24 pessoas que resistiram à acção de despejo do Kutuza gaztetxea, no bairro bilbaíno de Errekalde, e foram agredidas com violência e identificadas pela Ertzaintza começaram hoje a ser julgadas na capital biscainha. Dezenas de pessoas concentraram-se à entrada do tribunal para as apoiar.
Quando a «fábrica dos sonhos» foi despejada, a 21 de Setembro de 2011, os 24 jovens encontravam-se no telhado. Destes, 23 são acusados de usurpação (o Ministério Público pede uma multa de 960 euros para cada) e um é acusado de ter atirado objectos do telhado (o MP pede três anos de cadeia). O Grupo Solidário com o Kukutza explicou que as imagens gravadas em vídeo não mostram isso e que só a palavra dos ertzainas terá valor probatório.
À entrada do tribunal, o advogado de defesa, Iñaki Carro, afirmou que iria «ser julgada a solidariedade» e acrescentou que, «a haver crime, teria de ser de dano, e, neste caso, o único prejudicado foi o bairro», onde deixou de haver as actividades socioculturais que o Kukutza proporcionava.
Kukutza: crónica de 3 dias de ocupação de um bairro
O despejo e os dias que se seguiram, em ErrekaldePara denunciar este processo e apoiar os arguidos, foi convocada outra concentração para amanhã e uma manifestação para dia 30, às 20h00. Outras 20 pessoas alegadamente envolvidas em incidentes relacionados com o despejo do edifício deverão ser julgadas em breve por «desordem pública». O MP pede penas de 18 a 30 meses de cadeia. / ver: topatu.info, argia e Berria