A jovem bilbaína de 19 anos de idade, estudante em Madrid e militante do Partido Socialista dos Trabalhadores (PST), foi raptada, torturada e assassinada por membros da extrema-direita, na capital espanhola, a 1 de Fevereiro de 1980. Ontem, voltou a ser homenageada no seu bairro, Deustu.
Os amigos e familiares não esquecem Yolanda González. Assassinada há 35 anos por membros do grupo de extrema-direita Fuerza Nueva, ontem Yolanda voltou a ser homenageada em Deustu, onde, mais uma vez, se pediu ao município de Bilbo que dê o seu nome a uma praceta do bairro, para que jamais se esqueça o que se passou.
O rapto foi organizado por Emilio Hellín e Ignacio Abad, em conjunto com outros elementos do Fuerza Nueva, que, num comunicado, acusavam Yolanda de pertencer a um «ramo juvenil dum comando da ETA».
Hellín, Abad e mais quatro pessoas seriam condenados a 43 anos de cadeia pelo rapto e o assassinato da jovem bilbaína. Hellín cumpriu 14 anos de pena e, como tinha autorização para sair, aproveitou uma das saídas para fugir para o Paraguai, onde governava o fascista Alfredo Stroessner.
Há dois anos, o El País revelou que Emilio Hellín era assessor da Guarda Civil e que tinha dado formação a agentes da Polícia Nacional espanhola, da Defesa, dos Mossos d’Esquadra e da Ertzaintza. Entre 2006 e 2011, o autor material do assassinato de Yolanda González foi contratado 15 vezes pelo Ministério espanhol do Interior. Chegou a auferir 140 000 euros. / Ver: Berria e, com muita informação: «Yolanda González, assassinada pelo fascismo espanhol há 35 anos» (lahaine.org)