terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Sequelas da ilegalização: a defesa salienta que não foram provadas as acusações e pede a absolvição dos aiararras

Durante a última sessão do julgamento, o magistrado do MP retirou a acusação contra um dos arguidos por não existirem provas de que estivesse presente na Câmara Municipal no dia em que ocorreram os factos, 14 de Junho de 2003.
Para além disso, baixou a pena inicialmente pedida para os restantes arguidos, que era de três anos de prisão, para 15 meses, por considerar que, após nove anos de processo, é «irremediável» aplicar a atenuante de dilações indevidas.

À tarde, a advogada Jone Goirizelaia pediu a absolvição dos seus defendidos, salientando que as acusações nem sequer foram capazes de provar a imputação de «coacções terroristas» e que não conseguiram individualizar nenhuma das acusações.
A advogada pôs em questão as dilações na instrução e as motivações dos que fizeram a queixa, todos eles cargos do PP.

Em nome dos arguidos, Oier Amorrortu falou em último lugar, tendo referido que, com o julgamento, «aqueles que nos acusavam já conseguiram o que queriam: trazer-nos a este tribunal»; afirmou também não esperar «outra decisão que não seja absolutória».

Na parte da manhã, o magistrado da Audiência Nacional espanhola Miguel Ángel Carballo defendeu perante o tribunal que os factos constituem um delito de «coacções terroristas», considerando que os arguidos levaram a cabo «um acto perfeitamente organizado para impedir que a sessão de Câmara tivesse lugar e que os vereadores tomassem posse».

Depois, o representante do Ministério Público admitiu que os factos julgados «podem atingir esta qualificação ou não», e propôs à Sala a alternativa de condenar os acusados a cinco meses de prisão por um delito «contra Altos Organismos da Nação».

Por seu lado, as defesas solicitaram a livre absolvição dos seus representados, argumentando que no vídeo da sessão plenária «não se vê a mínima intenção de agredir» e que, tal como manifestou o magistrado do MP, os factos podem não constituir um delito de «coacções terroristas».

Os do PP «entraram aos socos»
No seu depoimento, a maioria dos arguidos afirmou que apenas pretendia denunciar a exclusão da esquerda abertzale das eleições locais. Também disseram que os eleitos do PP e os seus escoltas «entraram aos socos» na Sala.

Os ex-autarcas de Laudio Pablo Gorostiaga (esquerda abertzale) e Jon Karla Menoyo (PNV), que depuseram como testemunhas, negaram que nessa sessão os arguidos tivessem cometido qualquer agressão, algo que foi corroborado pelos polícias municipais que ontem depuseram.

Para além dos delitos mencionados, o magistrado solicita multas de 1200 euros para quatro dos processados por uma ofensas corporais, a que há a acrescentar mais 300 por cabeça por «responsabilidade civil». As acusações particulares pedem penas que oscilam entre um e seis anos de prisão. / Fonte: Gara

«Gritar "Gora Euskal Herria askatuta!" no Gorbeia já não afecta a segurança dos cidadãos», de Agustín GOIKOETXEA (Gara)
A denúncia pública feita há cerca de dois meses pelo advogado Borja Irizar levou a que a Delegação do Governo espanhol na CAB rejeitasse a multa de 305 euros que lhe queriam impor por gritar «Gora Euskal Herria askatuta!» junto à cruz do Gorbeia. O arquivamento do caso aberto pela Guarda Civil foi uma das últimas decisões tomadas por Mikel Cabieces no desempenho das suas funções. [Gurea da garaipena! Gora gu ta gutarrak!]

Leitura:
«¡Qué extraña realidad! ¿O no?», de Fede de los RÍOS (Gara)
Las jóvenes de dieciséis y diecisiete años se han vuelto adultas para la aplicación de las penas de una nueva reforma de la Ley del Menor; pero, por el contrario, resultarán incapacitadas para decidir acerca de su cuerpo en la reforma de la ley de la interrupción voluntaria del embarazo. Sus ovarios volverán a manos del Padre hasta que pasen a manos del Marido.

Hitz debekatuak / Palavras proibidas

[Maite zaituztegu! Lortuko dugu!]

A esquerda abertzale critica o Governo de Bilbo por não estar à altura do «momento histórico»
Numa conferência de imprensa em que estiveram presentes Marta Pérez, Joana Regueiro e Tasio Erkizia, lamentaram que, apesar de se viver um «momento histórico», que se fica a dever ao «compromisso da ETA com o abandono da luta armada», o governo municipal «não esteja à altura das circunstâncias».

Neste sentido, pediram aos dirigentes locais do PNV que deixem de «olhar para os seus interesses», e se centrem «naquilo que as bases e a direcção do seu partido reclamam juntamente com a maioria social e política deste país».

Os representantes da esquerda abertzale criticaram também a equipa da Azkuna por ter decidido «recusar a denúncia das violações dos direitos» dos presos políticos bascos e «inclusive o conceito de "político" a sua qualidade de recluso, deixando de lado a necessidade de uma resolução integral ao conflito político».

Em seu entender, isto constitui «uma atitude incompreensível, incoerente e, no mínimo, surpreendente, se comparada com a política que o PNV segue em diversos municípios biscainhos», nos quais foram aprovadas moções de apoio aos presos políticos bascos.

