segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Também em Lisboa: «euskal presoak etxera!»

A poucos dias de se iniciar a semana de solidariedade internacional organizada pela ASKAPENA e pelos grupos de Amigos e Amigas de Euskal Herria, que terá lugar entre 7 e 19 de Fevereiro, a ASEH - Associação de Solidariedade com Euskal Herria - aderiu à dinâmica internacionalista e solidária com os presos políticos bascos. De forma simbólica, trazendo para a rua as fotos dos presos políticos, essa solidariedade tem-se feito sentir em muitos pontos do mundo, como sejam o México, a Argentina (Buenos Aires), o Uruguai (Montevideu), a Inglaterra (Londres), a Irlanda (Dublin, Belfast, Derry), a Escócia (Glasgow), o Estado francês (Paris, Lille), a Bretanha (Rennes), a Alemanha (Berlim), os Países Catalães (Barcelona), o Estado espanhol (Madrid), a Suíça (Luzerna), ou a Itália (Roma, Milão, Livorno, Val de Susa, Turim, Bolonha, Florença, Friul, etc.).
Com a adesão a esta iniciativa, a ASEH pretende manifestar todo o seu apoio ao processo iniciado em Euskal Herria, reclamar os direitos que assistem aos presos políticos bascos enquanto tal e deixar claro que a amnistia é um passo fundamental para a construção da paz.

ASEH, 31 de Janeiro de 2011

O futuro de Nafarroa: Quatro cenários, mas um só pano de fundo: vetar ou não vetar


O novo panorama político geral fez com que os partidos abertzales e progressistas em Nafarroa se retratassem a si mesmos. A esquerda abertzale fê-lo a favor da unidade de forças mais potente até hoje conhecida no herrialde, para competir com a UPN. O Aralar e o PNV optam pelo continuísmo da fórmula NaBai, vetando a esquerda abertzale e deixando via aberta ao PSN. Falta o EA, que na terça-feira tomará uma decisão de enormes consequências. Assumir o veto à esquerda abertzale poria fim à possibilidade de competir com a UPN. Refutá-lo abriria todas as portas, inclusive a da persistência numa aliança ampla.
Ramón SOLA
Ver: Gara

Txelui Moreno opina sobre o veto imposto na NaBai (Info7 irratia)

«Cambio político: programa y suma de fuerzas», de NafarGune

«No es un vodevil», de Martin GARITANO, jornalista

Entretanto, no Congresso dos Deputados espanhol foi aprovado o endurecimento legal para tentar manter o apartheid eleitoral
O Congresso dos Deputados espanhol deu luz verde definitiva à reforma da lei eleitoral subscrita por PSOE e PP para tentar impedir à esquerda abertzale todas as vias de acesso às instituições. Como ocorreu ao longo da tramitação, a união de PSOE e PP, apoiados por UPyD, CC e UPN, bastou para levar por diante alterações contra as quais votaram PNV, ERC-IU-ICV, BNG e Nafarroa Bai, enquanto a CiU se absteve.
Desde que em Março do ano passado o Governo espanhol anunciou o endurecimento legal, PSOE, PP e UPyD foram introduzindo diversas alterações. A última teve lugar no Senado para prolongar o prazo de prescrição dos crimes de injúrias e calúnias e para facilitar o encerramento de herriko tabernas.
Ver: Gara
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À parte: Iruñean, atzo, iraultza gorria izan zen, eta... riau-riau!

Apresentação da Euskal Memoria em Bilbo

Gernikako seme-alabak / No les bastó Gernika



Euskal Memoria
http://euskalmemoria.com/
http://sareantifaxista.blogspot.com/2011/01/un-antidoto-contra-el-silencio-y-la.html

Fonte: SareAntifaxista

Leituras


«Señor juez, yo no maté a Manolete», de Francisco LARRAURRI, psicólogo

«Valoración de la Huelga General», de Ezker Abertzalea

«La vida en la ciénaga», de Antonio ALVAREZ-SOLÍS, jornalista

Manifestação em Gasteiz contra as «condenações de vingança» impostas à juventude


Mais de 200 pessoas manifestaram-se no sábado à tarde em Gasteiz para protestar contra os julgamentos e as «condenações de vingança» impostas a jovens independentistas.

A marcha tinha sido convocada em solidariedade com E.S. e A.D., dois jovens da capital alavesa que foram julgados na quinta-feira passada na Audiência Nacional espanhola e para quem o magistrado do MP pede uma pena de 14 anos de prisão.

A manifestação também tinha sido convocada em apoio a Oier Gómez, habitante de Gasteiz que já está a cumprir uma pena de 14 anos, e Jokin Zerain, para quem a Procuradoria pede 35 anos de prisão.

Antes de a marcha ter início, agentes da Ertzaintza ameaçaram carregar sobre os manifestantes «sem aviso prévio» se fossem ditas palavras de ordem contra a Audiência Nacional espanhola, contra o PSOE ou contra o Estado ou qualquer instituição pública. [Eh eh eh!]

A manifestação iniciou-se pouco depois das 19h00 na Praça da Virgem Branca e os participantes limitaram-se a palavras de ordem genéricas, como «Euskal gazteriak aurrera» (Juventude basca, avante) e «Errepresiorik ez» (Não à repressão), principalmente.

Perseguição política
Depois de percorrer diversas ruas da capital alavesa, os manifestantes regressaram de novo à Praça da Virgem Branca, onde um porta-voz dos convocantes leu um comunicado para expressar a sua solidariedade com os jovens independentistas de Gasteiz que estão a ser alvo de perseguição pelas suas ideias políticas. O movimento Elkartasun antifaxista! manifestou a sua solidariedade aos jovens que pretendem criminalizar e fez um apelo à participação nas mobilizações que se convoquem em próximas datas.
Fonte: Gara

Ocupam um edifício em Iruñea com a intenção de fazer um Gaztetxe


Depois da manifestação convocada para sábado de manhã, um grupo de 150 pessoas ocupou um edifício no bairro de Errotxapea para construir um novo Gaztetxe.

La Haine eta Gara * E.H.
O grupo que ocupou um edifício na Rua Amaia no dia da Greve Geral convocou para sábado de manhã uma manifestação com o lema «Ez dugu haien krisia ezta sistema pairatuko ¡Tenemos otros planes!!» (Não vamos aguentar a sua crise e o seu sistema. Temos outros planos!). A manifestação, em que participaram cerca de 450 pessoas, partiu da Praça do Castelo, percorreu a Parte Velha sob a vigilância dos «antimotim» da Polícia espanhola e dos municipais, entre palavras de ordem como «Okupazioa», «Autogestioa», «Herri Bat, Gaztetxe Bat» e «Euskal Jai Bizirik», e terminou na Praça de San Francisco, onde foi lido um manifesto.

