quinta-feira, 31 de março de 2011

A Polícia francesa deteve a jovem independentista Irati Tobar

A Polícia francesa prendeu a jovem de Portugalete (Bizkaia) ontem ao meio-dia.

Entrevista a Irati Tobar (11-03-2011)

Vídeo da entrevista

A jovem independentista Irati Tobar foi detida ontem ao meio-dia pela Polícia francesa em Donibane Lohizune (Lapurdi). Tobar era a única jovem do grupo de jovens independentistas que se fecharam em Izpura que ainda se encontrava em liberdade.
A detenção ocorre na sequência do mandado europeu que o juiz da Audiência Nacional Fernando Grande-Marlaska emitiu contra ela.
A jovem de Portugalete protagonizou uma greve de fome de duas semanas com os edis Iker Elizalde, de Hendaia, e Xabi Irigoien, de Beskoitze. Durante todo esse tempo recebeu o apoio e a solidariedade de centenas de pessoas de diversas ideologias.
Para ontem, às 19h00, estava convocada uma mobilização de protesto em frente à Herriko Etxea de Hendaia e, às 20h00, junto ao Metro de Portugalete.
Fonte: Gara / Em euskara: kazeta.info

Euskal gazteria aitzina!
A juventude basca em frente!

Gazte naiz eta nire militantzia politikoagatik atxilotua nago!
Sou jovem e estou detido pela minha militância política!

No dia 21 de Fevereiro, os oito jovens apareceram publicamente em Izpura, onde se mantiveram encerrados como forma de protesto contra os mandados europeus de detenção e em defesa dos direitos políticos. Ao longo de semanas, receberam o apoio de múltiplos eleitos, partidos, organizações e de milhares de pessoas a título individual.
No entanto, os estados espanhol e francês não cessaram a onda repressiva e todos os oito jovens acabaram por ser detidos. Sete deles já estão encarcerados.

Eurodeputados interpelam Bruxelas sobre as torturas denunciadas por Beatriz Etxebarria
Os eurodeputados catalães Ramón Tremosa (CiU), Oriol Junqueras (ERC) e Raúl Romeva (ICV) interpelaram a Comissão Europeia sobre as torturas denunciadas por Beatriz Etxebarria durante o tempo que permaneceu incomunicável nas mãos da Guarda Civil.
Numa pergunta escrita dirigida à Comissão Europeia, os eurodeputados referem que Beatriz Etxebarria «afirmou no passado dia 6 de Março, no final do seu período de incomunicação, que tinha sido torturada para lhe arrancarem informação no seu depoimento policial», e perguntam ao Executivo da UE se «se interessou pelo caso».
Os eurodeputados referem que «existe um consenso importante entre as organizações de direitos humanos da ONU» de que este regime de incomunicação total «pode dar lugar a graves violações dos direitos humanos».
Para além disso, dizem que o «Comité dos Direitos do Homem e o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos consideraram que o direito de qualquer pessoa acusada de um delito à assistência de um advogado é uma garantia processual que deve ser garantido também nos períodos anteriores ao julgamento».
Fonte: Gara

Personalidades catalãs reclamam a Madrid que restaure «a normalidade democrática» em Euskal Herria

Cerca de 200 personalidades catalãs de diferentes áreas subscreveram a «Declaração pela Paz e a Democracia», com a vontade de poder contribuir, a partir da Catalunya, «para a consolidação de um processo que vivemos com esperança».


Os signatários da «Declaración por la Paz y la Democracia» consideram que na actual situação de «desaparecimento efectivo da violência» é chegado o momento de pôr na mesa «o restabelecimento da normalidade democrática e do respeito pelos princípios universais dos Direitos Humanos no País Basco».

Na sua opinião, a Catalunya «não pode ficar à margem dos esforços imprescindíveis para que todos os povos possam defender a totalidade dos seus direitos e liberdades democráticas sem restrições no quadro da União Europeia».

Consideram «inaceitável» a «utilização política da Justiça para limitar direitos constitucionais elementares», e afirmam que, «se o Estado espanhol mantiver a sua posição imobilista no conflito basco, tornar-se-á cada vez mais evidente a sua obstinada recusa em aceitar o direito a decidir sobre o seu futuro».

Por isso, reclamam ao Estado espanhol «a restauração da normalidade democrática» em Euskal Herria, com o «restabelecimento dos direitos de expressão, de manifestação e de participação política», bem como a «adopção de medidas de normalização jurídica no âmbito policial e penitenciário».

O manifesto foi apresentado ontem ao meio-dia na sede do Col.legi de Periodistes de Catalunya, em Barcelona. Entre os seus promotores encontram-se o jornalista Antoni Batista, o economista Arcadi Oliveres, o jurista August Gil Matamala, a advogada Gemma Calvet, o ex-presidente do Òmnium Cultural Jordi Porta, o ex-vice-presidente da Generalitat Jospe-Lluís Carod Rovira, a advogada Roser Ràfols, Gabriela Serra, membro do movimento pacifista, e Jordi Muñoz, do movimento antimilitarista.
Fonte: Gara

O «Gara» e o processo de negociação 2005-2007

Desde o próprio momento da ruptura, o Gara ofereceu informação exaustiva e completa sobre o processo de negociação entre a ETA e o Governo, que decorreu entre 2005 e 2007. Tudo isso é agora novamente compilado, na sequência de informações veiculadas por meios de comunicação estatais.

Documento: «2005-2007. Proceso de negociación» (4,4 MB)

Assim, no dia 15 de Junho de 2007, o Gara adiantou que tinha havido uma última tentativa com duas mesas simultâneas; entre os dias 21, 22, 23 e 24 do mesmo mês apresentou informação própria e detalhada sobre todo o processo; e em Setembro publicou um caderno especial de 64 páginas – em anexo a esta notícia – com novos elementos sobre o conteúdo dos contactos, os seus protagonistas e o contexto social paralelo, acompanhados de análises e entrevistas sobre o tema.
Tudo isso é agora compilado de novo, na sequência das informações recentemente veiculadas por outros meios de comunicação, estatais, aludindo a «actas da ETA» sobre aquele processo.
Fonte: Gara via kaosenlared.net

Um estudo constata que na EITB existe uma aposta na «não informação»

«O grupo público de comunicação EITB cumpre o seu trabalho informativo como serviço público?» foi a pergunta que serviu de abordagem ao estudo encarregado pela fundação Ipar Hegoa do LAB sobre a informação emitida pela entidade pública. Com os dados obtidos a partir de quase 1100 notícias, o sindicato abertzale responde que procura entreter mais do que informar, e que torna invisível a realidade política e territorial de Euskal Herria, com uma clara utilização partidarista.

