent, Huelva, Logroño, Algeciras, Badajoz, Alcázar, Múrcia, Moulins, Lannemezan, Toulon, Clairvaux, Saint Maur, Rennes e Val de Reuil.

A uma semana do fim do mês e do fim destes protestos, o Movimento pró-Amnistia deu informações sobre o decorrer das lutas, insistindo na parte final prevista para algumas prisões. Deste modo, anuncia que os bascos encarcerados em Puerto II - que durante todo o mês estão a recusar o jantar que lhes é oferecido -, Puerto I-III e Alcázar se vão recusar a manter comunicações neste fim-de-semana. Entretanto, em Huelva, nos três últimos dias do mês vão realizar uma greve de fome.

Os fechamentos também são uma forma de luta utilizada nas prisões. Os bascos da prisão de Múrcia vão concluir amanhã o seu fechamento; e os de Rennes e Ocaña I, na sexta-feira. Os presos bascos encarcerados nas prisões de Sevilha, Castelló, Alcázar, Algeciras ou Toulon fizeram a mesma coisa na semana passada.

Através dos protestos, que vão das greves às comunicações até a jejuns e fechamentos, os presos políticos bascos procuram incidir «nas situações prisionais mais graves», que são as que vivem os prisioneiros que já cumpriram a pena e os que estão gravemente enfermos.

3 de Julho em Zornotza
Em apenas quinze dias o preso político há mais tempo encarcerado em toda a Europa, o zornotzarra José Mari Sagardui, «Gatza», voltará a atingir mais uma triste meta, quando cumprir três décadas de encarceramento. Fá-lo-á, além disso, a 730 km de Zornotza, na prisão de Jaén.

Os seus conterrâneos desejam que Gatza regresse quanto antes a casa e por isso o seu aniversário nunca passa desapercebido na localidade biscainha. Desta vez não vai ser excepção, e os motores já estão a aquecer para que a exigência de «Gatza askatu! Bizi osorako zigorrik ez!» [Liberdade para Gatza! Não à pena perpétua!] se oiça com mais força que nunca, trinta aos depois da sua detenção.

O encontro já marcado: sábado, 3 de Julho, às 13h00, na Praça Erreferendum. Logo de manhã, bem cedo, os habitantes de Gernika, Galdakao e Durango partirão dos seus municípios com destino a Zornotza em diversas marchas populares de apoio a este preso.

Na nota enviada pelo Movimento pró-Amnistia para dar conta desta convocatória, não são esquecidos os quase cem presos políticos bascos que estão a ser obrigados a seguir Gatza no seu longo cativeiro. Lembra-se, de maneira especial, Jon Agirre Agiriano, que em Maio último cumpriu 29 anos de prisão, apesar de se encontrar gravemente doente. Para além disso, também se faz referência aos 19 anos de cativeiro nas prisões francesas de Frederic Haranburu, Jakes Esnal e Jon Parot. A situação que vivida pelo irmão deste último, Unai, condenado por duas vezes por um mesmo delito a quatro décadas de prisão, é também denunciada com veemência pelo movimento anti-repressivo.

Aclara, neste sentido, que, apesar de todas as penas superiores a 20 anos de prisão serem habitualmente denominadas como «pena perpétua», para muitos dos presos políticos bascos estas medidas representam a «pena de morte».
Fonte: Gara

A foz do Irunberri e a Guarda Civil guardam um segredo com 20 anos


Na sexta-feira passam 20 anos sobre as mortes dos militantes da ETA Susana Arregi e Jon Lizarralde e do guarda civil José Luis Hervás, na foz do Irunberri (Nafarroa). E foi já há quinze anos que a Audiência Nacional fez cair a versão oficial que imputava as suas mortes a Germán Rubenach, que sofreu amnésia após o tiroteio. Só a foz e a Guarda Civil, que manteve vedado o acesso à zona durante quase um dia, sabem o que lhes aconteceu.