Pérez e Regueiro pediram a Azkuna que pare de associar a esquerda abertzale «a um problema de ordem pública». «Sabemos que se sentem mais à vontade em cenários do passado, mas o panorama político mudou graças à determinação da esquerda abertzale deste país», referiram, antes de pedirem «responsabilidade e respeito» ao autarca. / Fonte: Gara

O Tribunal de Apelação de Pau pronuncia-se a 7 de Fevereiro sobre o navarro Ernesto Prat
O Tribunal de Apelação de Pau decidiu ontem que irá examinar no dia 7 de Fevereiro o mandado europeu emitido pelos espanhóis contra Ernesto Prat Urzainqui, acusado pela Audiência Nacional de fazer parte do Ekin e encarcerado desde quinta-feira passada.
O processo no Tribunal de Apelação de Pau pode prolongar-se durante várias semanas e, uma vez tomada uma decisão, poderá ser apresentado recurso junto do Supremo Tribunal, o que habitualmente costuma prolongar o processo durante mais alguns meses.
Esquerda abertzale, EA e Aralar convocaram para ontem ao meio-dia, em frente à Delegação do Governo espanhol em Iruñea, uma concentração de protesto contra a detenção de Prat, mas esta foi proibida pela nova inquilina, pelo que os partidos se limitaram a fazer declarações aos meios de comunicação. / Fonte: ateakireki.com

Vídeo: Declarações dos partidos após a proibição da concentração de ontem em Iruñea (ateakireki.com)

Milhares de pessoas reivindicam em Bilbo o direito à ocupação

Apesar da chuva, milhares de pessoas manifestaram-se em ambiente de festa e descontracção pelas ruas do centro da capital bizkaitarra, reivindicando o direito à okupação.
A manifestação, sempre acompanhada por um camião sonoro e por música relativas ao direito a okupar, partiu do Arriaga pouco antes das 18h00 e terminou na Unamuno plaza. No Arenal, várias pessoas, em representação do movimento dos Gaztetxes, tomaram a palavra para denunciar os ataques e a perseguição que as instituições lhes movem (basta recordar o violento despejo do Kukutza, a mando do caudilho bilbotarra Azkuna) e afirmar que, através da okupação, se podem dar passos para alcançar um outro modelo social.
Para finalizar, membros do 7katu penduraram uma faixa gigante, na qual se lia que, pese embora os ataques, o movimento dos gaztetxes avança, sempre em frente! / Fonte: boltxe.info / Mais info e muitas fotos: topatu.info

Ver também: «Ehunka lagun mobilizatu dira okupazioaren alde» (Bilbo Branka)
[Centenas de pessoas mobilizaram-se a favor da ocupação]

Ver ainda: «O Bildu defende o Kukutza durante a inauguração do Centro de Distrito de Errekalde» (Gara)

Euskara: Deputação Foral de Gipuzkoa vai oferecer 24 000 euros à ikastola de Lodosa

A Ibaialde ikastola (Lodosa, Nafarroa) encontra-se numa situação económica difícil em parte devido aos entraves administrativos forais; para ajudar a ultrapassar essa situação, a Deputação Foral de Gipuzkoa vai doar à ikastola navarra um euro por cada aluno que estuda na rede de ikastolas do herrialde guipuscoano, num gesto de solidariedade. Ao todo, serão enviados 24 000 euros.
O deputado-geral de Gipuzkoa, Martin Garitano, pediu ao Governo de Nafarroa que encontre uma «saída digna» para os graves problemas económicos da Ibaialde. Em seu entender, trata-se de uma responsabilidade do Executivo navarro. / Notícia completa: Berria

Euskaraz bizi nahi dugulako... «boga»
Videoclipe (realizado por Aitzol Aramaio) do tema musical da edição deste ano da Ibilaldia, a festa das ikastolas da Bizkaia, que decorreu em Ondarroa a 29 de Maio.
Intitula-se «Itsasoko haize berria... boga!» [à letra: O novo vento do mar... rema!] e é da autoria de Josu Aranburu. Cantam Lore Lema, Nagore Lasarte e Loinatz Iraolagoitia, e participam ainda Jesus Camiña e Mikel Breixo. [A partir de notícia do Berria. Foi uma grande festa. Euskara eta Ondarru maite ditugulako... «boga»! Zoixonak!]

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Homenagem emocionante a Txillardegi em Donostia

Organizada pela esquerda abertzale, a homenagem prestada em Donostia a Jose Luis Alvarez Enparantza, Txillardegi, recentemente falecido, foi emocionante. No teatro Victoria Eugenia juntaram-se centenas de pessoas do mundo cultural, político e social. Destacaram a importância do contributo dado pelo escritor e euskaltzale donostiarra.

Vídeo: Omenaldia egin diote Txillardegiri Donostian

Fotos: Txillardegiri omenaldia

Arnaldo Otegiren gutuna [Carta de Arnaldo Otegi]

O acto de homenagem a Jose Luis Alvarez Enparantza, Txillardegi, que faleceu no dia 14 de Janeiro começou com um vídeo que incluía fotografias suas, testemunhos e que passava em revista o seu trajecto.

Diversas pessoas tomaram a palavra - Piarres Xarriton, membro da Euskaltzaindia e amigo íntimo de Txillardegi, o galês Ned Thomas, Pernando Barrena, membro da esquerda abertzale, Igone Lamarain, da EHE, entre outros - e, pelo meio, houve piano, bertsos, txalaparta e canto coral, para além das actuações de Eñaut Elorrieta, vocalista dos Ken Zazpi, e de Erramun Martikorena.

A escritora Laura Mintegi leu uma carta escrita por Arnaldo Otegi da prisão de Logroño em honra de Txillardegi. Na carta, o membro da esquerda abertzale fez menção ao que aprendeu graças a ele, tendo realçado a necessidade de compromisso com a cultura e o euskara, para lá das siglas.

O actor Ramon Agirre, por seu lado, leu uma carta de Gerry Adams, na qual o dirigente do Sinn Fein expressa a sua tristeza pela morte do escritor donostiarra.

Na homenagem também estiveram presentes familiares de Txillardegi, e a viúva, Jone Forcada, agradeceu a todos os que se juntaram no Victoria Eugenia.

Pernando Barrena, Rufi Etxeberria, Joseba Permach, Tasio Erkizia, Pello Urizar, Ikerne Badiola, e representantes do Aralar, Alternatiba, AB, LAB, EHE, Anai Artea, gazte independentistak e da iniciativa Egin Dezagun Bidea estiveram na homenagem, juntamente com outras pessoas dos domínios político, cultural e social.

