Cerca de 300 jornaleiros do Sindicato Andaluz dos Trabalhadores (SAT) entraram na propriedade militar de Las Turquillas, em Osuna (Sevilha), para reclamar a terra. É a sétima ocupação parcial do terreno desde 2001.
Os jornaleiros, com o seu líder, Diego Cañamero, à frente, passaram por um primeiro controlo da Guarda Civil, andaram um quilómetro na zona civil destas instalações do Ministério da Defesa espanhol, chegando então ao recinto militar, protegido por uma vedação metálica e por numerosos agentes do instituição armada.
Nessa zona, os jornaleiros do SAT, que levavam bandeiras andaluzas e do Che, queriam instalar hoje um acampamento, mas a Guarda Civil avisou-os que não os iria deixar acampar, referiu Cañamero, que foi condenado a sete meses de prisão pela ocupação realizada no Verão de 2012.
Cañamero sublinhou que, com esta ocupação, pretendem que os 1200 hectares da propriedade sejam mais bem aproveitados e que uma parte seja cedida às cooperativas. O sindicato referiu-se também à necessidade de «fazer frente ao dramático problema do desemprego massivo que aflige a comarca da Sierra Sur, superior a 45%».
No seu portal, o SAT afirma que escolheu esta data – 18 de Julho – pelo seu simbolismo, lembrando que o golpe de Estado militar de Franco impediu a aplicação da Lei da Reforma Agrária que a II República lançara sob o governo da Frente Popular, e que «estas terras das Turquillas faziam parte da reforma agrária prevista». / Ver: naiz.eus e SAT