De acordo com os organizadores, 3500 pessoas participaram na manifestação convocada pela plataforma Batera em defesa da oficialização do euskara e da laborantza ganbera [câmara agrícola], e da criação de uma universidade e de uma Colectividade Territorial para o País Basco.
Os membros da Batera levavam pancartas com estas reivindicações inscritas e seguiam atrás de uma grande faixa em que se denunciava a atitude de desprezo de Paris e se exigia a criação de uma Colectividade Territorial. Atrás de uma outra faixa, seguiam agentes políticos, sociais, culturais e sindicais de todo o País Basco.
Foguetes, músicas e danças bascas animaram o ambiente, e a marcha seguiu pelas ruas da capital de Zuberoa, com mimos - mais berrados ou mais cantados - dirigidos a Hollande, Ayrault e ao Subprefeito de Baiona, e palavras de ordem em que se plasmavam as supracitadas reivindicações.
No final da manifestação, Leonie Aguergaray, eleita de Zuberoa, dirigiu-se aos presentes em dialecto local (xiberotarra), Mixel Berhokoirigoin, presidente da Euskal Herriko Laborantza Ganbara, fê-lo em euskara, e, por último, Martine Bisauta, membro da Batera, falou em francês.
Aguergaray abordou a situação de Zuberoa, tendo recordado que, nos últimos 20 anos, 3000 jovens se viram forçados a sair do território. A Batera denunciou «as ameaças, o desprezo e a discriminação» de Paris: ameaças às ikastolas, desprezo para com a Colectividade Territorial, e discriminação quando os projectos institucionais são desenvolvidos na Alsácia e na Córsega e postos de lado em Euskal Herria.
Berhokoirigoin prometeu continuar a trabalhar: «A Colectividade Territorial foi demasiado trabalhada para a abandonarmos». Bisauta fez um apelo à participação na manifestação convocada pela Seaska (federação de ikastolas) para Baiona no dia 28 de Dezembro. / Ver: naiz.info, kazeta.info e Berria / Texto lido no final (batera.info)