O final do acto também foi emocionante: o Victoria Eugenia todo de pé, a cantar o «Eusko Gudariak», acompanhado por muitos irrintzis. / Fonte: Gara

A Egin Dezagun Bidea vai apresentar um novo instrumento para canalizar a exigência de mudança da política prisional

A Egin Dezagun Bidea vai apresentar no próximo domingo, em Donostia, uma nova ferramenta para canalizar o «enorme potencial» existente em torno da reivindicação do respeito pelos direitos dos prisioneiros políticos bascos, como resultado do processo de reflexão levado a cabo nas últimas semanas.

Numa conferência de imprensa em Donostia, Manu Ugartemendia e Inés Osinaga, afirmaram, em nome da iniciativa, que a defesa dos direitos dos presos «é um problema de toda a sociedade basca» e, por isso, querem partilhar com ela «os passos a dar» nos próximos meses.

Salientaram que a manifestação de 7 de Janeiro em Bilbo, «a maior mobilização de que há memória neste país», marcou «um importante ponto de viragem», de tal forma que «a situação dos presos ocupa o centro da agenda política e hoje ninguém pode escapar a essa necessidade, pois conseguiu-se que a mudança da política penitenciária e a necessidade de encontrar uma solução para a situação das presas e dos presos políticos seja um elemento incontornável».

Ugartemendia e Osinaga realçaram o facto de alguns partidos políticos se terem visto forçados a assumirem uma nova atitude relativamente a esta questão, e também o facto de o PP ser o único que «se agarra a uma posição totalmente imobilista». Lamentaram ainda as reformas anunciadas pelo ministro da Justiça, Alberto Ruiz Gallardón, que «não se basearam em critérios que promovam a paz ou procurem uma solução que a ela nos conduza».

«O esforço e o enorme trabalho realizado nos últimos meses por tanta gente, bem como os resultados atingidos, mostram que é possível trilhar o caminho que queremos e que nele existem muitas coisas a serem alcançadas», salientaram.

É por isso que julgam necessário apresentar «um instrumento eficaz», capaz de canalizar esse «enorme potencial». «O envolvimento, o compromisso e o amplo acordo que existe pela defesa dos presos obrigam-nos a tal», afirmaram.
Os porta-vozes da Egin Dezagun Bidea convidaram todos os cidadãos e agentes sociais a comparecem no dia 5 de Fevereiro no Kursaal, para «partilharem este novo momento», a que atribuem grande importância. / Fonte: boltxe.info

Ver também: «O movimento Herrira surge para trazer os presos e refugiados para casa», de Ramón SOLA (Gara)

Uma familiar do preso Arkaitz Agote sofreu um acidente no regresso da prisão de Huelva
A única ocupante da viatura, familiar do preso político basco Arkaitz Agote Cillero, saiu ilesa do acidente que sofreu este sábado na A-8, quando regressava da visita à prisão de Huelva, a mais de 1000 km de distância de Euskal Herria.
O sinistro deu-se junto a Bilbo, pelo meio-dia, e, embora se desconheçam as causas exactas do acidente, o carro ficou completamente destroçado, segundo o Gara conseguiu apurar.
Este acidente vem juntar-se à lista negra dos sinistros provocados pela dispersão, uma política de excepção que representa, para os amigos e familiares dos presos, uma verdadeira «roleta russa». Isto tem sido denunciado de forma reiterada pelos familiares e amigos, que destacam o perigo a que se expõem todos os fins-de-semana nas viagens aos centros penitenciários dos estados espanhol e francês.
De acordo com os dados da Etxerat, a dispersão tirou a vida a 16 pessoas, esteve na origem de mais de 267 acidentes de viação nas estradas de ambos os estados, dos quais resultaram mais de uma centena pessoas com ferimentos de alguma gravidade.
Para a associação, as perdas materiais, económicas - e tudo o que a elas está associado - são «incalculáveis». / Fonte: Gara

Documentário sobre a dispersão e as suas consequências
Sakabanaketarik EZ!

Tolosa mobiliza-se por Odriozola, preso há 24 anos
A Egin Dezagun Bidea e a Lizardi Kultur Elkartea deram uma conferência de imprensa no sábado em Tolosa (Gipuzkoa), na qual esteve presente, entre outros, o autarca Ibai Iriarte (Bildu), para denunciar a situação do seu conterrâneo Pello Odriozola, que se encontra há 24 anos na prisão.
Odriozola, a quem foi aplicada a chamada «doutrina Parot» e que continua atrás das grades, em Zuera, devia estar em liberdade há já três anos e meio, dado que terminou o cumprimento da pena em Julho de 2008.
Os seus conterrâneos constatam, mais uma vez, como as leis espanholas são torcidas para manter cidadãos bascos na prisão e a conivência dos tribunais com esta estratégia política. Acrescentaram que aqueles que mataram e fizeram desaparecer os tolosarras Joxean Lasa e Joxi Zabala estão cá fora, depois de cumprirem não mais de 5% da pena a que foram condenados.
Esta «grande injustiça» será denunciada numa concentração na próxima quinta-feira, dia 2, no Triângulo, a partir das 19h30. O lema, «Pello gurekin nahi eta behar dugu, Pello etxera orain» [Queremos e precisamos do Pello connosco, o Pello para casa já]. / Fonte: Gara

Andoni Pangua: «Es necesaria una gran manifestación para denunciar los recortes sociales»

[Entrevista de boltxe.info a Andoni Pangua, militante social] Como ya hemos informado en su momento, el próximo día 4, se va a celebrar en Bilbo una manifestación nacional, contra los recortes sociales convocada por varios sindicatos vascos y organismo populares que trabajan contra la exclusión social y en definitiva, contra los abusos del capitalismo. (lahaine.info)

«La comunidad (internacional) del Anillo», de Borroka Garaia (BorrokaGaraiaDa)
El grado de credibilidad que Euskadi Ta Askatasuna y sus comunicados tienen para los estados está muy por encima de lo que pueda decir la CIV o cualquier organización política de Euskal Herria. Otra cosa es lo que algunos estamentos como el ministerio de interior o en ámbitos del PP digan de cara a la galería a nivel público.