O grupo informativo EITB «aposta na 'não informação'», «Euskal Herria» desapareceu praticamente da sua terminologia e é clara a «utilização partidarista dos serviços noticiosos». São as três conclusões principais de um estudo realizado pela Aztiker, a partir da análise dos serviços noticiosos deste grupo público, financiado pelo Governo de Gasteiz, embora com difusão noutros herrialdes de Euskal Herria que não os da CAB.

O estudo, efectuado por iniciativa da fundação para estudos sindicais Ipar Hegoa do sindicato LAB, centrou-se na análise de 1065 notícias de 28 serviços noticiosos de todas as cadeias do grupo correspondentes a cada dia da semana entre os meses de Setembro e Dezembro de 2010. A análise centra-se em questões como os acontecimentos que são alvo de informação, a terminologia que é utilizada, os espaços que ocupam, as imagens e os protagonistas da informação, «instrumentos de definição do pensamento colectivo», segundo precisam.

Embora a análise tenha sido dividida em três secções, em função do quadro geopolítico, do tratamento da informação com base numa perspectiva de género ou colocando o foco de incidência no factor socioeconómico, representantes da fundação Ipar Hegoa e responsáveis da análise da Aztiker abordaram na segunda-feira a parte correspondente ao âmbito geográfico das notícias, a sua hierarquização, bem como o tratamento e o protagonismo concedido às diferentes questões políticas.

«Está tudo bem»
A partir das cerca de 1100 notícias analisadas da ETB e ETB2, Euskadi Irratia e Radio Euskadi a primeira constatação é a de que os espaços informativos da entidade pública basca dedicam mais tempo ao desporto do que à política ou à economia e que o futebol é o protagonista indiscutível da informação desportiva. A partir destes elementos, a responsável da área de Serviços Públicos do sindicato LAB, Arantxi Sarasola, referiu na segunda-feira que a leitura que se pode fazer é a de que os serviços noticiosos possuem clara vocação de «passatempo» e a intenção de transmitir o «está tudo bem» ou o «aqui não se passa nada».

Da observação do âmbito geográfico destaca-se, entre outras questões, o facto de 50,6% das notícias que aparecem nos titulares ocorrerem na CAB, 16,8% no Estado espanhol, ou de «22,2% das notícias importantes acontecerem em Espanha e 33% na CAB».
«Apesar de serem fundamentalmente informações da CAB, pode afirmar-se que se procuram notícias que têm alguma influência no Estado espanhol», salientam os impulsores do estudo. Por outro lado, precisa-se também que as expressões terminólogicas mais utilizadas são Euskadi (29,1%) e Espanha (24,7%), enquanto a expressão Euskal Herria aparece apenas em 8,5% dos casos e sobretudo na Euskadi Irratia.

Para o LAB, o objectivo dos actuais gestores da entidade pública consiste em «esfumar e evitar» qualquer elemento de identificação basca «que vá para lá da ordem jurídica política estabelecida» e a primeira vítima desta estratégia é Euskal Herria, numa tendência que se iniciou com o mapa do tempo e se consolidou em todos os âmbitos de informação.

Outra das constatações evidenciadas esta segunda-feira, com base em dados, é a de que o tempo de visibilidade das diferentes sensibilidades políticas não corresponde à representação das mesmas, mas antes aos interesses particulares da entente PSE-PP.

Não é novo, mas é mais «grosseiro» e gera «tensões»
«Apesar de as críticas à parcialidade do grupo EITB serem mais intensas nos últimos dois anos, na fundação pensamos que a utilização dos serviços noticiosos dos meios de comunicação públicos de forma partidarista e como instrumento do governo de turno não é uma situação nova; mais ainda, julgamos que sempre foi assim», afirmou a Ipar Hegoa, referindo em seguida que talvez seja «a grosseira utilização actual» o que faz que a situação seja «insuportável». Abordaram ainda a questão da «criação de opinião», que nos últimos tempos se desenvolve também a partir de instrumentos como as tertúlias, algo que o estudo não abrange, mas que, segundo apontaram, ocupa mais tempo que os serviços noticiosos.

Segundo indicaram, esse tratamento da realidade tem a ver com a queda da audiência, de taxas entre 23 e 24% em 2004 para audiências a rondar os 9,4%, de acordo com dados de Outubro de 2010, e com «tensões» no seio do colectivo de trabalhadores tratados à base de «autoritarismo» e «precariedade», sob «ameaças» e «sanções».

Nerea GOTI
Notícia completa: Gara

Em Zestoa, jornada de solidariedade com a Palestina

Foi apresentada na terça-feira, em Donostia, a jornada Euskal Herria-Palestina, que terá lugar no dia 2 de Abril em Zestoa (Gipuzkoa), organizada pela Askapena, pelos Komite Internazionalistak e pelo sindicato LAB. (Gara / Juan Carlos RUIZ / Argazki Press)
Mais informação: lahaine.org

quarta-feira, 30 de março de 2011

2 de Abril, em Bilbo, manifestação pela legalização da esquerda abertzale

Los agentes políticos, sindicales y sociales que suscribimos el Acuerdo de Gernika queremos hacerle saber a la sociedad vasca:

Nos hacemos eco del profundo malestar que ha generado en la sociedad vasca la decisión tomada por el Tribunal Supremo español para no legalizar a Sortu. Esta decisión demuestra el desprecio del Estado español por el respeto de los más elementales derechos civiles y políticos de la ciudadanía vasca. En nuestra opinión, tomando como base los derechos humanos, el respeto a los derechos civiles y políticos es imprescindible para avanzar hacia un escenario de paz y normalización política.

Por desgracia, la decisión del Tribunal Supremo vuelve a mostrar la escasa madurez democrática del Estado español. En opinión de los agentes que firmamos el Acuerdo de Gernika, el Estado debe legalizar y normalizar toda actividad política sin exigir ningún tipo de contrapartida política a cambio.

No nos queda ninguna duda de que el Estado con esta nueva decisión ha pretendido hacer fracasar el proceso de paz y normalización política abierto en Euskal Herria.

No obstante, esta decisión no es, por desgracia, una isla en el océano, ni mucho menos. En los últimos meses el Estado español ha tenido posturas contrarias a la defensa de los derechos humanos fundamentales, en concreto los escandalosos casos de tortura, y no ha tenido una postura abierta y dispuesta a la resolución del conflicto sino todo lo contrario. Sabemos que la sociedad vasca quiere un escenario de paz y normalización política. Nos consta que la mayoría social vasca quiere estar ahí. Por eso consideramos que el Estado pretende dejar una pesada carga de escepticismo y resignación sobre esa sociedad para convencerla de que su legítimo deseo es imposible.

