De acordo com a informação publicada por um jornal madrileno, os dirigentes da esquerda abertzale são alvo constante das escutas dos serviços secretos espanhóis, sob supervisão judicial.
O Centro Nacional de Inteligencia considera os dirigentes da esquerda abertzale um alvo «permanente» e investiga as suas comunicações. A informação foi publicada este domingo pelo diário madrileno El País, na sequência dos documentos divulgados por Edward Snowden que ligam o CNI à espionagem dos EUA.
De acordo com a peça publicada no diário referido, depois da reforma de 2002 do Governo espanhol, foram os juízes que passaram a autorizar as escutas do CNI, que poderiam chegar a mil.
Na informação, destaca-se que há alguns alvos «permanentes», cuja vigilância é prolongada de três em três meses, e entre estes «alvos» encontram-se alguns dirigentes da esquerda abertzale.
Esta «revelação» sobre a existência de uma espionagem constante sobre a actividade política da esquerda abertzale é mais a constatação de uma prática há muito conhecida em Euskal Herria. Entre outros, recordem-se os casos badalados do dispositivo encontrado na sede de Gasteiz do Herri Batasuna (1998), as escutas detectadas por Arnaldo Otegi e Unai Fano no processo de negociação de 2005-2007, as que foram efectuadas para «controlar» as reuniões políticas de Segura (2007) ou as realizadas na sede do LAB em Donostia (2009). / Ver: naiz.info e Gara