Mais tarde, por volta das 14h30, um grupo composto por cerca de 150 pessoas procedeu à ocupação de um edifício situado na Rua Marcelo Celayeta, 85, o antigo Gaztexe Irule, e organizou actividades para todo o fim-de-semana, estando a incentivar os moradores a participar.
http://www.lahaine.org/index.php?p=50960
http://www.gara.net/paperezkoa/20110130/245767/es/Ocupan-una-nave-industrial-Irunea-reivindican-espacios-autogestionados
http://www.kapitalismotikat.net/

Fonte: SareAntifaxista

domingo, 30 de janeiro de 2011

Vítimas do Bloody Sunday vão assistir aos actos do 35.º aniversário do 3 de Março


Gara, Gasteiz * E.H.
Este ano cumpre-se o 35.º aniversário do massacre do 3 de Março, que marcou a luta operária em Gasteiz e em toda Euskal Herria, quando a Polícia espanhola carregou contra uma assembleia de trabalhadores na paróquia de San Francisco, em Gasteiz, provocando a morte a cinco pessoas e centenas de feridos. Acontecimentos que ficarão para sempre na memória colectiva deste país, da mesma forma que o povo irlandês jamais esquecerá o que se passou a 30 de Janeiro de 1972 em Derry, onde 14 cidadãos caíram abatidos pelas balas do Exército britânico, num domingo já universalmente conhecido como Bloody Sunday.

Dois exemplos da brutalidade que as forças armadas espanholas e britânicas utilizaram contra bascos e irlandeses, mas também da luta e do esforço das suas vítimas para alcançar a verdade, a reparação e a justiça. E, precisamente, o exemplo das vítimas do «Bloody Sunday» (Domingo Sangrento) irlandês marcará este ano os actos comemorativos do 3 de Março em Gasteiz.

Segundo informou na sexta-feira a Asociación de Víctimas del 3 de Marzo, uma representação das famílias dos mortos em Derry e dos colectivos que promoveram as campanhas de denúncia relacionadas com aqueles factos visitará a capital alavesa e participará nos actos que vão decorrer por ocasião do 35.º aniversário. Desta forma, referiram, ambos os colectivos irão juntar forças «na exigência de verdade e justiça, potenciando a solidariedade internacionalista entre os povos da Irlanda e de Euskal Herria». Iker BIZKARGUENAGA
http://www.gara.net/paperezkoa/20110129/245563/es/Victimas-Bloody-Sunday--asistiran-actos-35--aniversario-3-Marzo

Fonte: SareAntifaxista

Leituras


«Verificación internacional», de Iñaki EGAÑA, historiador

«Mil trescientas dieciséis víctimas de violencia», de Patxi ZAMORA, jornalista

«Défendre l'indéfendable...», de Antton ETXEBERRI

O EPPK avalia a importância do Acordo de Gernika e pede diálogo aos seus signatários


Num comunicado enviado ao Gara, o Colectivo de Presos Políticos Bascos (EPPK) fez um convite às organizações bascas signatárias do Acordo de Gernika no sentido de contactarem com a sua interlocução e para estabelecerem «relações normalizadas».

No final do passado mês de Dezembro, o Colectivo já tinha adiantado num outro comunicado a sua intenção de activar o diálogo e de tomar iniciativas no novo contexto político iniciado em Euskal Herria.

Nesta nota, recorda que, «dando continuidade ao que temos feito durante longos anos, também neste momento o EPPK agirá como elemento político activo. Como em toda a existência do nosso Colectivo, a partir das celas em que estamos, nas quais nos têm, mantemos a firme vontade de dar o nosso humilde contributo ao processo de libertação de Euskal Herria. No processo democrático que tem como objectivo construir um quadro democrático para Euskal Herria, temos todo o direito a ser parte activa nos debates para definir o processo ele mesmo e para fazer as nossas contribuições, estamos dispostos a tal, e também temos vontade», acrescenta.

A partir daí, o EPPK considera que o Acordo de Gernika, subscrito em Setembro último, «tem importância» e, consequentemente, propõe uma dinâmica de diálogo.

«O acordo considera a amnistia como uma das chaves que possibilitarão a construção, de modo democrático, da Euskal Herria do futuro», refere o EPPK, para acrescentar em seguida que isso exige «respeito e reconhecimento pelos direitos dos presos políticos bascos. As questões mencionadas estão completamente ligadas ao EPPK e afectam-no de forma bastante directa».

Na mensagem emitida no final do ano, em que faziam uma avaliação do que tinha sucedido em 2010, o Colectivo de Presos Políticos Bascos antecipava a sua vontade de «abordar» a nova situação: «Passando por cima da cruel política que tem por fito o nosso isolamento político, o EPPK mover-se-á no novo caminho e abordá-lo-á, naturalmente». Mostrava-se convencido do reconhecimento do seu carácter político e do fim da «atitude violenta dos estados», fosse como ponto de arranque, fosse como reforço de um processo.

«Utilização política»
Na primeira parte desta última nota, o Colectivo de Presos indica que «cumprimos 30 longos anos nestas trincheiras em que nos têm presos. 30 anos a lutar pelo reconhecimento do nosso povo e pelo respeito do direito dos cidadãos bascos a decidirem o seu futuro».

Realça o facto de conhecerem «muito bem as duras consequências do conflito», entre as quais cita as detenções, torturas e encarceramentos em condições de vida muito duras. O Colectivo entende que estes ataques tiveram sempre como objectivo «utilizar-nos para impedir uma solução democrática», mas recorda que «nunca o conseguiram até agora, e que também não o hão-de conseguir. Os cidadãos bascos que fazem parte do EPPK estão inteiramente determinados».
Fonte: Gara

Em seguida: «Euskal Preso Politikoen Kolektiboaren oharra» (eus)

Apoio à manifestação de 12 de Fevereiro em defesa do euskara e da soberania


Diversos euskaltzales conhecidos participaram ontem, no Palácio Miramar, em Donostia, numa conferência de imprensa em que Gotzon Barandiaran e Igone Lamarain tomaram a palavra para expressar o apoio de todos os presentes à manifestação convocada pela plataforma Euskal Herrian Euskaraz (EHE) para 12 de Fevereiro e defender a ideia de que «fazer frente à assimilação deve constituir uma prioridade». A marcha terá lugar em Donostia, partindo às 17h00 do Boulevard, com o lema «Sasi guztien gainetik, euskaldun eta burujabe!» (Por cima de todos os obstáculos, euskaldun e soberano!).

