A associação Etxerat teve conhecimento de que a mãe do preso político basco Alberto Marin foi maltratada por uma funcionária na prisão de Badajoz (Espanha) no dia 24 de Agosto.
Nessa data, diz a Etxerat numa nota, os pais de Alberto Marin apareceram ao início da tarde na prisão para terem uma visita prolongada. Os pais do preso basco aperceberam-se desde logo de um tratamento mais agressivo e tenso e, ao passarem pelo detector de metais, a funcionária recusou-se a dar à mãe de Alberto Marin os plásticos habitualmente fornecidos quando se tem de tirar os sapatos, pelo que teve de andar descalça no chão sujo. Depois, o casal foi separado para ser revistado em salas diferentes.
A revista ao pai decorreu dentro do que é habitual, refere a nota, mas aquela a que mãe do preso foi submetida por uma funcionária «assume as características de uma agressão»: a funcionária arrancou de esticão o lenço das festas que a mulher levava ao pescoço; meteu-lhe os dedos no cabelo para lhe examinar a cabeça, «fechando depois a mão e puxando-lhe o cabelo com força». Em seguida, continua a nota, a funcionária disse-lhe que levantasse a T-shirt, e, quando esta o fez, «puxou os bojos do sutiã para baixo, deixando-lhe os peitos à mostra». Também lhe disse que tinha de puxar a saia para cima, tendo então «puxado as cuecas com força para trás».
Os pais de Alberto Marin já apresentaram queixa na prisão, mas esta recusou-se a dar o número de identificação da funcionária, refere a Etxerat na nota.
Maria Emma Etxebarria, mãe do preso basco, apresentou duas queixas, uma no Tribunal de Badajoz e outra no de Bilbo, «por atentado à intimidade». Alberto Marin, por seu lado, apresentou queixa nas Instituciones Penitenciarias.
A Etxerat, que alude à legislação sobre esta matéria, afirma que tem denunciado em múltiplas ocasiões o facto de «o tratamento dado a presas e presos bascos e seus familiares nas prisões dos dois estados se ter agravado substancialmente», e acusa as autoridades penitenciárias de apoiarem «de forma tácita ou expressa» estas atitudes dos funcionários. / Ver: etxerat via boltxe.info
IBAI SUESKUN FOI LIBERTADO, depois de passar quatro anos na cadeia
Sueskun foi detido em 2009 em Lescune (França), e, condenado pelo Estado francês, passou quatro anos na prisão. Nos últimos dias (desde 1 de Setembro), levou a cabo uma greve de fome contra uma eventual expulsão para o Estado espanhol.
Tal veio a concretizar-se hoje, por ordem do Governo francês, mas, à chegada ao aeroporto de Barajas (Madrid), o preso político pôde seguir em liberdade. Era esperado hoje no bairro de Donibane (Iruñea) por volta das 21h00. (ateakireki.com)