«Un trabajo al mejor estilo de H. Hoover», de Amparo LASHERAS (Gara)
Algo hay de verdad cuando a un año vista vemos que en la primavera a árabe se cambió todo para que todo siga igual. Se ocupó Libia, se asesinó a Gadafi y los «buenos» se han quedado con el petróleo. A estas alturas no cabe duda de que el conflicto en Siria ayuda, sobre todo, a los intereses estratégicos de Israel, EEUU y del capitalismo en su conjunto.

«Azkuna, el batallador», de Mikel ARIZALETA (boltxe.info)
En la mañana del 16 de abril del 2011 dos activistas contra la guerra de Libia escalaron la fachada de la sede del PNV en Bilbao, Sabin Etxea, y colocaron una pancarta gigante con el lema «EAJ-PNV: Sí a la guerra. Gerra inperialistarik ez» (No a la guerra imperialista) y permanecieron colgados hasta que los bomberos, a petición de la Ertzaintza, los bajaron.

Presos e outras vítimas da repressão franquista criam a associação Goldatu

Na apresentação desta nova associação, que decorreu em Bilbo, estiveram presentes cerca cinquenta presos e perseguidos pelo franquismo, entre eles o histórico Perico Solabarria, felicitado pelo seu 82.º aniversário.
Ali, afirmaram estar contra a Lei da Amnistia, na medida em que «foi uma lei fundamentalmente para eles, eximindo-os de qualquer responsabilidade naqueles 40 anos de ditadura». Por isso, exigiram a derrogação da Lei da Amnistia de 1977, porque «os verdadeiros amnistiados foram os franquistas».

«Eles amnistiaram-se a si mesmos, e o indivíduo que dirigiu aquelas negociações, Fraga, é hoje louvado como o grande defensor da democracia», criticou Josu Ibargutxi, que fez de porta-voz.

A Goldatu pretende, segundo explicou Ibargutxi, «reunir os milhares e milhares de perseguidos, encarcerados, torturados, detidos e exilados que houve em Euskal Herria nos anos 60 e 70, que ainda são capazes de contribuir com o seu testemunho pessoal sobre tudo o que fizeram às suas famílias e a eles mesmos».

Segundo salientaram, «os objectivos daqueles tempos não perderam validade»: «fomos combatentes pela liberdade deste país e por todas as liberdades plenas e hoje queremos estar ao lado dos lutadores por uma Euskal Herria livre, solidária e justa». / Notícia completa: Gara

Ver também: «Manifiesto fundacional de Goldatu, asociación de ex-pres@s y represaliad@s vasc@s por el franquismo» (boltxe.info)

Nasce a Asociación de Estudios Históricos de Navarra Xavier Mina

Decorreu na sexta-feira, na Livraria Auzolan, em Iruñea, a apresentação da Xavier Mina Nafarroako Ikerketa Historikoen Elkartea / Asociación de Estudios Históricos Xavier Mina na qual estiveram presentes Alvaro Adot, Aitor Pescador, Tomas Urzainqui, Roldan Jimeno, Esteban Antxustegi e Pello Guerra. Entre os seus objectivos, está a organização de um congresso sobre a conquista do Reino navarro e a Reforma europeia (1512-1610), estreitamente ligada à história de Nafarroa, que irá decorrer de 30 de Maio a 2 de Junho em Iruñea e Atarrabia. 

Ver também: «Crónica dos Encontros 1512-2012 Nafarroa bizirik» (lahaine.org)

«El 16 de junio demostraremos que este pueblo sigue vivo» (Gara)
Sergio IRIBARREN, organizador da plataforma 1512-2012, entrevistado por Aritz INTXUSTA

sábado, 28 de janeiro de 2012

A Etxerat publica um relatório sobre situações ocorridas nas prisões em Janeiro

Relatório mensal - Janeiro de 2012 (Etxerat elkartea)

Um dos objectivos da Etxerat Elkartea - associação de familiares e amigos dos presos políticos bascos - é dar a conhecer as situações de excepção que estes últimos têm de enfrentar. Assim, com base na informação recebida dos seus familiares e amigos reclusos, a Etxerat Elkartea decidiu realizar um relatório referente a situações ocorridas no mês de Janeiro. «Isto ajudar-nos-á a ver a realidade em que vivem os presos e as presas políticos bascos, funcionando, ao mesmo tempo, como instrumento de denúncia da situação tão excepcional que têm de enfrentar».

Actualmente, existem 674 presos e presas políticos bascos espalhados por 85 prisões. Apesar de a maior parte deles e delas se encontrarem em prisões de Espanha e França, há também alguns em Portugal, no Norte da Irlanda, na Inglaterra e no México; e ainda alguns, poucos, em Euskal Herria.

Neste relatório, torna-se evidente que o Estado espanhol e o francês não mudaram em nada a sua política penitenciária. E que nas prisões os direitos fundamentais dos presos e das presas políticos bascos não são respeitados. Continuam encarcerados os presos e as presas que têm doenças graves, os que já cumpriram 3/4 ou 2/3 da pena, aqueles a quem foi aplicada a doutrina 197/2006 e também os presos que têm mais de 70 anos. Assim, a Etxerat Elkartea pede a libertação imediata destes presos e presas, exige que se acabe com a dispersão e que os presos e presas políticos bascos sejam transferidos para Euskal Herria. / Fonte: etxerat.info

Exigem a liberdade de Otegi e dos encarcerados do «caso Bateragune» frente à prisão de Logroño
Cerca de 200 de pessoas, entre as quais 50 figuras públicas de diversas áreas, tanto de Euskal Herria como do Estado espanhol, participaram hoje ao meio-dia na concentração organizada pela plataforma «Arnaldo askatu, politika askatu», em frente à prisão de Logroño, onde está preso Arnaldo Otegi, para lhe fazer chegar o seu apoio, reclamar a sua libertação e a dos restantes condenados no «caso Bateragune» e reivindicar o respeito pelos direitos de todos os prisioneiros políticos bascos.

