Trabalhadores da Euskotren deram início a uma campanha de mobilizações que visam denunciar manobras do Governo de Lakua com vista à privatização da empresa. No dia 30 de Outubro, concentraram-se frente ao Parlamento de Gasteiz. Foi a primeira de várias mobilizações marcadas pelos sindicatos com representação na empresa basca de transporte ferroviário.
Num comunicado conjunto emitido por LAB, ELA, ESK e CCOO, afirma-se que, desde que a Euskotren começou a renovar a frota móvel, em 2009, a parte da empresa responsável pela manutenção das carruagens começou a ser privatizada; hoje, afirmam, os gestores agudizam esta política de privatização das «oficinas de manutenção de material móvel» e vão alargá-la a outras áreas da empresa.
Num concurso público para aquisição de 30 novas carruagens, a Euskotren cedeu à empresa CAF o direito de efectuar a manutenção das viaturas, estabelecendo um acordo no qual não se fazia menção aos trabalhadores da Euskotren especializados nessa área: manutenção e reparação de comboios, nas oficinas existentes para esse efeito em Lebario (Abadiño), Lutxana (Barakaldo) e Errenteria. Desta forma, acusam os sindicatos, a administração da Euskotren pôs em causa o futuro dos trabalhadores da manutenção e violou o acordo de empresa firmado a 13/10/2010. O patronato diz que, de 2010 para cá, a situação «mudou substancialmente».
Já este ano, a Euskotren comprou mais 28 carruagens à CAF e, denunciam os sindicatos, prolongou o acordo relativo à manutenção das carruagens com essa empresa até 2020, com o trabalho a ser realizado por funcionários seus em instalações pertencentes à Euskotren, ou seja, «pondo as instalações de uma empresa pública nas mãos dos privados» e pondo em risco «os postos de trabalho dos funcionários das oficinas».
Os sindicatos dizem não entender esta «manobra», a «colocação de recursos públicos ao dispor dos privados», quando a Euskotren possui uma equipa de trabalhadores com formação para dar resposta às necessidades de manutenção. Assim, exigem que o trabalho seja realizado pelos funcionários da empresa pública e vão levar a cabo uma série de mobilizações para denunciar a actual situação. Foram agendadas duas concentrações para Novembro (em Bilbo) e outras duas para Dezembro (Durango e Bilbo). / Ver: LAB Sindikatua
«Se ha intensificado el proceso de concentración de riqueza y poder en unas pocas manos», de LAB (labsindikatua.org)
el sindicato LAB dibuja un diagnóstico sombrío sobre la situación socio-económica. La desigualdad de rentas ha aumentado considerablemente. Se ha intensificado el proceso de concentración de riqueza y poder en unas pocas manos, a costa del empobrecimiento generalizado de la sociedad. La brecha entre grupos sociales ricos y pobres se ha disparado. El Estado Español aparece señalado como el miembro de la UE donde más han crecido estas diferencias.