Decorreu hoje no Justizia Jauregia, em Bilbo o julgamento das dezoito pessoas que participaram num piquete informativo em Gernika durante a greve geral de 27 de Janeiro de 2011.
O Ministério Público acusa-as de agirem de «comum acordo» para impedir o acesso de um distribuidor de supermercado à sua furgoneta, violando o direito ao trabalho, e, por tal, pede 3 anos e 9 meses de prisão e 6000 euros de multa para cada uma.
Todos os arguidos negaram a acusação, tendo afirmado que naquela manhã não estiveram nas imediações do supermercado em causa e acrescentando que os ertzainas os identificaram e acusaram duas horas depois, noutro ponto da localidade biscainha.
Antes do início da audiência, teve lugar uma concentração frente ao Palácio da Justiça, convocada pelo LAB, um sindicato de classe e abertzale, para se solidarizar com os arguidos e denunciar a criminalização da acção sindical.
A secretária-geral do LAB, Ainhoa Etxaide, disse que os acusados não cometeram «qualquer crime contra o direito ao trabalho», e pediu que «o patronato se sente no banco dos réus, pois, de reforma laboral na mão, viola o direito ao trabalho».
Para Etxaide, o propósito subjacente a este tipo de processos é «meter medo» aos trabalhadores, para os impedir de se mobilizarem. «O medo é o principal aliado do patronato nas suas imposições e no ataque aos nossos direitos, e, para lhes fazer frente, temos de continuar a vir para as ruas», disse.
O grupo parlamentar do EH Bildu também transmitiu o seu apoio e solidariedade aos 18 arguidos e apresentou uma iniciativa parlamentar para que a Câmara de Gasteiz possa expressar o seu repúdio por este processo. / Ver: LAB, naiz.info e busturialdea.hitza.info [Gora langile borroka! Gora LAB!]