Concentração (13 de Maio, 19h30, Kaldereria karrika) / Conferência «Transición: impunidad y estafa» (14 de Maio, 19h30, na Zabaldi - Nabarreria karrika)
No texto de apresentação da iniciativa em memória de José Luis Kano, assassinado pela Polícia franquista a 13 de Maio de 1977, a Ahaztuak 1936-1977 afirma que «as ruas da velha Iruñea foram palco de mil e uma batalhas. Múltiplas reivindicações tantas vezes acompanhadas de correrias, disparos e espancamentos. Reivindicações e sonhos que ainda não são realidade».
Naquele 13 de Maio de 1977, «as ruas gritavam "amnistia", com as pedras e as balas de borracha a disputarem, uma vez mais, uma batalha desigual».
«Na junção da Rua Calderería com a Bajada de Javier, a Polícia Armada apanhou José Luis Cano. No interior do bar Manuel (hoje Imanol) sucediam-se os socos e os pontapés, até que os gritos foram abafados por um disparo à queima-roupa na cabeça do jovem Cano».
«36 anos depois - prossegue a Ahaztuak -, voltam a ouvir-se aqueles gritos que clamavam justiça. De novo, uma pequena placa aparece no local dos acontecimentos. E virão novamente arrancá-la da parede, mas não da velha Iruñea empenhada em não esquecer. Porque todas essas vidas truncadas jamais deixaram de ter rosto. Porque, na verdade, jamais foram anónimas».
«Porque as ruas da velha Iruñea jamais deixarão de ser palco de mil e uma reivindicações e sonhos, que ainda não são realidade ». / Texto na íntegra: lahaine.org