No Miramar Jauregia estiveram, entre outros, o linguista e escritor Jose Luis Alvarez Enparantza Txillardegi, o escritor Gotzon Barandiaran, Xabier Mikel Errekondo, autarca de Usurbil, Igone Lamarain, membro do EHE, Joseba Alvarez, membro da esquerda abertzale, Jose Mari Agirretxe, o palhaço Porrotx, e Iban Arregi, representante do Berria. Cerca de 500 pessoas já subscreveram o manifesto associado à convocatória.
Por outro lado, foi decidido que no final da manifestação haverá um acto de homenagem a Txillardegi.
Fonte: Berria e euskalherrianeuskaraz.org

Greba orokorra eta elkartasuna / Greve Geral e solidariedade

«As faixas relacionadas com a Greve Geral foram muitas e variadas, mas nenhuma como a de Berriozar (Nafarroa)... Apareceu pelas 11h30.»
[A solidariedade é para com os detidos na última operação congeminada pelos senhores da guerra, que, desta vez, mostraram as horrendas, cavernosas fauces na mui bela, antiga, nobre, lutadora, verdejante, gélida e tórrida Nafarroa. Liberdade para os detidos! Pitu eta besteak askatu!]
Fonte: ateakireki.com

sábado, 29 de janeiro de 2011

A esquerda abertzale reafirma a sua aposta numa aliança eleitoral

A esquerda abertzale julga que, se existir vontade, ainda há tempo para alcançar um acordo eleitoral em Nafarroa e reiterou a sua aposta na unidade de acção. Ontem, tornou público o documento que ia entregar à NaBai, algo que não foi possível depois da recusa da coligação em se reunir com a esquerda abertzale.

Documento que a esquerda abertzale ia entregar ao NaBai com as suas contribuições [realçadas a cinzento]: eus - cas

Xanti Kiroga, Txelui Moreno e Mariné Pueyo deram uma conferência de imprensa em Iruñea para avaliar os últimos acontecimentos relacionados com a NaBai e tornar público o documento que pretendiam entregar à coligação, algo que já não puderam fazer depois de tanto Txentxo Jiménez (Aralar) como Uxue Barkos (independentes) terem recusado o último pedido para se reunirem, na quarta-feira passada.

Desta forma, segundo afirmaram, querem pôr o documento à disposição dos cidadãos de Nafarroa, para que julguem «se existia e existe base suficiente ou não» para alcançar um acordo eleitoral.

Os representantes independentistas reafirmaram a aposta da esquerda abertzale numa aliança eleitoral «ampla e eficaz que dinamize a mudança política e social a partir da esquerda, promova a estruturação de Euskal Herria e seja um activo importantíssimo no desenvolvimento do processo de resolução política aberto no país».

Na sua opinião, se existir vontade, «há tempo suficiente para levar por diante um acordo eleitoral que atenda às verdadeiras prioridades» dos cidadãos de Nafarroa.

A esquerda abertzale «não entende que interesses tem o Aralar em chegar a acordos com o PNV e não o fazer com a esquerda abertzale».

Moreno, Pueyo e Kiroga insistiram na ideia de que a aposta da esquerda abertzale passa pela acumulação de forças de esquerda e abertzales a nível nacional. Salientaram que, hoje em dia, esse posicionamento «é uma realidade em Ipar Euskal Herria» e «está a caminho de o ser em Gipuzkoa, Bizkaia e Araba», enquanto em Nafarroa «o PNV e o Aralar o querem evitar com o veto à esquerda abertzale».
Fonte: kaosenlared.net

Ver também:
«A esquerda abertzale continua a apostar na unidade de acção em Nafarroa» (ezkerabertzalea.info)

«O Nafarroa Bai arranca sem o EA e exige-lhe que rompa com a esquerda abertzale no herrialde» (Gara)

Leituras


«Para terminar con la tortura», Amaia IZKO, advogada

«Otra vez la Audiencia Nacional», de Alvaro REIZABAL, advogado

«En apoyo a Félix Placer», de Gregorio UBIERNA GÜEMES, Coordinadora estatal de Comunidades Cristianas Populares

Ikoitz Arrese recusa-se a depor perante um juiz que aceitou mantê-lo algemado

O preso político Ikoitz Arrese, detido na operação contra jovens independentistas de Outubro último, devia depor anteontem em tribunal, em virtude da queixa que apresentou por tortura após a sua detenção. O porta-voz da Ikasle Abertzaleak foi levado até ao tribunal de instrução de Colmenar Viejo algemado e, quando a sua advogada pediu aos guardas civis que lhe retirassem as algemas, estes recusaram-se. O magistrado aceitou a recusa da instituição militar e Arrese não quis depor nestas circunstâncias, como depois o TAT faria saber.
Fonte: Gara

Jordi Grau foi encarcerado ontem de manhã em Soto del Real
Jordi Grau esteve até ontem detido e incomunicável nas mãos da Ertzaintza, acusado de participar numa acção de sabotagem em Karrantza (Bizkaia) em 2006. Ontem de manhã, foi presente a tribunal - AN espanhola - e afirmou ter sido tratado de forma correcta, segundo fez saber o Movimento pró-Amnistia.
Uma semana depois de Urtzi Azpiroz, jovem de 33 anos, ter sido encarcerado, acusado de participação numa acção de kale borroka em 2002 em Andoain (Gipuzkoa), na quarta-feira a Ertzaintza deteve Jordi Grau, de 32 anos e natural de Karrantza, por alegada participação numa acção de sabotagem em Artzentales em 2006, colocando um artefacto explosivo junto à sucursal do BBK que não chegou a explodir.
O Movimento pró-Amnistia fez saber que a Ertzaintza, além de deter o habitante de Karrantza, também efectuou buscas em duas casas nessa localidade biscainha, bem como no bar em que o jovem trabalha. Ao todo, perto de onze horas de buscas. Nesse mesmo dia, 80 pessoas concentraram-se em Karrantza em protesto contra a detenção.
Em relação às provas de ADN que a Polícia dirigida por Rodolfo Ares afirma possuir, o movimento anti-repressivo avisou que a Ertzaintza está recolher amostras de ADN nas terras e bairros de Gipuzkoa, Araba e Bizkaia para depois as usar em operações semelhantes.
Fonte: Gara e askatu.org

