Vários colectivos bascos concentraram-se na pequena localidade occitana de Gurs (Estado francês) para evocar e homenagear os milhares de homens e mulheres que, depois da guerra de 36, estiveram no campo de refugiados e de concentração, em condições infra-humanas. Muitos deles viriam a perder ali a vida. Estiveram presentes na iniciativa membros da Sare Antifaxista, do Vegan Pays Basque, do IpEH Antifaxista, do Boltxe Kolektiboa e do colectivo occitano Action Antifascista de Pau.
Republicanos, antifascistas, abertzales, anarquistas e membros das brigadas internacionais foram metidos num campo, localizado nas imediações de Gurs, que não reunia as mínimas condições de dignidade humana. Para a República francesa, estas pessoas eram, na verdade, um incómodo.
O campo começou a ser construído pelo Governo francês em Março de 1939. Devido à sua proximidade com Euskal Herria, era para albergar refugiados bascos, após a queda da frente da Catalunha. Contudo, face à avalanche de refugiados do Estado espanhol que entravam em França por esta fronteira, as autoridades tiveram de ampliar o campo e internaram nele todo o tipo de combatentes provenientes da Espanha republicana. Foi o campo de internamento mais importante de França.
O campo de Gurs permaneceu em funcionamento durante sete anos (1939-1946), sendo o de maior duração no Estado francês. Ali deixaram a vida centenas de refugiados bascos e republicanos, passando por condições de vida absolutamente indignas. / Ver: boltxe.info e SareAntifaxista
CONCENTRAÇÃO DIA 18 CONTRA A SIMBOLOGIA FASCISTA
A Ahaztuak 1936-1977 convocou para a próxima sexta-feira, 18 - dia em que passam 78 anos sobre o golpe fascista -, uma concentração em Bilbo contra o modelo espanhol de impunidade para com os crimes e criminosos franquistas e para exigir que os símbolos fascistas sejam retirados das ruas de Euskal Herria. / Ver: boltxe.info