A D3M denuncia «a caça às bruxas» e pede que se dê uma lição de democracia
A plataforma eleitoral Demokrazia 3.000.000 (D3M) denunciou ontem “a autêntica caça às bruxas» a que está a ser submetida a esquerda abertzale nesta campanha, destacando, de maneira especial, os últimos episódios protagonizados pela Guarda Civil e a Ertzaintza, corpos policiais que, “armados até aos dentes, procederam a inspecções, detenções e cargas para roubar os boletins e material de propaganda da D3M”.
Mostrou a total convicção de que no próximo domingo este país “vai dar uma verdadeira lição de democracia e de desobediência civil”. A plataforma independentista espera que as urnas se encham com dezenas de milhares de boletins da D3M, “de boletins que não são desejados por Rubalcaba, por Urkullu ou pela Guarda Civil”.
A plataforma refere que a “caça às bruxas” empreendida pelo PSOE constitui “um acto de terrorismo de Estado» e insiste que o fim deste procedimento é “atemorizar e impedir toda possibilidade de acção política” a um amplo sector da sociedade. Nesta linha, afirmam que as eleições foram “amanhadas” de modo a que o Parlamento de Gasteiz “continue ao serviço da ‘não mudança e da não solução’”.
Laudio
Perseguições e detenções
A perseguição policial voltou a ser patente ontem. Em Zaratamo, no bairro de Arkotxa, a Ertzaintza deteve uma pessoa por distribuir propaganda, sendo depois conduzida à esquadra de Galdakao. Outra pessoa foi detida pelo mesmo motivo em Berango.
Na Ezkerraldea, onde a perseguição foi especialmente intensa, para além das detenções e cargas que já noticiámos em Sestao e Santurtzi, houve mais uma pessoa detida em Portugalete, por colar cartazes. Foram já postos em liberdade.
Ontem, moradores de Amara Berri, em Donostia, disseram que a Ertzaintza passou a tarde inteira em frente à herriko taberna; já em Laudio a Ertzaintza montou um verdadeiro dispositivo para arrancar um cartaz de um bar. Nesta localidade, soube-se também que a vice-presidente da autarquia, Leire Orueta, andou a arrancar cartazes da D3M. Em Zornotza e Getaria houve identificações.
Em Azpeitia, onde se realizou um acto político na parte da tarde, com a participação de cerca de 200 pessoas, a Ertzaintza utilizou câmaras de vídeo, apontando-as para os assistentes.
Fonte: Gara