Dezenas de pessoas representando um vasto espectro do Movimento Popular de Iruñerria [comarca de Pamplona] denunciaram as detenções e as inspecções efectuadas nas associações de moradores e sedes de grupos sociais.
Anunciando uma profunda reflexão, a ter lugar nas próximas semanas, sobre a situação que se está a viver em Iruñea e Iruñerria, o Movimento Popular veio a público para denunciar a operação policial de terça-feira passada, que em Nafarroa se saldou com sete detenções e numerosas inspecções. O comunicado lido recebeu o apoio das Comissões de Festas dos bairros de Iruñea, da Federação de Peñas de Iruñea, de gaztetxes, de associações de moradores, de colectivos culturais e grupos de dança, da plataforma Gora Iruñea e de inúmeras pessoas que a título individual estiveram presentes na conferência de imprensa. Depois de manifestarem o seu apoio aos detidos e aos seus familiares e denunciarem o regime de incomunicação, exigiram respeito pelos seus direitos. Afirmaram que a juventude é criminalizada porque trabalha por um outro «modelo social».
Também fizeram saber que levaram das peñas e das associações de moradores inspeccionadas numerosas bases de dados de sócios e colaboradores. Em seu entender, a criminalização do Movimento Popular não constitui um elemento novo, tendo em conta que se colocam entraves ao seu trabalho há já algum tempo. Assim, exortaram os cidadãos a manifestarem-se contra esta «repressão sem sentido», e garantiram que vão continuar a trabalhar nas suas respectivas áreas, se possível for, «ainda com maior empenho». Exigiram também que «todos os projectos políticos, sociais e culturais possam ser defendidos em igualdade de circunstâncias». E terminaram afirmando: «Agora mais que nunca, movimento popular e de bairro!».
Fonte: apurtu.org