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A batalha pela liberdade que Saseta anunciara, encarnada, neste caso, na luta pela defesa da ikurriña, não terminou. Jamais terminou. A sua legalização, em 1977, não foi mais que uma ilusão, a mesma que alguns viram naquele processo de transição política que realmente nunca existiu e que hoje em dia tenta dobrar Euskal Herria até à submissão. Foi Fraga [Iribarne] quem disse que “hão-de passar por cima do meu cadáver, antes de permitir a exibição dessa bandeira”. E aqueles que, como Fraga [Iribarne], nunca chegaram a admitir, nem muito menos a perdoar, a legitimação da ikurriña e daquilo que simboliza, procuram agora recuperar o terreno perdido, amparados na prepotência legal e judicial herdada daqueles sublevados, e na calculada passividade dos que escondem a ikurriña nos seus sumptuosos gabinetes, enquanto espetam com a espanhola nas varandas.
Lizartza, Bilbau, Donostia, Durango, Atarrabia... Em Nafarroa, a ikurriña não pode sequer ondear na rua. Na Bizkaia, em Gipuzkoa e Araba a espanhola está a impor-se, num edifício municipal a seguir ao outro. Em Lapurdi, Nafarroa Behera e Zuberoa, a administração francesa relega o símbolo basco ao estatuto de mero atractivo turístico, afastado de qualquer espaço político ou administrativo. Ontem, em Donostia, centenas de pessoas ergueram a ikurriña, tal como anunciara Saseta, como emblema da luta de um povo que resiste e procura decidir a sua própria liberdade.
Fonte: GARA