Quienes firmamos el Acuerdo de Gernika le queremos hacer saber a la sociedad vasca que ella es el motor de este proceso, que el protagonismo del mismo sólo le corresponde al conjunto de ciudadanos y ciudadanas vascas. Nuestra función es tratar de ofrecer instrumentos a esa sociedad para que pueda hacer efectivo su protagonismo en este proceso. Nos comprometemos a esforzarnos por ampliar nuestra oferta de instrumentos para un camino que prevemos largo. Hoy venciendo toda resignación queremos seguir haciendo camino todas y todos juntos. Esa es nuestra fuerza. Por eso hacemos un llamamiento a toda la sociedad vasca para que participe en la manifestación nacional que el próximo 2 de abril a la 17´30 partirá desde La Casilla en Bilbo. Las calles de Bilbo serán el altavoz de una mayoría social que bajo el lema “Euskal Herriarentzat normalizazioa. LEGALIZAZIOA ORAIN!” reclama pasos efectivos hacia la normalización de toda actividad política en Euskal Herria.

«Apirilak 2 legalizazioaren aldeko manifestaldia Bilbon»

Com base no exemplo de Nafarroa, EA e Alternatiba apostam na criação de uma força eleitoral para todo o país

Depois da reunião que mantiveram hoje, anunciaram contactos com soberanistas de esquerda de todos os âmbitos para criar «uma força eleitoral o mais ampla possível».

O Eusko Alkartasuna e a Alternatiba apanham o testemunho dos representantes navarros que no sábado passado fizeram um apelo à mudança no herrialde e defenderam a ideia de que se propagasse a todo o país. Assim o anunciaram, através de uma nota de imprensa, depois de manterem uma reunião ontem de manhã em Bilbo.

As duas forças políticas consideram necessário «apresentar à cidadania basca uma nova força eleitoral soberanista e de esquerda que aglutine vontades, para lá de siglas e conjunturas eleitorais, e que torne possível o início da mudança no nosso país».

Com esse propósito, EA e Alternatiba fizeram saber que vão iniciar uma dinâmica de trabalho para «apresentar uma proposta que represente o conjunto do soberanismo de esquerda sem vetos nem exclusões».

A esse respeito, informaram que vão iniciar uma ronda de contactos com soberanistas de esquerda de todos os âmbitos «para juntar forças com vista a alcançar um acordo o mais amplo possível também em Araba, Bizkaia e Gipuzkoa».

«Vão iniciar-se de imediato»
Estes contactos, referem, «vão iniciar-se de imediato». Ambas as forças consideraram, ainda, que o novo momento político cria «um cenário entusiasmante» para este país e para a consecução dos direitos básicos.
Fonte: Gara

Solidariedade com Mattin Olzomendi e Peio Irigoien em Hazparne

Mattin Olzomendi e Peio Irigoien encontram-se na prisão há um ano, e o comité de Beskoitze organizou um conjunto de iniciativas em sua defesa, que decorreram no sábado passado em Hazparne (Lapurdi). Assim, à tarde cerca de 700 pessoas participaram numa manifestação que percorreu as ruas do centro da localidade e cujo lema era «Mattin, Peio eta beste euskal preso politikoen alde» (Por Mattin, Peio e demais presos políticos bascos). À mobilização seguiram-se aperitivos no gaztetxe Ttattola e, para concluir a jornada solidária, houve noitada de concertos com as bandas Borrokan (Bera), Izate (Donibane) e Piarres (Itsasu).
No dia 30 de Março de 2010, a Polícia francesa deteve oito pessoas em Lapurdi. Depois de estarem alguns dias incomunicáveis, seis deles saíram em liberdade e dois foram encarcerados. Irigoien encontra-se na prisão de Nanterre, a 750 km de Beskoitze, e Olzomendi, por seu lado, «conheceu três prisões diferentes num só ano». Primeiro, esteve na de Meaux, depois foi transferido para a de Poitiers, encontrando-se agora na de Chateauroux, a 536 km de Beskoitze.
Notícia completa e mais fotos: kazeta.info

Afirmam que Mikel Oroz não foi tratado correctamente a uma ferida no braço
O Movimento pró-Amnistia fez saber na segunda-feira que Mikel Oroz, detido a 10 de Março último em Willencourt com mais três alegados militantes da ETA, não «recebeu o tratamento correcto», depois de ter ficado ferido no braço esquerdo durante a sua detenção. Oroz já denunciou a ocorrência à juíza Laurence Le Vert. Na esquadra, um médico suturou a ferida com nove pontos, mas ele queixou-se, dizendo que precisava de mais. Ao ser transferido para Liancourt, o médico desta prisão admitiu que «a ferida precisava de mais pontos», mas já era tarde. O organismo anti-repressivo afirmou que o médico «ficou surpreendido» ao saber que Oroz não tinha sido levado para o hospital. (Gara)
Maite Aranalde e Saioa Sanchez, em isolamento
Maite Aranalde Ijurko e Saioa Sanchez Iturregi foram castigadas depois de terem participado num protesto na prisão de Poitiers. Foram para o mitard no dia 22 de Março e só de lá saem no dia 4 de Abril. (askatu.org)

Em Bera (Nafarroa), todos os partidos denunciam a violência da Guarda Civil
Todos os partidos representados no Município de Bera (Ezker Abertzalea, EA, Aralar e PNV) subscreveram a seguinte nota de imprensa:
No Acordo de Gernika, assumido por múltiplos agentes de Euskal Herria, afirma-se, entre outras coisas: «o desaparecimento de todo o tipo de ameaças, pressões, perseguições, detenções e torturas contra qualquer pessoa por motivo de actividade ou ideologia política».
Em Bera, nestes últimos tempos multiplicam-se as ameaças, as pressões e as perseguições, que incidem precisamente nos jovens da localidade, efectuadas pela Guarda Civil.
O último episódio grave ocorreu a Aritz Arbelaitz, que foi agarrado com violência pela Guarda Civil à entrada de sua casa e, entre outra coisas, foi despido, enquanto o agrediam com as armas. E, enquanto isto ocorria, não deixavam que a sua companheira entrasse em casa.
Afirmamos que é necessário fazer desaparecer todas as manifestações de violência da Guarda Civil e, do mesmo modo, fazemos questão de o denunciar à opinião pública, para que situações repressivas como esta não se voltem a repetir.
Fonte: lahaine.org (Nota: a tradução da nota de imprensa da CM de Bera é da ASEH; qualquer erro, naturalmente, é também da nossa responsabilidade.)

