Numa conferência de imprensa hoje realizada em Donostia, um grupo de moradores do bairro de Antigua denunciou a grave situação em que se encontra o advogado e preso político Jon Enparantza há quase dez meses. Vão iniciar uma recolha de assinaturas, que serão enviadas ao juiz de Vigilância Penitenciária, José Castro, à Câmara Municipal de Donostia e ao Ararteko [Defensor do Povo na CAB].
Um grupo de moradores e representantes de várias associações do bairro de Antigua juntou-se para denunciar publicamente a situação «extrema» que o seu conterrâneo Jon Enparantza, advogado e preso político, enfrenta na cadeia desde que foi detido, a 8 de Janeiro deste ano, acusado de ligação à ETA.
Primeiro em Segóvia e agora em Navalcarnero, a 485 quilómetros de Euskal Herria, Enparantza está em isolamento total, sem contacto com qualquer outro preso. «Impuseram-lhe o silêncio como castigo», afirmaram na conferência de imprensa, em que esteve presente a sua companheira.
Na ocasião, revelaram que a sua cela é revistada todos os dias e que ele mesmo é submetido «a revistas rigorosas» para dela sair; e lembraram que a advogada Arantza Zulueta se encontra nas mesmas circunstâncias. «São os dois únicos presos bascos nesta situação extrema», pelo que «é claro que se trata de uma vingança».
Num texto hoje apresentado, os antiguotarras exigem que Enparantza seja transferido para a prisão mais próxima de Euskal Herria e que sejam respeitados todos os direitos que lhe assistem. Os signatários do documento são os colectivos Antiguako Jai Batzordea, Talde Feminista, AntiguaOtarrak, Zero Zabor taldea, Sortu, Etxerat, Ernai, Presoen Sustengu Taldea, AEK-ko irakasleak, Filibusteroak Kofradia, Antiguako Gazte Asanblada, Pilota eskola, Doka Kafe Antzokia, Antiguoko Futbol taldea, Antiguotarrak dantza taldea e Antiguotarrak elkartea. / Ver: Berria