Fotos: Otegi dagoen kartzelara bisita (Berria) / (Gara)

Entre os participantes, encontravam-se vários deputados da Amaiur, como Rafa Larreina, Maite Aristegi, Xabier Mikel Errekondo e Iñaki Antigüedad; o deputado da ERC Joan Tardá; o deputado-geral de Gipuzkoa, Martin Garitano; o director do Gara, Iñaki Soto; o ex-autarca de Donostia Ramón Labaien, os bertsolaris Xabier Amuriza e Jon Maia, o escritor Joan Mari Irigoien, o director do Berria, Martxelo Otamendi, e o ex-presidente do Athletic José María Arrate, entre outros.

Os membros da plataforma «Arnaldo askatu, politika askatu» foram os primeiros a tomar a palavra, para recordar que Otegi se encontra há 837 dias «sequestrado» na prisão, desde que foi detido, em Outubro de 2009, por promover um processo de soluções. Não esqueceram os seus companheiros Sonia Jacinto, Arkaitz Rodríguez, Miren Zabaleta e Rafa Díez, «detidos e também sequestrados», nem os restantes prisioneiros políticos, exilados e refugiados bascos.

Os presentes afirmaram que o político independentista foi «detido, encarcerado e condenado» pelo PSOE, e que, agora, o Governo do PP «tem de se envolver» e pô-lo em liberdade, tendo sublinhado, ao mesmo tempo, que o trabalho de Otegi foi «determinante» no caminho para a paz.

Os membros da plataforma fizeram questão de esclarecer que não querem pôr Otegi «acima de ninguém». «Não viemos aqui para idolatrar a figura de Arnaldo, o nosso objectivo não é transformá-lo num Nelson Mandela basco ou num hipotético lehendakari», realçaram, acrescentando que os meios de comunicação já se encarregam disso.

Depois da intervenção de alguns bertsolaris, Laura Mintegi, Doris Benegas, Joan Tardà, Iñaki Soto e Gabi Mouesca leram uma carta de Alfonso Sastre em euskara, castelhano, catalão, inglês e francês, respectivamente. / CARTA: De Alfonso para Arnaldo
Notícia completa: Gara
Ver também: «Milhares de pessoas voltaram à rua pelo fim da política prisional» (Gara)
Na foto, concentração em Baiona, ontem ao fim da tarde.

Esquerda abertzale: «O PP segue pela via contrária à das soluções»

Numa conferência que decorreu em Donostia, a esquerda abertzale analisou a situação política basca actual, tendo afirmado que o processo de soluções avança, pese embora a estratégia de «bloqueio» do PP e do Governo de Mariano Rajoy, que acusou de ser o «expoente máximo do imobilismo», ao ater-se a uma política penitenciária de excepção que, de forma colectiva, é aplicada aos presos políticos bascos.

A força independentista considera também «totalmente irresponsável» que o PP e, «sobretudo», o Ministério do Interior recorram à «intoxicação» para «retirar credibilidade a algo tangível: a luta armada da ETA terminou».

Outro dos traços da política do Governo espanhol, acrescentou, é a «utilização de velhas receitas», que «em nada contribuem para o novo tempo aberto no nosso país». «O PP agarra-se à repressão política, de que tivemos variadíssimos exemplos nas últimas semanas: detenções, julgamentos e sentenças políticas...», referiu, para mencionar especialmente o facto de se ter marcado data para a realização do julgamento das pessoas acusadas de promover a plataforma eleitoral D3M.

A esquerda abertzale retira uma conclusão «clara» desta situação: «o PP tem medo de um cenário de soluções, do diálogo político e da livre confrontação de ideias e projectos».

No entanto, «o processo de soluções avança», e a prova disso são, segundo sublinhou, as conclusões que a Comissão Internacional de Verificação (CIV) transmitiu a diversos agentes políticos, sindicais e sociais. «O facto de a Comissão manter contacto directo com a ETA e de a ETA manter os compromissos assumidos são reflexo do envolvimento da comunidade internacional», disse.

A esquerda abertzale aplaudiu também a decisão tomada quase por unanimidade na Assembleia Nacional francesa, bem como a atitude mostrada por quase todos os partidos políticos do espectro parlamentar francês. / Notícia completa: Gara

Alto cargo do PP reconheceu que houve prevaricação ao mandar Amaiur para Grupo Misto


Numa entrevista no programa «La noche en 24 horas», da RTVE, a deputada da Coalición Canaria, Ana Oramas, disse: «Un alto cargo del PP, muy alto cargo, me dijo que a Amaiur le corresponde tener grupo parlamentario propio y ganará en el Constitucional, pero tardará tres años...».
A prevaricação existe quando uma autoridade, juiz ou outro funcionário público decreta uma resolução arbitrária, num âmbito administrativo ou judicial, tendo conhecimento de que tal resolução é injusta. / Fonte: ateakireki.com

Leitura:
«Um antiguo fascista al frente de la Guardia Civil», de Ahaztuak 1936-1977 (ahaztuak1936-1977)
Arsenio Fernández de Mesa Díaz del Río, parlamentario ferrolano del PP y hombre de confianza de Mariano Rajoy, ha visto recompensada esta fidelidad al actual presidente del Gobierno con su nombramiento como nuevo director general de la Guardia Civil.
Ver também: insurgente.org

Das trincheiras de 36 e para sempre, um gudari da ANV

Ao recordar a figura do durangarra Bautista Uribe Beitia, há uma palavra que quase todos dizem: coerência. Quando a sua vida se apagou, na quarta-feira passada, aos 93 anos, na sua terra natal, deixou atrás de si 77 anos de compromisso com o seu país: aos 16 anos, alistou-se como voluntário nos batalhões do Eusko Ekintza Gudarostea e acabou os seus dias como presidente honorário dos gudaris que na guerra de 1936 defenderam os direitos de Euskal Herria e da sua classe trabalhadora sob a ikurriña e a bandeira da EAE-ANV.

