A Etxerat e cerca de 20 agentes políticos, sociais e sindicais convocaram para este sábado, 28, uma manifestação em Donostia sob o lema «Preso eta senideen eskubideen defentsan, elkartasuna aurrera», como resposta à detenção de Oihana Barrios, Fernando Arburua, Izaskun Abaigar e Nagore López de Luzuriaga.
No frontão de Antigua, representantes da Etxerat e dezenas de familiares de presos políticos bascos fizeram uma leitura das detenções de quatro membros da Jaiki Hadi e da Etxerat, ontem efectuadas pela Guarda Civil, e anunciaram a manifestação que este sábado, às 17h00, partirá do estádio de Anoeta em defesa dos direitos dos presos e dos seus familiares.
Em nome da associação, Maider Alustiza e Urtzi Errazkin afirmaram que, com as detenções de ontem, o Estado espanhol atacou directamente os familiares e os amigos dos presos bascos, bem como o direito destes à saúde, à assistência médica de confiança. Considerando que esta nova operação policial se enquadra na «política de vingança do Governo espanhol» - que já atacou diversos grupos comprometidos com a solidariedade com os presos e a defesa dos seus direitos, como os advogados -, disseram que tal política toma agora como alvo os «familiares, as pessoas próximas, os amigos de presos e exilados políticos bascos»; contudo, esta política do Executivo do PP será incapaz de «os silenciar», sublinharam.
Os representantes da Etxerat criticaram o Governo de Lakua pelo facto de não os ter contactado após a operação e lamentaram a falta de protecção que tinham pedido precisamente ao Executivo autonómico na reunião mantida com Iñigo Urkullu há um mês, na qual esteve uma das detidas, Izaskun Abaigar. Os porta-vozes destacaram ainda a forte campanha de criminalização lançada contra a associação nas últimas semanas, especialmente depois de a Etxerat se ter reunido com Urkullu e com grupos parlamentares europeus. / Ver: Berria, naiz, argia
«Comunicado de solidaridad de EHL frente a la redada contra militantes en favor de los derechos de los presos» (askapena.org)