O museu San Telmo reabre as portas

O museu San Telmo, em Donostia, volta a abrir as suas portas, depois de concluídas as obras de reabilitação, que se prolongaram durante cinco anos. Na imagem, trabalhadores dão os últimos retoques. (Gara / Jon Urbe / Argazki Press)

«San Telmo "berrasmatua"» (Berria; com belas fotos)

«El museo San Telmo reabre sus puertas bajo una 'orgia' de canapes y copas» (SareAntifaxista)

«Askatasunaren Garraxia»
Na sexta-feira, 1 de Abril (20h00), noite de música, festa e solidariedade no gaztetxe Kukutza, bairro de Rekalde/Errekalde auzoa, Bilbo (Bizkaia, EH).
Participam as bandas KOP e Sarkor e, pela noite fora, DJ Street Warriors.
Sarrera/entrada: 6,00€

Elkartasuna ez da delitua! A solidariedade não é crime!
Anima zaitez eta zatoz!
Apoio: Sare Antifaxista * Euskal Herriko Antifaxista Taldea

Amaiur - «Eztanda»

O videoclip que o grupo Amaiur gravou para marcar o final da sua trajectória de oito anos. Trata-se do tema «Eztanda», dos Danba.
Indarra, jaia, dantza eta borroka! Força, festa, dança e luta!

terça-feira, 29 de março de 2011

Txelui Moreno na Info7 Irratia: «o Estado quer manter a sua estratégia de bloqueio e criminalização»


Txelui Moreno http://www.info7.com/2011/03/28/txelui-moreno-16/
O porta-voz independentista comenta o último comunicado da organização Euskadi Ta Askatasuna. Para além disso, aborda ainda outras questões, como a apresentação no sábado passado, em Lizarra (Nafarroa), da nova força eleitoral que defende a acumulação de forças abertzales e de esquerda, ou a manifestação convocada pelos signatários do Acordo de Gernika para dia 2 de Abril, em Bilbo, a favor da legalização da esquerda abertzale.

Outras leituras:
«¿Convencer a jueces?», de Martin GARITANO, jornalista

«La inscripción de Sortu», de Jesús VALENCIA, educador social

«Terremotos», de Euskal Herriko Komunistak

Manifestação contra a tortura e a repressão em Iruñea


A manifestação teve lugar este domingo e passou à frente do Comando da Guarda Civil, das sedes de vários partidos políticos e da Delegação do Governo em Nafarroa. Foi convocada por vários cidadãos e cidadãs navarros que afirmam ter sido submetidos a tortura. A iniciativa constitui uma forma de contribuir para o Fórum Cívico contra a Tortura «Esteban Muruetagoiena» que distintos agentes políticos, sindicais e sociais organizaram em Iruñea nos dias 25 e 26 de Março. Para ontem, estava convocada uma concentração ao meio-dia em frente ao Parlamento navarro e outra às 20h00 junto à sede do PSOE.
Fonte: ekinklik.org / Mais fotos: ekinklik.org

Torturaren aurkako manifestazioaren bideoa
Vídeo da manifestação contra a tortura


Ver também: «A Iniciativa contra a Tortura devolve ao Parlamento de Nafarroa as conclusões do fórum cívico» (ateakireki.com)

«Fórum Cívico contra a Tortura: resumo de imprensa» (ateakireki.com)

«Centenas de pessoas exigem o fim do regime de incomunicação em Iruñea» (Gara)

Eleições em Iparralde e Béarn: a esquerda alcança pela primeira vez a maioria no Conselho Geral


A jornada eleitoral de domingo confirmou as expectativas de mudança que se vinham anunciando. Assim, pela primeira vez, a esquerda é maioritária no Conselho Geral dos Pirinéus Atlânticos. Nos cantões bascos houve dois que passaram para o PS, mas a direita arrebatou-lhe o lugar em Angelu-norte. Embora não tenha sido eleito, o único candidato abertzale presente na segunda volta consegui um resultado bastante significativo (42,70%). A abstenção foi menor que no Estado francês. VER: Gara

Le Journal du Pays Basque (índice da edição de 27/03/2011, com a análise dos resultados nos cantões de Ipar Euskal Herria)

Na imagem, os herrialdes de Ipar Euskal Herria. Para a composição dos assentos no Conselho Geral dos Pirinéus Atlânticos conta também o território de Béarn.

Ikurriñas e solidariedade com os presos na manifestação contra a ditadura militar, em Buenos Aires


Buenos Aires, 25 de Março Militantes da Coordenadora Basco-Argentina e dos Euskal Herriaren Lagunak participaram este 24 de Março na gigantesca marcha de repúdio à ditadura militar argentina, em Buenos Aires. (Ver nota da Askapena a este respeito). Centenas de milhares de pessoas demoraram horas a percorrer o centro da cidade e, entre os manifestantes, ondearam as ikurriñas, a bandeira da Rede Independentistak e uma faixa em se que reivindicava a liberdade para as presas e os presos bascos. Inúmeras pessoas aproximaram-se daqueles que as levavam para expressar o seu apoio à luta do povo basco pela independência e o socialismo. Entre os manifestantes, também havia militantes solidários com o povo sarauí e a Frente Polisário. Fonte: askapena.org / Fotos: askapena.org

Ver também: «Concentração da Ahaztuak 1936-1977 em Bilbo: golpistas e genocidas julgados na Argentina. E aqui por que não?» Na quinta-feira, assinalavam-se os 35 anos do golpe cívico-militar que a 24 de Março de 1976 ocorreu na Argentina, na sequência do qual viriam a desaparecer mais 30 000 pessoas e haveria milhares de perseguidos políticos. Por isso, a associação de vítimas do regime franquista Ahaztuak 1936-1977 levou a cabo uma concentração em Bilbo na sexta-feira passada, na qual participaram várias dezenas de pessoas, que se concentraram atrás de uma faixa em que se podia ler «Kolpistak, genozidak. Argentinan epaituak. Hemen zergatik ez?». Ver: kaosenlared.net

Fernando Apoa: «Não há lugar para a utopia; no seu espaço edificaram centros comerciais»


Fernando Apoa é um saragoçano que, depois de abandonar El Corazón del Sapo, uma das bandas mais apreciadas do jarkore estatal, se mudou para Irun (Gipuzkoa), onde reside, para ser o novo vocalista dos Kuraia, um grupo que arrasou - tanto pela sua proposta musical como pela capacidade cénica e de comunicação de Fernando «Apoa». Após o desaparecimento de cena dos Kuraia, surgiram os Estricalla, que iam apresentar este sábado em Irun o seu novo disco, Fuegos olímpicos, num festival antifascista.
Pablo CABEZA (Gara)

VER: RACez

Para mais informação (músicas, espectáculos, actividade da banda), ver Estricalla.

«Zakur...», tema do álbum Gimnasia Revolucionaria (2009)

domingo, 27 de março de 2011

A ETA, disposta a uma verificação «não formal» para superar o veto estatal

A Euskadi Ta Askatasuna considera muito significativo o facto de que os executivos de Madrid e Paris tenham rejeitado totalmente a proposta que fez em Janeiro. «Não querem que a comunidade internacional verifique o cessar-fogo geral e permanente da ETA. Não o querem porque, apesar da hipocrisia e da intoxicação, ficaria acreditado, também no plano internacional, que a única violência existente hoje em Euskal Herria é a que os próprios estados geram».