Os jovens julgados por uma inscrição pintada contra o TGV negam as acusações
Começou ontem na Audiência Nacional espanhola o julgamento de três jovens acusados de fazer uma inscrição contra o TGV em Julho de 2009 - Nahia Iglesias, Nerea Zuloaga e Markel Mendizabali - e para os quais o MP espanhol pediu, entre outras coisas, três anos de prisão. Os jovens, por seu lado, refutaram essa acusação e também a de pertencerem à Segi.
Notícia completa: Berria

Denunciam a presença policial permanente nos últimos dias em Kanpetzu
O vereador de Kanpetzu Jon Basterra denunciou esta quinta-feira a presença policial asfixiante e permanente que se tem sentido nos últimos tempos em Kanpetzu (Araba), e que aumentou nos últimos dias. Assim, disse que, além dos controlos que fazem na estrada, os agentes policiais irrompem pelo centro da localidade, identificando os transeuntes.
Fonte: Gara

A Euskaltzaindia homenageia Xabier Lete e Jorge Cortes Izal

A Euskaltzaindia homenageou Xabier Lete e Jorge Cortes Izal, ontem, em Donostia. Na imagem, Joxe Angel Irigaray e Joxean Goikoetxea, ao acordeão. (Gara / Andoni Canellada / Argazki Press)

Sobre Xabier Lete, ver aqui e aqui.

Sobre Jorge Cortes Izal, ver aqui.

Barricada - «No hay tregua»


Um tema e uma banda que não necessitam de apresentação. (Em todo o caso, para quem desconhece, os Barricada são um grupo iruindarra - de Iruñea [Pamplona] - já com muito, muito andamento.)

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A jornada de greve constituiu um «êxito», afirma a maioria sindical

ELA, LAB, STEE-EILAS, EHNE e Hiru mostraram-se satisfeitos pela «ampla» adesão à greve geral em Hego Euskal Herria (País Basco Sul), com uma adesão «muito forte» no sector industrial. Os convocantes destacaram as grandes manifestações que tiveram lugar ao meio-dia nas quatro capitais.

«Dados da adesão à greve» (Gara)

Fotos da jornada de luta (Gara)

Fotos da jornada de luta (Ekinklik)

Fotos da jornada de luta: manifestações e cargas policiais (Gara)

«Piquetes informativos e mobilizações junto aos locais de trabalho» (Gara)

Representantes dos sindicatos ELA, LAB, STEE-EILAS, EHNE e Hiru fizeram ontem à tarde, em Bilbo, uma avaliação da adesão à greve geral por eles convocada e apresentaram dados concretos sobre o seu desenvolvimento.

Patxi Agirrezabala (ELA), Sonia González (LAB), Iñaki Lazarobaster (EHNE), Josu Salbidea (STEE-EILAS) e Patxi Agirre (Hiru) salientaram que, com os dados que possuem, a greve foi «importante» em Gipuzkoa, Bizkaia e Araba, e «significativa» em Nafarroa.

Louvaram a resposta «exemplar» dos trabalhadores e afirmaram que a classe trabalhadora basca está disposta a «responder aos ataques dos interesses económicos e patronais».

Nesse sentido, ressaltaram que a resposta «maioritária» nas empresas e nas ruas demonstra o «fracasso do chamado diálogo social, que serve apenas para dar cobertura às políticas do Governo, seguindo as traçadas pela banca e o poder económico».

«Na Europa nenhum país dá cobertura a este tipo de políticas regressivas», acrescentaram.

As centrais convocantes felicitaram os trabalhadores pela resposta «contundente» que deram, apesar dos «ataques contra o direito à greve» de que foram alvo, nomeadamente através da «beligerância» das diversas polícias.
Fonte: Gara
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«A maioria social posiciona-se contra os cortes nas pensões» (Gara)

Primeiras horas da Greve Geral (Gara)


Greve Geral. Incidentes em Bilbau


Violência policial em Gasteiz


«Reformados e pensionistas também vêm para a rua» (Gara)

«A Ertzaintza carrega em Gasteiz e detém uma pessoa» (Gara)
A Ertzaintza carregou várias vezes contra as milhares de pessoas que se manifestaram ao meio-dia em Gasteiz, tendo ferido várias delas, além de proceder a uma detenção. As cargas repetiram-se em muitas outras localidades, assim como as identificações e as imputações.
«Êxito total da Greve Geral em Hego Euskal Herria contra o corte nas pensões convocada pela maioria sindical basca» (kaosenlared.net; com diversos vídeos)
ELA, LAB, Stee-Eilas, EHNE e Hiru. A paralisação foi quase total no Norte de Nafarroa e Iruñea [Pamplona], onde milhares de pessoas se manifestaram. Tal como no resto de Euskal Herria!

«Greba Euskal Herrian» (SareAntifaxista; com informação detalhada, fotos e vídeos)
«Euskal Herria responde às reformas com a Greve Geral» (boltxe.info; muita informação e fotos)

«Avaliação da Greve Geral de 27 de Janeiro pela CGT-Nafarroa» (kaosenlared.net)
Avaliação e crónica da jornada de luta por parte da CGT

«Greba orokorra Lizarran / Huelga general en Estella» (kaosenlared.net)
Em Lizarra (Nafarroa), centenas de pessoas secundaram a convocatória de greve geral em Euskal Herria. Que coincide com a greve noutros territórios do Estado espanhol.
«A greve geral na Galiza, no País Basco e na Catalunha põe em evidência as CC.OO e a UGT» (insurgente.org)

Mais de 120 eleitos navarros independentes aderem ao Acordo de Gernika


«Aderimos ao Acordo de Gernika e ratificamos ponto por ponto o seu conteúdo e compromissos. Tal como os signatários do Acordo, pedimos à ETA que continue a avançar no seu compromisso com a paz. Também pedimos ao Estado espanhol e ao Estado francês que comecem a dar passos no caminho da paz, pois já vai sendo hora de abandonar a repressão e iniciar a construção do futuro em paz».

Assim se lê no manifesto firmado por 123 eleitos municipais de Nafarroa, incluindo 21 autarcas, que fizeram parte de candidaturas independentes nas últimas eleições municipais. Estas candidaturas abrangem zonas de todo o herrialde, são compostas por vereadores com um perfil ideológico e sociológico muito variado, e representam no seu conjunto mais de 5000 votantes.

Uma quinzena de representantes destas candidaturas deu a conhecer esta iniciativa na quarta-feira em Iruñea, tendo feito ainda um apelo a outras candidaturas para aderirem ao Acordo de Gernika.

