Muitos milhares de pessoas responderam, hoje, nas ruas da capital guipuscoana, à última operação do Estado espanhol em Euskal Herria - designada «Mate» e que se saldou com a detenção de 12 advogados e quatro ex-membros do Herrira. Os organizadores fizeram saber que o dinheiro hoje reunido será entregue à plataforma que convocou a manifestação que há uma semana teve lugar em Bilbo, para fazer frente ao roubo da Guarda Civil na sede do LAB.
A mobilização, convocada por cerca de 30 organizações políticas, sindicais e sociais bascas com o lema «Giza eskubideak, konponbidea, bakea» [direitos humanos, resolução, paz], partiu com quase meia hora de atraso do túnel de Antigua. Treze dos 16 detidos na segunda-feira - os que foram postos em liberdade pelo juiz - estiveram presentes e foram amplamente ovacionados pela multidão. Ao longo do percurso, viram-se cartazes e faixas a favor dos presos, contra a política de dispersão e contra a operação «Mate»; também se ouviram muitas palavras de ordem a defender o regresso dos presos a casa e a amnistia.
Em declarações à comunicação social, a secretária-geral do LAB, Ainhoa Etxaide, criticou a «falta de liderança» do Governo de Gasteiz: «Precisamos de paz e o Estado quer dificultar esse processo. O Governo de Gasteiz não assume a liderança e isso é um problema», disse. Já o secretário-geral do ELA, Adolfo Muñoz, criticou o Governo espanhol por «não quer aproveitar esta oportunidade para a paz».
Na intervenção final, representantes da organização afirmaram que, com a operação de segunda-feira, se quis «transformar a solidariedade num crime», que o povo basco «não está disposto a deixar o seu futuro nas mãos dos políticos irresponsáveis do Governo espanhol» e que é tempo de se «avançar para um futuro com democracia e paz». / Notícia mais desenvolvida: Berria