Trata-se, no entender da organização armada, de uma realidade que se pôde constatar nos últimos meses. «Em Euskal Herria, a violência assume os nomes de violação de direitos, ilegalização, acosso, detenção e tortura».

Apesar da recusa e do veto governamental, a ETA reitera a decisão que tornou pública naquela declaração. E, apesar de ter a noção de que não conta com o «reconhecimento oficial» dos governos, mostra-se disposta a «aceitar um mecanismo de verificação informal. A ETA considera que é concretizável, e que se pode constituir uma comissão internacional de verificação».

Insiste no paradoxo que representa o facto de aqueles que dizem que a sociedade basca é maior de idade para resolver os seus conflitos - como defenderam responsáveis políticos e institucionais do PSOE e do PP quando foi apresentado o Grupo Internacional de Contacto - «neguem que essa mesma sociedade tome a palavra para decidir o seu futuro».

Dois blocos diferenciados
O comunicado, que aprofunda aquilo que foi manifestado há dois meses e meio, conclui expressando «o compromisso da ETA em alimentar e levar a bom porto a resolução democrática» do conflito, com a vista posta na consecução da «liberdade e da paz para Euskal Herria».

Em prol desse objectivo, faz um apelo às forças políticas, sociais e sindicais bascas, e à cidadania no seu todo, para que «juntem forças, assumam compromissos e dêem novos passos pela liberdade e contra a repressão».

A organização armada considera que, a cada dia que passa, é mais evidente que no panorama político basco existem dois blocos bem diferenciados. O primeiro, formado por «aqueles que desejam criar um cenário de liberdade»; e o segundo, constituído «pelos que pretendem manter a imposição e o bloqueio». «E uma das características principais do momento - prossegue - é o confronto entre quem quer desenvolver o processo democrático com vista a uma solução definitiva do conflito e aqueles que pretendem acabar com oportunidade criada».

Para a ETA, são cada vez mais os cidadãos que se estão a organizar nesse primeiro bloco. «Começámos a superar a pretensão daqueles que desejavam ver as forças que defendem a mudança política e social dispersadas, debilitadas e isoladas». Mas avisa que ainda há um longo caminho pela frente, «que estará repleto de obstáculos», pelo que defende que se continue a juntar esforços até que «possamos derrubar o muro que Espanha e França ergueram para sequestrar a palavra dos cidadãos bascos».

Em referência aos governos espanhol e francês, observa uma atitude irresponsável «porque não é compatível que em certos âmbitos expressem uma suposta vontade para chegar à solução e, por outro, se mantenha a estratégia repressiva. Irresponsável, porque têm por objectivo arruinar a esperança gerada».

De facto, a ETA julga que «a injusta atitude» dos executivos levou a que tenham aflorado «dúvidas» inclusive entre as fileiras das forças que se posicionam a favor da permanência status actual. A eles, dirige-se também para os instar a agir com «a responsabilidade e a coragem que este histórico momento requer».
Fonte: Gara

«EUSKADI TA ASKATASUNAREN AGIRIA EUSKAL HERRIARI»

EA e Herritaron Garaia: pedem que o exemplo navarro seja seguido noutros «herrialdes»

O Eusko Alkartasuna e a plataforma Herritarron Garaia deram no sábado em Lizarra um primeiro passo para configurar um «nova força eleitoral» assente na «colaboração eficaz» de pessoas de esquerda, abertzales e euskaltzales.

Com o lema «Bagoaz», meio milhar de pessoas estiveram presentes no acto de apresentação, no «acto de partida», desta nova proposta eleitoral. Muitos dos presentes lembraram o valor simbólico, tanto recente como histórico, que Lizarra possui para os bascos.

Maiorga Ramirez, em representação do EA, e Bakartxo Ruiz, em representação da plataforma Herritarron Garaia, foram os porta-vozes desta nova iniciativa. Ramirez afirmou que «chegou o momento de criar os alicerces de uma colaboração eficaz entre gente de esquerda, abertzales e euskaltzales com vista à formação de uma nova força eleitoral, doa a quem doer». Assim, «de Nafarroa lançaram um apelo a toda Euskal Herria para que seja criada uma proposta eleitoral participativa, plural e aglutinadora», uma «força eleitoral» que busca a adesão dos cidadãos «neste primeiro processo que são as eleições forais e municipais».

No acto também interveio o dirigente do EA Koldo Amezketa, que disse estar ali para «reafirmar mais uma vez que o nosso país tem de ser construído entre todos. Precisamos das forças, das ideias e do trabalho de todos os bascos. Ninguém está a mais». Disse ainda que «a única coisa a mais» são as «atitudes excludentes e os vetos à colaboração» entre aqueles que desejam uma Euskal Herria onde «o respeito pelos Direitos Humanos e a liberdade completa sejam uma realidade». A referência à situação vivida na Nafarroa Bai é óbvia. Da mesma forma, considerou: «Não podemos continuar a depender de decisões políticas que são tomadas a 500 km e de costas voltadas para a maioria», e que o seu objectivo é o de «construir uma nação soberana para que todos possam viver melhor».

Arantza Izurdiaga, da Herritarron Garaia, criticou a situação actual de Nafarroa, consequência da «péssima gestão» da UPN. Izurdiaga afirmou que, neste contexto, «chegou o momento de encarar o futuro a partir de uma perspectiva de soma e integração». «Verificam-se as condições para que aqueles que até agora seguiam por caminhos diferentes possam caminhar juntos», disse.

Em relação aos nomes possíveis para esta nova força eleitoral que diversos meios de comunicação avançaram – Bildu, Bagoaz, etc. –, os organizadores preferiram não confirmar nada.
Fonte: Gara

Ver também:
Entrevista a Pello URIZAR, secretário-geral do Eusko Alkartasuna: «La idea de Nafarroa se debe trasladar al resto del país»

Leituras à solta:
«Los militares, en la Sala del 61», de Ramón SOLA

«El problema no es la extrema derecha», de Floren AOIZ

O Movimento pró-Amnistia pede que se «aumente a pressão» pelos direitos dos presos

