A detenção ocorreu ontem ao fim do dia, por ordem da Audiência Nacional espanhola, à saída da prisão de Villena (Alicante, Países Catalães), a mais de 700 quilómetros de Euskal Herria. A bilbaína estava com a filha, de seis anos de idade. A Etxerat e o Sortu denunciaram a detenção.
A detenção foi presenciada por várias testemunhas, que a comunicaram à Etxerat. Nagore Mujika, natural do bairro de Deustu (Bilbo), foi detida à saída da cadeia de Villena, onde tinha ido visitar o preso político basco Juan Carlos Iglesias Chouza, por polícias à paisana, que se identificaram como militares da Guarda Civil e a informaram da existência de uma ordem do tribunal de excepção espanhol. A filha ficou à guarda de outra pessoa que a acompanhou na viagem.
Nagore Mujika cumpriu penas nos estados francês e espanhol e encontrava-se em liberdade sem «casos pendentes» (uns dizem que desde 2008, outros desde 2011). Agora, as autoridades espanholas já dizem que a detenção está relacionada com um processo de 1992.
O Sortu exigiu a libertação imediata da bilbaína, temendo que a sua detenção seja «uma manobra para fabricar novos processos assentes na vingança». Numa nota, a Etxerat critica de forma veemente esta situação e pergunta: «Porque foi detida? Não lhe podiam ter enviado uma notificação para comparecer na AN? Porquê no fim-de-semana? Para a manter presa até depor? Porque não quiseram evitar que a detenção ocorresse diante da sua filha de seis anos?» Trata-se de um «novo ataque aos familiares» dos presos políticos bascos, afirma a Etxerat, para quem o «espectáculo de ontem foi cruel e lamentável». / Fonte: etxerat.info e periódicos