Iñaki Carro, advogado do jovem condenado a três anos de prisão por «atentado à autoridade» durante o despejo do gaztetxe Kukutza, afirmou, numa entrevista à Infozazpi irratia, que essa condenação «é a justificação da operação policial» que a Ertzaintza levou a cabo no bairro bilbaíno de Errekalde a 21 de Setembro de 2011.
Tal como o Kukutzarekin Elkartasun Taldea [grupo solidário com o Kukutza] o fez numa nota, Iñaki Carro criticou o facto de o jovem ter sido condenado com base em depoimentos policiais repletos de contradições «relevantes», e fez saber que vai recorrer da sentença. O advogado disse também que já esperava que os 23 arguidos fossem absolvidos de «usurpação», mas que a condenação de um deles por «atentado à autoridade» o apanhou de surpresa.
Para o advogado, ficou claro que a empresa proprietária do imóvel não tinha qualquer intenção de ali construir; «aquilo que houve foi uma clara intenção política de derrubar o Kukutza e de fazer desaparecer este projecto», esclareceu.
Acrescentou que a Ertzaintza «ocupou militarmente» o bairro de Errekalde no dia do despejo e que «houve 103 feridos, nenhum deles ertzaina». «Têm de justificar aquele dispositivo e a melhor forma de o fazer é acusar uma pessoa de acções violentas de que há apenas uma testemunha, um ertzaina», afirmou. Carro falou ainda do julgamento de 20 pessoas por alegado envolvimento em incidentes nos dias que se seguiram ao despejo do Kukutza. As testemunhas de acusação são, mais uma vez, ertzainas. / Ver: naiz.info e argia
ENTREVISTA a Iñaki Carro na Info7 irratia