
A morte de Kijera ocorreu nas manifestações que as Gestoras Pró-Amnistia convocaram em defensa dos refugiados políticos bascos. Um dia antes, mais de 40 eleitos tinham-se fechado na Deputação de Gipuzkoa com o mesmo objectivo.
Kijera foi à manifestação de Donostia com um grupo de amigos. Quando agentes da Polícia espanhola dispersaram a mobilização, refugiou-se na Alde Zaharra. Os polícias seguiram os manifestantes por estas ruas.
Disparo a dez metros
A dada altura, quando Kijera tentava, com uma jovem, chegar aos jardins de Alderdi Eder, um polícia disparou na sua direcção, a uma distância inferior a dez metros. A bala entrou pelo lado direito e saiu pelas costas.
Kijera caiu ao chão, sangrando do peito. Ficou estendido nas traseiras da Câmara Municipal; durante quinze minutos. À bastonada e com balas de borracha, os polícias impediram que as pessoas ajudassem o habitante do bairro de Antigua.
Quando um médico e dois enfermeiros da Cruz Vermelha chegaram ao local, foram recebidos à bastonada pelos polícias, apesar de se terem identificado claramente como pessoal de saúde. Depois de uma intensa discussão com os agentes, acabaram por poder prestar assistência a Kijera, que se encontrava já em estado bastante grave.