O regresso de Juan Carlos Arriaran, Sali, à sua terra natal (Bergara, Gipuzkoa), após 30 anos de ausência, foi tudo menos pacífico: o acto de boas-vindas estava marcado para sexta-feira, 19, às 20h00, mas Sali foi detido pela Polícia espanhola antes da cerimónia, pelas 19h15. Só ontem, dia 20, foi possível fazer a festa.
Ontem à noite, a Irala kalea encheu-se de gente, carinho, aplausos para dar as boas-vindas a Juan Carlos Arriaran, ex-refugiado político basco que esteve 32 anos longe da sua terra. Em 1982, fugiu para o Estado francês, de onde foi expulso, dois anos mais tarde, para o Panamá; em 1990, foi extraditado para a Venezuela, onde viveu até agora. Não lhe faltaram as palavras de agradecimento para quem o acarinhou.
De manhã, tinha estado na Audiência Nacional espanhola, em Madrid, para onde a Polícia o levara detido, no dia anterior, em virtude da existência de um mandado europeu emitido contra ele pela Justiça francesa em 2005. O juiz do tribunal de excepção deixou-o seguir em liberdade, com a obrigatoriedade de comparecer todas as semanas no Tribunal de Bergara.
Na sexta-feira, logo após a detenção do ex-refugiado realizou-se uma manifestação em Bergara para exigir a sua libertação. (Na foto de baixo) / Ver: goiena.eus 1 e 2