Não teve uma vida fácil mas manteve sempre claro o compromisso com o seu país e com a classe a que pertencia, ideais de que não abdicou, por mais duros que fossem os momentos que lhe couberam em sorte.

A sua fidelidade ao ideário do partido fundado a 30 de Novembro de 1930, dia de San Andrés, na Rua Ronda, em Bilbo, reflecte-se num dos seus pensamentos mais repetidos. «Fui da ANV, sou e serei até morrer», insistia Uribe Beitia quando os tribunais ilegalizaram pela segunda vez em 78 anos o primeiro partido da esquerda abertzale. / Agustín GOIKOETXEA / VER: Gara

Imputados nos incidentes do txupinazo de 2010 responsabilizam a Câmara Municipal e pedem o arquivamento da causa
No dia 20 de Janeiro foi tornada pública a sentença que absolveu os três menores imputados nos incidentes do txupinazo de 2010, em Iruñea. Ontem de manhã, os onze jovens que continuam processados deram uma conferência de imprensa, na qual voltaram a responsabilizar a Câmara Municipal pelos incidentes que ocorreram na Udaletxe plaza.
Os jovens, acusados de desordem pública e atentado à autoridade, disseram que no dia 6 de Julho houve, de facto, uma alteração à ordem pública, mas que tal não se ficou a dever à exibição de uma ikurriña, mas sim à intervenção policial. «Os agentes não intervieram para evitar que fosse cometido um delito ou para salvaguardar a integridade física dos participantes no txupinazo, fizeram-no com a única intenção de censurar e reprimir a ikurriña».
Referiram-se ainda à carga como «brutal e absolutamente injustificada», na medida que os polícías «carregaram com grande violência sobre dezenas de pessoas, muitas das quais não tinham nada a ver com a ikurriña, tendo provocado uma situação de pânico entre a multidão». «E tudo isso para quê?», perguntaram. «Para impedir que crime?» «É crime exibir a ikurriña na Praça do Município durante o txupinazo?». / MAIS INFO: ateakireki.com

Carga policial nos Sanfermines de 2010

Perseguição à solidariedade: hoje, assembleia informativa em Erromo

No passado dia 16 de Janeiro, o juiz Eloy Velasco, da AN espanhola, interrogou o presidente da Comissão de Festas de Itzubaltzeta/Romo eta Pinueta como arguido. Segundo fez saber a própria Comissão de Festas, para o magistrado pode existir um alegado delito de «enaltecimento do terrorismo» em dois anúncios da brochura das festas do ano passado.

No primeiro deles, da Branka kultur elkartea, apareciam dois presos do bairro: Imanol Beristain, acusado de pertencer à ilegalizada organização juvenil Segi, detido em 22 de Outubro de 2010 e em prisão preventiva; e Iñaki Gonzalo Casal, Kitxu, jornalista, escritor e preso, que se encontra longe de Euskal Herria há mais de 15 anos e com a mãe bastante doente. Para o juiz, são ambos «presos etarras».

No segundo anúncio, da txosna da Comissão, o juiz não especificou qual seria o alegado elemento ilegal ali presente. Nele, pode ver-se uma bandeirola com o lema «Euskal Presoak Euskal Herrira».

Acusado de «enaltecimento do terrorismo», o presidente da Comissão pode ser condenado a uma pena entre um e dois anos de prisão. Tendo em conta este cenário e diversos detalhes interessantes a ele associados, a Itzubaltzeta/Romo eta Pinuetako jai batzordea convida toda a gente do bairro a estar presente, às 20h00, na Santa Eugenia plaza, em Erromo (Bizkaia), onde terá lugar a assembleia informativa. / Notícia completa: ukberri.net

A Câmara Municipal de Galdakao pede a libertação «imediata» de Txus Martín
A sessão de Câmara de Galdakao (Bizkaia) aprovou uma moção em que expressa a sua «preocupação e alarme» pelo grave estado de saúde do preso basauritarra Txus Martín e reclama a sua «urgente libertação». A declaração institucional foi aprovada com os votos favoráveis do Bildu - que a apresentou -, PNV, IU-Galdakao Bizirik e Usansolo Herria. PP e PSE votaram contra.
No texto da CM de Galdakao [onde residem alguns dos seus familiares] pode ler-se: «Os seus familiares referiram-nos claramente a relação existente entre a sua situação na prisão e o seu futuro imediato como doente que sofre de uma doença grave e como pessoa». Por isso, «não podemos permanecer impassíveis perante o agravamento da condição clínica sofrido por Txus na prisão e defendemos a necessidade da sua libertação urgente, por forma a assegurar a sua vida e integridade». / Fonte: SOS Txus Martin

Ver também: «A Egin Dezagun Bidea acusa a CM de Bilbo de "ignorar" a vontade da sociedade» (VER: Bilbo Branka / Mais info: Gara)
Vídeo da conferência imprensa dada pelo comité local da Egin Dezagun Bidea relativa à resolução tomada no dia anterior, na CM de Bilbo, sobre os presos políticos bascos.

«Esquerda abertzale, EA e Aralar reclamam a libertação de Ernesto Prat» (Gara)
[...] Por estas razões, e sabendo que na próxima segunda-feira tem lugar em Pau a audiência onde se vai tomar uma decisão sobre o mandado europeu de detenção emitido contra Ernesto Prat, solicitam a sua libertação e reivindicam o «seu direito a viver livre em Euskal Herria».

