No sábado passado, como acontece todos os anos, uma brigada da organização internacionalista basca Askapena chegou ao Saara Ocidental. Inicialmente, não houve qualquer problema, e os membros da brigada passaram dois dias na cidade de Smara em contacto com diversos colectivos saarauís.
Contudo, no dia 4 três membros da brigada foram expulsos, de manhã, à entrada para a cidade mais importante do Saara Ociental, El Aiune; à tarde, passou-se o mesmo com outros três. É a primeira vez que tal acontece a uma brigada organizada pela Askapena para o Saara.
A Brigada era composta por seis pessoas, que tentaram entrar na cidade em dois grupos separados de três elementos cada, mas sem sucesso, refere a Askapena numa nota.
Na parte da manhã, os primeiros três foram retidos num controlo policial, e não puderam seguir. Tiveram de sair de um autocarro, e um representante do Governo comunicou-lhes que se tinham reunido em Smara com independentistas saarauís e que seriam expulsos. Foram metidos num táxi contra a sua vontade e enviados para a cidade de Agadir, no Sul de Marrocos, sendo seguidos pela Polícia. O mesmo se passou com os três que tentaram entrar na cidade à tarde.
A Askapena afirma que o objectivo da brigada era ver como vive diariamente o povo saarauí sob ocupação, mas também reunir-se com associações locais e com familiares de presos e desaparecidos, bem como dar a conhecer a situação que se vive em Euskal Herria.
A Askapena denuncia de forma veemente a bloqueio imposto pelo Governo marroquino aos territórios ocupados do Saara, expulsando nos últimos meses todos os estrangeiros que ali entraram; e afirma que tudo fará para quebrar esse bloqueio e o silenciamento do povo saarauí, não estando disposta a deter a sua acção de denúncia, por maiores que sejam os entraves colocados pelo Governo marroquino. / Ver: askapena.org