A Audiência Nacional espanhola não vai decretar a detenção imediata dos torturadores franquistas reclamados pela juíza argentina María Servini, mas irá esperar que a magistrada inicie o procedimento de extradição para os intimar a depor.
De acordo com a informação recolhida pelo naiz.info junto de fontes jurídicas, dois dos repressores durante a ditadura já faleceram: os ex-polícias espanhóis Celso Galván Abascal e José Ignacio Giralte. O primeiro deles morreu a 2 de Abril de 2007 e o segundo a 3 de Agosto de 2009.
Os outros dois, o antigo polícia Juan Antonio González Pacheco, «Billy el Niño», e o antigo guarda civil Jesús Muñecas Aguilar encontram-se localizados no Estado espanhol. Agora, o passo seguinte consiste no envio, por parte da Justiça espanhola, de toda a documentação para o tribunal da Argentina que investiga os crimes do franquismo. Quando o processo chegar a Buenos Aires, a juíza Servini tem 40 dias para pedir a entrega dos alegados criminosos. Só nessa altura a Audiência Nacional irá intimar os dois imputados para que deponham.
A procuradoria do tribunal especial já ontem afirmou em quatro escritos enviados ao juiz Pablo Ruz que «não considera necessária» a detenção dos torturadores solicitados pela Argentina, apresentando para tal vários argumentos jurídicos. Em primeiro lugar, o tempo passado desde que cometeram os crimes. Também alude à vigência da Lei espanhola da Amnistia de 1977, que exoneraria os torturadores. Considera também que o acordo sobre extradição entre o Estado espanhol e a Argentina exige «um relato de factos e circunstâncias precisas de tempo e local da consumação do crime» que não vem na documentação. / Ver: naiz.info / Ver também: boltxe.info