No balanço de 2013 apresentado pela associação de familiares e amigos dos presos políticos bascos destacam-se: dois presos mortos, 514 presos dispersos por 79 cadeias, oito acidentes de familiares e amigos nas estradas.
Numa conferência que hoje teve lugar em Bilbo, a Etxerat fez um balanço da situação dos presos políticos bascos em 2013. Recordou que faleceram dois presos: Angel Figeroa, que se encontrava em regime de prisão atenuada, e Xabier López Peña, numa situação repleta de «obscurantismo» e ainda «não esclarecida», e de tal forma assim é que os seus familiares ainda hoje não receberam qualquer relatório ou documento sobre o caso. A associação referiu-se também à morte da refugiada iruindarra Ana Gastesi, que faleceu em Iparralde «sem poder regressar a casa».
A Etxerat revelou dados relativos à política prisional: de 520 presos apenas seis se encontram em Euskal Herria; para visitar os que estão em prisões fora do país, 19 familiares viram-se envolvidos em 8 acidentes na estrada em 2013. «É a dispersão que gera todas estas situações», denunciaram os representantes da associação, que se referiram também aos 10 presos com doenças graves que continuam na cadeia.
A Etxerat aludiu às «situações de acosso» que vários familiares tiveram de enfrentar nas cadeias, e recordou também a greve de fome levada a cabo pelos presos da cadeia de Sevilla II para denunciar a sua situação. Ao todo, 39 pessoas foram encarceradas e 119 foram libertadas em 2013.
Desta forma, para os familiares e amigos dos presos, refugiados e deportados bascos, 2013 foi um ano «agridoce»: porque, se muitos presos foram libertados, muitos outros há que ainda continuam nas cadeias ou no desterro, e que enfrentam duras situações.
A Etxerat destacou ainda a «dura» campanha de criminalização que se seguiu à sentença do Tribunal de Estrasburgo, que visou tanto os presos libertados como os seus camaradas atrás das grades e os seus familiares.
A Etxerat considera fundamental acabar com a política de dispersão para defender os direitos dos presos políticos e dos seus familiares; precisamente por isso, a associação fez um apelo à participação na mobilização que este sábado terá lugar em Bilbo. Os familiares e amigos dos presos também lá estarão, pelo que não se deslocarão às prisões este fim-de-semana. / Ver: Berria e naiz.info
Leitura: «Abajo los putos muros de las prisiones», de Borroka Garaia (BorrokaGaraiaDa)
Este sábado en Bilbo van a llover miles y miles de gotas de solidaridad con los presos vascos sin olvidar que habrá que ir pensando en como convocar ese viento que genere la ola que arrase. / Muchos también recordaremos a todos los presos anti-fascistas, comunistas, anarquistas e independentistas de los diferentes lugares de la cárcel de pueblos que son el estado español, el francés y los estados capitalistas de la UE.
Amnistia eta askatasuna! Espetxeak apurtu!