Mais de 200 pessoas participaram em Gasteiz num acto que se enquadra na libertação, em Abril, dos presos políticos que há mais tempo estão encarcerados: José Mari Sagardui, Gatza, e Jon Agirre.
O Movimento pró-Amnistia pediu ontem, na capital alavesa, que «se aumente a mobilização e a pressão» a favor dos direitos que assistem ao Colectivo de Presos Políticos Bascos (EPPK). O apelo foi feito no decorrer de um acto no qual participaram mais de 200 pessoas e em que foram evocadas as figuras de Jose Mari Sagardui, na prisão há trinta anos, e Jon Agirre, que também já atingiu a trintena de anos na cadeia. Trata-se dos presos políticos bascos mais veteranos.
Os porta-vozes do Movimento pró-Amnistia leram um documento em que se salienta o facto de ambos os prisioneiros, que vão ser postos em liberdade esta Primavera, «regressarem às suas terras sem terem perdido a dignidade».
No texto denuncia-se «a cruel política penitenciária» de que são alvo as pessoas que integram o EPPK sendo reclusos da ETA. Depois de realçar que o Acordo de Gernika «lançou as bases do processo democrático», acrescenta-se que chegou «o momento de tornar realidade» os conteúdos desse pacto, pelo que, no que se refere à política prisional, se deve pôr fim à dispersão, se devem libertar os presos com doenças graves e aqueles que cumpriram as suas penas, e deve respeitar escrupulosamente todos os direitos dos prisioneiros.
Amnistia
No manifesto insiste-se na ideia de que «a amnistia será o resultado do processo democrático», e que se entende por amnistia «que os presos e exilados estejam em casa e que as razões que os levaram a estar presos e exilados estejam ultrapassadas».
De forma a alcançar todos estes objectivos, o Movimento pró-Amnistia pediu que se «aumente a mobilização e a pressão a favor dos presos em todas as terras e bairros». Nesta linha, anunciaram mobilizações para os próximos meses.
Fonte: Gara

Grande apoio aos presos políticos na última sexta-feira do mês
Na última sexta-feira de Março, houve dezenas e dezenas de protestos pelos direitos dos presos, entre os quais se destacaram os de Gasteiz (625 pessoas), Bilbo (470; 120 na Sabin Etxea e 350 no Arriaga) e Iruñea (328), os de Orereta (265), Hernani (225) e Ondarroa (202), bem como o de Eltziego, por ser a primeira vez (32). [Aupa, Errioxa!]
Houve também concentrações em Elorrio (137), Oiartzun (185), Zarautz (175), Bermeo, Zizur e Arrigorriaga (35), Gernika (76), Usurbil (92), Mendaro (21), Beasain (65), Sopela (50), Durango (130), Lasarte e Villabona (75), Urnieta (40), Etxarri-Aranatz (71) ou Donostia (180).
Ainda em Urretxu-Zumarraga (96), Zuia (30), Abanto (28), Galdakao (130), Otxandio (65), Lesaka (48), Gaztelu (19), Barakaldo (90), Pasai Antxo (70), Lezo (42), Pasai Donibane (33), Ikaztegieta (10), Mundaka (19), Ugao (38), Orio (32), Lazkao (80), Elgeta (20), Lekeitio (115), Legorreta (16), Zaldibia (73), Aulesti (82), Munitibar (28), Deba (47), Busturia (30), Azkoitia (96), Agurain (38), Ordizia (55), Soraluze (66), Ibarra (72), Getaria (32), Sondika (12), Urduña (46), Amezketa (20), Arratia (60) o Lizarra (52).
A lista abrange quase todo o território basco e prossegue com Alegi (12), Trintxerpe (40), Laudio (92), Agoitz (32), Irunberri (25), Elgoibar (62), Barañain (52), Irun (60), Gares (30), Zalla (30), Ermua (36), Lezama (11), Bermeo (35), Berriz (22), Leitza (70), Irurtzun (29), Altsasu (69), Erromo (87), Lizartza (43), Leioa (10), Bera (24), Amurrio (40), Muskiz (13), Iurreta (32), Usansolo (18), Lemoiz (13), Trapagaran (31), Zaldibar (39) e Zornotza (100). Os dados recolhidos mostram, assim, que a última sexta-feira de Março de 2011 foi uma das mais prolixas no que a manifestações de apoio aos presos bascos diz respeito.
Fonte: Gara

Pela libertação dos estudantes presos, subida ao monte Olarizu
Na quinta-feira, 36 pessoas partiram do campus universitário de Gazteiz com destino ao monte Olarizu, participando assim numa marcha que visava reclamar a libertação dos estudantes presos. Na imagem, a foto que tiraram no local para enviar aos presos. Houve ainda um almoço e jogos.
Klasean nahi ditugulako, etxean nahi ditugulako, presoak etxera!
Porque os queremos nas aulas, porque os queremos em casa, os presos para casa!
Askatasunaren bidean ikasle presoak klasera!
No caminho da liberdade, os presos para as aulas!
IKER, SAIOA, ZURIÑE, AIALA eta XALBA KLASERA!
Fonte: askatu.org

Concentração da Segi contra Alliot-Marie, «símbolo de opressão»

Michèle Alliot-Marie, recentemente demitida das funções de ministra da Defesa da França, tinha anunciado a sua presença em Donibane Lohitzune (Lapurdi), onde ia decorrer uma sessão de câmara, e a Segi fez um apelo à participação numa concentração para repudiar a sua chegada, salientando em primeiro lugar o escândalo que deu origem à sua demissão: as suas relações com gente próxima ao regime de Ben Ali, na Tunísia, e o seu apoio inicial à repressão da revolta dos cidadãos: «Enquanto o povo se sublevava pelos seus direitos, ela pôs a estrutura repressiva francesa à disposição dos ditadores mais imprestáveis. Realmente inaceitável», lembraram os jovens bascos.
Atrás de uma faixa em que se lia «MAM kanpora / MAM dégage», os jovens concentrados em Donibane Lohitzune salientaram que em Euskal Herria «já conhecemos esses métodos há algum tempo». Referiram-se a uma questão de plena actualidade em Ipar Euskal Herria como é o mandado europeu de detenção e ainda ao desaparecimento e morte de Jon Anza, pelo qual Alliot-Marie nunca respondeu, pese embora ter sido ministra da Justiça quando os factos se deram.
Terceira concentração
Não é a primeira vez que a Segi interpela directamente a ex-ministra. Quando tentou fazê-lo pela primeira vez, em Dezembro último, foram impedidos por uma forte carga policial. Uma segunda tentativa foi frustrada há um mês quando Alliot-Marie suspendeu a visita à localidade, «evitando assim enfrentar o mal-estar dos jovens».
No sábado, houve concentração, e sem problemas de maior. «Michèle Alliot-Marie é um símbolo em Euskal Herria - referiram -, mas é também, para além disso, um instrumento político do Estado francês para manter a opressão em Euskal Herria. Através da repressão e da negação do diálogo, fecha as portas à paz».
Fonte: Gara / Ver também: kazeta.info (eus)

Símbolo-lá, símbolo-cá: «Rodolfo Ares: "Em dois anos fizemos mais detenções que o PNV em sete"»
"Ares respondeu que, desde que é conselheiro, os crimes diminuíram e foi dado um impulso 'decisivo' à 'política e firmeza de tolerância zero, a tal ponto que toda a gente reconhece que isso é uma marca de identidade'». (Para ver o contexto em que foram proferidas as afirmações: Gara)

