sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A solidariedade com os jovens navarros imputados fez-se sentir em Madrid na primeira sessão de julgamento


Pedem 8 e 10 anos de prisão para nove jovens navarros, que querem punir pelo trabalho político que levaram a cabo. O protesto contra este julgamento político e a solidariedade com os jovens arguidos chegou a Madrid. / Fonte: ateakireki.com

Concentração em Madrid para denunciar os julgamentos políticos
No sábado de manhã, dia 29 de Outubro, teve lugar em Madrid um acto-concentração na praça onde fica o Museu Reina Sofía, entre 12h00 e as 13h30.
No início do acto, membros da Plataforma de Solidaridad con los encausados en el «caso Bateragune», convocantes do evento, procederam à leitura de um texto.
Depois, intervieram Martxelo Otamendi (ex-director do jornal Egunkaria - absolvido com os restantes companheiros no sumário Egunkaria - e actual director do Berria) e Lander Etxeberria (ex-vereador de Bilbo, absolvido com os restantes companheiros no processo contra a Udalbiltza).
Ambos expressaram o sofrimento por que passaram, primeiro durante todos aqueles anos em que estiveram a aguardar julgamento, depois nas sessões da Audiência Nacional, com provas inconsistentes, até chegar finalmente o resultado de duas sentenças absolutórias contundentes; falaram também de tempos de esperança para o povo basco, face aos acontecimentos mais recentes, e agradeceram a solidariedade que receberam de Madrid.
Por entre estas intervenções, leram-se diversos textos de apoio e solidariedade da parte de pessoas da área da cultura, do ensino, de escritores ou intelectuais como Vicente Romano, Carlos Taibo, Carlo Frabetti, Sara Rosenberg, Carlos Fernández Liria, Andrés Sorel e da publicação Resumen Latinoamericano.
Ao longo de todo o acto, foram lembradas as pessoas condenadas a longos anos de prisão, tanto no âmbito do «caso Bateragune» como no de outros sumários.
O acto terminou com o grito: «Não aos julgamentos políticos!, Soluções já!».
[Na sequência, ver texto lido na ocasião.]
Fonte: askapena.org

Um juiz belga mantém Xabier Agirre em prisão preventiva
O juiz belga Bernard Mendez prolongou esta quarta-feira a prisão preventiva de Xabier Agirre, acusado de dar refúgio a Ventura Tomé - que é acusado de pertencer à ETA -, bem como de falsificação de documentos. Tomé, natural de Tafalla (Nafarroa), continua na prisão à espera de que se resolva o mandado europeu de extradição apresentado por Madrid. Relativamente à detenção de Agirre e de Tomé em Bruxelas, os signatários do Acordo de Gernika indicaram que não vão aceitar mais detenções ou indiciamentos por motivos políticos. Para ontem, às 19h00, estava prevista uma concentração na Praça da Virgem Branca, em Gasteiz, convocada pela esquerda abertzale. / Fonte: Gara

Ver ainda:
«A juíza Murillo retira-se do julgamento em que chamou "cabrões" a quatro bascos mas mantém que é "imparcial"» (Gara)