quarta-feira, 3 de março de 2010

A Audiência Nacional espanhola processa vários exilados bascos e lança acusações contra a Venezuela


De acordo com os herdeiros do TOP, a Venezuela colaborou com a ETA. O Governo venezuelano e Chávez já lhes deram troco.

Num auto que parece destinado a criminalizar o Governo popular e bolivariano da Venezuela, Eloy Velasco um dos juízes espanhóis da Audiência Nacional, que deu sequência ao TOP (tribunal de excepção franquista), processa os cidadãos bascos Iñaki Etxarte Urbieta, Arturo Cubillas Fontán, Iñaki Domínguez Atxalandabaso, Joxe Mari Zaldua Korta, José Ángel Urtiaga Martínez e José Miguel Arrugaeta San Emeterio, e os sul-americanos Emiro del Carmen Ropero, Rodrigo Granda Escobar, Remedios García Albert, Luciano Martín Arango, Omar Arturo Zabala Padilla, Víctor Ramón Vargas Salazar e Edgar Gustavo Navarro Morales.

Com um toque imperialista, como se mandasse no mundo, emite mandado de prisão preventiva e de busca e captura para todos eles, excepto Remedios García, e anuncia a emissão de mandados internacionais de detenção para que se iniciem os processos de extradição.

Este auto poderia provocar um sério incidente diplomático entre o Estado espanhol e a Venezuela, e o presidente do Governo espanhol, Zapatero, já veio pedir explicações à Venezuela relativas a este tema. Quanto às denúncias de tortura que acossam o seu governo e que se agravaram na última semana, após a onda de detenções, claro que não deu qualquer explicação.

Já em Dezembro de 2007 o Governo espanhol tinha apontado as baterias para os deportados e exilados bascos, no âmbito da sua estratégia contra o independentismo, tendo o procurador da Audiência Nacional, Javier Zaragoza, emitido uma ordem no sentido de agilizar os trâmites dos pedidos de extradição de pelo menos 100 cidadãos bascos.

Chávez respondeu
Entretanto, após a nota oficial que o Governo da Venezuela emitiu ontem sobre a acusação da Audiência Nacional espanhola, hoje foi Hugo Chávez a fazer referência ao caso. «Isso são ainda restos, tristes restos, das antigas correntes que alguns nos quiseram colocar novamente ao pescoço, mas nós somos livres», afirmou na presença de um grupo de jornalistas no porto de Montevideu. «Tristes lembranças e resquícios de um passado colonial», acrescentou o mandatário venezuelano.
Chávez sublinhou que «o tempo da colónia já acabou» e afirmou que a Audiência Nacional espanhola seria capaz de considerar «terrorista» o libertador Simón Bolívar, segundo informa a cadeia estatal Venezolana de Televisión.
O presidente da Venezuela negou que o seu Governo apoie a ETA ou as FARC. «Nós apoiamos os povos», concluiu.
Fonte: lahaine.org e Gara

Ver também o artigo de Carlos Tena «Juez Velasco: Más cerca de Mortadelo que de Poirot»
"Ha bastado la presunción del propio juez, más algún dato obtenido en el ordenador, (previamente manipulado por el genocida ejército de Colombia)".
http://www.kaosenlared.net/noticia/juez-velasco-mas-cerca-mortadelo-poirot