Durante a greve geral contra a Reforma Laboral, que teve lugar a 29 de Março de 2012, dois jovens de Lizarra (Nafarroa) foram identificados pela Polícia Foral, ao início da manhã, quando participavam num piquete informativo com mais de cem pessoas. Foram detidos dois dias depois e esta terça-feira, 10, serão julgados na capital navarra. Os sindicatos ELA, LAB, ESK, CGT, STEE-EILAS, EHNE e HIRU convocaram uma concentração em defesa do direito à greve (10h30, frente ao Palácio da Justiça de Iruñea).
A Polícia acusou-os de terem feito uma pintada no vidro da montra do Banco Banesto e de terem metido silicone na fechadura dessa agência. O Ministério Público pede, para cada um, uma multa de 8000 euros e 23 meses de cadeia, por danos e tentativa de «atentado aos direitos dos trabalhadores».
Os sindicatos, que incentivam as pessoas a participar na mobilização frente ao Tribunal de Iruñea, criticam a desproporção das penas solicitadas pelo MP, que consideram agravadas pelo facto de a entidade bancária ter feito queixa.
O colectivo de apoio aos jovens sublinha que, «com esta táctica, a UPN e o PP querem apenas esconder o problema de fundo, que é o seu próprio sistema»; critica também o papel assumido pelas «diferentes polícias», que «servem os interesses dos poderosos» e se comportam como inimigos do povo e de quem luta, «espancando, multando e prendendo». / Ver: ahotsa.info e agências
PELA LIBERDADE DE URTZI E TELLE
Apareceu no bairro bilbaíno de Deustu um mural a exigir a liberdade para os grevistas Urtzi Martínez e Jon Telletxea, condenados a dois anos e meio de cadeia e que ainda há pouco viram agravado o regime prisional em que estavam. O reformismo não chega a todo o lado. Aupa zuek!