Itziarren Semeak - «Hemen gaude»


Do álbum Lehen Lerroan (2011).

Ibaialde ikastola: para se poder continuar a estudar em euskara...
A Ibaialde ikastola, de Lodosa (Nafarroa), enfrenta uma situação económica difícil, que põe em causa a sua sobrevivência, mesmo sendo a única possibilidade de estudar euskara nesta zona de Nafarroa. Para fazer frente a esta situação, organizaram uma jornada festiva para dia 5 de Fevereiro, com a qual pretendem recolher fundos.
A ikastola conta com 73 alunos; há diversos professores a trabalhar sem receber. Na imagem, alunos da Ibaialde, anteontem. / VER: Berria e Gara

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Dia 30 de Abril começa mais um julgamento político no Estado espanhol: 13 cidadãos ligados à D3M e ao Askatasuna

O tribunal de excepção espanhol intimou a depor treze cidadãos bascos ligados às candidaturas da D3M e do Askatasuna, ilegalizadas pelos tribunais espanhóis nas vésperas das eleições autonómicas de 2009.

O julgamento terá lugar nos dias 3, 4, 7, 8, 9, 17 e 18 de Maio.

Sete dos cidadãos e cidadãs bascos que foram intimados – Amparo Lasheras, Agurtzane Solaberrieta, Hodei Egaña, Eli Zubiaga, Iker Rodrigo, Imanol Nieto e Arantza Urkaregi – foram presos no dia 23 de Janeiro de 2009 pela Polícia espanhola, por ordem do juiz Baltasar, acusados de se quererem apresentar às eleições. Nesse dia, foi também detido Iñaki Olalde, mas o juiz referido incluiu-o posteriormente no processo 4/08, contra militantes do Batasuna, EAE-ANV e EHAK.

A operação e o posterior encarceramento dos detidos foi utilizado pelos tribunais espanhóis para facilitar a ilegalização da plataforma abertzale e do Askatasuna, partido legal desde 1998.

No dia 25 de Março, já depois das eleições em que o PSE chegou à Lehendakaritza [fíjate], os detidos foram postos em liberdade, admitindo a Audiência Nacional [ah ah ah!] que tinham sido presos devido à sua militância política. / Fonte: Gara

Os verificadores internacionais confirmam a vontade da ETA e revelam contactos directos com a organização

A Comissão Internacional de Verificação (CIV) acaba de emitir um relatório, no final da sua visita de dois dias a Euskal Herria. Contrariamente às dúvidas lançadas pelo Governo espanhol, a nota final realça que a «ETA não tem qualquer intenção de cometer ou organizar actos de terrorismo [sic] ou violência no futuro». Como é sabido, o grupo é composto por seis personalidades destacadas no âmbito da resolução de conflitos em todo o mundo. / Mais info: Gara

Comunicado da Comissão Internacional de Verificação (cas) (pdf)

Estrasburgo condena o Estado francês a indemnizar cinco presos políticos por não serem julgados num prazo razoável
O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem condenou o Estado francês a indemnizar cinco cidadãos bascos que não viram respeitado o direito a serem julgados num prazo razoável. Todos eles passaram mais de cinco anos em prisão preventiva antes de serem julgados. Trata-se de Ismael Berasategi, Felix Esparza, Kandido Sagarzazu, Inocente Soria e Lorentxa Guimon. / Ver: Gara / Notícia mais desenvolvida: Gara

Pitu na prisão: «Zaindu maite duzun hori»
[Cuida do que amas] A companheira e a irmã de Miguel Angel Llamas, Pitu, encarcerado por gerir a página Apurtu.org, dizem-nos o que a sua detenção representou para a família, e como convivem com a dispersão. / Documentário feito por Koldo García, uma das quatro pessoas detidas na operação contra esta página de informação online. / Fonte: ateakireki via lahaine.org

Aproximação dos presos: sobre a aprovação de um projecto de lei na Assembleia Nacional francesa

«L’Assemblée nationale fait un pas symbolique vers le rapprochement des prisonniers basques», de Pierre MAILHARIN (Lejpb)

«Los diputados franceses votan una ley que permitirá acercar a los presos», de Arantxa MANTEROLA (Gara)

«¿Ha vuelto Jaime Mayor Oreja al Ministerio de Interior?», de Iñaki IRIONDO (Gara)

Esquerda abertzale, Aralar, EA e Alternatiba vão manifestar-se a 11 de Fevereiro pela «mudança social»

A esquerda abertzale, o Aralar, o EA e a Alternatiba convocaram manifestações para dia 11 de Fevereiro «pela mudança social e contra a reforma neoliberal». As mobilizações, que vão decorrer em Iruñea, Donostia, Gasteiz e Bilbo, terão como lema «Erantzuna gure esku. Erabakia gure esku» [A resposta nas nossas mãos. A decisão nas nossas mãos] e visam reclamar a soberania política e económica.

A iniciativa foi dada a conhecer ontem, em Bilbo, pelos representantes da esquerda abertzale Maribi Ugarteburu e Txelui Moreno, a dirigente do Aralar Maite Sarasua, o secretário-geral do EA, Pello Urizar, e o porta-voz da Alternatiba, Oskar Matute.

Em sua opinião, «é tempo de dizer "basta" às medidas que estão a ser tomadas». Afirmaram que existe uma «ditadura dos mercados», e que, com estas medidas, o Governo espanhol, quer pôr em marcha um «processo de centralização».

