Familiares dos últimos detidos solicitaram ontem uma reunião de emergência com a Delegada do Governo espanhol em Nafarroa, Elma Saiz, e deslocaram-se hoje à sede da Delegação acompanhados por Maiorga Ramirez (EA), Txentxo Jimenez (Aralar) e Xanti Kiroga (Ezker Abertzalea). A delegada não os recebeu, alegando problemas de agenda, mas afirmou que os detidos já estão em Madrid e que «se encontram bem».
O objectivo da reunião era o de exigir a imediata libertação das pessoas ontem presas e pedir que sejam ouvidas por um juiz quanto antes. Como a reunião não teve lugar, às 13h00 os familiares leram um texto e os três representantes políticos efectuaram declarações pedindo a libertação dos detidos.
Ver texto lido pelos familiares em apurtu.org
Por outro lado, ontem, em Iruñerria (comarca de Pamplona), várias centenas de pessoas mobilizaram-se em apoio aos detidos e contra a última operação contra a juventude basca, participando em assembleias e manifestações nas localidades e bairros onde os detidos viviam. (Ver: apurtu.org)
Para além disso, em protesto contra as detenções de ontem, 45 pessoas participaram num corte de estrada em Villabona; 110 concentraram-se em Zeberio, e 35 no bairro bilbaíno de Uribarri. No bairro iruindarra da Txantrea 90 moradores mobilizaram-se contra a operação; 120 fizeram a mesma coisa em Atarrabia e 155 em Burlata. 250 pessoas denunciaram a operação policial no bairro bilbaíno de Santutxu. Da parte da manhã, 50 alunos manifestaram-se no campus da UPV de Ibaeta, onde se viveram momentos de tensão com a Ertzaintza. 22 pessoas vieram para a rua em Larrabetzu e 31 em Urduña. (Gara)
Tasio (Gara)
Entrevista: «A partir do momento em que o seu nome saiu, a Izaskun já estava detida, já estava anulada»
Olaia Goñi, irmã de uma das oito pessoas ontem presas, relata o calvário que viveram desde que o nome de Izaskun surgiu nos interrogatórios a outros jovens detidos. Neste momento, dezenas de famílias deste país vivem a mesma situação de angústia por causa das já famosas listas negras, listas de militantes políticos obtidas sob tortura, jovens que podem ser detidos a qualquer momento.
Fonte: apurtu.org
«UNA "LISTA NEGRA" QUE SACUDE VIDAS JÓVENES Y CONCIENCIAS ADULTAS»
«A AN rejeita o pedido de habeas corpus para os detidos, que se encontram incomunicáveis» (Gara)
Movimento pró-Amnistia: num ano foram detidos 58 jovens, 47 dos quais afirmaram ter sido torturados e, desses, 40 em operações decretadas por Marlaska (askatu.org)
Txomin Ziluaga, pai da advogada Haizea Ziluaga, em declarações à Info7 Irratia
O histórico militante da esquerda abertzale e pai da advogada Haizea Ziluaga, dá o seu parecer sobre a mais recente operação policial, dirigida por Grande Marlaska, em que também foi detida a sua filha. (info7 irratia)