Na sexta-feira passada, o corpo de intervenção da Ertzaintza expulsou do hall do Gurutzetako Ospitalea / Hospital de Cruces, em Barakaldo (Bizkaia), cerca de cem mulheres que tinham ali entrado para protestar contra a nova Lei do Aborto. O «despejo» foi solicitado pelo gerente do centro hospitalar, Santiago Rabanal.
Numa nota, o sindicato LAB afirma que se tratava de uma acção pacífica que não punha em causa o normal funcionamento do hospital. Apesar disso, foi destacado para o local um enorme, «desproporcionado» contingente policial, com o objectivo de impedir a acção de protesto. Uma pessoa foi detida.
O LAB afirma que «esta é a verdadeira face do PNV», que, se por um lado diz estar contra esta lei, por outro, confrontado «com acções pacíficas como estas, só sabe responder com o recurso à força e à acção policial desproporcionada».
O sindicato diz ainda que o gerente de Gurutzeta/Cruces, Sr. Santiago Rabanal, vai passar à história como o que mais vezes meteu a Polícia no hospital, e refere-se à identificação de um delegado do LAB e a dois despejos efectuados pela Brigada Móvel (de delegados e trabalhadoras do hospital e de mulheres da Plataforma Feminista).
«Em vez de se armar em xerife, o Sr. Rabanal devia antes enfrentar os graves problemas que existem no seu hospital», afirma o LAB na conclusão da nota de imprensa, em que também exige uma solução para a saturação do Serviço de Urgências, «que já parece um hospital de campanha». / Ver: boltxe.info