Reunidos em assembleia, os delegados e as delegadas do sindicato LAB na comarca alavesa de Aiara emitiram um comunicado em que fazem questão de «denunciar a perseguição que os delegados sindicais do LAB estão a sofrer na empresa Megatech», em Amurrio (Araba), salientando um caso em particular.
No último ano, refere o texto, «a empresa enviou cerca de 30 corfaxes para as casas» desses delegados «com diversas comunicações e ameaças». «A gota que fez transbordar o copo foi a sanção de três dias de emprego e salário aplicada pela administração da empresa a um delegado do LAB por se recusar a fazer horas extraordinárias», prossegue o comunicado do LAB da comarca alavesa, que expressa todo o «apoio e solidariedade» ao camarada em causa e anuncia que a questão seguirá para os tribunais.
No texto, o LAB enaltece o trabalho dos/as delegados/as sindicais, «que muitas vezes sofrem pressões para além das que são exercidas por administrações e chefias sobre outros trabalhadores»; considera ainda que a intenção da Megatech é clara: «que [o castigo] sirva de exemplo ao resto dos funcionários e que ninguém se atreva a opor-se à vontade da empresa».
«Neste caso, o nosso companheiro predicou com o exemplo, lutando contra as horas extraordinárias», afirma o LAB no comunicado. O sindicato opõe-se frontalmente às horas extra, defendendo que a questão não é fazer horas extraordinárias «para complementar o salário» (discurso que certas empresas alimentam para pressionarem os trabalhadores a aceitá-las), mas «lutar por salários justos».
Para além disso o sindicato considera que «as horas extraordinárias não são compatíveis com a distribuição do trabalho» e que «não ajudam a fazer baixar» o desemprego, que na comarca de Aiara atinge níveis preocupantes. / Ver: LAB Aiara via lahaine.org