Numa nota divulgada pelo LAB, as organizações representativas dos trabalhadores (ORT) da empresa Schlecker, que foi comprada pelo DIA, afirmam que a sua situação «mudou para pior» e que, se a comunicação social mostra que o DIA conquista novos espaços e cadeias, é preciso que saiba que tal acontece «à custa da deterioração das condições de trabalho dos seus funcionários».
Entre outros aspectos, as ORT afirmam que o DIA tornou os horários de abertura mais amplos com um número de funcionários mais reduzido (houve despedimentos), o que implicou «o aumento da carga de trabalho até ao limite», bem como da «insegurança e dos riscos laborais» (há cada vez mais trabalhadores de baixa por problemas ergonómicos derivados das funções laborais).
Na nota emitida pelas ORT da Schlecker, em que se acusa o DIA de não criar um «calendário laboral» (a que os trabalhadores têm direito) e de não «efectuar os estudos exigidos por Lei ao nível da segurança laboral», diz-se ainda que a empresa ignora as queixas e exigências que os trabalhadores e as suas organizações andam a fazer há meses, bem como as advertências da Inspecção do Trabalho. [Em Portugal, há casos assim; têm tanto dinheiro que se dão ao luxo de, inclusive, ignorar as sentenças dos tribunais que os condenam a pagar aos trabalhadores.]
As ORT da Schlecker denunciam a situação e exigem ao DIA que mude de política, deixando de atacar os direitos dos trabalhadores e passando a ter em conta as exigências daqueles que, com o seu trabalho, geram riqueza todos os dias. / Ver: LAB
Ver também: «Sindicatos e administração chegam a acordo na fábrica da Candy em Bergara» (nota do LAB)