No dia 25 de Junho de 1990 a foz do Irunberri passou a ser mais que uma espectacular paisagem natural, para se transformar também em cenário de um dos casos mais truculentos, e sangrentos, do conflito basco. O vigésimo aniversário daqueles acontecimentos surge envolto em espessa neblina, sobretudo depois dos últimos quinze anos de absoluto silêncio. São os anos que passaram desde que a Audiência Nacional absolveu Germán Rubenach - membro do comando da ETA e gravemente ferido no tiroteio - de uma acusação extravagante. Acusavam-no de «homicídio consentido» dos seus companheiros, o andoaindarra Jon Lizarralde e a oñatiarra Susana Arregi. Com a sentença, veio abaixo a tese oficial que sustentava que os disparos que ambos sofreram na cabeça - dois no caso de Arregi - tinham sido feitos por Rubenach ou com a sua ajuda.
VER: Gara

Dossiê: «Irunberri 20 urte. Omenaldirik onena, garaipena» (eus-cas)


O dossiê «Irunberri 20 anos. A melhor homenagem, a vitória» contém informação do máximo interesse para o caso.
Fonte: apurtu.org

Todos os grupos municipais de Urretxu exigem que se investigue o desaparecimento de Anza


Em Urretxu (Gipuzkoa), todos os grupos municipais aprovaram, em sessão de Câmara, uma moção em que se pede uma investigação profunda sobre o que se passou com Jon Anza, cujo cadáver apareceu no passado mês de Março numa morgue de Toulouse, depois de estar onze meses desaparecido.
O texto foi aprovado com os votos dos vereadores da esquerda abertzale, EA, PNV, Hamaikabat, EB-Aralar e também do PSE.
A Câmara manifesta a sua preocupação e solidariedade com a família de Anza e dirige-se à procuradora de Baiona Anne Kayanakis, para que proceda a uma investigação «exaustiva» e não descarte nenhuma possibilidade. Neste sentido, exigem que sejam apuradas todas as responsabilidades. Para além disso, referem que o conflito político deve ser resolvido através do diálogo e comprometem-se a enviar a moção à procuradora de Baiona e ao primeiro-ministro francês.
Fonte: Gara

Orkestra Marxista: Barañaingo festak


No dia 14 de Junho, 500 barañaindarras, em representação do Movimento Popular, deram uma conferência de imprensa para responder aos entraves colocados pela autarquia local relativamente à realização de umas festas populares e garantir que as txoznas serão montadas num espaço digno. As jaiak ou festak de Barañain (Nafarroa) vão decorrer entre os dias 23 e 27 deste mês.
Contra a censura e em defesa de um modelo participativo e popular das festas... a impagável Orkestra Marxista.
Fonte: apurtu.org / Mais info: baranaingofestak.net

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Ameaças à iniciativa política


O acordo independentista subscrito no domingo passado em Bilbo pela esquerda abertzale e o EA suscitou diversas reacções, muitas das quais revelam o medo de que os independentistas bascos se juntem num mesmo espaço político, em torno de uns mínimos como os que foram concretizados nesse acto e de que se dê o valor, de uma vez por todas, à sua verdadeira dimensão dentro da sociedade basca.

Entre essas reacções não tardaram a fazer-se ouvir as vozes estridentes da «autoridade», a do conselheiro do Interior do Governo de Lakua, Rodolfo Ares, e a do ministro espanhol da Justiça, Francisco Caamaño, que ameaçaram ontem [segunda-feira] fazer alastrar o apartheid político ao EA. Por trás do seu discurso batido, cada vez mais despido, não resta mais que a dificuldade, cada vez mais arrevesada, de dissimular que na realidade a sua autoridade é serva do autoritarismo. O debate não é, tal como afirmavam até agora, sobre os métodos para alcançar um cenário democrático na sua expressão mais ampla; o que acontece é que, contra a cantilena que têm vindo a repetir durante décadas, assegurando que «em democracia tudo é possível», no caso do Estado espanhol essa afirmação é falsa. E não porque, em abstracto, em democracia qualquer objectivo que conte com o apoio da sociedade não seja possível, mas porque a cultura democrática desse Estado em concreto é pobre, deficitária, subdesenvolvida. Só assim se pode entender que respondam com a ameaça à iniciativa política. Esse procedimento tão habitual expressa a obsessão eleitoral e a debilidade política do unionismo espanhol, reflexo do pânico que têm de que o independentismo basco ostente a sua representação real, também nas instituições.

Melhor fariam em perguntar-se por que a aspiração independentista deste país é um valor em alta apesar de tanta repressão e manipulação. Sabem que a aposta independentista ratificada no domingo passado no Euskalduna é estratégica, e deveriam saber que as ameaças dificilmente a poderão afectar.
Fonte: Gara

Pello Urizar: «Se esta aposta tem futuro, a de Patxi López terminou»


Pello Urizar na Info7
http://www.info7.com/2010/06/22/pello-urizar-ea-3/

O secretário-geral do Eusko Alkartasuna explica a aposta estratégica dos independentistas bascos.