Javier Erro, autarca de Etxauri; Patxiku Irisarri, autarca de Etxalar; e Juan Miguel Zudaire, autarca de Metauten, afirmaram em nome de todos eles que Nafarroa e Euskal Herria no seu todo «estão a viver momentos de mudança político» e que os habitantes das localidades que representam estão a seguir «com esperança e expectativa» os movimentos políticos que se têm sucedido.

«Esta esperança e expectativa plasmou-se - disseram - na certeza de estarmos no caminho definitivo para a paz e a democracia em Euskal Herria, ao ver que partidos políticos, agentes sociais e sindicais assinaram em Setembro de 2010 o Acordo de Gernika e se comprometeram a juntar forças para trabalharem em conjunto e assim pôr fim ao conflito histórico que o nosso país sofre».

Com o objectivo de envolver os cidadãos em todo este processo, e considerando ser essa a sua primeira contribuição para a tarefa colectiva que os signatários de Gernika puseram em marcha, anunciaram que vão distribuir o Acordo pelas caixas de correio das suas respectivas localidades e o comunicado agora subscrito por estas 37 candidaturas.

Iñaki VIGOR
Notícia completa: Gara

Pedem três anos de prisão para três jovens por umas inscrições pintadas contra o TGV


A Procuradoria pede três anos de prisão, nove anos de inabilitação absoluta e 24 meses de multa para cada um dos três jovens acusados de ter feito uma inscrição pintada numa unidade do eléctrico, na qual reclamavam a paralisação das obras do TGV.

A plataforma AHT Gelditu! Elkarlana, numa conferência de imprensa que deu em Bilbo na terça-feira, considerou o pedido «desproporcionado» e apresentou o colectivo de «perseguidos pelo TGV», com a designação «K-AHT-EAK Txikitu», com o propósito de «juntar todas as pessoas alvo de perseguição por causa do TGV, mostrar a sua solidariedade a cada uma das que foram ou vão ser julgadas por se oporem ao TGV e denunciar perante a opinião pública a repressão associada ao desenvolvimento deste projecto».

Afirmaram que a oposição a este projecto «imposto à força» foi «constantemente criminalizada» e é neste contexto que enquadram o julgamento dos três jovens acusados de fazerem uma pintada num eléctrico, que terá hoje lugar na Audiência Nacional espanhola.

Com julgamentos deste tipo, disseram, «o verdadeiro debate sobre o TGV é posto de parte, e escondem-se as consequências que esta infra-estrutura faraónica está a ter, como são a destruição do território e o desvio de milhares de milhões públicos para os bolsos das construtoras e dos bancos, enquanto os investimentos sociais no ensino, na saúde ou nas pensões são drasticamente cortados - tudo para financiar um modelo de transporte elitista e esbanjador». Notícia completa: Gara

Em Gasteiz, denunciam o julgamento de dois jovens para quem pedem 14 anos de prisão


Membros do Movimento pró-Amnistia de Gasteiz e jovens cujos nomes fazem parte de listas com nomes arrancados a detidos durante o período de incomunicação fizeram saber na quarta-feira, em Gasteiz, que Ekaitz Sanmaniego e Adrian Donnay vão ser julgados na AN espanhola e que tanto eles como outras pessoas são alvo de um «acosso permanente».
Afirmaram ainda que os jovens independentistas estão a ser alvo de «condenações de vingança». Com Sanmaniego e Donnay na mesa, o movimento anti-repressivo lembrou que nos últimos tempos, na sequência das operações policiais e posteriores encarceramentos, o «panorama de Gasteiz é bastante desolador». «Toda esta criminalização e perseguição contra a juventude independentista levou ao encarceramento de vários jovens gasteiztarras por causa do trabalho político e social que desenvolviam», disseram.
Para além do caso de Ekaitz e Adrian, informaram que a Procuradoria pediu uma pena de 35 anos de prisão para o jovem gasteiztarra Jokin Zerain, ainda sem data marcada para o julgamento.
Por tudo isto, o Movimento pró-Amnistia de Gasteiz pediu às pessoas que participem na manifestação que no sábado partirá da Praça da Virgem Branca às 19h00 e na qual serão denunciados «todos estes casos, em particular o julgamento de Ekaitz e Adrian».
Notícia completa: kaosenlared.net

O Movimento pró-Amnistia fez saber que polícias agrediram Arkaitz Agirregabiria
O Movimento pró-Amnistia fez saber na quarta-feira que a Polícia francesa agrediu o preso basco Arkaitz Agirregabiria no dia 18 deste mês. «Em virtude da necessidade de ser transferido para o tribunal de Paris, foi inspeccionado à saída da prisão de Gradignan. Por isso, pediram-lhe que abrisse a boca e o Arkaitz abriu a boca. Voltaram a pedir-lhe que abrisse a boca e assim voltou a fazer. Depois, pediram-lhe ainda uma outra vez que voltasse a abrir a boca e pusesse a língua de fora, mas o Arkaitz recusou-se, dizendo que já chegava. Os gendarmes pegaram nele e atiraram-no contra a parede, pressionando-lhe a cara com força contra a parede. Provocaram-lhe feridas no nariz e ficou com a face esquerda toda vermelha. Mais tarde, queixou-se também de problemas nas costas».
Fonte: Berria / Na foto, concentração solidária com os presos políticos bascos em Londres.

A AN espanhola condenou Oihana Agirre a oito anos de prisão
A donostiarra tinha sido julgada a 12 de Janeiro em Madrid, acusada de ligação à Askatasuna. Na quarta-feira ficou-se a conhecer a sentença: oito anos de prisão. [Elkartasunak ez du etenik izango! A solidariedade não vai parar! Aupa zuek!]
Fonte: askatu.org

O Eztabaida Gune Antiautoritarioa organiza a iniciativa «Preso bat, liburu bat»
Os membros do Eztabaida Gune Antiautoritarioa organizaram a iniciativa «Um preso, um livro», que irá decorrer no dia 29 de Janeiro no Gaztetxe Txorimalo (Algorta-Andra Mari), com o propósito de que a cada preso de Getxo (Bizkaia) seja enviado um livro. É para isso que o dinheiro recolhido na iniciativa irá servir.
No âmbito da mesma, haverá concertos pelas gloriosas bandas Siroka e Erasoka. Por volta das 18h00, o Movimento pró-Amnistia dará uma conferência sobre o tema «EPPK-ren historia eta gure herriko presoen gaur egungo egoera» (A história do Colectivo de Presos Políticos Bascos e a situação actual dos presos do nosso país).
Notícia completa: etengabe
Zabaldu! Divulga!
Osasuna ta elkartasuna! Saúde e solidariedade!
Pitu eta Gabi eta besteak kalera!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Greve geral: apelo à mobilização face aos serviços mínimos abusivos impostos por Lakua e Iruñea


A maioria sindical basca, que convoca a greve geral marcada para esta quinta-feira contra a reforma das pensões, recorreu dos serviços mínimos fixados pelos governos de Lakua e Nafarroa, que considera abusivos.
Os sindicatos ELA, LAB, STEE-EILAS, EHNE e Hiru exigiram ao Executivo de Gasteiz que retroceda, de forma a garantir o direito à greve e a responder «de modo racional às necessidades mínimas».
Em relação aos serviços mínimos estabelecidos pelo Governo de Nafarroa, consideram que são «inadmissíveis, regressivos e restritivos», limitando assim o direito à greve».

