Na quinta-feira, 26, um grupo de pessoas vestidas como presos e metidas numa «cadeia» apresentou em conferência de imprensa, no Arenal bilbaíno, a Plataforma contra a Criminalização Social, cuja criação foi promovida por dezenas de agentes sociais, sindicais e políticos e pretende fazer frente ao ataque que representa a aprovação iminente da Reforma do Código Penal e da Lei da Segurança dos Cidadãos.
Na ocasião, afirmou-se que a aprovação do novo pacote de leis repressivas irá aprofundar a «criminalização social». «Qualquer pessoa passa a ser suspeita» e, dessa forma, «não serão criminalizados apenas factos, mas também grupos particulares, como os migrantes, os activistas, pessoas sem recursos e aqueles que se solidarizarem com esses grupos».
Sublinharam que estas medidas não são novas em Euskal Herria e que «sempre houve métodos repressivos para travar as reivindicações políticas, sem que por isso as mobilizações tenham parado». Agora, através do medo, da punição, da repressão, pretende-se «esvaziar as ruas», e daí a necessidade da organização «365 dias por ano, 24 horas por dia».
Contra a aprovação da Lei da Mordaça e a Reforma do Código Penal, e o consequente aumento da repressão sobre a actividade política, esta plataforma irá levar a cabo diversas acções de sensibilização ao longo do mês de Março; para dia 28 foi convocada uma manifestação em Bilbo. / Ver: SareAntifaxista e topatu.info