A Audiência Nacional espanhola condenou o jovem Xavier Fernández de Gamarra a dois anos e meio de prisão; Koldo Moreno e Federico Lomas foram condenados a cinco meses. Aitor Juárez, por seu lado, foi absolvido. Tal como realçam os jovens e diversas organizações de apoio, todo o processo judicial se baseou apenas em depoimentos arrancados sob tortura; por isso, tanto o Muro Popular de Gasteiz como o movimento contra os julgamentos políticos solicitaram a absolvição dos quatro arguidos.
Os jovens foram detidos em 2007 pela Polícia espanhola, por alegada participação em acções de kale borroka em Gasteiz entre 2005 e 2007. O Ministério Público pedia penas que iam dos 6 aos 27 anos de cadeia (48 anos para todos, no total), por desordens públicas, «danos terroristas» e integração na Segi. Na sentença, o juiz afirma não existirem provas de que os jovens fizessem parte da organização juvenil revolucionária, mas acusou os três condenados de «desordens públicas», «com fins terroristas». Para justificar a condenação de Fernández de Gamarra a uma pena maior, argumenta que, no momento da acção, levava uma «máscara».
Os quatro jovens foram julgados em Madrid em Março último; durante o julgamento, denunciaram as torturas sofridas no tempo em que estiveram incomunicáveis e negaram perante o juiz os depoimentos realizados na presença da Polícia. / Ver: topatu.info e gazteiraultza.info