Geresta, doze anos depois
Familiares e amigos de José Luis Geresta, Ttotto, fizeram questão de lembrar o aniversário da sua morte durante o fim-de-semana passado. Em Zizurkil (Gipuzkoa), sua terra natal, houve uma marcha de montanha em sua memória e prestaram-lhe uma homenagem calorosa na praça do povo, onde as canções das suas sobrinhas emocionaram os presentes. Também em Errenteria (Gipuzkoa), no local onde apareceu o corpo sem vida de Geresta, se realizou um acto em sua honra e foi colocada a faixa que se vê na imagem.
Fonte: Gara

Alfonso Sastre recebe o Prémio Raquel Revuelta

O dramaturgo Alfonso Sastre recebeu o Prémio Internacional Raquel Revuelta, da União de Escritores e Artistas de Cuba (UNEAC), que honra personalidades estrangeiras que se distinguiram tanto pelas suas extraordinárias contribuições para a criação em diversos ramos da arte e das letras como pela promoção de elevados valores éticos. Sastre é reconhecido como um dos autores dramáticos incontornáveis da segunda metade do século XX.

O jornal cubano Granma fez eco do galardão que Alfonso Sastre recebeu na semana passada na sua casa de Hondarribia (Gipuzkoa). Representantes da União de Escritores e Artistas de Cuba (UNEAC) vieram a Euskal Herria para distinguir o artista e lhe entregar o Prémio Internacional Raquel Revuelta.

Esta associação valora «os seus 85 anos plenos de liberdade, honestidade e criatividade», tal como vem referido na obra plástica acreditadora do prémio, elaborada por Eduardo Abela e assinada por Miguel Barnet, presidente da UNEAC.

Ligado desde sempre ao teatro, reconhece Sastre como um dos autores dramáticos incontornáveis da segunda metade do século XX, embora a sua escrita também tenha sido pródiga na narrativa, na poesia e no ensaio. O criador de Escuadra hacia la muerte e Guillermo Tell tiene los ojos tristes, entre dezenas de outros títulos, recebeu a distinção das mãos do crítico teatral Omar Valiño, vice-presidente da UNEAC. Este trouxe ainda cartas dirigidas a Sastre da autoria de Nancy Morejón e Miguel Barnet, ambos Prémios Nacionais de Literatura.

«A Nossa Mãe Pátria»
O lutador civil e revolucionário consequente evocou Nicolás Guillén, com quem a sua companheira Eva Forest e ele mantiveram intensa relação, e enviou um agradecimento aos seus muitos amigos na Ilha. «Agradeço a alegria cubana que acabo de receber com o Prémio Raquel Revuelta, actriz pela qual sempre senti uma cálida admiração e sincera amizade», expressou.

«Alguns amigos espanhóis e bascos sempre disseram que desde o triunfo da fase armada e da declaração socialista da sua Revolução, Cuba é a nossa Mãe Pátria, e hoje, perante os novos horizontes, renovamos esta lealdade, augurando-lhes, para o novo período histórico, queridos amigos, uma nova etapa do grande triunfo revolucionário de 1959», acrescentou emocionado.
Notícia completa: Gara

sábado, 26 de março de 2011

Signatários do Acordo de Gernika apelam à manifestação pela normalização política no dia 2 em Bilbo

Os signatários do Acordo de Gernika convocaram uma manifestação nacional para dia 2 de Abril, em Bilbo, em defesa da legalização do Sortu. «Euskal Herriarentzat normalizazioa. Legalizazioa orain» [normalização para Euskal Herria. Legalização já] é o lema de uma marcha que se deseja amplamente participada, para reclamar «passos concretos no caminho para a normalização de toda a actividade política em Euskal Herria». Partirá de La Casilla, às 17h30.

Vídeo da conferência de imprensa da Ezker Abertzalea (Gara)

Editorial do Gara: «El mejor recurso es seguir trabajando»

Comentário de Iñaki IRIONDO: «Salvar las elecciones y añadir mayor presión» (Gara)

Artigo de Iñaki Gil de SAN VICENTE: «Sortu y la militarización española» (lahaine.org)

Artigo de Floren AOIZ: «El futuro de este país no está en manos de los jueces españoles» (boltxe.info)

Entrevista a Javier PÉREZ ROYO, catedrático de Direito Constitucional: «Creo que no se van a arriesgar a que esta sentencia llegue a Europa» (kaosenlared.net)

Os signatários do Acordo de Gernika pediram que se dê uma resposta à tentativa, por parte do Estado espanhol, de «fazer fracassar o processo de paz e normalização em Euskal Herria», processo de que a sociedade basca «deve ser o motor e o protagonista», participando na manifestação nacional que convocaram para dia 2 em Bilbo.

Os agentes políticos, sociais e sindicais reunidos no Acordo pretendem que a manifestação contra a decisão do Supremo Tribunal de bloquear a inscrição do Sortu como partido político seja amplamente participada.

«Consideramos que o Estado pretende incutir uma pesada carga de cepticismo e resignação na sociedade para a convencer de que os seus legítimos anseios são impossíveis», referem os signatários, antes de destacarem que a sociedade basca é «o motor desse processo» e que o protagonismo «apenas diz respeito ao conjunto dos cidadãos e cidadãs bascas».

Anunciaram que vão trabalhar para criar instrumentos capazes de superar os obstáculos que o Estado coloque.

Os signatários do Acordo de Gernika consideram que o Estado deve «legalizar e normalizar toda a actividade política sem exigir nenhum tipo de contrapartida política em troca» e pediram respeito pelos direitos civis e políticos, «desprezados» na resolução do Supremo.
Notícia completa: Gara

A denúncia da tortura e das violações nas esquadras chega ao Parlamento de Nafarroa


Mais de uma centena de pessoas concentrou-se na quinta-feira, pelas 12h00, à porta do Parlamento de Nafarroa para protestar contra a recusa da criação de uma comissão de investigação sobre as denúncias de torturas dos últimos detidos. À mesma hora, os parlamentares interromperam a sessão para realizar uma concentração contra a violência de género, e ficaram frente a frente com a que fora convocada contra a tortura, que manifestava o seu repúdio pelas agressões sexistas e reivindicava o fim das violações nas esquadras.

No decorrer da concentração, Maiorga Ramirez (EA) e Xanti Kiroga (esquerda abertzale) prestaram declarações aos meios de comunicação. No final, o deputado Aitor Etxarri (EA) registou no Parlamento os testemunhos de torturas dos últimos detidos em Navarra: Iker Moreno, Iñigo Gonzalez, Patxi Arratibel e Xabier Beortegi.

