A mobilização terminou na Praça Easo, onde as vítimas foram homenageadas com a inauguração de um monumento e se assinalou a entrada das tropas franquistas na capital guipuscoana, a 13 de Setembro de 1936.
Respondendo à convocatória da Plataforma Vasca para la Querella contra los Crímenes del Franquismo, dezenas de pessoas manifestaram-se este domingo nas ruas de Donostia numa marcha que partiu ao meio-dia do Boulevard donostiarra e que tinha como lema «Tolerância zero para com a impunidade do franquismo».
Na mobilização, viram-se ikurriñas, bandeiras republicanas, da ANV e de algumas das forças partidárias e sindicatos que aderiram à mesma, como a Ezker Anitza-IU ou a CNT. Também esteve presente um representante sindical das CCOO.
Em declarações aos órgãos de comunicação social, o porta-voz da plataforma convocante, Felix Ibargutxi, lamentou a entrada das tropas franquistas «a ferro e fogo» em Donostia, a 13 de Setembro de 1936; nos dias que se seguiram, «cerca de 500 pessoas foram assassinadas».
Recordou «todos os milicianos e gudaris que defenderam a cidade entre Julho e Setembro e que depois tiveram de recuar». «Infelizmente, muitos herdeiros dos franquistas que entraram a ferro e fogo [na cidade] andam por aí com toda a impunidade», criticou.
Ibargutxi defendeu a «luta contra a impunidade do franquismo e a eliminação da Lei da Amnistia, que permite que esses franquistas ainda não tenham respondido pelos 40 anos de crimes cometidos», e pediu às instituições espanholas que condenem publicamente o franquismo, tendo acrescentado que os franquistas «devem ser julgados». / Fonte: naiz.info