Ontem ao fim da tarde, centenas de pessoas responderam às convocatórias do movimento feminista de Euskal Herria, participando em mobilizações contra a nova Lei do Aborto do Governo espanhol e em defesa do direito ao aborto livre e gratuito, nos hospitais públicos de Barakaldo, Gasteiz, Donostia e Iruñea. Em Ermua (Bizkaia), cerca de 60 pessoas entraram na sede do município e, em protesto contra a lei do PP, passaram a noite na sala das reuniões de Câmara. Hoje, voltou a haver mobilizações junto aos hospitais públicos e em múltiplas localidades bascas. Os manifestantes pediram às instituições bascas que «não cumpram» a legislação espanhola.
Em Barakaldo
Muita gente acorreu ontem à tarde ao Gurutzetako Ospitalea. Depois de realizarem uma concentração frente ao centro hospitalar biscainho, decidiram entrar e passar ali a noite. Cerca de uma hora mais tarde, a Ertzaintza começou a despejar o espaço, arrastando os ocupantes um a um. Ao que parece, um homem foi detido.
Em Gasteiz
Mais de uma centena de pessoas concentrou-se frente ao Hospital de Santiago contra a Lei do Aborto. À entrada, a Ertzaintza impediu que as pessoas entrassem no centro hospitalar; dois pequenos grupos, com cerca de quinze pessoas, conseguiram entrar, mas foram expulsos aos empurrões.
Em Donostia
A mobilização contra a Lei do Aborto começou no Boulevard. Dali, os manifestantes dirigiram-se para o Hospital Donostia, onde não puderam entrar, impedidos pela Ertzaintza. Acamparam no exterior e passaram ali a noite.
Em Iruñea
Um grupo de mulheres entrou no Complexo Hospitalar de Nafarroa, onde, amordaçadas e acorrentadas, exibiram cartazes a reivindicar o direito a abortar no serviço público de saúde e denunciaram a reforma do aborto do PP como um ataque ao direito de decisão das mulheres sobre os seus corpos, a sua sexualidade e a reprodução.
Distribuíram panfletos a quem passava, com os lemas «Queremos abortar neste hospital» e «O nosso corpo é nosso. Aborto livre e gratuito». Depois, cá fora, à porta do hospital, cerca de 400 pessoas participaram numa concentração convocada pela comissão a favor do aborto de Nafarroa. / Ver: topatu.info, Berria, naiz.info e ateakireki.com