terça-feira, 5 de outubro de 2010

Organizações sindicais europeias dão o seu apoio ao Acordo de Gernika


Cerca de trinta agentes políticos, sindicais e sociais bascos assinaram o Acordo de Gernika por um cenário de paz e diálogo político no passado dia 25 de Setembro na vila foral. Entre eles, sindicatos como o LAB, EHNE, Hiru, ELB, ESK y STEE-EILAS. Apenas alguns volvidos, este documento que lança um desafio às partes no sentido de criarem um cenário democrático e de soluções acaba de receber um forte apoio por parte do mundo sindical, neste caso da Conferência Europeia da Federação Sindical Mundial, que se reuniu em Roma este fim-de-semana.

No total, foram 27 as organizações de trabalhadores participantes neste encontro europeu que aprovaram uma resolução de apoio aos conteúdos do Acordo de Gernika. A proposta foi levada aos seus colegas pelo sindicato abertzale LAB, representado pelo seu secretário de Relações Internacionais, Igor Urrutikoetxea.

O texto apresentado foi apoiado, entre outras organizações, por PAME (Grécia), CGTP (Portugal), USB (Itália), PEO (Chipre), FTUB (Bielorrússia), Intersindical Catalana-CSC (Catalunya), CUT (Galiza), STC (Córsega), a Oficina Europeia da FSM, ou a União Internacional de Sindicatos de Construção e Madeira.

A resolução aprovada apoia de forma expressa este «Acordo para um cenário de Paz e Soluções Democráticas no País Basco», incidindo na noção de que, «com o referido acordo, os seus signatários demonstraram a capacidade para gerar os consensos que a sociedade exige, o que tem um valor inquestionável quando a falta de compromissos com essas exigências é a principal característica das decisões adoptadas por parte do poder político».

Ao Governo espanhol
Nessa mesma linha de apoio, os 27 sindicatos signatários mostram de maneira clara a sua ideia de que «é necessário que o Governo espanhol ponha fim às suas posturas imobilistas».

As organizações sindicais que compõem o Gabinete Regional Europeu da Federação Sindical Mundial (FSM) quiseram igualmente, de acordo com a nota enviada a partir dos seu gabinete em Nicósia, «incentivar os sindicatos signatários a aprofundar o caminho empreendido, a assumir novos compromissos e a participar de forma activa na construção desse cenário de soluções democráticas». Salienta que «os trabalhadores e as trabalhadoras do País Basco precisam dele e anseiam por ele». Em seu entender, este é, também, o «cenário necessário para alcançar uma mudança social que beneficie os trabalhadores e as trabalhadoras».

A Federação Sindical Mundial, criada em Outubro de 1945, conta actualmente com 80 milhões de filiados repartidos por 120 países em todo o mundo.

Compromisso de divulgação no âmbito internacional
O representante da esquerda abertzale Xanti Kiroga foi o último esta semana a fazer um apelo no sentido de «alimentar» o movimento surgido com a assinatura do acordo de Gernika, para que «os cidadãos, em geral, e as pessoas particulares se vão juntando a este processo, tornando-o assim irreversível». Fê-lo aos microfones da Info7 Irratia.

Os signatários deste documento comprometeram-se a cumprir os seus postulados, a comunicá-los a agentes internacionais e a trabalhar na activação popular da sociedade basca, para que «os cidadãos os façam seus, e se tornem o único garante da evolução do processo».
Fonte: Gara