Tomás Madina afirmou hoje na presença de um juiz da AN espanhola ter sofrido maus-tratos durante o período em que permaneceu incomunicável em poder da Guarda Civil.
Madina afirmou ter sofrido maus-tratos durante o período em que permaneceu incomunicável em poder da Guarda Civil. O habitante de Galdakao (Bizkaia) pôs o médico forense ao corrente da situação; este viu que tinha a tensão alta e receitou-lhe medicação para a controlar.
O galdakoztarra, que se recusou a prestar declarações no quartel e que hoje refutou as acusações na presença do magistrado, disse que os maus-tratos começaram logo na transferência para Madrid e que consistiram fundamentalmente em ameaças: torturas, como o saco, a banheira, eléctrodos, ou sair do carro para lhe darem uma tareia.
Chegado ao quartel, onde esteve sempre com um capuz enfiado na cabeça (uma técnica de tortura mencionada pela Secção Primeira da Sala Penal da AN espanhola na sentença que ontem absolveu 40 jovens), Madina foi obrigado a estar de pé ou noutras posturas forçadas. Disse ainda ter sido empurrado e agredido algumas vezes na cabeça. A denúncia dos maus-tratos de Madina foi enviada para o Tribunal de Madrid, para que seja investigada.
O juiz deu ordem de prisão a Tomás Madina, depois de ouvir o seu
depoimento, acusando-o de «pertencer a organização terrorista» e de
«conspiração para assassinato». Esta acusação faz referência a uma
alegada tentativa de atentado contra Patxi López, quando era lehendakari, durante uma homenagem ao polícia espanhol Eduardo Puelles em Julho de 2010. Um plano amplamente divulgado pela comunicação social espanhola mas negado pela ETA num Zutabe de 2011. / Ver: naiz.info
Ver também: «Habitantes de Galdakao denunciam a detenção e o regime de incomunicação aplicado a Tomás Madina» (naiz.info)