Os sindicatos ELA, LAB, ESK, STEE-EILAS, Hiru, EHNE, CGT e CNT convocaram paralisações e assembleias frente aos locais de trabalho e às Câmaras Municipais do País Basco Sul, esta sexta-feira, para denunciar a «injusta» operação policial contra o movimento Herrira.
Numa conferência de imprensa que hoje decorreu em Bilbo, os secretários-gerais do LAB e do ELA, Ainhoa Etxaide e Adolfo Muñoz, tomaram a palavra para, em nome dos sindicatos referidos, repudiar de forma veemente a detenção dos 18 membros do Herrira, que tacharam de «decisão política».
Segundo afirmaram, a operação policial de segunda-feira constituiu um «ataque aos direitos civis dos cidadãos» e, como tal, fizeram um apelo à classe trabalhadora e a todos os que querem o fim do sofrimento para que participem, esta sexta-feira, nas assembleias junto aos locais de trabalho ou frente às Câmaras Municipais de Euskal Herria, das 12h00 às 12h30, bem como na manifestação nacional convocada para este sábado em Bilbo (17h30, La Casilla). O objectivo é condicionar o processo político iniciado em Euskal Herria através das massas sociais.
Depois de realçarem o facto de que esta operação procurou criminalizar a luta em prol dos direitos dos presos, exigiram a libertação imediata dos detidos e afirmaram com clareza que o Herrira actua «em defesa dos direitos humanos», que é um movimento bastante conhecido em Euskal Herria e cujos objectivos os sindicatos partilham.
Em seu entender, a operação reflecte a «incapacidade política» do Estado espanhol para agir por vias democráticas. / Ver: naiz.info e Berria / Manifesto dos sindicatos (eus / cas)
«Agentes políticos, sociais e sindicais navarros fazem apelo à mobilização» (naiz.info)
Numa conferência de imprensa em Iruñea, partidos políticos, sindicatos e organizações sociais pediram uma «resposta ampla e firme» à operação contra o Herrira, e convocaram uma concentração e posterior manifestação para esta sexta-feira na capital navarra (Passeio Sarasate, 20h00). Expressaram também a sua adesão às mobilizações e paralisações convocadas pelos sindicatos para esse dia e à manifestação nacional de sábado em Bilbo. Entretanto, a delegada do Governo espanhol em Nafarroa (de extrema-direita, do partido do fascista Fraga que-morreu-descansado-no-leito) proibiu as mobilizações convocadas pelos sindicatos para Iruñea, Tutera, Altsasu e Bera.
«Apelo plural à mobilização para prosseguir com o trabalho do Herrira» (naiz.info)
Numa conferência de imprensa em Donostia, personalidades e caras conhecidas de áreas como a cultura, a política ou o desporto comprometeram-se a prosseguir o trabalho desempenhado pelo movimento Herrira e incentivaram as pessoas a participarem nas mobilizações desta sexta-feira em defesa dos direitos dos presos e dos refugiados bascos, em todas as praças de Euskal Herria, bem como nas múltiplas iniciativas que tiverem lugar para denunciar a detenção dos 18 membros do Herrira e na manifestação nacional deste sábado em Bilbo.
Sabino Cuadra fala com clareza sobre o ataque ao Herrira
O deputado Sabino Cuadra denuncia a operação policial levada a cabo esta segunda-feira contra o Herrira, aproveitando a presença da ministra Fátima Báñez (Governo espanhol, pepera) na Comissão do Pacto de Toledo. Cuadra acabou por se levantar e mostrar um cartaz do movimento popular. O presidente da comissão, Manuel Chaves, advertiu o deputado da coligação soberanista basca e depois retirou-lhe a palavra. / Ver: ehbildu.net / Ouvir também entrevista de Sabino Cuadra à Info7