Ao cabo de 15 meses de luta «contra os cortes e a repressão» e sem terem resposta da parte da administração, os trabalhadores do Hotel Ercilla não cedem na reivindicação dos seus direitos; realizaram hoje a terceira jornada consecutiva de paralisações parciais, numa altura em que a selecção de basquetebol da Finlândia - participante no Mundo Basquet 2014 - se encontra alojada no hotel.
Tendo em conta que a selecção de basquetebol da Finlândia está alojada no hotel de luxo, o CNT – um dos sindicatos envolvidos na luta – contactou diversos sindicatos finlandeses e com o consulado do país nórdico, para lhes dar a conhecer o conflito laboral existente no hotel. O sindicato enviou mensagens ao sindicato sectorial de serviços PAM e à Central Organisation of Finnish Trade Unions, a quem pediu solidariedade e procurou divulgar a situação que os trabalhadores enfrentam no hotel (salários congelados, redução de direitos, eliminação do acordo de empresa, entre outros aspectos).
O CNT queixa-se de que a Ertzaintza «ameaçou calá-los» se fizessem muito barulho, como já fizera durante a Aste Nagusia (Semana Grande das festas), mas os trabalhadores não se deixaram intimidar e têm feito ouvir palavras de ordem contra os roubos, tambores e txistus (espécie de flautas) à entrada do hotel.
O CNT acusa a administração de má gestão e exige-lhe que garanta a viabilidade da empresa, enquanto reclama a abertura de uma linha de diálogo e negociação que ponha fim às imposições unilaterais. As paralisações têm decorrido entre as 12h30 e as 14h30, sob olhar atento dos apoiantes finlandeses. / Ver: herrikolore.org e uriola.info