O Município de Donostia aprovou a anulação dos processos aos funcionários municipais perseguidos entre 1936 e 1940, para assim «honrar e recuperar para sempre todos os que directamente sofreram as injustiças e os agravos provocados por motivos políticos ou ideológicos neste período».
O autarca, Juan Karlos Izagirre, recordou que a 5 de Abril último a Câmara Municipal levou a cabo uma cerimónia de homenagem aos trabalhadores municipais perseguidos entre 1936 e 1940, na qual foi apresentada uma obra da Aranzadi, realizada a pedido da Câmara Municipal, sobre os trabalhadores que foram alvo de perseguição política.
O trabalho conclui que no período que vai de 1936 a 1940 o número de processos de abandono e purga consultados no arquivo municipal é de 1623.
765 trabalhadores despedidos
De acordo com o estudo, 765 trabalhadores municipais foram obrigados a abandonar os seus postos de trabalho de forma definitiva, na sequência da rescisão unilateral dos seus contratos de trabalho com a Câmara Municipal, na maior parte dos casos por causa da sua oposição ao regime franquista ou do seu apoio à República. Os restantes 858 recuperaram o posto de trabalho, foram obrigados a reformar-se, foram suspensos temporariamente ou enfrentaram saídas similares.
A Câmara Municipal de Donostia sublinhou que tem um «compromisso moral» para com todos os trabalhadores municipais «que foram injustamente sancionados, ou foram perseguidos por razões políticas e ideológicas, aos quais deve um reconhecimento pela sua defesa da liberdade». / Ver: naiz.info