Na sequência da recusa da criação de uma comissão de investigação, a Iniciativa contra a Tortura em Nafarroa refere que as denúncias de torturas dos últimos detidos já estão nos tribunais e seguirão os devidos trâmites, mas sublinham o facto de que «estas pessoas são navarras, foram detidas em Navarra, e as Forças de Segurança do Estado têm responsáveis políticos em Navarra, que são quem deveria ser capaz de garantir a integridade física dos detidos. Com a recusa em criar esta comissão de investigação, parece que nenhum político se quer responsabilizar pelo que se passa nas esquadras e nos quartéis. Porquê? Haverá alguma coisa a esconder? Será que o que se passa nesses cinco dias de incomunicação é segredo de estado?».

Para os promotores desta iniciativa, «a classe política navarra deveria ser capaz de assegurar o respeito pelos standards internacionais no que concerne aos direitos das pessoas detidas, algo que não ocorre neste momento. De facto, numerosas instâncias internacionais e organismos de direitos humanos criticaram o regime das detenções incomunicáveis que se pratica na nossa terra, precisamente porque deixa os detidos sem qualquer tipo de direito e à mercê da tortura. E, perante isto, que diz o Parlamento de Nafarroa? Nada. E o que é que se faz quando deparamos com testemunhos de tortura tão pungentes quanto verosímeis? Nada».

Concentração contra a Tortura em frente ao Parlamento de Nafarroa


Ontem, debate sobre o regime de incomunicação
Para ontem estava previsto um debate no Parlamento sobre moção que defendia o fim do regime de incomunicação e a aplicação das medidas de prevenção da tortura recomendadas pelo TAT e todas as instâncias e organismos internacionais de defesa dos Direitos Humanos. A Iniciativa contra a Tortura afirmou que «UPN, PSN e CDN iriam voltar a juntar os seus votos para que os detidos continuem a ficar incomunicáveis e que ninguém possa garantir a sua integridade física. Pois bem, estes três partidos terão de explicar por que querem continuar a não atender a todas as recomendações de instituições como a ONU e organizações como a Amnistia Internacional».
De acordo com a notícia veiculada pelo Berria, votaram contra a moção UPN, PSN, CDN e IUN; só a NaBai votou favoravelmente.
Fonte: ateakireki.com
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Mais fotos: Torturaren aurkako konzentrazioa Nafar Parlamentuaren aurrean

«Um relatório europeu exige a Espanha uma declaração oficial sobre a tortura», de Aritz INTXUSTA
O último documento do Comité Europeu para a Prevenção da Tortura, conhecido ontem e no qual se critica duramente o Estado espanhol, foi recebido como uma grande notícia no Fórum Cívico Esteban Muruetagoiena, nascido perante a recusa dos deputados navarros em organizar uma comissão de investigação sobre a questão. O relatório europeu exige ao Estado uma declaração política de «tolerância zero».

A Etxerat pede aos partidos compromissos a favor dos presos


A pouco menos de dois meses da realização das eleições forais e municipais, a Etxerat solicitou à diversas forças políticas o início de uma ronda de contactos com o propósito de «reunir compromissos concretos» em defesa dos direitos das presas e dos presos bascos. Neste «tempo de mudança», os familiares consideram «imprescindível» mudar a política penitenciária vigente. Por isso, segundo fizeram saber anteontem, já estabeleceram contactos com os partidos para que estes encontros se concretizem.

Numa conferência de imprensa que deram em Bilbo, os membros da associação de familiares e amigos Oihane Ozamiz e Natxi Aranburu disseram que a sociedade basca «falou com clareza» sobre esta questão: «Euskal Herria deseja o final de uma política penitenciária que viola direitos e condiciona o futuro deste povo». Para além disso, realçaram o facto de que, através de diferentes iniciativas, a cidadania mostrou o seu «desejo» de acabar com algumas medidas como a dispersão, a aplicação da «pena perpétua», a permanência na prisão de reclusos com doenças graves e incuráveis, ou os casos de isolamento ou solidão dentro das prisões. Os representantes da Etxerat afirmaram que «esta violência política é a maior da Europa».

Em seu entender, a situação dos presos políticos bascos deve estar «marcada a vermelho» nas agendas das distintas forças políticas. «Depositárias da vontade popular das cidadãs e dos cidadãos de Euskal Herria, o seu envolvimento e o das instituições em que participam será sumamente importante para terminar com a política penitenciária vigente», afirmaram. Salientaram também que a «critica» a essas práticas ultrapassou as nossas fronteiras, sendo numerosos os grupos e agentes, inclusive relatores especiais das Nações Unidas, que exigem o seu fim.

Com esta iniciativa, a Etxerat pretende «reunir compromissos concretos» e conhecer «as intenções» de cada partido «para lá das palavras bonitas». No final da ronda de contactos, dará a conhecer publicamente os resultados e compromissos práticos alcançados.

Paragens laborais por Jone Lozano
A paragem de duas horas convocada para quinta-feira ao meio-dia em protesto contra a detenção de Jone Lozano foi «amplamente seguida», de acordo com os seus promotores. Empresas, bares, bancos ou escolas de Leitza e Areso fecharam as suas persianas e os trabalhadores participaram na concentração que decorreu em Leitza. Por causa da presença da Guarda Civil, cerca de 120 pessoas dividiram-se em seis grupos, de forma a que cada grupo não ultrapassasse o limite permitido. Para ontem, às 20h00, foi convocada uma outra concentração.
Também para ontem, estava marcada uma outra mobilização para Algorta (Bizkaia), que visava exigir a libertação de Jone e expressar solidariedade aos seus familiares e amigos. De acordo com o etengabe, essa manifestação foi proibida pelo juiz Eloy Velasco, do tribunal de excepção espanhol, para evitar que fosse cometido o crime de «enaltecimento do terrorismo». (Debekatua izan da Algortan! Debekatua izan da! Debekatua!) No entanto, apesar da proibição, a mobilização teve lugar. Cerca de 120 pessoas reuniram-se num outro local.
Entretanto, o Movimento pró-Amnistia fez saber que Jone Lozano foi conduzida, anteontem ao fim da tarde, ao tribunal especial de Paris, onde foi acusada de oito delitos e recebeu ordem de prisão. Foi encarcerada em Fleury.
Fonte: Gara e Gara / Foto de baixo: ateakireki.com

Exigem o fim dos mandados europeus no campus universitário de Gasteiz
Em protesto contra a aplicação dos mandados europeus detenção, cerca de 70 estudantes participaram numa greve de fome no campus universitário de Gasteiz. Com o jejum de 48 horas, exigiram que se ponha fim a esta prática e reivindicaram a libertação de Aiala Zaldibar, jovem alavesa que participou no protesto de Izpura e que já foi entregue ao Estado espanhol. (Gara)