quinta-feira, 1 de maio de 2014

1.º de Maio: Milhares vieram para as ruas reivindicar os direitos da classe trabalhadora basca

Para este 1.º de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores, o sindicato LAB convocou mobilizações descentralizadas, em 28 localidades dos sete territórios do País Basco. De acordo com os dados avançados pela força sindical abertzale, cerca de 30 mil pessoas vieram para as ruas reivindicar os direitos dos trabalhadores e o direito de Euskal Herria a escolher o seu próprio caminho. A secretária-geral, Ainhoa Etxaide, participou na manifestação de Bilbo.
As manifestações mais «madrugadoras» tiveram lugar em Iparralde: em Baiona, Maule e Ziburu foram às 11h00. No Sul do país, a maioria das mobilizações começou ao meio-dia e, assumindo diferentes características, foi comum a todas a reivindicação do direito dos trabalhadores a decidirem o seu futuro, para saírem da crise.

Em Iruñea [Pamplona], foram constituídos diversos blocos: em defesa dos serviços públicos, da indústria, dos serviços, dos jovens, desempregados, pensionistas e das pessoas que sofrem a precariedade. Em Donostia, fizeram-se várias paragens ao longo do percurso contra a privatização do Kutxabank, em defesa do emprego e do direito dos trabalhadores e do país a decidirem o seu futuro.

Em Hego Uribe (Bizkaia), realizou-se uma marcha entre Bedia e Lemoa para trazer à luz a crua realidade da comarca. Na região de Buruntza-Goierri (Gipuzkoa) houve mobilizações em três localidades: Hernani, Tolosa e Ordizia.

Ainhoa Etxaide, em Bilbo
A secretária-geral do LAB, Ainhoa Etxaide, participou na mobilização de Bilbo. Na intervenção final, destacou a grande adesão dos trabalhadores às mobilizações convocadas pelo LAB em todo o país, de «Oion a Maule, de Bilbo a Tutera», e sublinhou a «situação de emergência social» que o País Basco atravessa, «com níveis de desemprego a rondar os 20%».

Etxaide defendeu um processo em que Euskal Herria possa escolher o seu próprio caminho, «dispute poder ao Estado e à elite económica» que dita o futuro do país, tenha soberania para poder «pôr a economia ao serviço da sociedade» e em que os trabalhadores bascos possam assumir «protagonismo real» na saída da crise.

Etxaide fez também um apelo à participação na manifestação convocada pela organização juvenil Ernai para este sábado em Bilbo. Parte às 17h30 da Ponte de Deustu e visa «denunciar a precariedade, o modelo heteropatriarcal e a mercantilização do modelo educativo». / Ver: LAB Sindikatua / Discurso de Ainhoa Etxaide (LAB) / FOTOS: Mobilizações do 1.º Maio em EH (LAB / topatu.info / naiz.info / Berria / ekinklik.org / ahotsa.info)

Milhares no 1.º de Maio em Nafarroa [Ahotsa] Ver também: naiz.info e ahotsa.info