Em qualquer caso, pediram à classe trabalhadora que «faça frente a estas imposições e tentativas de desactivação da greve, que exerçam o seu direito à greve em plena liberdade e respondam com firmeza às medidas que nos procuram impor».
Ver: boltxe.info e Gara

Ver também: «A esquerda abertzale, o EA e a Alternatiba apelam à mobilização na quinta-feira» (Gara)

«O apoio à greve ultrapassa as fronteiras de Euskal Herria» (Gara)

Urtarrilaren 27an, Greba Orokorra! Greve Geral!

Denok kalera! Todos para a rua!

Xabier Beortegi: «Foi a experiência-limite da minha vida»


Xabier Beortegi apresentou um testemunho emotivo dos tormentos que padeceu desde que foi detido pela Guarda Civil, na madrugada de 18 de Janeiro, até ser levado à presença do juiz da Audiência Nacional espanhola Fernando Grande-Marlaska, que decidiu libertá-lo. O jovem navarro é um dos detidos cujos advogados de ofício apresentaram um protesto perante o magistrado, em função do modo como foram tratados durante o período de incomunicação.

Acompanhado por familiares, membros do TAT e do Movimento pró-Amnistia, Beortegi disse que «o pior» foi a viagem até Madrid, uma viagem que em teoria dura umas cinco horas mas que para ele se tornou «uma eternidade» e na qual julga ter passado umas 24 horas.

Durante todo o percurso, segundo referiu, foi agredido nos testículos e na cabeça, ao ponto de, quando saiu do carro, não se conseguir manter de pé e ter de ser levado de rastos.

Já em Madrid, continuaram as agressões na cabeça, e também as posturas forçadas, obrigando-o a manter-se de cócoras até não aguentar mais; quando já não aguentava, enfiavam-lhe um saco na cabeça.

«Chegou um momento em que disse "pronto, colaboro, faço aquilo que quiserem", relatou. Então, puseram-lhe à frente uma declaração, que teve de decorar, o que demorou uma tarde inteira.

Beortegi contou que os guardas insistiram depois na ideia de que o que realmente importava era que reiterasse o depoimento na presença do juiz. O jovem explicou que, numa situação daquelas, assentiu, mostrando-se disposto a tal, mas, ao ser presente a tribunal, decidiu dizer a verdade a Grande-Marlaska e não corroborar a declaração que o tinham feito memorizar.

«Não se pode ter assim uma quadrilha de psicopatas»
«Foi a experiência-limite da minha vida. Espero que mais ninguém tenha de passar por isto», resumiu, para afirmar em seguida que «não se pode ter uma quadrilha de psicopatas assim, a fazer o que muito bem lhes apetece».

Da parte do TAT (Grupo contra a Tortura), Ane Ituiño realçou o facto de ninguém ter feito nada nem ter parecido estranho a ninguém que outro dos detidos, Patxi Arratibel, tivesse escrito a palavra «laguntza» (ajuda) ao contrário ao assinar a declaração policial para pedir ajuda, e também considerou «relevante» o facto de dois advogados de ofício terem protestado perante o juiz pela forma como os seus defendidos foram tratados. Grande-Marlaska não só não lhes ligou, como mandou para a prisão um deles (Iñigo González).

Na conferência de imprensa também tomou a palavra um representante do Movimento pró-Amnistia, que afirmou que na situação actual «o único que recorre à violência é o Estado».
Salientou que a solução passa pela acção unitária da sociedade basca, com base em compromissos, tendo anunciado que irão iniciar uma ronda de contactos com esse fim.
Fonte: Gara

Na foto de cima, pessoas presentes na conferência de imprensa exibem folhas em que se lê o termo 'laguntza' (ajuda) escrito ao contrário, tal como o fez Patxi Arratibel ao assinar a declaração que lhe puseram à frente: aztnugaL

Conferência de imprensa em Iruñea, com o testemunho de Xabier Beortegi


Silêncios
A tragédia da tortura em Euskal Herria é que é mais que previsível. Alertou-se para o risco que corriam os detidos em Nafarroa; o juiz Grande-Marlaska sabia para onde mandava os jovens, e o testemunho, contundente e coerente, dos encarcerados veio confirmar o que parecia previsível. A mácula da tortura precisa de torturadores mas também de cúmplices. E a cumplicidade é por acção ou omissão. Há silêncios escandalosos.
Olaso / Gara

O Olhar de Tasio: «o euskara e a violência, segundo Patxi»

Egun on = Bom dia

«Fingir», por Olaso
Não pode causar surpresa a intervenção de Patxi López perante o seu Consejo Asesor del Euskara / Euskararen Aholku Batzordea. O desapego dos partidos unionistas à língua basca é conhecido, mas a obscena exibição de fobia merece o repúdio por parte da comunidade euskaldun. «O fim da violência permitirá que o euskara se una à liberdade», disse López. Finge ignorar que foram os amantes da liberdade que impediram que o euskara desaparecesse. Isso chateia-o. (Gara)

Leituras

«Hay una provocación permanente para que ETA rompa esa tregua y haga un atentado», Alfonso SASTRE entrevistado por Carlos AZNÁREZ
"Só há paz sobre um princípio de liberdade e de justiça. A paz nunca está na ponta das baionetas"

«Monumento al Prisionero Político (Des)conocido», de Jurgi SAN PEDRO e Nicolás XAMARDO, estudiosos de Oteiza

«De unilateralidades», de Jon ODRIOZOLA, jornalista
Ao Estado espanhol não lhe importa tanto a ETA como o seu projecto político independentista e, por extensão, da esquerda abertzale: quer derrotá-lo

«La torpeza del Estado español», de Koldo CAMPOS SAGASETA, escritor

Ateak Ireki: jornalistas navarros criam novo portal face ao ataque contra o apurtu.org


