Um jovem activista anti-TGV foi julgado anteontem em Donostia por causa de um protesto efectuado na Primavera de 2008. Inicialmente, a Procuradoria informou que pediria seis anos de prisão para o jovem, que era acusado de «atentado à autoridade», mas acabou por ser julgado por um crime de «desobediência», punível com uma pena de nove meses.
Na sequência, a AHT Gelditu! Elkarlana do Goierri fez questão de mostrar «todo o apoio» ao jovem julgado, ao mesmo tempo que condenou a «montagem policial, que ficou patente».
Este caso chegou mesmo ao Tribunal de Donostia, em frente ao qual se concentraram, na terça-feira, cerca de vinte pessoas, com o lema «Muntaia polizialik ez! Errepresioari stop! AHT gelditu!». (Não às montagens policiais! Stop à repressão! Pára o TGV!)
Os factos deram-se há três anos em Ordizia (Gipuzkoa), quando o então lehendakari Juan Jose Ibarretxe deu as boas-vindas à ex-presidente filipina Gloria Macapagal Arroyo. Coincidindo com esse acto, activistas opositores ao Comboio de Alta Velocidade realizaram uma concentração. Tal como lembraram na terça-feira, a Ertzaintza «carregou à bastonada» sobre os manifestantes ali presentes, daí resultando a detenção do jovem que agora foi julgado.
Por outro lado mas sem sair dos tribunais, moradores de Orozketa e activistas anti-TGV deram ontem uma conferência de imprensa para explicar como ficou o processo iniciado, em Maio de 2010, por vários habitantes deste bairro de Iurreta (Bizkaia), que apresentaram no Tribunal de Durango uma queixa contra as obras do TGV pela suposta prática de um crime contra o meio ambiente.
A queixa foi arquivada pelo Tribunal de Instrução n.º 3 de Durango. Não obstante, a Audiência Provincial revogou essa decisão, por considerar que existem indícios de crime.
Entretanto, em Nafarroa, a AHT Gelditu! Elkarlana fez um apelo à participação na marcha de bicicleta que terá lugar este fim-de-semana entre Castejón e Iruñea. Entre os seus objectivos está a «visualização no terreno dos estragos que querem provocar».
Fonte: Gara