Leituras


«¡Cuántas babas!», de Joxean AGIRRE AGIRRE, sociólogo
"O regresso à cena dos ministros do Interior da época de Aznar confirma, segundo o autor, que a iniciativa da esquerda abertzale deixou nervosos "os forjadores daquela aliança antiterrorista acordada ao abrigo da doutrina da segurança de Bush". Agirre entende esse nervosismo, que as seu ver irá aumentar a partir do acto de hoje [domingo] no Euskalduna. Não obstante, não oculta a dimensão da aposta feita pelo independentismo basco e garante que "nada nos vai dar mais credibilidade que ir fazendo as etapas na nossa 'trajectória', cumprindo os compromissos assumidos publicamente"."

«Dibujando el arco iris en el horizonte», de Floren AOIZ, historiador e ex-mahaikide do Herri Batasuna

«Acuerdo estratégico y ritmos», de Ezker Abertzalea

«¿Dejaremos que den al traste con la tierra de contrastes?», de Beatriz ARANA ORTIZ
"Navarra é uma terra rica e afortunada, com belos e variados meios naturais. [...] Parece no entanto que os empresários e os políticos, cegos pela sua cobiça, são incapazes de avaliar a riqueza cultural, natural e linguística da nossa terra."

Os surfistas de Uribe Kosta fazem-se à onda do processo democrático e exigem respeito por todos os direitos


Itsasoruntz, a iniciativa criada por surfistas de Uribe Kosta em 2006, voltou a entrar em cena para «dar um pequeno empurrão ao processo que há-de trazer a solução para o conflito para este povo». Aconteceu no sábado passado e nas águas do rio Ibaizabal.

Quando passavam junto ao museu Guggenheim, dez surfistas atiraram-se à água para exibir, a partir das suas pranchas, ikurriñas e bandeirolas com o seu logo, e assim atrair a atenção dos transeuntes. Foram três as solicitações que ali fizeram: diálogo e acordo de todas as partes, em toda Euskal Herria e para todos os cidadãos bascos, sem nenhum tipo de exclusão; respeito e garantia dos direitos civis e políticos, assim como de todos os direitos individuais e colectivos.

A Itsasoruntz considera que a solução para o conflito que Euskal Herria vive está «nas nossas mãos», pelo que insta a que se dê primazia ao trabalho em comum, passando por cima das diferenças.

Instigam todos os cidadãos e cidadãs a «criar as condições necessárias para que o processo comece a andar»; «O processo somos nós, o povo», afirmam decididos, ao mesmo tempo que consideram que «a força de hoje pode evitar as lágrimas de amanhã».

A iniciativa foi criada em 2006, num contexto em que a esperança da mudança estava também muito presente na sociedade basca e com o fim de juntar apoios a favor de um processo de resolução. Esta contribuição dos amantes do surf foi bem acolhida pela sociedade, mas, como precisam na nota enviada os meios de comunicação, «a situação mudou de direcção e tivemos que ir para terra, esperar por melhores ondas».
A situação actual fê-los retomar o caminho e garantem que o que se passou no sábado foi apenas o princípio.
Fonte: Gara

Solidariedade desde Itália com os três independentistas detidos


Solidariedade com os companheiros bascos detidos em Roma
No dia 11 de Junho, quando da visita a Itália do presidente espanhol Zapatero, foram presos três militantes bascos da organização juvenil SEGI. Os três estavam empenhados num protesto contra a repressão francesa e espanhola em Euskadi. Os militantes estavam preparados para abrir uma faixa quando os detiveram e levaram para a prisão de Regina Coeli. Dentro de duas semanas serão devolvidos às autoridades espanholas.
Expressamos-lhes toda nossa solidariedade e o nosso respeito pela sua coragem.
Agora, em Espanha, há mais de 750 presos políticos bascos, muitos dos quais foram torturados.
Seria um erro acreditar que são apenas esses os problemas dos bascos. A repressão em Euskadi pode ser vista como um laboratório europeu para o controlo social. Nesta Europa esmagada pela crise e pela corrupção, não há espaço para os desejos e necessidades dos povos. Os governos, os dos estados mediterrânicos em primeiro lugar, sabem que a Grécia está aqui perto: o protesto, qualquer que seja, não pode ser tolerado.

Não há prisão que encerre todo um povo.

Independentzia eta Sozialismoa!

Comunicado de um colectivo sardo

Fonte: lahaine.org