Muitos milhares de pessoas manifestaram-se esta tarde nas quatro capitais do País Basco Sul, convocadas pelos sindicatos ELA, LAB, ESK, STEE-EILAS, EHNE, HIRU, CNT e CGT e diversas organizações sociais, em protesto contra a reforma das pensões aprovada pelo Governo espanhol.
As manifestações começaram às 17h30 em Bilbo e Donostia, às 18h00 em Gasteiz e às 19h00 na capital navarra, e tiveram como lema «Pentsioen murrizketarik ez. Por un modelo propio en Euskal Herria» [Não ao corte nas pensões. Por um modelo próprio para Euskal Herria].
Em declarações à comunicação social, na mobilização de Bilbo, o secretário-geral do ELA, Txiki Muñoz, pediu aos políticos «que saiam da limusina e se ocupem das reivindicações sociais».
Exigiu aos partidos bascos «que acordem» da sua atitude «passiva» perante a reforma que o Executivo de Mariano Rajoy está a aplicar, afirmou que a reforma do sistema de pensões «é um presente para a banca» porque procura «levar as pessoas a contratar seguros privados» e recriminou partidos e instituições bascas por «aceitarem tudo o que vem de Madrid».
Em Donostia, a secretária-geral do LAB, Ainhoa Etxaide, criticou a reforma, «que visa destruir o sistema público e alimentar o privado, a favor do sistema financeiro».
Exigiu às instituições bascas que dêem passos para a criação de um sistema de pensões próprio para Euskal Herria que «seja viável e garanta prestações dignas». Pediu-lhes também que não se escondam atrás do «isto é Madrid que decide», pois «aqui há muito que fazer», como a aprovação de medidas que «complementem» as pensões.
As manifestações terminaram com a leitura de um comunicado no qual os convocantes afirmam que as pensões «são um direito, não um negócio», e reclamam pensões «dignas para todas as pessoas».
Rejeitam ainda os cortes da reforma, que «reduzem as novas pensões e o poder de compra» e exigem que a legislação sobre as pensões «seja decidida em Euskal Herria». / Ver: naiz.info e Berria