No passado dia 21 de Janeiro, mais de 40 jornalistas navarros subscreveram um manifesto em defesa da liberdade de expressão, na sequência da última operação policial.
Nele, pedíamos um cenário em que sejam respeitados todos os direitos de todas as pessoas, sem ataques a meios de comunicação, sem nenhum tipo de coacção, um cenário em que todos e todas possamos opinar e trabalhar em liberdade. E nesse cenário também pedíamos um lugar para projectos como o do Apurtu.
Por isso, com o objectivo de garantir a liberdade de expressão e o direito à informação, vários signatários do manifesto decidiram pôr em marcha esta nova página de Internet. Porque nos parece que aquilo que se passou com o apurtu.org é uma grave violação dos direitos civis e políticos, e porque julgamos que a sociedade precisa de janelas para se poder informar sobre estas injustiças. http://www.ateakireki.com/

Fonte: kaosenlared.net

O Tribunal de Pau irá decidir na terça-feira se extradita Iraitz Gesalaga e Aiala Zaldibar


Decorreu ontem de manhã no Tribunal de Pau a audiência relativa aos mandados europeus emitidos pelas autoridades espanholas contra Iraitz Gesalaga - acusado de relação com organização armada - e contra Aiala Zaldibar, acusada de pertencer à Segi. O juiz adiou para terça-feira que vem uma decisão sobre ambos os casos. No que respeita a medidas cautelares, Iraitz Gesalaga vai continuar detido e Aiala Zaldibar sujeita a controlo judicial. Igor Uriarte, que foi detido na semana passada em Baiona juntamente com Aiala Zaldibar e contra o qual também foi emitido um mandado europeu, não compareceu na audiência de ontem, pelo que o seu processo não foi examinado.
Fonte: askatu.org e kazeta.info

Entretanto, na segunda-feira, véspera da audiência acima referida, a advogada de Iraitz Gesalaga, o jovem zarauztarra detido em Ziburu a 12 de Janeiro, e a Askatasuna disseram numa conferência de imprensa em Baiona que o jovem tinha descoberto um sistema de vigilância - dispositivo exibido pela advogada Maritxu Paulus-Basurco - debaixo do seu carro alguns dias antes da sua detenção, durante uma revisão ao veículo.
Encontrou-se depois com a sua advogada e decidiu que ia apresentar queixa. Só que, entretanto, foi detido no âmbito do mandado de detenção europeu emitido contra ele pela justiça espanhola. Para a Askatasuna, é a prova de que, ao contrário do que tinha sido anunciado, ele não foi procurado, «pois sabiam onde ele se encontrava». E, depois da «descoberta», ele continuou a fazer uma vida normal. A Askatasuna fez um apelo no sentido de se «denunciar sistematicamente» este tipo de factos. Para o movimento, os estados tomaram um caminho «arriscado» ao preferirem «a via policial à via política».
Fonte: Lejpb-EHko_kazeta

Na foto de cima, manifestação em Gasteiz contra o mandado de detenção europeu

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Juristas internacionais reclamam a liberdade de Otegi e a legalização da esquerda abertzale

A Associação Europeia de Juristas pela Democracia e pelos Direitos Humanos no Mundo (ELDH) e a Associação Internacional de Juristas Democratas (IADL) reclamaram a libertação de Arnaldo Otegi, o fim dos processos com motivação política e a legalização da esquerda abertzale.

A Associação Europeia de Juristas pela Democracia e pelos Direitos Humanos no Mundo (ELDH) aprovou na sua assembleia anual, realizada em Sófia (Bulgária), uma resolução na qual pede a «libertação incondicional» de Otegi; o fim dos processos judiciais com motivação política e a libertação dos detidos nesses processos; o «direito incondicional» da esquerda abertzale a formar um partido e a participar de forma igualitária nas eleições; que o Batasuna e outras organizações sociais sejam retirados das listas europeias de organizações terroristas; e «a continuação do apoio activo a uma solução pacífica para a questão basca através do diálogo e da negociação».

Nesta resolução, que foi posteriormente adoptada também pela Associação Internacional de Juristas Democratas (IADL), a ELDH lembra que, desde que o Batasuna foi ilegalizado, em 2002, tanto Arnaldo Otegi como outros membros da força abertzale foram «alvo da repressão diária, com violações claras da liberdade de expressão, de associação e participação política».

Afirma que a Lei de Partidos foi modificada no Estado espanhol «para tornar possível a ilegalização constitucional do Batasuna, cuja actividade foi suspensa, e que tudo isso foi consequência do desenvolvimento» da teoria promovida e posta em prática no sumário 18/98, que tornou possível que inúmeras organizações políticas, culturais e sociais fossem ilegalizadas sob a acusação genérica de serem um frente ampla da ETA».

A associação salienta que, desde que o Batasuna foi declarado ilegal, Otegi foi julgado várias vezes, «violando-se a liberdade de expressão», e «sendo condenado e mandado para a prisão» pela última vez em Outubro de 2009. «Os meses seguintes demonstraram que aquilo que estava a tentar fazer juntamente com outros membros era desenvolver uma estratégia de paz para agitar o cenário de bloqueio que o conflito basco vive», afirma.
O processo de debate interno no seio da esquerda abertzale que terminou com a resolução «Zutik Euskal Herria» evidenciou, para esta associação de juristas, «o compromisso de Arnaldo Otegi e da esquerda abertzale com a paz, a justiça e a democracia», e a declaração da ETA, «apontando para o fim das hostilidades, é um exemplo desse compromisso».

A ELDH julga que, após a declaração da ETA, «o desenvolvimento de um processo de paz real necessita do fim de todas as medidas judiciais e políticas contra a esquerda abertzale, a sua legalização e o fim de todas as restrições políticas, bem como dos julgamentos com motivação política».
Fonte: Gara

A página arnaldotegi.com agora também possui uma versão em inglês - o Berria disse e nós verificámos.

Ekinklik: Fotos da manifestação de sábado em Iruñea pelo fim da repressão


Bake bidean, aterabide demokratikoak orain, atxiloteka gehiagorik ez!
No caminho da paz, soluções democráticas agora, parem com as detenções!
Kateak apurtu! Aski da! Pitu eta besteak askatu!