Os partidos presentes na conferência de imprensa expressaram a sua adesão à mobilização convocada por agentes sociais e sindicais para dia 4 de Fevereiro em Bilbo, e também à que, no mesmo dia, terá lugar em Donostia contra «as grandes infra-estruturas». / Fonte: Berria

Borroka Garaia: «Exportando reacción: España amenaza a Escocia»

La torpeza y miseria española en ese sentido está dejando en evidencia el carácter reaccionario del estado español y está siendo visto como una injerencia en asuntos escoceses y europeos. (BorrokaGaraiaDa)

«En la solidaridad con Euskal Herria hemos conseguido el trabajo común de la izquierda revolucionaria y rupturista de Madrid» (boltxe.info)
Entrevista do Boltxe aos Euskal Herriaren Lagunak de Madrid

«Entre el panegírico y el escándalo», de Josu SORAUREN (nabarralde.com)
No creo que sean precisas más consideraciones ante hechos de esta envergadura. Es lo que navarros y vascos en general, habremos de soportar, hasta el día en que de una vez por todas, España nos devuelva la soberanía que con armas y tribunales, nos arrebató.

«El curso de la historia», de Koldo CAMPOS (Gara)
Decía Jorge Luís Borges que los vascos se han caracterizado siempre, además de por ordeñar vacas, por oponerse al curso de la historia.

«¿Qué teoría? ¿Qué crisis? y ¿Qué poder?», de Iñaki GIL de SAN VICENTE (boltxe.info)
La democracia en abstracto existe sólo en los delirios de algún intelectual idiota y en las mentiras propagandísticas. Sí existe la dictadura encubierta del capital, su sorda coerción que estalla estrepitosamente cuando recurre a la violencia injusta. Frente a esto se yergue el proceso que va del contrapoder popular y obrero a la democracia-socialista y a su Estado, pasando por el doble poder y el poder popular.

The Dubliners - «The Fields of Athenry»



Sessão de cinema e festival irlandês no Trikuharri (Gasteiz)
Prosseguem as jornadas irlandesas na Trikuharri Gazte Asanblada. No sábado à tarde, haverá uma sessão de cinema sobre as greves de fomes empreendidas pelos presos políticos irlandeses nos anos 80 (será projectado o filme Some Mother’s Son, de Terry George). À noite, a partir das 20h00, o festival irlandês prossegue nas tabernas Laberinto e Libra, no bairro de San Martin. / Mais info: gazteiraultza.info

Antifa Rock Gaua
Mugitu zaitez, faxismoaren aurka
Udondo Gaztetxea (Leioa * Bizkaia)
Sexta-feira, Otsailak 3 de Fevereiro
Organizadores: Udondo Gaztetxea, Sare Antifaxista
MAIS INFO: SareAntifaxista

A Gazte Asanblada de Legutio, a postos para as festas de San Blas...
No dia 3 de Fevereiro não vai faltar animação em Legutio (Araba), com as festas de San Blas, e a Gazte Asanblada também fez questão de contribuir, preparando um programa festivo e reivindicativo variado para todo o dia. MAIS INFO: gazteiraultza.info

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Sequelas da ilegalização: dois ex-autarcas de Laudio desmentem as alegadas agressões da sessão de Câmara de 2003


Pablo Gorostiaga, autarca de Laudio até 2003 pela esquerda abertzale e actualmente a cumprir pena de prisão relacionada com o «processo 18/98», afirmou que, naquela sessão de constituição da Câmara, «queríamos denunciar o facto de termos sido marginalizados da política municipal, pois não pudemos participar nas eleições, nem poderíamos depois, como o tínhamos feito até então».

Questionado pelo MP, Gorostiaga disse que, enquanto ele esteve dentro da sala, a situação foi de «absoluto respeito» e que os participantes estavam a participar num protesto pacífico contra a ilegalização da candidatura da Laudio Aurrera.

Por seu lado, o jeltzale Jon Karla Menoyo, autarca que assumiu o cargo em 2003, afirmou não ter ouvido gritos ou visto agressões na sala. «Não vi nenhuma agressão, nem risco para a integridade física», disse.
Para além disso, acha que procedeu de forma «correcta» ao não solicitar a intervenção da Ertzaintza, tal como lhe foi pedido pelos vereadores do PP.

Entre as testemunhas de acusação que ontem depuseram, encontra-se o actual delegado do Governo espanhol na CAB, Carlos Urquijo, que afirmou, por videoconferência, que a sessão decorreu «de forma clandestina» e que existiu «intenção de ameaçar e coagir».

Escoltas e ertzainas
Um dos escoltas que ontem depuseram afirmou, no início da sua intervenção, não ter presenciado qualquer agressão, mas depois, após a insistência da acusação particular, disse ter visto pontapés e socos.
Um ertzaina, por seu lado, disse só ter visto uma cuspidela e uma «bola de papel» lançadas a Urquijo.

O julgamento prossegue na segunda-feira, com sessões de manhã e à tarde.

Na sessão de terça-feira, foram projectados dois vídeos sobre o protesto de 2003, não se identificando o autor de qualquer agressão.
Apesar de os vídeos não corroborarem a versão apresentada pelos eleitos unionistas, estes reiteram o seu posicionamento, embora reconhecendo, na maioria dos casos, que não podiam imputar nenhum facto concreto aos 19 habitantes de Aiara que se sentam no banco dos réus. / Fonte: Gara

Paródia do rei: juiz não impõe medidas cautelares à autarca e a habitante de Altsasu
O juiz da Audiência Nacional espanhola Santiago Pedraz não impôs medidas cautelares a Garazi Urrestarazu, autarca pelo Bildu da localidade navarra de Altsasu, e outro habitante da localidade, a quem imputa os delitos de «injúrias à coroa» e «ultraje a Espanha» pela realização da paródia «El discurso del Rey». / Mais info: Gara
Fonte: SareAntifaxista

Leitura: «Españoles: "Fraga hil da"», de Jon ODRIOZOLA (lahaine.org)
Resulta divertido ver cómo tildan a Fraga -el reverenciado Don Manuel- una vez occiso. Tenía «el Estado en la cabeza», dicen, y, los más osados, que era «peculiar». Cualquier eufemismo sirve con tal de no llamarle por lo que realmente era: un fascista.