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O Governo de Navarra decidiu na sua reunião de hoje “anular toda a colaboração” com a Korrika, por considerar que, aquando da passagem por Iruñea, neste fim-de-semana, a corrida em prol do euskara incorreu em acções que supõem “exaltação o terrorismo”.
O porta-voz do Executivo, Alberto Catalán, precisou na conferência de imprensa que “nenhuma administração pode subsidiar ou apoiar este tipo de comportamentos”.
Referia-se assim às fotografias de presos bascos e de organizações ilegalizadas que foram exibidas no sábado durante o percurso da Korrika pela capital de Nafarroa, onde também se pôde ver pessoas que levavam símbolos da esquerda abertzale e o testemunho da corrida, a ikurriña.
Talvez ignore esta personagem, tétrica onde quer que exista, que se trata de uma corrida em prol do euskara, estritamente em prol do euskara, na qual podem participar pessoas a título individual e colectivo, sendo que as roupas ou símbolos que levam são da sua inteira responsabilidade, e sendo que a Korrika como tal jamais apresentará outra coisa que não seja faixas em defesa do euskara.
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Por outro lado, apontar a presença de ikurriñas dá bem para apreciar a índole fascista do Governo navarro e do seu aliado, o PSOE. Seja como for, para estes “democratas” qualquer desculpa vale para atacar o euskara.
Segundo Catalán, trata-se de acções que “exaltam o terrorismo e menosprezam a vontade dos navarros”, pelo que o Governo quis expressar a sua “rejeição” e ao mesmo tempo “anular” o subsídio que a Korrika recebia, “e se for possível, também o desta edição”.
Esta personagem deveria lembrar-se de que em múltiplas manifestações e actividades de organizações como a AVT & etc. surgiram bandeiras e símbolos fascistas, sem que tais ocorrências os tenha preocupado excessivamente.
A Korrika é uma iniciativa popular, em defesa do euskara, que percorre Euskal Herria de dois em dois anos e na qual pode participar qualquer pessoa que deseje dinamizar o euskara, e, como iniciativa popular que é, a censura, tão do agrado do Governo navarro, não existe.
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Percurso da Korrika 16
É significativo que este tipo de comportamentos se repita com insistência, tendo por protagonista a UPN, com o apoio do PSOE. No txupinazo da festa de San Fermin pode-se aceder tranquilamente à praça com uma bandeira da Austrália, da Andaluzia ou da Colômbia, mas é longa a lista dos espancados por tentarem entrar na praça com ikurriñas.
Agora, as investidas do fascismo do Governo navarro atingem a Korrika, iniciativa estritamente cultural em defesa do euskara. Governo navarro, o único a nível mundial que legisla contra a sua própria língua, o euskara ou lingua navarrorum, como era conhecida antigamente.
Se isto não é fascismo... Que é então o fascismo?
Fonte: kaosenlared
Ver também, no Gara, «O Governo de Nafarroa não quer pagar nem o quilómetro que adquiriu»