Advogados de ofício deixam de fazer vista grossa ao regime de incomunicação

A imposição de advogados de ofício é uma peça-chave do regime de incomunicação. A única missão que lhes é atribuída é a de assinar as actas, mas nos últimos meses vários advogados decidiram manifestar as suas suspeitas relativamente aos interrogatórios a detidos bascos. Mais uma fissura - dizer fenda seria demais - num sistema blindado.
Ramón SOLA
Ver: Gara

Protesto em Fleury: quatro presos denunciam a atitude dos carcereiros para com um familiar
Os presos de Fleury não saem das celas desde quarta-feira para protestar contra a atitude dos carcereiros, que se riram da mãe de Alex Akarregi quando esta teve um ataque de ansiedade, depois de ter passado quase uma hora à espera no locutório para ver o seu filho. A favor do repatriamento dos presos, 20 pessoas concentraram-se ontem em Bermeo, 81 em Ondarroa, 22 em Zaldibi, 45 em San Pedro-Trintxerpe, 17 em Euba, 24 em Ordizi, 18 em Altza, 14 em Añorga, 32 em Gernika, 36 em Iurreta, 44 em Laudio, 16 em Zaldibar, 19 em Zorroza, 21 em Otxarkoaga (Bilbo) e 15 em Abadiño.
Fonte: Gara

Dois jovens de Santurtzi têm de comparecer na AN por colocar uma faixa
Depois de terem sido identificados pela Polícia Municipal há um ano no Instituto de Santurtzi (Bizkaia) quando colocavam uma faixa, dois jovens da localidade receberam uma notificação para se apresentarem esta quinta-feira na Audiência Nacional espanhola. De acordo com a Ikasle Abetzaleak, a notificação aos dois jovens, ambos menores de idade na altura em que se deram os factos, demonstra a «falta de liberdade de expressão e a utilização política da repressão».
Fonte: Gara

Comunicado d@s refugiad@s basc@s na Venezuela
Comunicado d@s refugiad@s basc@s na Venezuela, em castelhano e euskara, entregue à Fundación Pakito Arriaran.
"Quem diz estar à espera de um comunicado da ETA «sem capuz» devia começar por tirar a máscara com que traiu e enganou a sociedade basca durante décadas."
Ler o comunicado em: lahaine.org

Victor homenageado em Portugalete, no dia 22 de Janeiro de 2011

Periko Solabarria, Portugalete (Bizkaia) * E.H.
«Victor queria fazer crescer uma flor, mas duas balas feriram-no de morte quando distribuía folhas para a greve de 1975, e plantamos outra».

Bizkaia, 20 de Janeiro de 1975
Portugalete uma manhã um grito, um grito sulca os ventos são seis da manhã mataram um companheiro. Víctor, chamava-se Víctor dizem que era muito jovem e operário, quem terá morto mãe um filho da nossa terra, dizem que fazia uma coisa que era proibido fazer, que lançava folhas pedindo liberdades para o povo, dizem que morreu a sangrar pelas costas e pelo peito, que a sangue frio e com balas lhe atravessaram o corpo, diz-me mãe por que é assim, porque assassinam trabalhadores quando pedem liberdade e defendem os seus direitos, mãe deixa-me ir vingar a morte de um companheiro, mãe deixa-me ir vingar um filho da nossa terra.
Víctor, Víctor agora descansa, o teu esforço bastou, nascerão mais comunistas à luz da tua lembrança.

Sare Info:
Oroimena, duintasuna eta borroka!
Memória, dignidade e luta!

Nota: editamos os textos que traduzimos sempre que o achamos pertinente; neste caso, julgámos que devíamos respeitar o texto tal e qual como se apresentava

A Batalha de Orreaga num documentário: «778-La chanson de Roland»

«"La Chanson de Roland", história e lenda»
No dia 28 deste mês estreia 778-La chanson de Roland, uma longa-metragem documental realizada pelo holandês Olivier van der Zeer. Passado e presente fundem-se nesta produção que se adentra nas passagens da lenda e da história representadas em Orreaga.
[...]
Mas, ao contrário do que afirma La chanson de Roland, quem lançou este ataque não foram os sarracenos, mas os próprios vascões. É neste ponto que se inicia a longa-metragem documental realizada pelo cineasta holandês Olivier van der Zee 778-La Chanson de Roland (uma co-produção de IDEM, La SMAC, ITP e Modélika) na qual o autor, além de relatar os acontecimentos que conduziram à chamada Batalha de Roncesvalles, quis apresentar novos elementos relacionados com achados arqueológicos, com os quais se pretende datar com precisão e provar definitivamente este acontecimento histórico.

«Quando vim viver para o País Basco - diz Olivier van der Zee -, mudei-me para Pasai Donibane (Gipuzkoa) e dei com um monumento que está mesmo em frente ao cais que comunica com Pasai San Pedro, o Humilladero de la Piedad. No seu interior guarda-se uma lápide comemorativa da participação de pasaitarras na Batalha de Roncesvalles. Nessa placa figura a palavra 'Vascones' e, quando na minha infância estudei La chanson de Roland, não se falava da presença dos vascões naquela batalha. Eu desconhecia tudo o que se relacionava com a cultura e a vida dos bascos no século VIII e foi a gente da terra que me contou que os seus antepassados, com paus e pedras, derrotaram o exército invasor de Carlos Magno. Também não levei muito a sério esta versão, pelo que prossegui a minha investigação e, à medida que ela avançava, cada vez me suscitava maior interesse».
[...]

Entre as escarpadas montanhas de Orreaga, ouve-se o eco do olifante que Rolando nunca fez soar e entre as brumas dos bosques assomam os fantasmas dos doze pares francos; Eginhard, Anselme, Ollivier, o arcebispo Turpin... a lenda funde-se com a história.

Koldo LANDALUZE
Ver: Gara

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Ainhoa Etxaide: «A greve geral é necessária, face à maior agressão dos últimos 35 anos»


Ainhoa ETXAIDE, secretária-geral do LAB, entrevistada por Juanjo BASTERRA
Em Maio de 2009 a maioria sindical basca convocou uma greve geral. Então, alertaram para a necessidade de mudar o rumo das políticas económicas e sociais. Ao invés, os cortes aumentaram. Assim foi. Veio a reforma laboral, que tornou o mercado de trabalho mais precário e a maioria sindical fez-se à greve a 29 de Junho. Agora, a reforma atinge as pensões e o Governo espanhol promete maiores cortes ainda. A resposta: outra greve geral, no dia 27 de Janeiro.
Ver: boltxe.info

Análise: «El ataque a las pensiones públicas», de Isabel OTXOA e Mikel DE LA FUENTE, professores da UPV-EHU (Gara)
A reforma das pensões que o Governo espanhol promove com a aquiescência do Pacto de Toledo empobrecerá a população, sobretudo as mulheres; provocará uma redução drástica das pensões entre 25% e 30%. É uma nova agressão.